Imobiliário europeu atrai cada vez mais investidores
Segundo o Marketbeat Europe 2005/06, o mais recente estudo elaborado pela Cushman & Wakefield Healey & Baker (C&W/ H&B), o investimento no sector imobiliário na Europa atingiu nÃÂveis recorde em 2005. Para além disso, o estudo destaca ainda uma substancial descida nos valores dos yields – taxas de rentabilidade esperadas pelos investidores – e prevê… Continue reading Imobiliário europeu atrai cada vez mais investidores
Rita Silva
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Segundo o Marketbeat Europe 2005/06, o mais recente estudo elaborado pela Cushman & Wakefield Healey & Baker (C&W/ H&B), o investimento no sector imobiliário na Europa atingiu nÃÂveis recorde em 2005.
Para além disso, o estudo destaca ainda uma substancial descida nos valores dos yields – taxas de rentabilidade esperadas pelos investidores – e prevê que, dado o nÃÂvel de procura e a redução da percepção do risco, estes venham a verificar uma diminuição ainda mais significativa durante o presente ano, explica a empresa em comunicado.
Portugal não foge a esta tendência, «com os yields a sofrerem pressões de descida consideráveis, resultado não só da manutenção de um excesso de liquidez por parte dos investidores e da ausência de produto prime disponÃÂvel, mas também do reconhecimento de um mercado cada vez mais maduro», esclarece a C&W/ H&B, acrescentando que, apesar de alguns «investidores demonstrarem uma crescente preocupação relativamente aos elevados valores dos activos, especialmente pela recuperação hesitante do mercado de escritórios, é esperado que em 2006 os volumes de venda ultrapassem o último ano em cerca de 14 por cento, atingindo um total de 115 mil milhões de euros, até ao final do ano a nÃÂvel europeu».
«Esperamos um crescimento do volume de investimento para Portugal em 2006, ainda que a um menor ritmo do que o actual, considerando a escassez de produto de investimento, os cenários de subida da taxa de juro e o melhor desempenho dos mercados de valores. No entanto, é a nossa convicção que a procura de produto de investimento irá continuar a ser superior àoferta em todos os sectores» salienta LuÃÂs Rocha Antunes, director do departamento de Capital Markets da C&W H&B Portugal.
A ausência de produtos está a levar os investidores a diversificar a procura, apostando em mercados alternativos. Esta diversificação fez com que o mercado se tornasse mais uniformizado em termos de procura, com a redução mais significativa dos yields em mercados onde estes, tradicionalmente, são elevados, tais como os da Europa Central e de Leste em sectores como o industrial.
A C&W H&B prevê que o «fluxo de novos fundos e outros veÃÂculos indirectos não abrande devido àcrescente presença de fundos abertos e fechados diversificados», esclarecendo ainda que «enquanto os mercados emergentes como a Europa Central, Roménia, Bulgária, Rússia e Turquia são um objectivo para alguns, um maior número de fundos esta a concentrar-se em locais-chave, com menor risco, que ofereçam quer maiores mercados, quer maior liquidez».