“Principais localizações de escritórios do mundo registaram uma descida sem precedentes”
No ranking das localizações mais caras do mundo, as três primeiras posições são ocupadas por Tóquio, Londres e Hong Kong
Ana Rita Sevilha
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De acordo com o estudo Office Space Across the World 2010 que analisa as localizações de escritórios mais caras do mundo, publicado anualmente pela consultora imobiliária global Cushman & Wakefield, “as principais localizações de escritórios do mundo registaram uma descida sem precedentes na procura de espaços em 2009, o que contribuiu para a primeira descida global agregada no valor das rendas de escritórios desde 2003”.
De acordo com o estudo, a que o Construir teve acesso, as previsões para 2010 são, no entanto, mais animadoras.
“Uma vez que a maioria das economias regressaram ao crescimento, a procura de espaços de escritórios irá provavelmente aumentar e consequentemente reduzir o número de espaços disponíveis. Em algumas das localizações de escritórios mais caras do mundo já se regista um aumento no valor das rendas, como é o caso de Londres e do centro de Paris. Espera-se um segundo semestre de 2010 de retoma mas também de optimismo cauteloso tanto por parte dos proprietários como dos ocupantes”.
A descida mais acentuada no valor das rendas verificou-se nas cidades da região Ásia Pacifico, com Singapura, Hong Kong e Tóquio a registarem uma descida de 45%, 35% e 21% respectivamente.
As cidades europeias de Kiev e Dublin foram as que registaram uma descida mais acentuada no valor das rendas de escritórios com 50% e 38% respectivamente.
Os valores das rendas são o barómetro do mercado de escritórios a nível mundial, refere a consultora, sublinhando que “a crise económica mundial e subsequente incerteza dos mercados , teve como consequência uma descida significativa na procura de novos espaços”.
No ranking das localizações mais caras do mundo, as três primeiras posições são ocupadas por Tóquio, Londres e Hong Kong.
As maiores subidas no ranking são o Rio Janeiro, ascendendo da 23ª para a 13ª posição com uma ligeira descida do valor de rendas e valorização do Real em relação ao Euro. As cidades de Seul e Sydney subiram da 27ª para a 14ª posição e da 29ª para a 15ª posição respectivamente.
“Lisboa manteve este ano a sua posição no 40º lugar do ranking, apesar de uma quebra ligeira na renda, que no final do ano se situou nos 19 €/m2/mês”.
“As condições favoráveis em que o mercado de escritórios de Lisboa se encontrava, permitiram uma ligeira subida na taxa de desocupação, que ainda assim se manteve abaixo dos 9%”.
Segundo Carlos Oliveira, e director do departamento de escritórios da Cushman Wakefield em Portugal, “Em 2010, confirmando-se a muito antecipada retoma da economia, o volume de procura poderá recuperar ligeiramente face a 2009. As expectativas para a evolução das rendas são assim de manutenção, ainda que em parte suportadas por uma maior propensão à concessão de incentivos por parte dos proprietários”.