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    “2023 entre a incerteza e o impulso”

    2023 será seguramente um ano marcado pela Volatilidade, Incerteza, Complexidade e Ambiguidade (VUCA), sobretudo para uma economia periférica e pequena como a nossa

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    “2023 entre a incerteza e o impulso”

    2023 será seguramente um ano marcado pela Volatilidade, Incerteza, Complexidade e Ambiguidade (VUCA), sobretudo para uma economia periférica e pequena como a nossa

    Mário Barata
    Sobre o autor
    Mário Barata

    O grande indicador do ano de 2022 foi a inflação. Tivemos de aprender a viver com ela e a ler indicadores de inflação.
    Trimestre após trimestre, estivemos à espera de ver atingido o pico da inflação, mas tal não sucedeu, embora tudo indique que o mesmo possa ser atingido no último trimestre de 2022.

    Neste momento, todos os indicadores para 2023 dão como certa uma descida da inflação. A questão é saber se fica em valores controláveis, ou mesmo que se verifique uma descida, se a sua média será superior a 5%.

    Finalmente, as taxas de juro que se espera que subam mais alguns pontos percentuais, encarecendo o valor do dinheiro como forma de controlar a inflação. Mas será esta medida ainda eficaz, ou será que o estímulo económico por parte do estado, o reforço da criação de empresas, aumentando a oferta disponível no mercado, obrigando os preços a estarem a um nível mais competitivo será tão ou mais importante?

    Desta forma, antevejo para 2023 um ano a duas velocidades, o primeiro semestre ainda marcado pela inflação e subida das taxas de juro e no segundo semestre uma eventual descida da inflação e estabilização em baixa das taxas de juro.

    Também nos diferentes mercados, o profissional (B2B) e o residencial (B2C) iremos ter diferentes “acelerações”, pois no mercado B2B após um ano de abrandamento na tendência de crescimento na área da construção, em 2023 irá estabilizar e retomar o seu crescimento. No que respeita ao mercado B2C, irá no primeiro semestre de 2023 estabilizar em baixa e talvez no segundo semestre possa crescer de forma ténue.

    No sector da Construção e do Imobiliário, espera-se que se consiga inverter em 2023 o problema da escassez de mão de obra qualificada, a sua manutenção e “atração de talento”, um dos maiores problemas do sector nos últimos tempos, conseguindo assim manter este sector num dos mais relevantes e resilientes do mercado em Portugal.

    Devido à crise energética que estamos neste momento a viver, originada pela conjuntura atual, está criada para o ano de 2023 uma grande oportunidade na área da eficiência energética e tecnológica, que irá permitir às empresas que dominam esta área terem um desempenho provavelmente acima da média.
    A implementação do PRR e do 2030, poderá ser uma grande alavanca de crescimento económico no nosso setor, pois a reabilitação, a reconstrução e a eficiência energética estarão na vanguarda da implementação dos mesmos.

    Portanto, face aos fatores atrás descritos, 2023 será seguramente um ano marcado pela Volatilidade, Incerteza, Complexidade e Ambiguidade (VUCA), sobretudo para uma economia periférica e pequena como a nossa.

    No que respeita ao mercado em que a LEDVANCE atua e, em particular no setor da Iluminação, a União Europeia implementou diretivas no âmbito da eficiência energética e ambiental. A Diretiva RoHS 2011/65/EU, com grandes implicações no nosso mercado, irá proibir a entrada no mercado europeu dos tubos fluorescentes e das lâmpadas fluorescentes compactas durante o próximo ano. Também a Diretiva Single Lighting Regulation (SLR) 2019/2020 irá banir do mercado europeu as lâmpadas de halogéneo de pinos a partir de 1 de setembro 2023. O cumprimento desta legislação abre mais uma janela de oportunidade para que as empresas que atuam no mercado da iluminação possam propor aos seus clientes soluções LED mais eficientes e amigas do Ambiente.
    NOTA: O Autor escreve segundo o Novo Acordo Ortográfico

    Sobre o autorMário Barata

    Mário Barata

    Diretor Geral / CEO da LEDVANCE Portugal
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