Câmara de Coimbra lança concurso para requalificar Escola Eugénio Castro por 10,5M€
O concurso agora lançado, para uma obra que se espera que esteja concluída dentro de dois anos, está enquadrado num pacote de investimentos previstos na Região Centro, região que tem a maior fatia dos 450 milhões de euros afectos a este aviso de abertura, num valor de 150 milhões de euros de investimento

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Estão avaliados em 10,5 milhões de euros os trabalhos de beneficiação e requalificação da Escola Básica Eugénio de Castro, uma iniciativa promovida pela autarquia de Coimbra que recorre a financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência para inverter o avançado estado de degradação em que se encontra o equipamento, construído em 1972.
O concurso agora lançado, para uma obra que se espera que esteja concluída dentro de dois anos, está enquadrado num pacote de investimentos previstos na Região Centro, região que tem a maior fatia dos 450 milhões de euros afectos a este aviso de abertura, num valor de 150 milhões de euros de investimento.
De acordo com a autarquia liderada por José Manuel Silva, este projecto de beneficiação e reabilitação visa fundamentar o investimento previsto na cláusula terceira do Acordo Sectorial de Compromisso no domínio da Educação celebrado entre o Governo e a Associação Nacional de Municípios Portugueses, a 22 de Julho de 2022, no qual o Governo assumiu o compromisso de “realizar ou assegurar o financiamento de investimentos de construção de novas infraestruturas e de recuperar/reabilitar/ampliar um conjunto de escolas dos 2º e 3º ciclos e escolas secundárias, cuja propriedade passou para os municípios e identificadas como necessitando de intervenção prioritária, ou seja, de intervenção mais profunda”, o que é o caso da EB Eugénio de Castro.
Envelhecida e desgastada
Construída em 1972 para o então designado ensino preparatório, a escola Eugénio de Castro tem uma capacidade para 1.008 alunos, distribuídos por 18 turmas do 2º ciclo e 18 turmas do 3º ciclo do EB. É constituída por oito blocos. O seu estado de conservação é mau, embora com nova cobertura (executada em 2022) e sem problemas estruturais graves, está muito envelhecida e desgastada por 50 anos de uso intenso sem manutenção adequada. O seu maior problema construtivo é a questão térmica, uma vez que não tem qualquer tipo de isolamento nem nas paredes, nem nos tectos ou pavimentos e as grandes áreas envidraçadas sem estores ou palas de protecção, realizados numa série de alumínio muito deficiente e com vidros simples, concorrem para uma grande perda de energia durante a estação fria e uma grande acumulação de calor na estação quente. Ao nível dos arranjos exteriores, embora com áreas amplas e bastantes zonas verdes, acusa problemas nos muros de vedação e suporte e também nos pavimentos partidos e envelhecidos e com muitos desníveis. As principais alterações funcionais pretendem libertar os blocos destinados a aulas exclusivamente para esse fim, alocando a biblioteca e o auditório noutros locais. O refeitório e a cozinha vão ser objecto de uma pequena ampliação para rentabilizar os espaços. No pavilhão gimnodesportivo pretende-se demolir o bloco existente de balneários, insuficiente e degradado, e executar quatro blocos modulares, soltos do pavilhão, sendo três com a valência de balneários e uma sala de dança/ginástica.
Do projecto de execução agora aprovado, e da autoria dos serviços da própria Câmara, constam os projectos de arquitectura, de estabilidade, de instalação de gás, de redes prediais de água e esgotos, de águas pluviais, de alimentação e distribuição de energia eléctrica, de instalações eletromecânicas (AVAC), de infraestruturas de telecomunicações, de arquitectura paisagista, de condicionamento acústico, de segurança contra incêndios em edifícios, bem como o estudo de comportamento térmico e os planos de segurança e saúde, de gestão de resíduos de construção e demolição, as condições técnicas especiais, medições e orçamentos, incluindo, ainda, o sistema solar fotovoltaico para autoconsumo, segurança integrada, sistema de gestão técnica centralizada e certificação energética.
Investimento alargado
“Além da reabilitação e beneficiação das infraestruturas, serão melhorados os espaços específicos para as disciplinas artísticas, laboratoriais e desportivas”, sublinhou Ana Cortez Vaz. Na sua intervenção, a vereadora, que conta também com a pasta da habitação social, referiu que a Câmara de Coimbra já assinou um termo de responsabilidade para acelerar os processos de construção e reabilitação associados ao Programa 1.º Direito, do PRR. Aproveitando essa medida avançada pelo actual Governo, o município já viu aprovada a reabilitação de 33 fogos no bairro Fonte do Castanheiro, cuja candidatura tinha sido submetida há nove meses e continuava sem resposta por parte do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU). Também no período antes da ordem do dia, o presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva deu conta de que espera que os procedimentos para comprar 30 autocarros eléctricos, anunciado este ano, “possa acontecer em 2025”. O autarca congratulou-se ainda com a inauguração de um centro da multinacional Constellation Automotive Group, que opera no mercado automóvel, no Estádio Municipal de Coimbra, que conta já com 50 trabalhadores e que perspectiva chegar aos 250 até 2026.