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    Opinião

    Da Sustentabilidade

    De facto tudo mudou. Hoje em dia não fazer construções de baixa pegada de carbono, com sistemas de conservação energética, e com colectores de energia solar, é ser um mau profissional e estar a prejudicar o cliente, gastando a curto prazo mais recursos do cliente

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    Da Sustentabilidade

    De facto tudo mudou. Hoje em dia não fazer construções de baixa pegada de carbono, com sistemas de conservação energética, e com colectores de energia solar, é ser um mau profissional e estar a prejudicar o cliente, gastando a curto prazo mais recursos do cliente

    André Caiado
    Sobre o autor
    André Caiado

    Muito se fala de sustentabilidade, muito se fala de conservação energética, fica bem falar de sustentabilidade e de conservação energética. É um tema relevante para qualquer conversa com qualquer interlocutor em qualquer ambiente. Durante décadas foi uma bandeira que hasteamos e que ajudava a vender projectos.

    Fala-se, e fica bem falar de, mas esquecemos que enquanto falamos a nível político, a nível familiar e a nível social, o paradigma da conservação energética alterou-se substancialmente.

    Ora vejamos, os edifícios inteligentes eram para as grandes empresas que podiam pagar a factura, as casas domóticas, ZEB (edifícios de energia 0) e toda a outra parafernália de nomes para o mesmo fim que se usam desde os anos 80 do século passado, e que apontavam para o que deveria ser feito (e como seria bom que fosse feito desta maneira). Mas custava mais caro, e por isso ou alguém queria arvorar a bandeira da ecologia ou pouco acabava por ser feito.

    De facto tudo mudou. O paradigma alterou-se. Hoje em dia não fazer construções de baixa pegada de carbono, com sistemas de conservação energética, e com colectores de energia solar, é ser um mau profissional e estar a prejudicar o cliente, gastando a curto prazo mais recursos do cliente do que seriam gastos se o projecto fosse energeticamente eficiente.

    Em resumo, passamos a ter edifícios mais baratos no seu ciclo de vida se o projecto tiver em conta os custos energéticos do edifício. Logo, quem não projectar e construir desta forma está a dar um mau serviço ao cliente e a delapidar os seus recursos a médio prazo.

    Já não são precisas tantas medidas governamentais para apoiar este tipo de soluções. Elas são pura e simplesmente rentáveis. A muito curto prazo, muitas vezes em 6 ou 7 anos, já pagamos o investimento e estamos a ganhar dinheiro até ao fim da vida útil do edifício daqui a longas décadas.

    Por outra parte, se a vida correr mal, não cortamos nas despesas com a comida mas cortamos nos custos do aquecimento no inverno. Ora, se a casa for quentinha só por si, os nossos avós não passam frio e vivem mais anos e os nossos filhos têm melhores resultados escolares porque estudam num ambiente que não é hostil, e para nós que trabalhamos nesta área podemos estar orgulhosos por estarmos a fazer a nossa parte para ajudar o planeta.

    Não esquecer que 35% da energia consumida no planeta é em edifícios, e nós com muito orgulho estamos a ajudar a baixar esse valor.

    NOTA: O Autor escreve segundo o Novo Acordo Ortográfico

    Sobre o autorAndré Caiado

    André Caiado

    André Caiado, fundador da Contacto Atlântico Arquitectura, Arq. Msc. PhD.
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