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Mercado mundial de residências prime sobe 6,9% em 2021 e deverá continuar a crescer

Em Portugal o sector residencial demonstrou uma recuperação total no ano passado, tendo sido ultrapassados os valores de 2019, revela estudo da Savills

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À medida que as economias começam a recuperar um pouco por todo o mundo e os países aprendem as melhores formas de lidarem com a pandemia de COVID-19 e a mitigar os impactos negativos das medidas para fazer frente à crise de saúde pública, os mercados residenciais prime deverão continuar a ser vistos como investimentos seguros em 2022.

De acordo com o estudo World Cities Prime Residential Index, elaborado pela consultora imobiliária internacional Savills e que analisou as 30 maiores cidades mundiais em termos de residências de luxo, os mercados residenciais prime em todo o mundo estão bem posicionados para alcançar um crescimento médio de 4,3% este ano, o segundo valor mais alto dos últimos cinco anos.

“Apesar das medidas de arrefecimento do mercado, tais como o aumento das taxas de juro, 2022 parece bem encaminhado para continuar a tendência positiva de 2021”, comenta Paul Tostevin, Head of World Research da Savills.

“O crescimento das rendas prime registou uma recuperação expressiva na segunda metade de 2021, criando um contínuo desequilíbrio entre oferta e procura que está a impulsionar o aumento dos preços. 28 das 30 cidades analisadas deverão crescer em 2022, ainda que a um ritmo mais moderado do que no ano passado. Taxas de juro reduzidas e rendimentos mais elevados têm aumentado as capacidades de pagamento de hipotecas, ao passo que algumas cidades (Miami, Dubai e Lisboa) têm beneficiado da flexibilidade do trabalho remoto, e do desejo por mais espaço. Paralelamente ao regresso aos escritórios, a educação e as viagens também impulsionarão o crescimento de todas as grandes cidades”, acrescenta o responsável.

Mercado residencial prime em Portugal e no resto do mundo

Para Portugal, antevê-se que o mercado residencial prime em Lisboa cresça, este ano, até 1,9%, comparativamente aos 7,6% registados em 2021.

No balanço de 2021, o mercado imobiliário residencial nacional registou uma total recuperação, com pouco mais de 200 mil casas vendidas e ultrapassando os valores observados em 2019.

As previsões indicam que 2022 será um ano de retoma total dos efeitos da pandemia, com o mercado residencial a manter o seu lugar de destaque. Altamente resiliente e olhado como um investimento seguro, o mercado residencial continuará a assistir a uma evolução positiva dos preços do mercado de luxo, ainda que a um ritmo mais comedido face a anos anteriores e com tendência a uma maior estabilização.

Também na cena europeia, Berlim é a cidade que deverá registar o maior crescimento no segmento residencial prime, com um aumento esperado de pelo menos 10%, face aos 9,6% registados no ano anterior. Uma economia dinâmica, forte procura doméstica e internacional e escassez de produto estão a impulsionar o fortalecimento deste sector imobiliário na capital alemã.

Na região da América do Norte, estima-se que as cidades de Los Angeles, São Francisco e Nova Iorque registarão um crescimento mínimo de 4% em 2022, sendo que Miami deverá ficar acima da fasquia dos 10%.
Na Rússia, alterações legislativas reorientaram o foco das atenções dos compradores internos para o mercado residencial prime de Moscovo. Esta é uma tendência que se deverá continuar a observar em 2022 e que levará a um crescimento desse segmento imobiliário entre os 8 e os 9,9%.

Já na região da Ásia-Pacífico, prevê-se um crescimento acima dos 4%. Em 2022, o segmento residencial prime de Seul tenderá para um crescimento entre os 8% e 9,9%, Singapura deverá registar um aumento entre os 6% e 7,9% e Sydney entre os 4% e 5,9%. Este crescimento é esperado mesmo numa altura em que os respectivos governos procuram refrear os seus mercados residenciais de luxo.

Segmentos residenciais prime crescem em 2021 e batem expectativas

No segundo semestre do ano passado, o segmento residencial prime mundial registou um crescimento médio de 3,2%, o que representa um aumento significativo, considerando que em 2020 essa taxa de crescimento havia caído para valores negativos.

“2021 foi um ano de regressos. Trabalhadores regressaram aos escritórios em alguns países, estudantes internacionais regressaram às salas de aulas e as cidades regressaram aos seus estatutos de centros de habitação, trabalho e lazer. À medida que as restrições são levantadas em alguns mercados, o segmento imobiliário residencial prime manteve a sua resiliência e continuou a sua tendência de crescimento apesar da incerteza”, explica Lucy Palk, analista de World Research da Savills.

Nos Estados Unidos da América, cidades como Miami e Los Angeles registaram crescimentos da ordem dos 20%, fruto do aumento dos rendimentos e da atracção de compradores. Nova Iorque, por outro lado, viu o mercado residencial prime registar um forte impacto negativo do contexto pandémico. Tendo sido um dos principais focos de COVID-19 do país, essa cidade norte-americana observou um aumento do produto disponível e a queda dos preços. Contudo, conseguiu retornar a níveis de Dezembro de 2018, com o regresso gradual dos residentes que tinham abandonado a cidade por outras localizações menos afectadas pela pandemia.

Na Europa, com a excepção de Paris, também se verificou um crescimento positivo dos preços das residências de luxo, com especial destaque para cidades com forte capacidade de atracção de capital estrangeiro, como Amesterdão, Milão e Londres. Berlim alcançou o maior crescimento de 2021 (+9,6%), seguida por Lisboa (+7,6%) e Genebra (+6,5%).

O Dubai registou um crescimento bastante significativo dos preços do mercado residencial de luxo na segunda metade de 2021, tendo registado os valores mais altos desde o período anterior à grande crise financeira de 2008. Esta dinâmica deveu-se a uma oferta reduzida que não era capaz de corresponder a uma procura cada vez mais forte, a um programa de vacinação eficaz, à abertura de fronteiras e a outras medidas implementadas pelo governo dos Emirados Árabes Unidos.

Por fim, na região da Ásia-Pacífico, as subidas dos preços do residencial prime foram mais variadas. Seul, Singapura e Sydney registaram bons resultados, ao passado que os segmentos residenciais prime na China continental e em Hong Kong sofreram com um maior impacto da pandemia, afastando muitos investidores desses segmentos no segundo semestre do ano passado.

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Bruno Castro Henriques CFO Vanguard Properties

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Bruno de Castro Henriques é o novo CFO da Vanguard Properties

Com mais de duas décadas de experiência na área financeira, o responsável considera ser “um enorme orgulho” poder acompanhar de perto a evolução de projectos estruturais que a Vanguard Properties está a desenvolver

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Bruno de Castro Henriques é o novo CFO da Vanguard Properties. Actualmente com 45 anos, o novo responsável tem mais de duas décadas de experiência na área financeira, tendo sido distinguido em 2017 como um dos 40 líderes profissionais do futuro com menos de 40 anos, pela revista “Exame” e FAE – Forum de Administradores e Gestores de Empresas.

Na Vanguard Properties, Bruno de Castro Henriques vai liderar a área financeira da promotora imobiliária, liderada pelo CEO, José Cardoso Botelho.

Para Bruno de Castro Henriques, “o convite que o José Cardoso Botelho me endereçou para ingressar numa empresa com a reputação como a da Vanguard Properties, sendo a principal promotora imobiliária do País, era irrecusável. Será um enorme motivo de orgulho poder acompanhar de perto a evolução de projetos estruturais que a Vanguard Properties está a desenvolver, nomeadamente na Comporta”.

Bruno de Castro Henriques iniciou a sua carreira em 2001 no departamento de análise de risco de crédito da Caixa Geral de Depósitos, tendo transitado dois anos depois para a CarHolding, onde desempenhou as funções de financial controller até 2005. Nesse ano, assume o primeiro cargo de direcção de uma empresa, sendo CFO da EcoSaude. Retomou o percurso na banca em 2006, tendo desempenhado funções de direcção no Banco Efisa, onde liderou diversos projectos internacionais na América do Sul e em África, passando depois para o conselho de administração do banco em 2012, tendo liderado os processos de alienação do banco e ainda uma operação de aumento de capital da instituição financeira de 100 milhões de euros.

Em 2020, foi nomeado General Manager do Banco Efisa. Entre 2012 e 2019, Bruno de Castro Henriques foi ainda membro no conselho de administração da Parvalorem e de outras empresas ligadas àquele grupo, sendo responsável pela gestão de um total de ativos de 5,3 mil milhões de euros.

No seu percurso académico, Bruno de Castro Henriques tem uma licenciatura em Gestão pela Católica Lisbon School of Business and Economics, tendo ainda frequentado cursos de gestão executiva no INSEAD e na Harvard Business School.

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Home Tailors Real Estate abre nova agência em Almada

A nova unidade, com cerca de 90 m2, situa-se em pleno centro de Almada e permitiu a criação de 12 postos de trabalho. Com esta abertura a Home Tailors dá mais um passo no seu plano de expansão

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A mediadora nacional Home Tailors Real Estate abriu uma nova agência em Almada. A nova unidade, com cerca de 90 metros quadrados (m2), situa-se em pleno centro de Almada, na Avenida 25 de Abril, 69 e permitiu a criação de 12 postos de trabalho.

Com esta abertura a Home Tailors dá mais um passo no seu plano de expansão. Para 2023 estão previstas várias novas aberturas, tanto de lojas próprias como em regime de franchising.

“A abertura da unidade da Almada é mais um passo no crescimento da Home Tailors. 2022 foi um ano muito positivo em termos de volume de negócios e imóveis transaccionados e em 2023 vamos seguramente continuar a crescer e a dar continuidade ao nosso plano de expansão”, segundo David Carapinha, ceo & founder da Home Tailors Real Estate.

A Home Tailors Real Estate é uma empresa de angariação e mediação imobiliária 100% nacional. Fechou 2022 com um volume de vendas de 92 milhões de euros, o que representou um crescimento de 18% face a 2021 e 382 imóveis transaccionados. 44% dos imóveis transacionados tiveram promoção exclusiva da Home Tailors.

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“Governo faz letra morta das propostas da sociedade civil”

A Proposta de Lei do Programa “Mais Habitação”, ficou disponível no 3 de Março, 16 dias após a sua apresentação. Com o prazo para conhecer, afundo, o projecto e para o debate está a esgotar-se muito rapidamente. Para a APPII a forma como o processo de consulta publica está a ser gerido está a inviabilizar qualquer tomada de posição esclarecida e elucidativa por parte dos interessados

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Só na passada sexta-feira, dia 3 de Março, foi disponibilizada a Proposta de Lei do Programa “Mais Habitação”, apresentado pelo governo no dia 16 Fevereiro. “Desde esse dia até sexta-feira passada, a sociedade civil, os representantes dos vários partidos políticos, os stakeholders da Habitação tiveram de basear as suas propostas com acesso apenas a pequenas frases, parangonas e pequenos chavões divulgados aquando da apresentação deste programa depois do Conselho de Ministros de 16 de Fevereiro”, considera a Associação dos Promotores e Investidores Imobiliários, APPII.

No âmbito do período de alegada consulta pública, considera a APPII que “a forma como o processo de consulta publica está a ser gerido está a inviabilizar qualquer tomada de posição esclarecida e elucidativa por parte dos interessados. Num processo que se queria participado, de debate vivo e dinâmico de todos os interesses em presença, num tema sério e que toca à maioria dos portugueses, o acesso à habitação. O próprio Presidente da República veio reconhecer que o pacote de chavões e parangonas apresentado não permitia minimamente perceber qual a verdadeira intenção e medidas do Governo para resolver o problema da Habitação”, sublinha em comunicado a associação.

“Agora”, refere a APPII “a sociedade civil e o sector têm exactamente 10 dias seguidos, para estudar a proposta de lei entretanto descortinada e apresentar soluções. Mais, segundo indicações do próprio governo, esta proposta de lei será aprovada no Conselho de Ministros de 16 de Março, dando ao próprio governo apenas dois dias para estudar os contributos enviados no processo de consulta pública”. Para além das críticas, a APPII questiona “ que avaliação pode o governo fazer destas propostas se entre o prazo de entrega e o Conselho de Ministros decorrem apenas dois dias?” e reforça que “o atraso do Governo na disponibilização da Proposta de Lei prejudica de forma grave o espaço de ação de quem queira contribuir para a melhoria desta proposta de lei”.

“A APPII exige que o problema da Habitação em Portugal seja tratado de forma séria, para que possam surgir medidas concretas, que envolvam todos os interessados na resolução deste grande desígnio nacional”, afirma Hugo Santos Ferreira, Presidente Executivo da APPII. “Como quer o governo que o problema da habitação seja visto quando reserva apenas dois dias para estudar as propostas resultantes da consulta publica? Como é que os portugueses e os investidores nacionais e estrangeiros vão interpretar esta questão?”, contesta o responsável.

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Creditos: Lucian R.

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FUSE VALLEY entre os finalistas nos MIPIM Awards 2023

O empreendimento, desenhado pelo Bjarke Ingels Group e promovido pelo Castro Group, está entre os quatro finalistas na categoria Best New Development, nos MIPIM Awards

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O Fuse Valley, desenhado por Bjarke Ingels, foi considerado um dos melhores projectos apresentados para o MIPIM 2023, que acontece de 14 a 17 de Março, em Cannes, e está entre os quatro finalistas na categoria Best New Development, nos MIPIM Awards. Este empreendimento, promovido pelo Castro Group e pela Farfetch, irá nascer em Matosinhos e promete ser um espaço de fusão entre empresas e comunidade, lazer e cultura. 

O Fuse Valley, idealizado pelo gabinete de arquitectura Bjarke Ingels Group (BIG), tem como pilares a inovação, sustentabilidade e o bem-estar e terá uma área de construção total de cerca de 140 mil metros quadrados (m2).

“Estamos muito entusiasmados com a nomeação para o MIPIM Awards deste ano. O Fuse Valley será um conjunto urbano vivo que trará negócios, colaboradores, clientes, investidores e criadores a este que será um dos locais mais inovadores de Portugal. O tecido urbano permitirá que o empreendimento cresça e se expanda organicamente”, considera Bjarke Ingels, founder & creative director do BIG.

Este empreendimento, envolvido pelo novo parque urbano e organizado em torno de praças e jardins abertos, acolherá uma panóplia de escritórios, assim como uma diversidade de serviços de modo a facilitar o dia-a-dia, quer dos seus utilizadores, quer da comunidade local.

O Castro Group, empresa dedicada ao investimento imobiliário, incluirá no seu programa 62.800 m2 de escritórios, disponíveis para receber várias empresas, um hotel com 72 quartos, cinco mil m2 de espaços para retalho e serviços, como áreas de restauração, supermercados e ginásio, bem como espaços de lazer ao ar livre.

Para Paulo Castro, ceo do Castro Group, a nomeação do Fuse Valley “reconhece a singularidade deste projecto, que iremos desenvolver em Matosinhos, e coloca este espaço no mapa internacional do que melhor se faz quer ao nível da sustentabilidade, quer ao nível da inovação”.

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Mercado imobiliário no sul da Europa ultrapassa performance do continente

De acordo com a Savills, o volume de investimento imobiliário no sul da Europa (Espanha, Portugal e Itália) atingiu um valor recorde de 31,7 mil milhões de euros em 2022, um aumento de 36% em relação ao ano anterior

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Foram vários os factores que contribuíram para o sucesso da região, que beneficiou particularmente do regresso do consumo doméstico após a Covid-19 e mais protegida face à subida de preços da energia em comparação com o resto da Europa.

O Sul da Europa sentiu os efeitos da pandemia de forma mais dura do que restantes países europeus, com Itália e Espanha entre os primeiros a serem atingidos. As economias destes países sofreram as consequências relacionadas com proibições de viagens e restrições afectas aos diversos confinamentos devido a uma forte dependência do turismo e, como resultado, os níveis de recuperação são mais elevados do que em qualquer outra parte da Europa.
As fortes épocas turísticas pós-Covid e o regresso dos gastos afectos a retalho levaram, consequentemente, a volumes de investimento mais elevados em 2022. O crescimento foi impulsionado pelo sector dos serviços, sendo a hotelaria e o lazer, mais uma vez, uma importante fonte de rendimento.
“O Sul da Europa registou a maior quota do volume total de investimento europeu no ano passado com 11%, acima dos 6% verificados em 2021 e acima da média dos últimos cinco anos de 7%. Em termos comparativos por cidade, pela primeira vez desde 2011, Milão recebeu um volume de investimento superior ao de Madrid”, refere Georgia Ferris, European Research Analyst na Savills.

“Embora não esperemos outro ano recorde para a região em 2023, alguns fundamentos do mercado permanecerão sólidos e continuarão a atrair investidores”, afirma Carlos Ruiz-Garma, Director, European Capital Markets na Savills. Este é nomeadamente o caso das beds and sheds. “Em toda a Europa do Sul, o desequilíbrio estrutural da oferta e da procura de propriedades multifamiliares e logísticas, favorece o crescimento do arrendamento ou, pelo menos, a estabilização sendo que a procura dos ocupantes continuará a apoiar o mercado de investimento”.

“Após dois anos de pandemia, 2022 foi a confirmação da recuperação com uma nota muito positiva do mercado nacional de investimento imobiliário. No final de 2022, o volume de investimentos imobiliários comerciais atingiu 3,3 mil milhões de euros. Em contraste com um cenário de forte incerteza económica e política europeia, o mercado interno continuou a revelar-se um porto seguro e resiliente para os investidores”, acrescenta Alexandra Portugal Gomes, Head of Research & Communications

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Remax Portugal: “Desburocratizar e descomplicar” é fundamental para o equilíbrio da habitação nova

Segundo Manuel Alvarez, presidente da Remax Portugal, “o aumento da construção nova, em particular nas periferias, a agilização dos prazos de licenciamento, amenizar a carga fiscal e melhorar o crédito são fundamentais para a dinâmica do sector”

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Sobre as medidas que foram apresentadas recentemente pelo Governo no âmbito do programa “Mais Habitação”, cuja intenção tem como ponto de partida criar mais oferta de casas, que consequentemente baixarão o valor das rendas ou os preços de venda, a Remax enaltece “a abrangência das ideias”, tendo, contudo, “algumas dúvidas se os mecanismos escolhidos irão funcionar na prática”. Além disso, considera ser “simplista e redutor” atribuir o problema do aumento dos preços das casas a factores como o alojamento local ou o programa “vistos gold”.

O problema dos preços elevados em Portugal deve-se à falta de construção nova nos últimos 14 anos. Numa análise aos anos em que mais imóveis foram vendidos em Portugal, é possível constatar que se destaca o período de 1998 a 2003, com mais de 300 mil contratos de compra e venda por ano, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Já se somarmos o número de contratos de compra e venda, desde 1995 até 2004, verificamos um valor de 3.103.717 escrituras de compra e venda. Mas se comparamos com os últimos 10 anos, período de 2010 até 2019, somamos 1.882.006 escrituras de compra e venda, ou seja, menos 1.221.711 de imóveis escriturados, o que corresponde a uma diminuição de 64% face aos anos de início do novo milénio.

Assim, se existe oferta de casas suficientes, os preços mantêm-se acessíveis aos salários. Por outro lado, não é possível exigir que os preços se mantenham baixos quando a oferta de casas à venda tem diminuído de forma tão acentuada e num momento em que a imigração, os hubs de tecnologia, o turismo, os nómadas digitais, entre outros, têm trazido mais população para Portugal.

É assim urgente a necessidade de construção nova, com uma aposta, por exemplo, centrada nas periferias. O aumento da oferta seria determinante para dinamizar o mercado e o novo edificado é uma das fontes. A diminuição da oferta de casas, deve-se essencialmente ao número de imóveis licenciados em construções novas que tem diminuído de forma muita acentuada. A provar essa realidade, nos anos de 1995 até 2004 (10 anos) foram licenciados 996.026 imóveis, ou seja, quase um milhão de novos imóveis. Fazendo uma comparação com o período também de uma década, 2010 até 2019, foram licenciadas 151.286 construções novas para habitação familiar, ou seja, menos 844.740 imóveis licenciados, o que leva a concluir que, sem oferta de produto, os preços tendem a subir e deixam de se ser acessíveis.

Por sua vez, incidindo a análise nas percentagens de imóveis licenciados sobre contratos de compra e venda entre 2010 a 2019, só 8% dos imóveis vendidos foram de construção nova, em contraste com os anos de 1995 a 2004, em que 32% dos imóveis vendidos foram relativos a nova construção.

Neste sentido, como os processos de licenciamento são excessivamente longos, o que limita e condiciona a construção nova em Portugal, é necessário simplificar e agilizar para que os projectos habitacionais sejam desenvolvidos de forma mais célere e não estejam sujeitos a tanta burocracia.

Manuel Alvarez, presidente da Remax Portugal, considera que “actualmente são vários os desafios que se colocam ao mercado habitacional, como o da sustentabilidade ambiental ou o da utilização de novas tecnologias e materiais de construção, mas acreditamos que ultrapassar, por um lado, a crónica escassez de oferta, através do aumento da construção nova e agilização dos prazos de licenciamento e, por outro, amenizar a carga fiscal e melhorar as condições de acesso ao crédito, são fundamentais para a dinâmica do sector.”

Para o responsável, “É essencial relembrar aos políticos que é preciso pensar as necessidades de habitação com vários anos de antecedência, para alcançar uma nova visão sobre esta matéria tão determinante no desenvolvimento do País.”

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Associação Portuguesa do Turismo Residencial e Resorts apresenta medidas para minimizar impacto da extinção das ARI

A APR propõe a aplicação de possíveis medidas transitórias que ainda devem ser testadas antes da decisão de eliminação total das ARI, rever o montante de investimento mínimo, criar uma contribuição especial que financie a construção pública de habitação social e acessível, criar uma variante dentro das ARI dirigida à aquisição e construção para arrendamento acessível e tornar aplicável, para efeitos de ARI, unidades de participação em fundos para arrendamento habitacional, não obrigatoriamente “acessível”

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A Associação Portuguesa do Turismo Residencial e Resorts (APR) considera que a intenção de extinguir o actual regime das Autorizações de Residência para atividades de Investimento (ARI), apresentada no Programa ‘Mais Habitação’, “é uma medida errada e extemporânea que surge apenas um ano após a última revisão e escassos três ou quatro meses após ter sido chumbada no parlamento”.

Sendo o turismo um dos principais motores da economia, é o investimento no produto turístico que torna o Turismo em Portugal competitivo e factor de crescimento de toda a economia. “Acontece que existe pouco capital privado português e que o Estado é conhecido por pouco ou nada investir. É preciso, por isso, continuar a incentivar o investimento estrangeiro, melhorar os programas de investimento e não os eliminar”, considera a Associação.

O actual regime embora tenha excluído todos os centros urbanos da possibilidade de obter ARI para aquisição de habitações, continuou, a possibilitar esse tipo de investimentos em unidades turísticas e indirectamente no produto turístico em geral. Neste sentido, “foram feitos muitos investimentos, foram criadas legítimas expectativas agora defraudadas, o que está a passar uma péssima imagem internacional do nosso País e a afugentar investidores para países concorrentes”.

De acordo com a APR não faz sentido aplicar a novas medidas às regiões da Madeira e do Algarve, na medida em que cada região “têm realidades e requisitos próprios”. Além disso, a Madeira e o Algarve dependem fortemente do turismo e da captação de investimento no produto turístico.

De forma a minimizar o impacto negativo da extinção das ARI, a Associação propõe um conjunto de medidas que, entende, “podem contribuir para apoiar o Governo na resolução dos problemas da habitação dos portugueses sem, no entanto, retirar às restantes regiões do País, em particular às regiões mais turísticas, o investimento em produto turístico ou outro de que dependem para o seu desenvolvimento e convergência”.

Reservar um período de reflexão e de estudo sobre o impacto das últimas alterações ao programa ARI que entraram em vigor a 1 de Janeiro de 2022 e sobre possíveis medidas transitórias que ainda devem ser testadas antes da decisão de eliminação total do mesmo, de pelo menos seis meses, seguido de igual período de – vacatio legis para a implementação das novas medidas, como as que propomos abaixo, é a primeira proposta.

Mas, o conjunto de medidas pode, também, passar por rever o montante de investimento mínimo, criar uma contribuição especial aplicável à aquisição de imobiliário não residencial que financie a construção pública de habitação social e acessível, criar uma variante dentro das ARI especificamente dirigida à aquisição e construção para arrendamento acessível de habitações e tornar aplicável, para efeitos de ARI, unidades de participação em fundos para arrendamento habitacional, não obrigatoriamente “acessível”, como forma de responder também a esse tipo de procura.

A APR alerta, ainda, para a conotação negativa que se gerou em torno do termo Vistos Gold e, nesse sentido, considera este “deveria ser eliminado do léxico governamental e social”.

Em resumo, a APR entende que “a extinção completa das ARI seria uma medida com graves impactos económicos, desligada da realidade do País e das suas regiões, extemporânea e só contribuiria para o empobrecimento”.

No último estudo levado a cabo pela APR em 2021 sobre o impacto de cada novo residente na economia portuguesa foi possível apurar o contributo de cada novo residente para a economia portuguesa é de cerca de 6 vezes o valor do seu investimento inicial. Em 2022, ano em que já era impossível investir em ARI para habitação nos centros urbanos, foram captados 534 milhões de euros de investimento, ou seja, um potencial de mais de 3 mil milhões de euros a cinco anos.

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Qantara inaugura era dos mega armazéns em Portugal

O Grândola Logistics Park – Euro Atlantic, representa um investimento de 500 milhões de euros e será um dos maiores parques logísticos privados em Portugal. Em entrevista ao Construir Hadrien Fraissinet, CEO Qantara Capital, justifica o investimento e a aposta num projecto que o Governo classifica de PIN – Potencial Interesse Nacional

Grândola vai receber aquele que será um dos maiores parques logísticos privados em Portugal. O Grândola Logistics Park – Euro Atlantic, ou GLPEA, terá uma área de 130 hectares divididos em megalotes, com um total de 670 000 m2 de área de construção destinados a logística, indústria e serviços, 300 000 m2 para infraestruturas adjacentes e 330 000 m2 para áreas verdes. Promovido e desenvolvido pela promotora suíça de investimentos e consultoria, Qantara Capital, o projecto promete ser um game-changer na indústria nacional, mas também internacional e, de acordo com Hadrien Fraissinet deverá ser uma realidade em menos de 10 anos.

Que argumentos e factores trazem a Qantara Capital a Portugal?
Portugal é um destino de investimento muito atractivo: todos entenderam isso nos sectores imobiliário e comercial, mas apenas recentemente começaram a reconhecer o potencial estratégico do país para fins industriais e de supply chain. A localização geográfica do país no Atlântico revela-o como a plataforma de trânsito ideal para mercadorias e commodities vindas de África e das Américas e exportações da Europa. Para além do aumento previsto dos transbordos, Portugal tem uma oportunidade única de criar valor para si e para os seus cidadãos. Graças a uma mão-de-obra qualificada, a incentivos fiscais atractivos e a uma posição de destaque na produção de energias renováveis, eu olho para Portugal como um claro vencedor na reindustrialização da Europa.
Este não é o primeiro projecto em Portugal. Começamos a investir em Lisboa em 2015. Mais tarde, fomos muito bem acolhidos em Grândola onde estamos a desenvolver vários projectos incluindo o primeiro hotel de 4 estrelas no centro de Grândola.

O que faz de Grândola a localização chave para esta nova plataforma logística?
Fizemos uma pesquisa por todo o país antes de escolhermos Grândola, que é o local perfeito para desenvolver a nossa visão. Sendo o nosso projecto grande, precisávamos de ser capazes de explorar diferentes vectores de crescimento e, portanto, diferentes tipos de ocupantes e indústrias que valorizassem as infraestruturas excepcionais do GLPEA: rodoviárias, ferroviárias, marítimas. Assim, o GLPEA apela a empresas multinacionais de logística e indústria que pretendam integrar o corredor Euro-Atlântico na sua origem. O GLPEA é também uma alternativa ao corredor logístico de Lisboa, através do qual os operadores podem deslocar as operações non-last mile para locais mais económicos e ecológicos. O crescimento económico do Alentejo e do Algarve vai também exigir infraestruturas industriais modernas para servir as indústrias agro-alimentar e turística.

Qual o plano de desenvolvimento definido para a GLPEA? Em termos financeiros, como está estruturada a operação?
Foram investidos cerca de 500 milhões de euros, com base no custo genérico do terreno, infraestruturas e construção. No entanto, o valor final dependerá de diversos factores relacionados com a taxa de utilização das infraestruturas e os futuros ocupantes da plataforma. O cold storage, armazém de ecommerce e centros de montagem têm todos um custo de investimento diferente.

A Qantara está sozinha neste investimento ou as parcerias são bem-vindas?

É uma ideia nossa e temos vindo a desenvolvê-la desde 2020. O GLPEA já despertou a atenção de operadores logísticos internacionais e lojistas multinacionais com quem estamos a avaliar diferentes formas de trabalhar em conjunto.

Estimam o desenvolvimento do projecto em quantos anos?
Num prazo de 10 anos, mas talvez seja necessário menos do que isso.

Qual o impacto esperado deste investimento no sector logístico nacional?
Em primeiro lugar, destaco a escala do projecto. Estamos na era dos megaarmazéns e, até agora, Portugal não era competitivo nesse segmento. Segundo, destaco o factor da sustentabilidade. Enquanto projecto greenfield, o GLPEA será muito mais apelativo do que locais brownfield e vai ainda estabelecer uma nova referência regional em logística verde. Terceiro, o facto de Portugal se tornar uma alternativa viável à Espanha. A maioria dos potenciais ocupantes já têm operações em Espanha, mas com a infraestrutura, intermodalidade, escala e o factor verde do GLPEA, estamos confiantes que iremos atrair a procura para Portugal. Esperamos conseguir as licenças necessárias e ter um processo burocrático tranquilo para inaugurarmos, juntamente com os nossos ocupantes, este centro logístico pioneiro na Ibéria.

A aposta neste novo eixo de entrada para o interland europeu irá concorrer com outras rotas há muito estabelecidas. Quais os principais constrangimentos identificados?
Há três factores a considerar. A concorrência entre as rotas marítimas do Atlântico e do Mediterrâneo. É mais dispendioso trazer a carga para os portos espanhóis ou franceses, mas até hoje a infraestrutura ferroviária e de armazéns portuguesa não foi capaz de lidar com os volumes e carga. Agora isto será possível graças à modernização ferroviária entre o porto de Sines e Madrid. O GLPEA vai estar ligado a estas novas ferrovias, tornando o transporte e armazenagem mais barato e “mais verde” do que as rotas do Mediterrâneo. Depois, como já referi, a reindustrialização da Europa onde Portugal está bem localizado e equipado para se tornar num player chave. E, finalmente, o próprio crescimento doméstico e orgânico de Portugal, que ainda requer investimentos em infraestrutura.

Quais as actividades que poderão estar mais interessadas em se estabelecer no GLPEA?

O terreno está classificado para fins logísticos, industriais e de serviços. No entanto, não queremos ter indústria pesada no nosso parque, especialmente porque Sines já oferece esta alternativa no seu grande complexo petroquímico. Vamos, portanto, favorecer indústrias “mais leves e limpas”, como distribuição, ecommerce, agroalimentar, farmacêutica, aeronáutica, tecnologia e montagem.

O projecto está classificado como projecto PIN, qual o impacto e vantagens deste reconhecimento?
É o reconhecimento de que o Governo valoriza uma iniciativa de investimento privado que trará muitos resultados positivos para o país a nível económico e social. Em segundo lugar, vivemos num mundo competitivo onde as circunstâncias podem mudar da noite para o dia, por isso, o momento para este projecto é de importância crítica e o status do PIN vai ajudar com alguns atrasos administrativos. Seria uma pena Portugal perder a oportunidade de acolher o maior parque logístico verde em vez da Espanha, por exemplo.

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Round Hill Capital anuncia abertura de quatro novas residências até 2025

Investimento decorre da aquisição do portefólio de residências de estudantes e de co-living da Smart Studios, cuja operação fica agora concluída com a integração destes activos na marca Nido

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Depois da aquisição da Smart Studios, em Julho de 2022, a Round Hill Capital anuncia a conclusão da integração das residências Smart Studios no portfólio da Nido. Desta forma, a marca de gestão de alojamento para estudantes e co-living da Round Hill Capital passa a contar com mais duas mil camas.

Esta integração permitirá à Nido a criação de um portefólio ibérico com um total de cerca de cinco mil camas em 14 residências como parte de uma oferta mais alargada de 9.000 camas disponíveis na Dinamarca, Irlanda, Países Baixos, Portugal, Espanha e Reino Unido.

Em Portugal, a Nido gere agora 1280 camas, em seis localizações, incluindo as 380 do mais recente projecto Nido Campo Pequeno, em Lisboa. Para além destas, está ainda prevista a abertura de mais quatro residências até 2025 em Lisboa e no Porto, traduzindo-se em mais 1.100 novas camas.

“Após a aquisição da Smart Studios no ano passado, o nosso plano sempre foi o de integrar este negócio na plataforma e marca Nido. Acreditamos que, com a sua própria experiência e o longo historial da Round Hill Capital no que toca ao desenvolvimento e gestão de activos residenciais construídos para o efeito, ser-nos-á possível melhorar a experiência dos nossos residentes e aplicar economias de escala para ajudar a impulsionar os retornos dos investidores”, afirma João Pita, head of Portugal da Round Hill Capital. 

Também Darren Gardner, coo da Nido, considera que a integração do negócio da Smart Studios e o novo naming “irá proporcionar um número significativo de benefícios em termos de excelência operacional, recursos e economias de escala”. O objectivo passa por “maximizar essas oportunidades para dar aos nossos residentes a melhor experiência, enquanto trazemos mais oferta residencial de elevada qualidade e que são muito necessárias para um mercado com défice de oferta.  Iremos concentrar, também, a nossa atenção em mobilizar os quatro antigos activos de primeira classe da Smart Studios, ao mesmo tempo que procuraremos expandir ainda mais o negócio da Nido e de forma mais ampla em toda a Europa”, acrescenta.

Além dos novos projectos previstos, a Round Hill confirma, ainda, a intenção de continuar a procurar oportunidades para aumentar o seu portefólio, tanto em Portugal como em toda a Europa. “Activos residenciais modernos de alta qualidade com boas credenciais ambientais, localizados nas principais cidades europeias com fortes argumentos de oferta/procura”. São estes a classe de activos de relevo para a promotora.

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Norfin vende edifício no Pólo Tecnológico da Lispólis

O activo, arrendado à Universidade Europeia, pertence agora a uma sociedade detida pelo Portugal Yield Fund II e gerido pela Private Equity Iberis Capital. A operação foi assessorada pela CBRE

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A Norfin SGOIC vendeu o edifício, pertencente à Iberia FEIIF, localizado na Rua Laura Ayres, 4, integrado no Pólo Tecnológico da Lispólis, em Carnide, Lisboa, à sociedade detida pelo Portugal Yield Fund II e gerido pela Private Equity Iberis Capital. Nesta operação a CBRE actuou do lado do proprietário para gerir e concluir o processo de alienação do imóvel.

Com esta transacção, a Norfin SGOIC cumpriu o plano de negócio definido para o activo, que passava por encontrar um inquilino de longo prazo, neste caso a Universidade Europeia/Ensilis, e trabalhar em conjunto na adaptação necessária do edifício para a sua operação diária, tornando-o atractivo para investidores que procuram rendimento de longo prazo.

“Este é um bom exemplo de um activo inicialmente devoluto, para o qual se encontrou um inquilino sólido, se trabalhou em conjunto para adaptar o imóvel à actividade do inquilino e se melhorou de forma gradual e equilibrada o contrato de arrendamento. Com esta estratégia, foi possível acrescentar-se valor ao imóvel, tornando-o um investimento atractivo para qualquer investidor que procure rentabilidade sustentável a longo prazo”, explica Catarina Alves e Sousa, manager da Norfin SGOIC.

Do lado do comprador, esta trata-se de mais uma aquisição enquadrada na sua estratégia de investimento em activos com gestão de rendimento em boas localizações, com contratos de arrendamento longos e sustentáveis.

“Trata-se de mais uma aquisição enquadrada na nossa área de investimento em activos com gestão de rendimento em boas localizações, com inquilinos com contratos de arrendamento longos e sustentáveis.”, afirma David Pinheiro, da Iberis Capital.

“Os chamados sectores alternativos, no qual as instituições de ensino se inserem, estão a ganhar uma forte tracção em Portugal no que respeita ao interesse por parte de investidores nacionais e estrangeiros. Esta dinâmica muito se deve à excelente performance dos vários inquilinos e operadores, que têm demonstrado uma impressionante resiliência aos diversos ciclos económicos”, reforça José Hermozilha, head of Investment Properties da CBRE.

O activo totaliza cerca de 2.865 metros quadrados (m2) de ABC distribuídos por três pisos acima do solo, a que se somam 72 lugares de estacionamento, distribuídos por dois pisos em cave.

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