Alqueva na mira de investimentos turÃÂsticos
A região do Alqueva está no centro das atenções de vários promotores, que actualmente aguardam pela aprovação do Plano deOrdenamento das Albufeiras de Alqueva e do Pedrogão (POAPP), para avançarem com vários investimentos em projectos turÃÂsticos A região do Alqueva está no centro das atenções de diversos promotores, tanto privados como autarquias, que aguardam a… Continue reading Alqueva na mira de investimentos turÃÂsticos
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A região do Alqueva está no centro das atenções de vários promotores, que actualmente aguardam pela aprovação do Plano deOrdenamento das Albufeiras de Alqueva e do Pedrogão (POAPP), para avançarem com vários investimentos em projectos turÃÂsticos
A região do Alqueva está no centro das atenções de diversos promotores, tanto privados como autarquias, que aguardam a aprovação da revisão do Plano de Ordenamento das Albufeiras de Alqueva e do Pedrogão (POAPP), para poderem avançar com os projectos de investimento turÃÂstico existentes para a zona. Entre os empresários com projectos para a região encontram-se José Roquette, Américo Amorim e Rosado Fernandes, para além das autarquias de Mourão, Reguengos de Monsaraz, Portel e Moura. Contactados pelo Construir, promotores e autarquias salientaram que actualmente o que existe são projectos de intenções, uma vez que enquanto não for aprovado o POAPP nenhum projecto é definitivo, sendo esta a peça legislativa que falta para que alguns dos projectos começem a ganhar corpo. A revisão do POAPP tem como um dos principais objectivos alterar a matéria referente àconstrução perto da albufeira, uma vez que no antigo diploma existiam restrições relativamente àconstrução numa faixa costeira de cerca de 500 metros, obstáculo que investidores, promotores e autarquia prevêem ultrapassar com esta revisão, revelou fonte da câmara municipal de Reguengos de Monsaraz. Para além disso, o POAPP visa estabelecer regras de utilização do plano de água e da zona de protecção, definindo usos e um regime de gestão que salvaguarde a qualidade da água, garanta a defesa, valorização e reposição de valores naturais, e regule o desenvolvimento das actividades humanas relacionadas com recreio, lazer e turismo que de alguma forma impliquem a fruição do plano de água das albufeiras. Dos cerca de 20 projectos de intenções previstos para esta região, a maioria são unidades hoteleiras que contemplam apartamentos, aldeamentos turÃÂsticos, hotéis e equipamentos de lazer, tais como centros náuticos, restaurantes, piscinas, zonas desportivas, spa’s entre outras valências.
Projectos PIN
José Roquette é um dos investidores privados a aguardar «luz verde» para avançar com o seu projecto denominado de Parque Alqueva, que ocupará as herdades de Roncão D’el Rei e do Postouro, com 427 hectares e 474 hectares respectivamente. Classificado como Projecto de Interesse Nacional (PIN), este projecto prevê um investimento de 940 milhões de euros e a criação de dois mil postos de trabalho. Segundo o seu promotor, Sociedade Alentejana de Investimentos e Participações (SAIP), o projecto visa criar um novo conceito de comunidade residencial e de lazer, integrando de uma forma natural infraestruturas e paisagem envolvente. A SAIP, salienta que a mais-valia que este projecto pode trazer para aquela região do Alentejo é contribuir para o seu desenvolvimento, através de uma promoção da região no paÃÂs e no exterior, a possÃÂvel fixação de população, novas oportunidades de negócio, a criação de postos de trabalho, entre outros aspectos de natureza sócio-económica. Relativamente a prazos para inicio da construção, a SAIP adianta que a previsão é a de iniciar a obra entre 2010 e 2012. José Cunhal Sendim, é outro dos investidores prontos a avançar, proprietário da Herdade do Mercador com cerca de 227 hectares. O futuro conjunto turÃÂstico tem como promotor o Espirito Santo Participações Financeiras, e como projectista José LuÃÂs Carrilho da Graça. Segundo José Cunhal Sendim, o projecto também classificado como PIN, contempla a criação de um hotel e cinco aldeamentos turÃÂsticos. Para além da parte hoteleira, a proposta visa a criação de um núcleo náutico e de um centro cultural. A ideia que sustenta este projecto é a de um eco-urbanismo, esclarece José Cunhal Sendim, que apesar de considerar prematuro desvendar muito acerca do projecto, uma vez que ainda se encontra em discussão o POAPP, revela que a grande aposta do empreendimento é a da qualidade ambiental. Através de uma integração cuidada e da opção por materiais sustentáveis, o objectivo do investidor é o de criar um projecto baseado na suficiência energética necessária àsua sustentabilidade, proporcionando «qualidade arquitectónica bem como qualidade ambiental». Questionado sobre as datas previstas para o inicio da construção, José Cunhal Sendim adianta que as previsões apontam para 2008/2009, focando o facto de este ser um projecto que se arrasta desde 1999. Para além de José Roquette e José Cunhal Sendim, muitos são os investidores interessados nesta região, entre eles Américo Amorim que tem a promoção a cargo da Sociedade AgrÃÂcola do Peral, Raul Miguel Rosado Fernandes, a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), entre outros. Contactada pelo Construir, a EDIA considerou muito cedo para avançar com qualquer declaração acerca do projecto que pretende desenvolver na região, adiantando apenas que a proposta passa pela apropriação de umas instalações que actualmente pertencem àEDP, transformando-as numa unidade hoteleira.
Autarquias também investem
Várias das câmaras municipais que partilham a gestão territorial da barragem também têm previstos projectos para a região do Alqueva. Entre elas encontra-se a câmara municipal do Alandroal, que no âmbito da revisão do POAPP e do desenvolvimento do Alqueva propõe a reabilitação da vila de Juromenha em articulação com um investimento turÃÂstico. Segundo fonte da autarquia, o plano para a vila de Juromenha visa a reabilitação do património edificado e da auto sustentabilidade da freguesia, abrangendo a totalidade do núcleo construÃÂdo e do património cultural. Englobando um conjunto de objectivos programáticos que passam pelos transportes, protecção e valorização do património histórico e das áreas naturais, a autarquia propõe promover polÃÂticas para a redução do impacto das actividades urbanas sobre o ambiente, gerindo de forma sustentável a energia nos espaços, os resÃÂduos urbanos e as águas, e implementando um parque foto-voltaico. Reconhecendo que os municÃÂpios devem tomar iniciativa de urbanizar, a câmara municipal do Alandroal concluiu que havia necessidade de criar uma alternativa de ocupação de solo, procedendo àconcepção de um Plano de Pormenor de expansão do núcleo urbano, permitindo desta forma uma requalificação paisagÃÂstica da envolvente àvila e a instalação de empreendimentos turÃÂsticos no que respeita a infraestruturas de saneamento e reabilitação florestal. No âmbito do desenvolvimento da região do Alqueva, os projectos da câmara municipal de Reguengos de Monsaraz passam por uma revisão do Plano de Urbanização (PU), que se encontra actualmente a aguardar um parecer final por parte da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDR-A), de forma a integrar os investimentos previstos para o futuro. Segundo a autarquia, a nova versão do PU de Reguengos de Monsaraz vai permitir a ampliação da zona industrial, a introdução de uma zona de turismo e a criação de Unidades Operativas de Planeamento e Gestão nas zonas urbanÃÂsticas mais sensÃÂveis. Esta revisão do PU foi pensada tendo em conta o Plano Regional de Ordenamento para a Zona Envolvente da Albufeira de Alqueva (PROZEA), o Plano de Ordenamento das Albufeiras do Alqueva e Pedrogão (POAPP), o Plano Director Municipal (PDM) e os Planos de Pormenor (PP).
Ponto de referência
Ainda no âmbito do desenvolvimento da região, a câmara municipal de Reguengos de Monsaraz lançou um concurso público para a concepção de uma torre de pressurização tendo como mote o tema «Rumo àModernidade», e que funcionasse como ponto de referência na região. A proposta escolhida foi a apresentada pelo arquitecto Fernando Pinto, que consiste na construção de um restaurante e bar junto àbase da torre, um elevador panorâmico e uma plataforma de visita no topo que permite avistar a albufeira da Barragem de Alqueva. Este projecto, tem estimados 270 mil euros de custos para a autarquia e deverá estar concluÃÂdo no final do corrente ano. Segundo a câmara municipal, a proposta foi a de «vestir uma torre com ponteiros que representam múltiplos mas coordenados rumos», numa estrutura com 25 metros de altura que se abre em leque. Estes «ponteiros», são estruturas em aço que «fazem lembrar agulhas», onde cada uma tem a sua dimensão. Sendo 24 no total, «simbolizam pelo seu número os 24 fusos horários em que se divide o globo, cada um com a sua hora, mas todos fazendo parte do mesmo todo». A torre terá também a função de relógio solar, estando para tal previsto espalhar pelo terreno envolvente pontos que indicarão em função das estações do ano, a hora que fará quando a sombra provocada pela torre coincidir com os mesmos. No topo da torre ficará um feixe de luz giratório, que ajudará a evidenciar esta torre como o ponto de referência pretendido pela Câmara Municipal de Reguengos.