Filipe Morgado
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“Agora, mais do que nunca, o cliente é o nosso principal foco de atenção”

Cliente, competitividade e inovação são os principais eixos que unem a Morgado & Ca e que lhe permitem fazer face às oscilações do mercado. Os desafios que as empresas estão a enfrentar têm sido colmatados com a crescente preocupação pela eficiência, conforto e respeito das exigências legais

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Cliente, competitividade e inovação são os principais eixos que unem a Morgado & Ca e que lhe permitem fazer face às oscilações do mercado. Os desafios que as empresas estão a enfrentar têm sido colmatados com a crescente preocupação pela eficiência, conforto e respeito das exigências legais

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Sendo certo que hoje não vivemos sem um smartphone, sem uma ligação a uma app, sem estarmos conectados a uma nuvem, a Morgado & Ca, que actua no mercado da domótica e automação, tem sabido aproveitar as actuais soluções para criar serviços cada vez mais extensíveis e integrados. Ao Construir, Filipe Morgado, CEO da Morgado & Ca, destaca, a integração do sistema View Wireless nas aparelhagens VMAR ou a solução domótica que permite “a sustentabilidade luminotécnica dos edifícios” pensado para as empresas

Que balanço fazem deste ano?

A subida das taxas de inflação está a encher muitas páginas de jornais e a criar muitos efeitos colaterais principalmente no que respeita às matérias-primas que, por motivos da pandemia, que se arrastam desde 2020 e agora acentuada pela guerra, está a levar os fabricantes a ter de encontrar outros mercados e a estabelecer outras parcerias para poder dar resposta às necessidades impostas pelos mercados.

Paralelamente a toda esta situação, registamos o aumento considerável do preço dos combustíveis, do gás e da energia, e como consequência inequívoca assistimos a um crescente continuo do aumento dos preços dos produtos traduzindo-se numa grande instabilidade comercial.

Mas este período também tem trazido pontos positivos, principalmente no que se relaciona com novos projectos tanto na área do terciário como na área do turismo.

Imagino que também a vossa empresa sinta alguns efeitos da crise que estamos a viver. Neste sentido quais os desafios com que se têm deparado?

Claro que sim, estamos num mundo global onde tudo acontece e a Morgado & Ca não é excepção. A experiência diz-nos que, para fazer face às surpresas negativas provocadas pela movimentação dos mercados, é fundamental mantermo-nos competitivos, que é um dos grandes objectivos da Morgado & Ca.

O cliente é para nós, desde sempre e agora mais do que nunca, o nosso principal foco de atenção. A isso juntamos a gestão de um serviço de qualidade, com capacidade de cumprimento de prazos de entrega, em todas as áreas de negócio principalmente na área da automação, o que com o aumento dos custos energéticos e das matérias-primas se traduzem hoje num grande desafio. A todo este jogo temos ainda de associar mais uma regra, que é uma atenção redobrada ao valor/preço aquando da tomada de decisão final.

Aparelhagens VIMAR

O sector onde a Morgado & Cª actua tem sido dos que mais cresceu nos últimos anos. de que forma é que o mercado tem respondido a este crescimento, a esta necessidade?

O sector do material eléctrico está cada vez mais ligado à tecnologia / eficiência energética. Hoje não vivemos sem um smartphone, sem uma ligação a uma APP, sem estarmos conectados a uma nuvem.

A Morgado & Ca, como empresa inovadora que é e associada que está a marcas onde a tecnologia se apresenta como uma fonte de I&D, continua a manter a sua principal preocupação em oferecer soluções, onde a segurança, o bem-estar e a sustentabilidade com base na eficiência energética e diminuição de custos energéticos esteja ao alcance de todos. Temos verificado um aumento da procura por soluções mais tecnológicas e constatado um aumento da preocupação quando o assunto é eficiência energética.

Desde o estudo, ao projecto, passando pelo aconselhamento, até ao produto, hoje temos uma vasta oferta direccionada e pensada para cada necessidade. As soluções de domótica, automação, building automation e Smart-Automation, através das soluções expansíveis da nossa representada VIMAR e em particular do sistema de automação integrado BY-ME, também controlado através de App, têm sido uma aposta da nossa empresa para garantir um maior conforto (através da automação de cortinas e persianas, controlo da iluminação e sistema de som e imagem) e uma maior eficiência energética, nomeadamente na gestão de cargas, controlo ambiente da temperatura e optimização de energia.

Este sistema permite a gestão da energia de forma mais responsável, sem perder qualidade, através de soluções evoluídas capazes de optimizar os consumos, permitindo poupanças até 50%.

Na busca pela eficiência, conforto e respeito das exigências legais, a automação para edifícios adquire uma importância cada vez maior. Afinal, o controle inteligente do edifício ajuda a analisar o potencial económico de energia, o que leva a uma melhoria do desempenho. O mundo da automação está cada vez mais complexo, os edifícios tornam-se cada vez mais inteligentes, exigem cada vez mais tecnologia, o que representa um desafio para o sector da engenharia eletrotécnica e civil.

Outra solução que a Morgado & Ca desenvolveu prende-se com a sustentabilidade luminotécnica dos edifícios. Estamos a falar de um produto financeiro, pensado em exclusivo para os clientes empresariais, que tem como objectivo promover a melhoria da iluminação nos edifícios das próprias empresas, com diminuição nos custos fixos de energia, impacto ambiental, enquanto contribui para o aumento da produtividade de quem nelas trabalha, não esquecendo que a luz é um dos grandes influenciadores de bem-estar.

Neste sentido, como perspectivam o vosso crescimento e em que áreas de actuação irão focar a vossa estratégia?

A nossa estratégia foca-se por um lado, no trabalho continuo de solidificação do crescimento da visibilidade da empresa no mercado, por outro lado como uma empresa tecnologicamente avançada com soluções pensadas e projectadas para cada caso concreto, nas áreas: Reabilitação, Projecto, Soluções tecnologicamente avançadas com a domótica e Building Automation KNX, automação industrial.

Domus VIMAR

No caso concreto da Reabilitação, em que muitas vezes há que trabalhar caso a caso, de que forma as vossas soluções se enquadram?

Basicamente através da integração do sistema View Wireless nas aparelhagens VIMAR, que permitem controlar o consumo de energia em qualquer contexto arquitectónico, através da gestão de iluminação, controlo de persianas ou cortinas eléctricas e gerir cenários, com a maior simplicidade através de interruptores unidirecionais clássicos, via app ou directamente por voz.

O View Wireless pode ser adaptado a qualquer sistema de cablagem, com a possibilidade de o tornar integrável ao longo do tempo. Também é ideal para renovações ou para aumentar as funções de um sistema existente.

Tem sido uma opção muito solicitada, por ser ideal para renovações de espaços ou para reabilitações completas residenciais, de comércio e de escritórios, principalmente quando as condições de construção e obra são bastante limitadas.

Para o efeito, as aparelhagens VIMAR utilizam controlos com tecnologia Bluetooth e Zigbee, o que permite uma instalação sem bateria e sem fios. Este é um sistema bastante útil para o apoio a idosos e a pessoas com mobilidade reduzida.

Que tendências antecipam?

Inevitavelmente, a par da eficiência energética, segurança, mobilidade e de alguma consciência ambiental, assistimos a um crescente desenvolvimento da capacidade de expansibilidade dos sistemas de automação, nomeadamente através da possibilidade de poderem integrar um maior número de soluções, com especial destaque para os sistemas Safety & Security (protecção pessoal e material), uma atenção para o aumento da procura por fontes renováveis, E-Mobility

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Larry Yuen (Midea) e Oliver Müller-Marc (Teka)
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Asiática Midea conclui aquisição do Grupo Teka

Esta transacção permitirá o reforço da estrutura organizacional e das três marcas registadas do Grupo Teka: Teka, Küppersbusch e Intra, enquanto alavanca operações globais e a capacidade de investigação e desenvolvimento da Midea

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O Grupo tecnológico Midea concluiu o processo de aquisição do Grupo Teka (com excepção da Teka Rússia LLC). Esta operação, inicialmente comunicada em Junho de 2024, “fortalece a competitividade global” do Grupo Teka e posiciona-o para uma “rápida expansão” em novas categorias de produto e mercados.

Esta aquisição combina a liderança tecnológica, inovadora e a escala industrial do Grupo Midea, com a herança centenária das marcas do Grupo Teka e a sua robusta presença na Europa, Ásia e América Latina. “Juntas, estas duas organizações disponibilizarão aos consumidores em todo o Mundo soluções ainda mais abrangentes e inovadoras para a casa”, indica o Grupo em comunicado.

Esta transacção permitirá o reforço da estrutura organizacional e das três marcas registadas do Grupo Teka: Teka, Küppersbusch e Intra, enquanto alavanca operações globais e a capacidade de investigação e desenvolvimento da Midea, de forma a criar sinergias.

Esta transacção “solidifica”, também, a estabilidade financeira do Grupo Teka, a sua “eficiência” operacional e liderança de mercado, factores cruciais no actual contexto económico.

O Grupo Midea, fundado em 1968, ocupa o 277º lugar na lista Fortune Global 500 de 2024, sendo, por isso, uma das maiores empresas fabricantes de equipamentos para a casa, cujos negócios vão para lá dos electrodomésticos inteligentes.

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Fornecimento de energia no Hospital Lusíadas
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LoxamHune dá resposta a falhas de energia durante apagão

Desta forma, passou a fornecer energia para cobrir necessidades imediatas em diferentes zonas da Península, nomeadamente, Valência, Corunha, Sevilha, Madrid e em Portugal. O volume total de energia fornecido, 10 MVA (milhões de volt-amperes), equivale ao consumo diário de uma cidade de 20 mil habitantes, indica a empresa

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A LoxamHune, fornecedora de aluguer de máquinas e de energia para vários sectores, forneceu os seus equipamentos para cobrir serviços básicos em grandes áreas de Espanha e Portugal durante a falha geral de energia da passada segunda-feira. O volume total de energia fornecido, 10 MVA (milhões de volt-amperes), equivale ao consumo diário de uma cidade de 20 mil habitantes, de um grande centro comercial ou de mais de 21 mil lares.

Após o apagão, a LoxamHune começou a responder a chamadas que solicitavam equipamento para reabastecer vários centros e instalações na Península, dando prioridade aos serviços de fornecimento com base no nível de urgência.

“Face à inundação de necessidades, decidimos de imediato dar prioridade a setores críticos como os hospitais, as empresas de electricidade e os fornecedores de água”, explica José Bolaños, director da divisão de Energia da LoxamHune. Após a prestação dos primeiros serviços, a empresa alargou o seu fornecimento a outros sectores importantes, como laboratórios e centros logísticos agroalimentares.

Bolaños sublinha a “importância de contar com a colaboração e os recursos das empresas privadas em momentos críticos para fazer face às necessidades mais urgentes e ajudar a repor a normalidade o mais rapidamente possível”.

Desta forma, passou-se a fornecer energia para cobrir necessidades imediatas em diferentes zonas da Península. Em Valência, tal como na DANA, a prioridade foi servir a Iberdrola. Outro cliente importante em Valência foi a Red Eléctrica Española (REE), a quem forneceu energia a uma subestação eléctrica.

Na Corunha foram entregues 3 MVA ao Hospital Chuac, que ali se mantém como reforço de segurança, e em Sevilha foram transportados de urgência 750 kVA para o terminal de contentores de Algeciras.

Houve menos actividade em Madrid, uma vez que as comunicações foram interrompidas após as 14h00. Ainda assim, um gerador de 500 kVA foi entregue no centro logístico da Eroski em Ciempozuelos, e foi fornecido combustível para um gerador que estava a ficar sem energia num lar de idosos na mesma cidade.

Em Barcelona, ​​foi dada prioridade ao serviço à empresa pública de água do Governo catalão, e foi também fornecido um grupo para uma subestação da REE e foi satisfeita uma necessidade crítica devido à potencial perda de medicamentos e vacinas nos laboratórios Almirall.

Por fim, em Portugal, foi prestado serviço ao Hospital dos Lusíadas, no Porto.

“Além disso, estamos a auxiliar na reposição de serviços nos equipamentos de backup em mais de 40 subestações e centros eléctricos, como o Media Markt, ambos clientes com os quais temos contratos activos para estes serviços, caso haja necessidade”. Acrescenta Bolaños.

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CIMPOR conclui investimento de 155M€ no novo Centro de I&D

Segundo os responsáveis da empresa, o novo Centro de I&D da CIMPOR será um polo de inovação em construção sustentável, ciência de materiais e transformação digital, com o objetivo de ser um hub de desenvolvimento de soluções que minimizem o impacto ambiental da construção e contribuam para um futuro mais sustentável

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A CIMPOR anunciou um investimento de 155 milhões de euros nas áreas da inovação e sustentabilidade, através da modernização do Forno 7 e da criação de um Centro de Investigação e Desenvolvimento (I&D). O ministro da Economia, Pedro Reis, visitou o Centro de Produção da CIMPOR, em Alhandra, onde acompanhou os trabalhos e foi apresentado o projeto do futuro Centro de I&D.

O novo Centro de I&D da CIMPOR será um polo de inovação em construção sustentável, ciência de materiais e transformação digital, com o objetivo de ser um hub de desenvolvimento
de soluções que minimizem o impacto ambiental da construção e contribuam para um futuro mais sustentável. O edifício incorporará cimento verde à base de argila calcinada (LC³), que irá
permitir reduzir significativamente as emissões de CO₂, e agregados reciclados, contribuindo para a diminuição da extração de recursos naturais.

Para Cevat Mert, CEO da CIMPOR Portugal e Cabo Verde, “a apresentação destes dois projetos é um momento importante para nós porque evidencia os progressos que levámos a cabo desde que apresentámos o nosso plano de investimento na modernização dos nossos centros de produção. Por outro lado, o futuro centro de R&D é também um sinal da nossa crença no talento português, na força do seu tecido industrial e no papel que Portugal pode desempenhar na transformação do setor da construção por toda a Europa”.

A investigação e desenvolvimento do novo Centro concentrar-se-ão em áreas-chave para a sustentabilidade, incluindo tecnologias de redução de CO₂, como o desenvolvimento de
cimentos com baixo teor de clínquer, captura de carbono e combustíveis alternativos. A reciclagem de betão e a economia circular serão também áreas prioritárias, com a criação de processos para reutilizar betão demolido como matéria-prima. Já a digitalização e a inteligência artificial (IA) serão utilizadas para otimizar a produção, a manutenção e a eficiência energética,
com o desenvolvimento de gémeos digitais e sistemas de monitorização inteligente. No Centro inclui-se ainda investigação da impressão 3D de betão para construção modular, eficiente e
com mínimo desperdício, e a prototipagem rápida de materiais e estruturas.

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Grupo Sanindusa aposta na produção de “energia limpa”

O projecto abrangeu a instalação de 4.733 painéis solares numa área total de 12.206 m2, representando uma potência global de 2,6 MWp. Com esta medida, o Grupo Sanindusa passa a garantir 25% de autoconsumo

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O Grupo Sanindusa, fabricante nacional de soluções para casa de banho e cozinha, concluiu recentemente a instalação de painéis fotovoltaicos nas suas três unidades industriais localizadas em Aveiro, Oiã e Tocha.

O projecto abrangeu a instalação de 4.733 painéis solares numa área total de 12.206 metros quadrados (m2), representando uma potência global de 2,6 MWp. Este investimento tem como principal objectivo “o reforço da produção de energia limpa para autoconsumo, aumentando a eficiência energética e competitividade da empresa”.

Com esta medida, o Grupo Sanindusa passa a garantir 25% de autoconsumo, o que permitirá uma redução significativa da sua fatura energética, bem como a redução de cerca de 1.200 toneladas de CO₂ por ano.

Em comunicado, a Sanindusa, entende que este investimento representa mais um “passo decisivo” na concretização da visão de longo prazo do Grupo. “Acreditamos que o verdadeiro progresso só é alcançado quando há um equilíbrio entre desempenho económico, responsabilidade ambiental e compromisso social. Neste contexto, procuramos constantemente inovar e expandir o negócio de forma sustentável, através da implementação de práticas que minimizem o impacte ambiental, a promoção de um ambiente de trabalho inclusivo e diversificado e a adoção de um modelo de governação assente na transparência e na ética”.

Paralelamente à aposta na energia solar, a Sanindusa tem vindo a implementar diversas iniciativas complementares, nomeadamente, a reutilização e uso eficiente da água nos processos produtivos, reciclagem e incorporação de resíduos industriais, reaproveitamento da energia térmica proveniente de fornos e caldeiras e o desenvolvimento de produtos com base em matérias-primas recicladas, no âmbito da economia circular.

No seguimento da sua participação na Agenda Mobilizadora ECP – Ecocerâmica e Cristalaria de Portugal, o Grupo está, ainda, a desenvolver uma nova linha de produtos sanitários com menor pegada ambiental. Este projecto inclui novas formulações de pastas cerâmicas que integram resíduos industriais em substituição de matérias-primas virgens, bem como novos vidrados que permitem a cozedura a temperaturas mais baixas, reduzindo o consumo energético.

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Remax e Grupo Vantagem reforçam aposta internacional

Durante os três dias do evento, mais de 45 propriedades em Portugal foram promovidas pelo Grupo Vantagem. A presença na IPS Dubai permitiu, ainda, aprofundar a ligação com a Remax Dubai, com quem o Grupo celebrou um protocolo comercial no final de 2024

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O Grupo Vantagem marcou presença, pela terceira vez consecutiva, na IPS Dubai 2025, a maior feira internacional de investimento e promoção imobiliária do Médio Oriente, no icónico Dubai World Trade Center. A comitiva que representou a marca foi liderada por Manuel Chen.

Um dos temas mais abordados foi a obtenção do Golden Visa, tendo o Grupo Vantagem previsto esta tendência com a celebração antecipada de um protocolo com a Best Gold. O que permitiu aos consultores apresentar soluções devidamente validadas e explicadas previamente em sessões formativas.

A presença na IPS Dubai permitiu, ainda, aprofundar a ligação com a Remax Dubai, com quem o Grupo celebrou um protocolo comercial no final de 2024. A agenda incluiu visitas exclusivas a empreendimentos de luxo de promotores como Binghatti, Samana, Sobha e Imtiaz, alguns deles em parceria com marcas de renome como Mercedes-Benz e Buhatti, permitindo um contacto directo com as estratégias de promoção destes projectos.

Durante os três dias do evento, mais de 45 propriedades em Portugal foram promovidas pelo Grupo Vantagem. Além do networking e das reuniões com investidores, locais e internacionais, a participação na IPS Dubai reafirmou o compromisso da marca com a inovação, a internacionalização e a criação de oportunidades reais para os seus consultores e clientes.

De recordar que o Grupo Vantagem foi recentemente premiado na Convenção Internacional Remax, em Las Vegas, como líder mundial em volume de transacções (pelo 7º ano consecutivo), em volume de negócios e número de agentes, pelo 2º ano consecutivo.

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Plataforma big data e AI para reduzir custos energéticos

Start up Portuguesa Builtrix cria plataforma baseada em inteligência artificial e big data para acelerar a descarbonização e melhorar a eficiência energética de organizações e municípios

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A Builtrix, uma tech start-up portuguesa especializada em inteligência energética desenvolveu uma plataforma baseada em big data, machine learning e inteligência artificial, que permite monitorizar e prever padrões de consumo, ajudando os clientes a tomar decisões mais informadas para reduzir custos energéticos e alcançar metas ESG.

Cerca de 75% dos edifícios na União Europeia são energeticamente ineficientes, segundo dados da Comissão Europeia. A transição energética tornou-se uma prioridade para empresas e municípios que procuram reduzir custos, optimizar consumos e cumprir metas de sustentabilidade.

Foi para dar resposta a esta necessidade, bem como para apoiar a adaptação às normativas europeias de ESG, que a Builtrix, foi criada. As suas soluções usam inteligência artificial para transformar dados de contadores inteligentes em informação e dados para empresas e municípios poderem tomar decisões mais informadas para reduzir os seus custos energéticos e pegada de carbono.

A Builtrix está focada em três pilares fundamentais para impulsionar a eficiência energética: poupança de tempo, a automatização da recolha e verificação de dados reduz um processo que antes demorava meses a apenas alguns cliques; decisões estratégicas inteligentes; e conformidade regulatória, uma vez que a plataforma simplifica a adaptação às normativas europeias, como a CSRD, SFDR e a taxonomia da UE.

“A nossa missão é tornar a eficiência energética acessível e impactante. Com a nossa tecnologia, as empresas podem reduzir custos sem comprometer a operação e, ao mesmo tempo, acelerar a descarbonização”, afirma Javad Hatami, fundador e CEO da Builtrix.

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“Estamos totalmente comprometidos com a transição para uma economia de baixo carbono”

Ao CONSTRUIR, o CCO da Cimpor, Ignácio Gómez, explica as transformações que estão a ser adoptadas numa das empresas europeias de referência na indústria cimenteira

Ricardo Batista

Para o Chief Comercial Officer (CCO) da CIMPOR, a previsibilidade é fundamental para as empresas, pelo que a instabilidade governativa não pode ser encarada como positiva. Ainda assim, Ignácio Goméz explica ao CONSTRUIR a estratégia da empresa para uma operação mais sustentável e que passa por um investimento estimado em 1,4 mil milhões de euros, a aplicar na modernização das fábricas do grupo e na eficiência das operações

A CIMPOR acaba de assinalar 130 anos. Muito se conhece a propósito do passado da empresa em Portugal. E o futuro? Por onde passa o futuro?
O futuro da CIMPOR está alicerçado em três grandes pilares: inovação, sustentabilidade e transformação digital. No próximo ano, a CIMPOR celebra 50 anos de existência, enquanto o seu Centro de Produção de Alhandra assinalou recentemente 130 anos, sendo a fábrica de cimento mais antiga do mundo a operar continuamente no mesmo local. Com tantos anos de história, a empresa continua a dar passos decisivos para consolidar a sua liderança no sector cimenteiro, com investimentos em tecnologia e modernização. A rede privada 5G Standalone instalada nas nossas fábricas permite uma digitalização das operações, tornando os processos mais ágeis e eficientes. Ao mesmo tempo, apostamos em soluções inovadoras para aumentar a competitividade e optimizar a utilização dos recursos.

A CIMPOR está também a modernizar as suas fábricas de Alhandra, Souselas e Loulé com projectos que envolvem um investimento total de 360 milhões de euros em tecnologias de eficiência operacional e energética para responder aos desafios do sector. A CIMPOR, portanto, projecta o futuro com a mesma visão de sempre: inovar para crescer, com um forte compromisso com a criação de valor para as comunidades e para o mercado.

A CIMPOR prevê investir 1,4 mil milhões de euros em Portugal até 2030. Quais vão ser as prioridades deste investimento e, no plano prático, como é que o mercado vai percepcionar os resultados desse investimento?
O nosso investimento de 1,4 mil milhões de euros em Portugal até 2030, que já está em curso desde a aquisição da CIMPOR por parte da TCC Group Holdings em Março do ano passado, espelha o compromisso da CIMPOR com a inovação e o reforço da sua competitividade no sector. A grande prioridade deste investimento é a modernização das infraestruturas e a implementação de novas tecnologias, garantindo operações mais eficientes e preparadas para o futuro. Parte significativa desse montante será alocada à modernização das infraestruturas, ao desenvolvimento de novas tecnologias e à introdução de novos produtos que não só atendem aos requisitos ambientais mais exigentes, mas também asseguram a nossa competitividade no mercado global.
Além disso, a aposta na digitalização e na automação permitirá ganhos significativos de eficiência e tornará as operações mais ágeis e competitivas. A modernização das fábricas, a implementação de novas soluções tecnológicas e o reforço da capacidade produtiva vão traduzir-se numa oferta mais diferenciada e numa resposta mais eficaz às necessidades dos clientes.
O mercado vai perceber os resultados desse investimento através de uma maior eficiência na produção, de produtos mais inovadores e da capacidade da CIMPOR em antecipar tendências e responder aos desafios da indústria, garantindo a sua posição de referência no sector cimenteiro.

Disse, em Dezembro último, que “o investimento é grande e se o Governo não está no mesmo ritmo, teremos um problema no futuro”. A instabilidade que se tem vivido em Portugal, do ponto de vista político, pode comportar riscos para a iniciativa privada? Em que medida?
A instabilidade política nunca é positiva para a iniciativa privada, pois significa que processos ficam parados e que decisões estratégicas podem sofrer atrasos. Para empresas como a CIMPOR, que fazem investimentos de grande escala e longo prazo, a previsibilidade é fundamental. Sempre que há incerteza no panorama político, existe o risco de desaceleração nos projectos e nos investimentos planeados. É importante que, independentemente do contexto político, os processos administrativos e regulatórios continuem a avançar a um ritmo que permita às empresas concretizar os seus planos sem entraves desnecessários.

Muito se discute em torno da sustentabilidade e da pegada carbónica na indústria da Construção de um modo transversal. De que modo está a CIMPOR a responder aos desafios que existem pela frente neste domínio e o que está a ser feito para ir ao encontro do que se espera que seja a neutralidade carbónica?
A abordagem da CIMPOR, no que diz respeito à sustentabilidade e à redução da pegada carbónica, é clara e proactiva, especialmente porque reconhecemos o impacto que a nossa indústria tem nas emissões de CO2. Estamos totalmente comprometidos com a transição para uma economia de baixo carbono e a net zero, um objectivo que nos orienta e que estabelece o horizonte de 2050.
No presente, temos em curso um plano estratégico de descarbonização que envolve várias iniciativas e investimentos. Estas incluem, por exemplo, a substituição de combustíveis fósseis por alternativas mais ecológicas, ou o investimento em infraestruturas de energias renováveis, como as UPACs (Unidades de Produção para Autoconsumo) que já estão operacionais. Estamos também a trabalhar em tecnologias de recuperação de calor residual que visam converter o calor gerado no processo de produção de clínquer em energia eléctrica.

Outra grande aposta da CIMPOR é a produção de materiais com menor pegada de carbono, como as argilas calcinadas, que podem substituir parcialmente o clínquer. Além disso, estamos a investir na inovação e no desenvolvimento de novos produtos que atendam às exigências ambientais do mercado, como o cimento de baixo carbono, e estamos a trabalhar em estreita colaboração com as autoridades e as comunidades locais para garantir que todos os processos de descarbonização sejam implementados de forma eficaz e inclusiva.

A CIMPOR compromete-se a alcançar emissões líquidas zero de gases com efeito de estufa ao longo de toda a cadeia de valor até 2050. Como vai ser feito este percurso até à meta traçada?
A CIMPOR tem um compromisso firme de alcançar a net zero até 2050, e este objectivo, que foi validado pela Science Based Targets initiative (SBTi), será alcançado através de uma combinação de iniciativas estratégicas, investimentos em tecnologias inovadoras e colaboração estreita com toda a nossa cadeia de fornecimento.
A descarbonização da produção é uma das nossas prioridades, com investimentos na substituição de combustíveis fósseis por alternativas mais sustentáveis e na eficiência energética das nossas fábricas. Também estamos a desenvolver produtos de menor pegada carbónica, como os cimentos com materiais alternativos, garantindo soluções mais sustentáveis para o sector da construção, sem comprometer a performance dos nossos materiais.

A transição energética será outro factor essencial, com um aumento significativo da incorporação de energia renovável e de combustíveis alternativos, reduzindo as nossas emissões ao longo da próxima década. Ao longo do percurso, também estamos a trabalhar de forma activa com os nossos fornecedores e parceiros para garantir que toda a nossa cadeia de valor contribua para a meta estipulada. A colaboração com os nossos clientes também será um pilar importante, com o desenvolvimento de soluções de construção sustentáveis que permitam a redução das emissões ao longo do ciclo de vida dos edifícios.

Anunciaram, recentemente, uma parceria com a FIZIX, empresa especializada em soluções que combinam sensores inteligentes e software baseado em inteligência artificial, para a adopção de um sistema de monitorização apoiado em IA que possibilitará detectar falhas nas instalações de produção de cimento antes que estas ocorram. Que necessidades identificaram para avançar com esta parceria? Na prática o que vai ser feito?
A parceria com a FIZIX surge como parte da nossa estratégia contínua de inovação e melhoria das nossas operações. A necessidade que identificámos para avançar com esta colaboração está directamente relacionada com o nosso compromisso em aumentar a eficiência operacional, reduzir o risco de falhas inesperadas nas nossas instalações e, consequentemente, optimizar a produção de cimento de forma mais eficiente.

As nossas fábricas estão sujeitas a uma complexa rede de processos e equipamentos que, se não monitorizados de forma contínua e eficaz, podem levar a interrupções ou falhas que impactam a produção. Sabemos que a manutenção preventiva e a detecção precoce de falhas são cruciais para garantir a continuidade da produção e a redução de custos operacionais. Foi neste contexto que identificámos a FIZIX como um parceiro estratégico, dada a sua expertise em soluções baseadas em inteligência artificial (IA) e sensores inteligentes.
Na prática, o que vamos fazer é implementar um sistema de monitorização avançado que utiliza sensores inteligentes para monitorizar em tempo real o desempenho das nossas instalações e equipamentos. Este sistema, alimentado por IA, será capaz de analisar grandes volumes de dados de forma eficiente, identificar padrões e, o mais importante, prever falhas antes que estas ocorram. Em vez de depender apenas da manutenção reactiva, que é mais custosa e disruptiva, passamos a contar com uma abordagem proactiva, que permite antecipar problemas e agir antes que afectem a produção.

Com esta parceria, vamos equipar as nossas instalações com sensores que irão medir variáveis críticas, como temperatura, pressão e vibração dos equipamentos, e enviar esses dados para uma plataforma centralizada. A inteligência artificial será responsável por analisar esses dados em tempo real, identificando potenciais falhas e notificando os responsáveis antes que estas se tornem um problema sério. Isso não só vai aumentar a confiabilidade dos nossos processos, mas também contribuirá para uma gestão mais eficiente da manutenção, permitindo que as equipas operacionais tomem decisões informadas com base em dados em tempo real.

Este sistema não se limita apenas à detecção de falhas, mas também permitirá uma optimização contínua dos processos. Ao perceber melhor o comportamento dos equipamentos, podemos identificar áreas de melhoria e ajustar os parâmetros operacionais para aumentar a eficiência e reduzir o desperdício.
Além disso, a integração de IA na nossa operação permitirá que a CIMPOR se mantenha na vanguarda da transformação digital na indústria cimenteira, alinhando-se com as melhores práticas de Indústria 4.0, onde a automação, a análise de dados e a inteligência artificial desempenham um papel central.

Uma empresa marcadamente cimenteira, como olha para a industrialização dos processos construtivos e para a “desejada” evolução dos processos de fabrico mais tradicionais?
A CIMPOR olha para a industrialização dos processos construtivos com grande interesse e atenção, pois acreditamos que esta tendência representa uma oportunidade significativa para o sector da construção e para a indústria cimenteira como um todo. A industrialização, nomeadamente a utilização de tecnologias avançadas e a automação, pode trazer uma série de benefícios, como a melhoria da eficiência, redução dos custos de produção e, acima de tudo, a garantia de maior qualidade e previsibilidade nos projectos de construção.
No entanto, para a CIMPOR, a industrialização não é apenas uma tendência passageira, mas uma realidade que já está a moldar o futuro da construção. A utilização de métodos mais modernos de fabrico, como a impressão 3D, o pré-fabricado e a construção modular, está a ser cada vez mais adoptada no sector da construção e irá, sem dúvida, transformar a forma como as obras são realizadas, criando novas exigências para os materiais e soluções que oferecemos. O cimento, como matéria-prima central na construção, precisa de acompanhar esta evolução, com produtos inovadores e mais adaptados aos novos métodos de construção.

A “desejada” evolução dos processos de fabrico mais tradicionais não significa que vamos abandonar a produção de cimento convencional, mas sim que devemos integrar novas tecnologias e processos mais eficientes, como os que estamos a implementar no âmbito da digitalização e da descarbonização. Este processo de evolução passa, por exemplo, pela melhoria das técnicas de produção, pela optimização da utilização de recursos e pela aposta na inovação, como já estamos a fazer.
Além disso, os avanços nos processos construtivos industriais exigem uma estreita colaboração entre a indústria do cimento e o sector da construção, pois as soluções mais inovadoras precisam de ser pensadas e adaptadas em conjunto. A CIMPOR, com a sua longa experiência e presença no mercado, tem um papel fundamental em fornecer produtos e soluções mais adaptáveis às necessidades da indústria da construção no futuro.

Do ponto de vista da industrialização, o cimento continuará a ser a base para as grandes obras de infraestrutura, mas com o avanço das novas tecnologias, estamos a trabalhar para que o cimento também seja mais eficiente e mais bem adaptado às exigências dos métodos de construção mais modernos. O nosso compromisso com a inovação vai ao encontro dessa necessidade de adaptação dos processos construtivos, tornando-os mais industriais e mais eficientes.
Olhamos para a industrialização dos processos construtivos não como uma ameaça, mas como uma evolução natural do sector, na qual a CIMPOR está activamente envolvida, com o objectivo de estar alinhada com as novas necessidades da indústria da construção.

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Ricardo Batista

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Comissão Europeia dá luz verde ao estatuto de “cliente electrointensivo”

A medida dirige-se a indústrias com elevado consumo energético, que irão beneficiar de uma redução dos encargos com os Custos de Interesse Económico Geral (CIEG). O regime, cujo orçamento estimado ascende a 612 milhões de euros, deverá apoiar 319 empresas e vigorará até 22 de Abril de 2035

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A Comissão Europeia aprovou o estatuto do “cliente electrointensivo”, uma iniciativa do Governo que visa responder às necessidades específicas das indústrias de elevado consumo energético, promovendo a redução dos custos da electricidade para sectores estratégicos da economia nacional, tais como cerâmicas, vidro, metalomecânica e têxteis.

O apoio ao regime português contará com um financiamento de 612 milhões de euros destinado a reduzir as taxas de imposto sobre a electricidade cobradas às empresas com utilização intensiva de energia. O regime visa reduzir o risco de estas empresas com utilização intensiva de energia deslocalizarem as suas actividades para países terceiros que têm políticas climáticas menos ambiciosas.

A medida “permite que Portugal apoie as empresas particularmente expostas ao comércio internacional cujas actividades dependem largamente da electricidade. O regime mantém os incentivos para uma descarbonização eficaz da economia portuguesa, limitando ao mínimo as distorções da concorrência. Reforça igualmente a competitividade das empresas que beneficiam de apoio, em consonância com os objectivos do Pacto da Indústria Limpa”, explica Teresa Ribera, vice-presidente executiva da Comissão responsável pela Transição Limpa, Justa e Competitiva

Portugal introduziu vários impostos para financiar as suas políticas energética e ambiental, entre os quais os impostos que financiam a produção de electricidade a partir de fontes de energia renováveis, o apoio a medidas de eficiência energética, e as tarifas sociais e a promoção da produção de electricidade em regiões isoladas.

O regime de auxílios estatais visa reduzir as taxas de imposto cobradas às empresas com utilização intensiva de energia, a fim de reduzir o risco de estas deslocalizarem as suas actividades para países terceiros com políticas climáticas menos ambiciosas. O regime, cujo orçamento estimado ascende a 612 milhões de euros, vigorará até 22 de Abril de 2035.

“Com a aprovação por parte da Comissão Europeia, o Governo está em condições de emitir a portaria que regulamenta o Estatuto do Cliente Electrointensivo, permitindo que, após a sua publicação, as empresas elegíveis beneficiem de uma redução parcial dos encargos com os Custos de Interesse Económico Geral (CIEG). As reduções podem atingir um limite máximo de 75% ou, em determinados casos, 85%, caso as instalações demonstrem que pelo menos 50% do seu consumo de electricidade provém de fontes renováveis e que pelo menos 10% desse consumo seja assegurado por um contrato de longo prazo ou 5% seja proveniente de autoconsumo renovável”, refere nota do Governo. O número estimado de consumidores elegíveis é de 319 empresas, com um apoio anual previsto de, pelo menos, 60 milhões de euros através da isenção parcial dos CIEG.

Para serem elegíveis, as empresas devem cumprir determinados critérios, tais como o consumo mínimo anual de energia eléctrica de 1 GW; o consumo anual nos períodos horários de vazio normal e supervazio igual ou superior a 40% e ter um grau de electrointensidade anual igual ou superior a 1 kWh/€ de valor acrescentado bruto.

“O reconhecimento do Estatuto do Cliente Electrointensivo por parte da Comissão Europeia é um forte impulsionador do crescimento da economia portuguesa. A aposta na redução dos custos da energia para sectores estratégicos, em particular na indústria, representa um reforço na competitividade nacional e mais um passo no caminho da necessária transição energética”, sublinha na mesma nota o ministro da Economia, Pedro Reis.

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Greenvolt vende parque eólico na Polónia por 174,4 M€

A transação é referente à venda de um parque eólico de 83,2 MW localizado em Pelplin, região centro-norte da Polónia, à Enea Nowa Energia, totalmente operacional composto por 16 turbinas, cada uma com uma capacidade de 5,2 MW

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A Greenvolt Power, promotora de projectos de energia eólica, fotovoltaica e baterias de grande escala, parte do Grupo Greenvolt, finalizou a venda do parque eólico de Pelplin. O comprador, Enea Nowa Energia, faz parte do Grupo Enea, um dos maiores fornecedores de electricidade da Polónia, que opera em toda a cadeia de abastecimento, desde a geração de energia até à sua distribuição. A transação foi avaliada em 174,4 milhões de euros.

Localizado no município de Pelplin, no centro-norte da Polónia, o projecto obteve todas as licenças necessárias e está totalmente operacional, sendo composto por 16 turbinas Siemens Gamesa SG145 de 5,2 MW cada, com uma capacidade total instalada de 83,2 MW.

“O parque eólico de Pelplin é uma demonstração clara da nossa capacidade de executar e entregar ativos de grande escala que são atrativos e valorizados pelo mercado. A sua aquisição pela Enea Nowa Energia confirma isso mesmo e está alinhada com a nossa estratégia de vender uma parte significativa dos nossos activos nas fases RtB (Ready to Build) ou COD (Commercial Operation Date), dependendo do potencial de retorno”, afirmou João Manso Neto, CEO do Grupo Greenvolt.

A construção do parque eólico de Pelplin iniciou em Junho de 2023, tendo sido concluída dentro do prazo inicialmente previsto, em Dezembro de 2024, e está equipado com turbinas Siemens Gamesa SG145 com capacidade de 5,2 MW, uma das tecnologias mais avançadas disponíveis no mercado e reconhecidas pela sua eficiência e alto desempenho em projectos de grandes dimensões.

“O projecto Pelplin prova a nossa capacidade de implementação e reforça ainda mais a nossa posição de liderança no mercado polaco e europeu. Pelplin é um exemplo bem demonstrativo de um investimento que concebemos desde o início, assegurando a sua máxima eficiência e gerando um importante retorno para o Grupo” acrescentou Radek Nowak, CEO da Greenvolt Power.

No segmento de projectos de grande escala, o Grupo Greenvolt tem um portfólio de 10,9 GW em 17 países, prosseguindo uma estratégia de rotação de activos através da alienação de 70–80% dos mesmos nas fases RtB ou COD.

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Hipoges implementa tecnologias para reduzir consumo de energia nos seus imóveis

Num mercado onde os imóveis “verdes” estão em ascensão, a Hipoges aposta na modernização de sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado, bem como a instalação de painéis solares e outras fontes de energia renovável nos seus activos imobiliários

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Com o objectivo de “aumentar” a sustentabilidade e a “cotação ESG” dos imóveis sob a sua gestão, a Hipoges, tem implementado um conjunto de políticas, nomeadamente, a implementação de tecnologias avançadas e melhorias estruturais que auxiliem na redução do consumo de energia.

Num mercado onde os imóveis “verdes” estão em ascensão, impulsionado por políticas governamentais favoráveis, incentivos fiscais e uma crescente consciencialização sobre a importância da sustentabilidade, a Hipoges aposta na modernização de sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado, bem como a instalação de painéis solares e outras fontes de energia renovável nos seus activos imobiliários.

A adopção de critérios que fomentem e desenvolvam a melhoria da sustentabilidade dos imóveis torna-os mais atractivos para investidores, que são cada vez mais conscientes das questões ambientais e sociais. O foco na eficiência energética e certificações verdes responde a esta crescente procura, que está alinhada com as tendências do mercado imobiliário na Europa.

Para este efeito, a Hipoges avançou com análise de peritagem energética em mais de 2500 activos e conta actualmente com mais de 10% de imóveis em carteira com classificação energética abrangida pelo Sistema de Certificação Energética dos Edifícios (SCE) gerido pela ADENE (Agência para a Energia) com certificados superiores a B-, ou seja, B, A e A+. Destes, 25% são imóveis residenciais e os restantes 75% estão inseridos no sector de comércio e serviços.

“Sabemos que investir em imóveis mais eficientes pode envolver poupanças significativas, que se reflectem tanto no custo operacional do imóvel quanto no impacto ambiental, alinhando-se assim com as crescentes preocupações com a natureza e a sustentabilidade”, explica José Diogo Jesus. Mas nem sempre é possível encontrar esses imóveis verdes disponíveis no mercado. “Apesar da preocupação dos nossos consumidores, muitos têm optado também por investir e melhorar os imóveis convencionais”, afirma José Diogo Jesus, responsável pela área de Property Real Estate.

Além do aumento na procura, também se registou um crescimento na conversão de imóveis verdes. Com esta dinâmica de mercado, a Hipoges tenta acompanhar a mudança de mercado, consolidando o compromisso da empresa em continuar a investir em activos sustentáveis.

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