SIL assume-se como o “marketplace de excelência” para internacionalização do sector
Sandra Bértolo Fragoso, gestora do SIL, traça ao CONSTRUIR o retrato de mais uma edição. Um espaço “por excelência” do sector que este ano está a superar as expectativas. Além de ser palco da apresentação de projectos imobiliários, assim como de temas que marcam a actualidade, a feira pretende, cada vez mais, apresentar-se como uma “plataforma para captação de investimento estrangeiro”

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Sandra Bértolo Fragoso, gestora do Salão Imobiliário de Portugal (SIL), traça ao CONSTRUIR o retrato de mais uma edição. Um espaço “por excelência” do sector que este ano está já a superar as expectativas no que diz respeito à área ocupada, o que parece consolidar a estratégia da AIP em realizar as duas feiras em simultâneo, assim como a alteração da data, depois de três anos atípicos.
Texto: Cidália Lopes
Nesta que será a segunda edição do SIL numa nova data, quais as expectativas para este ano?
As expectativas são muito positivas, a data de realização tem-se revelado adequada, permitindo retirar sinergias da simultaneidade com a Tektónica. O SIL assume-se como o evento líder do imobiliário em Portugal e a plataforma para a internacionalização. Nesse sentido, à semelhança das edições anteriores, o SIL vai ser palco de apresentação dos principais projectos imobiliários e de debate de temas actuais e emergentes, como por exemplo a falta de habitação, o aumento das taxas de juro, o investimento estrangeiro, o regime do licenciamento urbano, o arrendamento, a construção sustentável, entre outras temas que o País e o Mundo atravessam.
Nesta edição prevemos uma forte adesão por parte de visitantes. Recordo que, em 2022, 95% dos visitantes considerou o SIL como o evento mais representativo do sector imobiliário em Portugal e 83% afirmou que o Salão contribui para a projecção do sector imobiliário a nível internacional.
Este ano, os eventos, vão ocupar 35 mil m2 de exposição e ainda o PT Metting Center onde se realizarão as Conferências do SIL, tendo já ultrapassado largamente os números da edição anterior.
Tendo em conta, a edição anterior e as expectativas para este ano, pode afirmar-se que o formato conjunto do SIL e Tektónica, assim como a sua realização em Maio, irão manter-se? Consideram ser um formato de sucesso e que melhor ‘serve’ as empresas participantes?
Sim. O SIL realiza-se em simultâneo com a Tektónica, beneficiando das sinergias que existem entre o sector da construção e do imobiliário. Os eventos, complementares, podem ser visitados em simultâneo e proporcionam não só o network e a concretização de negócios como o debate sobre tendências e o futuro da construção e do imobiliário. Dado a forte adesão das empresas participantes e o facto de termos o espaço completamente ocupado, confirma-se que é um formato de sucesso.
Qual o número de presenças esperado?
Na última edição, os dois eventos ocuparam 20 mil m2 com exposição e conferências, num total de mais de 200 expositores e mais 15 mil visitantes. Este ano já ultrapassamos todos os indicadores físicos das feiras, temos mais de 400 expositores e temos a expectativa de ultrapassar o número de visitantes.
E que iniciativas se destacam nesta edição?
O SIL representa o ponto de encontro entre expositores e os visitantes, o que proporciona uma participação activa na feira, quer através das conferências e quer no contacto directo com o mercado. Deste modo, estão agendadas conferências que irão decorrer durante os dois primeiros dias da feira – 4 e 5 de Maio – no âmbito do SIL Investment Pro, powered by APPII.
A discussão de debate realiza-se com os diversos players do mercado, públicos e privados, que terão oportunidade de partilhar experiências e opiniões sobre os desafios conjunturais que enfrentam. De salientar o tema “Desafios da Habitação” na conferência SIL Cidades, com a participação de vários autarcas, que dá início às conferências no primeiro dia do evento, a 4 de Maio. No segundo dia da conferência “SIL Investment Pro powerd by APPII,” far-se-á um diagnóstico do “Estado da Nação” do imobiliário, da habitação e do investimento.
No dia 4 de Maio, realiza-se, ainda, a conferência “ESG & Arte: O caminho para a valorização do imobiliário”, organizada pela WIRE – Women in Real Estate em Portugal, a associação de networking para mulheres profissionais do mercado imobiliário e que se dedica a promover e envolver mulheres com cargos de topo de vários sectores do mercado imobiliário, garantindo maior diversidade no sector.
Por fim, terão lugar outras conferências, nomeadamente de consultoras imobiliárias que fazem do SIL o ponto de encontro das suas equipas dirigentes e comerciais.
Paralelamente, o SIL Village é um espaço onde os profissionais podem ainda estabelecer relações privilegiadas com os parceiros e/ou potenciais investidores, num ambiente privado e informal.
Qual a cidade convidada e que iniciativas estão previstas neste âmbito?
Nesta edição, a adesão ao SIL Cidades, continua a crescer, neste momento temos o maior número de cidades presentes, designadamente, Lisboa, Porto, Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Funchal, Seixal, Loures e Santarém. As Cidades estarão em destaque quer na exposição, quer no âmbito das Conferências “SIL Investment Pro”. Esta é uma oportunidade para os municípios darem a conhecer as suas políticas de habitação, os seus activos imobiliários e todas as suas potencialidades aos investidores e aos cidadãos em geral. A Câmara Municipal de Lisboa é co-organizadora do evento, desde longa data, e um parceiro estratégico fundamental.
Um ano depois da edição anterior, mantém-se a Guerra na Ucrânia, a instabilidade económica, a que se somam as recentes medidas anunciadas no programa ‘Mais Habitação’. De que forma, a organização do SIL ‘sente’ o mercado imobiliário? Estas serão questões que irão marcar mais uma edição do SIL?
Actualmente, o mercado imobiliário enfrenta grandes desafios no contexto geopolítico. Somam-se as dificuldades que advém da guerra, tais como o aumento do preço dos materiais de construção, à escassez de oferta de habitação para a classe média, à elevada taxa de inflação, à subida das taxas de juros, e à consequente diminuição do poder de compra, além do novo pacote de medidas anunciado pelo Governo para a habitação. Neste sentido, o SIL assume-se como um palco de excelência para o debate do sector, não só através do programa de conferências com foco nas temáticas actuais, como de um encontro do sector imobiliário com os profissionais, técnicos, organismos públicos e parceiros estratégicos – APPII, APEMIP e a ALP.
Assim, podemos afirmar que o “SIL Investment Pro” é o palco premium do debate do sector com um programa de conferências que foca as temáticas actuais e permite a troca de experiências e opiniões na procura de soluções. Além disso, a própria exposição é uma mostra de soluções que vão desde activos imobiliários, a serviços, financiamento, entre outros. Esta troca de experiências tem o objectivo de encontrar novas soluções que vão desde activos imobiliários, a serviços, financiamento, entre outros.
Todos estes temas serão debatidos no âmbito do SIL. A exposição, as conferências, o network, o B2B e o B2C são meios de inquestionável valor que afinam processos e estratégias que conduzam a bons resultados.
O mercado imobiliário, revela uma vez mais uma forte resiliência e dinamismo, facto comprovado pela forte adesão das empresas ao Salão e aos seus eventos.
Que novidades apresenta o SIL este ano?
Além da oferta em exposição, serão conhecidos novos projectos através das candidaturas ao Prémio SIL do Imobiliário. Este ano há três categorias novas: a “Melhor Campanha de Lançamento”, a “Inovação” e a “Responsabilidade Social” – atribuir o melhor projecto imobiliário em prol e para a comunidade (subcategorias – projecto, promoção imobiliária e mediação imobiliária). Mantêm-se as categorias “Construção Sustentável e Eficiência Energética”, “Melhor Empreendimento Imobiliário” (subcategorias – comércio, serviços e logística, habitação e turismo) e “Reabilitação Urbana” (subcategorias – habitação, turismo, espaços públicos, escritórios, comércio e serviços). Os vencedores serão conhecidos na Cerimónia de entrega de Prémios no dia 4 de Maio, no SIL.
Ainda no âmbito do sector imobiliário, a Fundação AIP tem uma aposta forte na promoção das empresas no estrangeiro através da realização de feiras. O que está previsto neste sentido?
A Fundação AIP contribui para a dinamização dos sectores envolvidos – o imobiliário e a construção, respectivamente, evidenciando a sua missão de ajuda às empresas portuguesas, quer na captação de compradores internacionais quer na organização de eventos no estrangeiro.
Ainda no âmbito da internacionalização, temos as parcerias com os Salões congéneres internacionais – Expo Real (Munique), Mipim (Cannes) e Moving to Portugal (Londres) –que têm incrementado a visibilidade ao SIL, potenciando a captação de investimento para Portugal. De referir ainda, o Salão Imobiliário de Paris “IN PORTUGAL” no qual o SIL participa ao nível da organização.
O SIL é, ainda, a plataforma para captação de investimento estrangeiro, nomeadamente, Brasil, China, Reino Unido, França, E.U.A, através da compra directa de activos ou através do desenvolvimento de novos projectos imobiliários e assumindo-se assim como o Marketplace de excelência para a internacionalização do sector.