Eleições Lisboa: António Costa desfavorável a portagens à entrada da capital
O candidato do PS à Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, manifestou-se contra a introdução de portagens à entrada da cidade, preferindo desviar da Baixa o trânsito que a atravessa em direcção à Expo e a Belém, de acordo com a agência Lusa."Não sou favorável, penso que há outras formas de regular o trânsito. Até… Continue reading Eleições Lisboa: António Costa desfavorável a portagens à entrada da capital
Filipe Gil
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O candidato do PS à Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, manifestou-se contra a introdução de portagens à entrada da cidade, preferindo desviar da Baixa o trânsito que a atravessa em direcção à Expo e a Belém, de acordo com a agência Lusa."Não sou favorável, penso que há outras formas de regular o trânsito. Até porque grande parte das entradas em Lisboa já é portajada e não foi isso que resolveu o problema", disse Costa aos jornalistas no final de um almoço na União das Associações de Comércio e Serviços (UACS) onde ouviu sugestões e críticas dos empresários desta área.
A União defendeu propostas para a revitalização do comércio, "um projecto sério para a Baixa-Chiado" e uma aposta no estacionamento, com a construção de mais parques, que afirma fazerem falta ao comércio. Para António Costa, "não é por se fazer mais um parque de estacionamento que vão mais pessoas fazer compras para a Baixa". Os comerciantes, por seu lado, consideram que todos os parques de estacionamento estão cheios e que se forem construídos mais cinco também enchem.
O candidato do PS afirmou que os estudos de tráfego indicam que a maior parte do trânsito que passa na Baixa segue em direcção à Expo e a Belém. "É esse tráfego que atravessa a Baixa que temos de tirar da Baixa", referiu, acrescentando que este tema é "muito pouco falado", mas é importante porque também está relacionado com a qualidade do ar. No âmbito da revitalização da Baixa-Chiado, António Costa considera que o projecto desenvolvido por Maria José Nogueira Pinto é "uma boa base de trabalho". Segundo António Costa, a Baixa é fundamental para a revitalização do comércio, mas também é necessário olhar para outras zonas residenciais da cidade, como as Avenidas Novas, a Avenida de Roma e Campo de Ourique. Costa recordou que as cidades nasceram do comércio e que a revitalização da cidade também depende desta actividade, defendendo uma alteração dos horários do comércio tradicional. "Não sou favorável à alteração dos horários das grandes superfícies, mas gostaria de ver alterado o horário do comércio tradicional", disse aos empresários, manifestando-se disponível para discutir o assunto com os comerciantes se for eleito, no sentido de a câmara poder ajudar no que diz respeito à limpeza, segurança e animação.
O candidato socialista entende que os horários não têm obrigatoriamente de ser os mesmos em toda a cidade, podendo ser adaptados às especificidades de cada zona.
Inviabilidade económica para dois aeroportos
O tema da Ota também não ficou fora deste "almoço-debate", com alguns comerciantes a preferirem manter o aeroporto da Portela em funcionamento, mesmo que seja construído outro aeroporto internacional. António Costa sublinhou que a decisão sobre o aeroporto cabe ao Estado, mas recordou que os estudos económicos apontam para a inviabilidade de manter dois aeroportos em funcionamento na região de Lisboa. "Para o presidente da Câmara de Lisboa é indiferente se o aeroporto ficar na Ota, em Rio Frio ou em Poceirão", disse o candidato, acrescentando que o essencial "é um acesso rápido, fácil, cómodo e barato". Além do "shuttle", com partidas de 10 em 10 minutos e um tempo de viagem de 17 minutos, e da possibilidade de "check-in" que estão previstos para a Gare do Oriente, António Costa defende que o transporte para o novo aeroporto na Ota possa partir também de Entrecampos, Sete Rios e Alcântara, por forma a atravessar toda a cidade. A Portela movimenta actualmente 12 milhões de passageiros por ano e não tem capacidade para ter mais de 17 milhões, indicou. "Precisamos de um aeroporto que permita crescer até 30 milhões de passageiros", disse António Costa, frisando que Lisboa já está a perder voos e necessita de assegurar competitividade económica.
Finanças Locais
Questionado pela agência Lusa sobre a possibilidade de baixar o IRS aos munícipes, consagrada na nova lei das finanças locais, António Costa adiantou que neste momento "não é possível", dada a "situação catastrófica das finanças da câmara". "O que é necessário e urgente é sanear as finanças da câmara", que está numa situação de ruptura de pagamentos, sustentou. "Temos dezenas de obras na cidade que estão paralisadas por falta de pagamento, temos mais de 15 meses de atraso em projectos de várias organizações não-governamentais e instituições particulares de solidariedade social na área social", acentuou. António Costa adiantou que durante uma reunião mantida hoje com os promotores imobiliários ficou a saber que o prazo médio de pagamento da câmara nas empreitadas de obras públicas está com um atraso de 18 meses, de acordo com dados da AEOCOPS – Associação das Empresas de Construção e Obras Públicas do Sul. "Num estado financeiro como este, a prioridade é arrumar a casa e arrumar a casa passa designadamente pelo saneamento das finanças da câmara e com muita urgência", declarou.