Estudo: Escritórios registam melhor performance desde início do ano
Dados do Office Flashpoint da JLL mostra que ocupação de escritórios no mercado português registou crescimentos em Lisboa e no Porto, de 78% e 108% , respectivamente
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Num 2023 marcado pela contenção da actividade, Maio trouxe um novo fôlego à ocupação de escritórios no mercado português, consagrando-se o melhor mês para o sector quer em Lisboa quer no Porto, com crescimentos mensais de 78% e 108%, respectivamente, apurou o Office Flashpoint da JLL.
“As empresas continuam activas na procura de espaços, naturalmente com expectativas mais cautelosas nas suas estratégias de mudança e expansões face à evolução da economia. Além disso, continuamos a operar num mercado com falta de stock moderno e de qualidade pronto a ocupar, tendo em conta que boa parte do stock em fase de conclusão já se encontra pré-arrendado”, afirma Sofia Tavares, head of Office Leasing da JLL.
Contudo, “é expectável que se mantenha esta evolução positiva”, sendo que “à medida que algumas das obras já no terreno vão avançando, também a sua ocupação possa avançar”, acrescenta.
No mercado de Lisboa foram colocados 9.900 m2, confirmando “uma melhoria de 78% face a Abril”, indica o estudo. Neste mês foram concluídas 11 operações de arrendamento, todas para ocupação imediata, com uma área média de 900 m2 e das quais quatro envolveram a tomada de áreas superiores a 1.000 m2. A zona 5 – Parque das Nações captou a maior fatia da ocupação, 57%, com o sector das TMT’s & Utilities a liderar, sendo responsável por 49% da procura.
Em termos acumulados, até Maio foram concluídas 62 operações e ocupados 35.380 m² em Lisboa, com quebras de 28% e de 76%, respectivamente, face aos níveis de actividade registadas no mesmo período do ano passado.
Maio também se destacou como o mês mais dinâmico de 2023 no mercado do Porto, onde a absorção mais que duplicou (108%) face a Abril, para 8.350 m2. Com 88% da ocupação a corresponder a arrendamento e 12% a subarrendamentos, apenas 32% da área transaccionada estava disponível para ocupação imediata, com os restantes 68% a terem sido contratados em pré-arrendamento. A Zona Empresarial do Porto – zona 3 foi o eixo mais ativo, captando 68% da ocupação mensal, ao passo que o sector mais dinâmico foi o dos Consultores e Advogados, responsável por 72% da área transaccionada. Das sete operações concluídas em Maio, uma envolveu a tomada de uma área superior a 5.500 m2, impulsionando a área média por operação para 1.190 m2.
Entre Janeiro e o final de Maio, foram concluídas 26 operações no mercado de escritórios do Porto, menos 10% que no período homólogo, totalizando uma absorção de 20.045 m2, numa quebra anual de 15% face aos primeiros cinco meses de 2022.