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    Opinião

    Leasing “verde” apoia descarbonização no imobiliário

    O “Leasing verde” assume um papel estruturante na transição climática no imobiliário, com um alinhamento preferencial para com os investimentos mais sustentáveis. Financiar a substituição de equipamentos poluentes por outros mais limpos e promover a incorporação por parte dos clientes de ativos com maior eficiência energética são missões aceites pelas empresas do setor

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    Leasing “verde” apoia descarbonização no imobiliário

    O “Leasing verde” assume um papel estruturante na transição climática no imobiliário, com um alinhamento preferencial para com os investimentos mais sustentáveis. Financiar a substituição de equipamentos poluentes por outros mais limpos e promover a incorporação por parte dos clientes de ativos com maior eficiência energética são missões aceites pelas empresas do setor

    Luís Augusto
    Sobre o autor
    Luís Augusto

    Os edifícios e o setor da construção não estão alinhados com os planos de descarbonização em 2050, e, pelo contrário, é cada vez mais pronunciada a distância entre o objetivo e o caminho trilhado. Tanto assim é que em 2021 o total de consumo de energia e de emissões de CO2 excederam os níveis pré-pandemia, 2% acima do anterior recorde, atingido em 2019. O quadro alerta surgiu num relatório ambiental da ONU há precisamente um ano. Nele estima-se em quase 40% a participação do imobiliário no total de emissões mundiais de dióxido de carbono. Nesta fatia considerável, o funcionamento dos edifícios é o ingrediente que vale mais de dois terços, enquanto a construção contribui com 30% do total das emissões do imobiliário.

    O setor do financiamento especializado tem vindo a reunir esforços para promover junto dos clientes do Leasing práticas que conduzam ao “carimbo verde” das operações que pretendem financiadas. De forma crescente, assistimos a que o objetivo maior da neutralidade carbónica já entra nos planos dos empreendimentos novos e das reabilitações de edificados. E estes, mais sustentáveis, tornam-se, sem surpresa, fator preferencial nas políticas de financiamento.

    O efeito das alterações climáticas, com fenómenos extremos de temperaturas, impõe, a montante, uma atenção dos projetistas nas técnicas de construção e nos materiais utilizados na construção, e a jusante, medidas de mitigação dos efeitos da utilização intensiva de equipamentos de aquecimento e arrefecimento do ar, do uso da água e das necessidades de rega para a vegetação, por exemplo.

    O “Leasing verde” assume um papel estruturante na transição climática no imobiliário, com um alinhamento preferencial para com os investimentos mais sustentáveis. Financiar a substituição de equipamentos poluentes por outros mais limpos e promover a incorporação por parte dos clientes de ativos com maior eficiência energética são missões aceites pelas empresas do setor associadas da Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting. Tal como o são a garantia de acesso a capital para empreendimentos utilizadores ou geradores de energias renováveis e, numa ótica de economia circular, a reutilização e reciclagem de bens de que as Leasing são proprietárias.

    Com o seu impacto significativo no volume de energia consumida, a construção e o imobiliário não podem dissociar-se do esforço que as instituições da União Europeia têm promovido, e que o financiamento especializado conhece também na vertente da mobilidade, através do Leasing Mobiliário e do Renting, e na garantia de fluxos de caixa para reinvestimento dada pelo apoio do Factoring à faturação das empresas.

    De acordo com a OCDE, cada milhão de euros investido na realização de um novo negócio através de Leasing significou uma cada vez menor emissão de CO2 entre 2015 e o ano pré-pandemia. Os dados, verificados para o período até 2019, mostram uma queda de quase 20%, em contracorrente com o caminho conturbado trilhado na globalidade do imobiliário e construção analisado pela ONU.

    No que concerne à fatia financiada pelo Leasing Imobiliário, os investimentos estão crescentemente “verdes”. Uma conclusão que não é para o financiamento especializado um ponto de chegada, mas antes ponto de partida para um trabalho que, como reconheceram agentes do setor financeiro na última convenção da ALF, intensifica-se a cada novo ano.

    Como afirmou o responsável de um dos maiores bancos do sistema financeiro português, “o objetivo é não deixar clientes para trás e apoiá-los na transição. A nossa obrigação como bancos é apoiar os clientes em processos que os transformem mais verdes”.

    Fonte: Leaseurope

    Nota: O Autor escreve segundo o novo Acordo Ortográfico

    Sobre o autorLuís Augusto

    Luís Augusto

    presidente da Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting
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