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A missão empresarial da AEP, que decorre em Havana e é organizada em parceria com a Câmara de Comércio Portugal Cuba, tem como objectivo potenciar oportunidades de negócio num mercado muito dependente das importações e é composta por grupo variado de empresas de vários sectores incluindo a construção e metalomecânica e a arquitectura.
Entre as empresas que integram esta missão contam-se a Ecosteel (construção e metalomecânica), ST+I (tecnologias de informação), Grande Porto (alimentar), V3 (importação e exportação), Castro e Seixas (importação e exportação), Urbimagem (sistemas de arquitectura e construção) e RBDrinks (louça e copos plástico reutilizáveis).
A primeira missão da AEP a este mercado foi em 1996. Desde então, a AEP tem organizado deslocações a Cuba e coordenado a participação nacional na FIHAV – Feira Internacional de Havana.
“A retoma e o regresso a um clima de estabilidade social, depois de um período de extrema dificuldade resultado da pandemia, abre caminhos para se fazerem contactos num país que tem uma exposição quase total às importações. Para as empresas que nos acompanham também é importante retomar os contactos feitos em anteriores incursões a este mercado (missões e participações na FIHAV), que apresenta oportunidades nas áreas das renováveis, nos resíduos urbanos e na agroindústria”, justifica Luís Miguel Ribeiro, presidente da AEP.
Cuba tem uma população de cerca de 11 milhões de habitantes, goza de uma importante posição estratégica e dispõe de recursos naturais como a cana-de-açúcar, café, tabaco e importantes jazidas de níquel e de cobalto. Cuba foi o 67º cliente das exportações portuguesas de bens em 2020, ocupando a 60ª posição ao nível das importações. Entre 2016 e 2020 verificou-se uma diminuição média anual das exportações e um crescimento nas importações. A balança comercial de bens foi desfavorável a Portugal, tendo apresentado um défice de 17 milhões de euros.
Na estrutura das exportações destacam-se as máquinas e aparelhos (36,4%), os minerais e minérios (21,5%), os metais comuns (11,1%), os plásticos e borracha (9,2%) e os produtos químicos (6,9%). Os principais grupos de produtos importados foram os alimentares (80,4%), a madeira e cortiça (13,6%) e os agrícolas (3,2%).