Estrangeiros mantêm investimento acima dos 900M€ na ARU de Lisboa
Compradores internacionais adquiriram 1.580 imóveis no valor de 911,8 milhões de euros em 2023. Números que representam uma redução de 7% em número de transacções face a 2022, mas que mantém estável o volume de capital investido

CONSTRUIR
As Legislativas esmiuçadas, a Open House e o ‘novo’ Pavilhão de Portugal em destaque no CONSTRUIR 530
Apagão ibérico revela “fragilidades” na Europa
Crescimento de flexspaces deve-se à “rapidez da operacionalidade” e “flexibilidade de prazos”
Habitat Invest lança lote 3 do Almar Beach
Prémio António Almeida Henriques 2025 destaca empresas e autarquias
IP consigna a última empreitada das obras do PRR
Melom e Querido Mudei a Casa Obras com volume de negócios de 6,6 M€ no 1º trimestre
Sete gabinetes portugueses finalistas nos A+Awards 2025
Accor assume gestão do Anantara Vilamoura, o primeiro da marca Fairmont em Portugal
Estão abertas as candidaturas à 21ª edição do Prémio Fernando Távora
Em 2023, foram transaccionados 4.750 imóveis residenciais na Área de Reabilitação Urbana (ARU) de Lisboa num montante que ascendeu a 2.217,7 milhões de euros. Os estrangeiros foram responsáveis por 33% das compras em número de imóveis e 41% em volume de investimento, correspondendo a 1.580 transacções no valor de 911,8 milhões de euros, respectivamente. A actividade internacional reduziu 7% em número de transacções face a 2022, mas manteve o volume de capital investido estável (+0,2%). Em 2022, os estrangeiros tinham adquirido 1.700 imóveis no valor de 909,8 milhões de euros.
Os dados são revelados pela Confidencial Imobiliário, considerando aquisições de habitação realizadas por compradores particulares no perímetro da Área de Reabilitação Urbana de Lisboa, a qual abrange 21 das 24 freguesias do concelho (excluem-se Santa Clara, Lumiar e Parque das Nações).
O comportamento agregado do investimento estrangeiro não é, contudo, transversal às nacionalidades mais dinâmicas, as quais incluem os norte-americanos (16% dos imóveis adquiridos por estrangeiros), franceses (13%), britânicos (9%), chineses (8%), brasileiros (6%) e alemães (5%). Por um lado, os norte-americanos e os britânicos, que aumentaram o seu investimento, quer em número de imóveis quer em montante investido, com evidência para o Reino Unido, cujos compradores investiram um valor 49% acima de 2022. Por outro lado, as restantes nacionalidades mencionadas, que perderam dinâmica relativamente a 2022, com menos operações e menor volume de capital investido, liderados pelos compradores chineses, cujo montante aplicado na compra de habitação reduziu 46% face ao ano anterior.
No que respeita aos compradores portugueses, em 2023 adquiriram 3.170 imóveis no valor de 1.305,9 milhões de euros, o equivalente a 67% e 59% do mercado residencial da ARU em número de transacções e capital investido, respectivamente. A actividade doméstica traduz uma quebra anual de 14% em número de transacções e de 23% em montante investido. Em 2022, esta franja da procura adquiriu 4.100 imóveis no valor de 1.517,5 milhões de euros.
Estrela, Santo António e Arroios foram os principais destinos do investimento estrangeiro. Cada uma destas freguesias registou cerca de 190 transacções (quotas de 12%) e são as únicas três com mais de 100 milhões de euros de investimento estrangeiro em habitação em 2023.