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    Janelas e Caixilharias – Com vista para a inovação

    As expectativas dos fabricantes não estão elevadas e isso não é surpresa para quem tenha estado a seguir o desenvolvimento da situação económica que se tem vivido.

    Pedro Cristino
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    Janelas e Caixilharias – Com vista para a inovação

    As expectativas dos fabricantes não estão elevadas e isso não é surpresa para quem tenha estado a seguir o desenvolvimento da situação económica que se tem vivido.

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    As expectativas dos fabricantes não estão elevadas e isso não é surpresa para quem tenha estado a seguir o desenvolvimento da situação económica que se tem vivido. O Construir dirigiu-se à Tektónica para falar na primeira pessoa com os responsáveis das empresas deste segmento e recolheu também informação sobre as novidades que chegaram, ou vão chegar, ao mercado.

    Optimismo com baixas expectativas

    “Estou sempre optimista, porque as minhas expectativas são quase sempre nulas”, referiu José Matias, explicando que a empresa que representa está no certame “para marcar presença” e ganhar “visibilidade”. O responsável da Ogiva Global considera que o ano transacto “foi positivo” para a empresa e a participação da mesma na edição anterior da feira serviu para apresentar orçamentos e para alcançar essa tal visibilidade. Este ano, o grupo apresenta a caixilharia em PVC com seis câmaras de isolamento que permite um melhor isolamento térmico e acústico, um produto “que tem tido boa aceitação” por parte dos clientes. José Matias considera a sua empresa “muito pequena” e, para se movimentarem neste mercado têm de “procurar nichos” e “tipos de trabalho bem definidos”, como, por exemplo “a renovação e substituição de janelas, mais do que obra nova”, uma vez que se trata “de um trabalho mais detalhado e minucioso, e de menor volume”. Embora o preço seja “sempre importante”, no caso da Ogiva Global, os clientes apreciam, essencialmente, a qualidade. “Não somos os mais baratos do mercado”, explica José Matias referindo que não é nesse ponto que a empresa se pretende enquadrar, preferindo “a qualidade e o tipo de trabalho” como factores de diferenciação. Como o sector da construção nova tem sido bastante fustigado pela crise, a empresa aposta no mercado da reabilitação. A pintura do vidro por plotter foi a novidade apresentada ao Construir pela Sosoares. Esta inovação consiste em utilizar tinta “feita a partir de vidro, submetida depois a 700 graus e integrada no vidro da janela”, como mencionou Manuel Soares, representante da empresa. No campo das caixilharias, o grupo apresenta o sistema de “porta-elevador”, o sistema de batente minimalista, em que “só fica visível o aro fixo” e o sistema “minimalista de correr, que fica com os fixos embutidos”. De referir que o alumínio é o material privilegiado desta empresa, cujo responsável não apresenta grandes expectativas de mercado, devido à “redução significativa” do volume de negócio na área da construção.

    Um mercado com potencial

    “O nosso objectivo principal é ter contacto com os arquitectos”, refere Heládio Honório, sócio da Dário Honório, quanto à presença do grupo na Tektónica 2010. Esta empresa opera no nicho de mercado da reabilitação, o qual a coloca frente a uma grande concorrência, segundo o seu responsável. “Temos uma fundição própria que faz este tipo de peças em alumínio fundido e não conheço outra empresa em Portugal que faça este tipo de trabalho”, explica, mencionando que a reabilitação, “especialmente em Lisboa”, tem proporcionado trabalho à Dário Honório, no âmbito das portas. Contudo não existe sempre “capacidade de resposta” do grupo para explorar todo o potencial deste mercado, uma vez que as suas soluções “requerem muito trabalho manual”, o que “demora muito tempo”. “É tudo feito peça a peça”, justifica Heládio Honório. A Porta Axis, em eixo vertical deslocado, é a grande novidade da empresa. “Este ano temos painéis novos, em materiais como o vidro ou a pele”. “Desde que se obedeça à espessura necessária, qualquer material pode ser aplicado”, esclarece o responsável, que apresenta também, como inovações, a caixilharia em PVC e a parceria com a Schücco. A Alukit apresenta as Varandas de Vidro, “que ainda é considerado um produto inovador em Portugal”, como ressalvou José Madureira ao Construir. Este produto permite “fechar varandas e terraços de uma forma que, até agora, os meios tradicionais não permitiam”, esclarece o responsável, apontando, como vantagem desta solução, o facto de este sistema “permitir a abertura total do vão”, ficando “quase imperceptível e não alterando a fachada dos prédios”. Trata-se de um artigo que, segundo José Madureira, tem “muita aceitação” entre os clientes da empresa, devido às suas características. “Está a ser um sucesso”, afirma, optimista. Optimistas também são as expectativas da empresa. “Temos vindo sempre a crescer, fruto da inovação”, explica José Madureira, que menciona a estratégia da empresa em criar produtos novos de forma constante. “Há quatro anos criámos as Varandas de Vidro, somos o único fabricante deste tipo de produto em Portugal e essa inovação tem trazido um aumento do volume de negócios”. Por outro lado, a empresa, que conta com unidades de produção no Porto e nos Açores, apresenta também as suas caixilharias em alumínio. Como vantagens competitivas da Alukit, José Madureira refere o preço praticado, algo que é possibilitado pelo facto da empresa ser também fabricante, os prazos de entrega e a assistência. Quanto ao mercado, o responsável da marca esclarece que o mesmo “está a começar a ser desenvolvido” e que “ainda tem muito para dar”. “Temos tentado estar sempre um passo à frente e apresentar novidades todos os anos, para que os produtos se mantenham sempre actuais, inovadores e à frente dos outros”. Como inovação, a Alukit irá desenvolver as Varandas de Vidro de forma a que as mesmas não necessitem de calha inferior, de forma a responder a um pedido dos seus clientes. “Fizemos 20 anos este ano”, afirmou ao Construir Braz Mendes, sócio-gerente da Cruzfer, empresa que já é “conhecida” neste mercado. O impacto da situação económica é visto por este responsável como algo “normal”, dado o decréscimo da actividade da construção. “Particular­mente não nos podemos queixar, porque temos mantido o volume de negócios intacto, mas é lógico que o futuro seja de abrandamento”, explica Braz Mendes, acrescentando que, para que as empresas deste sector minimizem os efeitos da crise, deverão “trabalhar projectos, apresentar soluções, sem passar só pelo produto em si” e deverão também recorrer à tecnologia para desenvolver inovações. Para Braz Mendes é importante dispor “não tanto de um produto isolado em si”, mas também de sistemas integrados de soluções. Como novidades, a Cruzfer apresenta a Imagic Weave, que consiste na “possibilidade de integrar, nos painéis de malha metálica de inox, uma tecnologia baseada em LED 10, o que permite criar painéis multimédia nas fachadas dos edifícios”, e também a ferragem oculta para janelas.

    Associativismo

    “A Associação Nacional dos Fabricantes de Janelas Eficientes (ANFAJE) nasceu de uma necessidade de existir uma associação que representasse o sector das janelas em Portugal”, declarou ao Construir o arquitecto João Ferreira Gomes, presidente da ANFAJE e responsável pela Caixiave. “Da vontade de uma série de fabricantes de janelas eficientes – que são aquelas janelas que contribuem para o isolamento térmico e acústico – nasceu esta associação, que conta com 25 membros associados”, refere, explicando que mais empresas irão fazer parte da ANFAJE num futuro próximo – “esperamos, até ao final do ano, contar com 50 empresas na associação”. Segundo este responsável, a criação da associação deve-se “fundamentalmente à necessidade de defender o sector e de ajudar a promover aquilo que são as janelas eficientes em Portugal”. Em termos de desafios, a ANFAJE propõe-se a “ajudar a desenvolver o mercado das janelas eficientes”, através da promoção deste produto e do impulso ao aumento da quota de mercado do mesmo, a promover “a qualidade e a inovação tecnológica do sector”, no âmbito das normas europeias, e a promover também “as vantagens da utilização de janelas eficientes”. “Está em vigor, desde 1 de Fevereiro deste ano, a marcação CE de janelas, que permitirá que o cliente final possa escolher uma janela em detrimento de outra pelas suas características técnicas e não apenas pela questão do preço”, afirma, optimista João Ferreira Gomes, para quem esta marcação irá “ajudar a elevar a qualidade do produto final”. As janelas eficientes poderão ser fabricadas em madeira, em PVC, ou em “alumínio com ruptura térmica”, que é um perfil, que dispõe de “melhor condutibilidade térmica”, relativamente ao perfil de alumínio convencional. O presidente da ANFAJE caracteriza o mercado como “muito desregulado”, afirmando que existem “milhares de pequenas unidades de produção de janelas que, normalmente, não cumprem a legislação em vigor”, referindo que “muitas delas não têm alvará” e não têm preocupação com “qualidade de produto, de fabrico e com a eficiência energética”, para além de um grau de “inovação tecnológica” muito baixo. Trata-se também de um mercado que não contém grande concorrência por parte dos congéneres estrangeiros destas empresas, uma vez que, “fundamentalmente, as empresas estrangeiras que actuam no país, actuam no mercado da distribuição de janelas”. “São janelas que são feitas noutros países da União Europeia e depois são instaladas em Portugal”, esclarece. Contudo, esta é uma tendência que “tem vindo a decrescer”, pela presença de “unidades de produção muito grandes em Portugal, que respondem às necessidades de mercado, quer em qualidade, quer em preço”. Por sua vez, João Ferreira Gomes menciona uma “internacionalização crescente de empresas portuguesas, sobretudo em Espanha e em França”, que apresentam, como vantagens competitivas, “a inovação do produto e, por outro lado, flexibilidade na execução de determinado tipo de obras”. Segundo o responsável da associação, o factor inovação tecnológica no país “tem vindo a crescer nos últimos anos” e tem vindo a equipar “muitas empresas que estão na área da produção de janelas”, mas “é um caminho que ainda tem de ser mais acelerado, fundamentalmente ao nível dos recursos humanos dessas empresas”. No que concerne à Caixiave, a actual situação económica é sentida, na medida em que “o sector está a passar por algumas dificuldades, por um lado, pela reorganização e reestruturação, devido à questão das normativas europeias e, por outro lado, pela crise que se verifica na área da construção”. Contudo, o responsável pela empresa refere que, “este ano, está inscrita no Orçamento de Estado para 2010, a medida “Janela Eficiente”, que permitirá ao cliente final obter benefícios fiscais pela substituição de janelas antigas”. Embora este dado possa representar um futuro um pouco mais risonho às empresas do sector, “esta medida não foi ainda regulamentada”, esperando João Ferreira Gomes, enquanto membro da ANFAJE, que a mesma “entre em vigor o mais depressa possível”. Para minimizar os impactos desta conjuntura desfavorável, os fabricantes de janelas deverão, na opinião do responsável da Caixiave, “estar muito próximos do cliente particular, ser comercialmente muito activos e, obviamente, numa fase em que o cliente está mais preocupado com a poupança do seu rendimento no final do mês, ter alguns incentivos de promoções, ao nível de substituição das janelas antigas”. Em termos de novidades, a Caixiave tem vindo a apresentar inovações ao nível da caixilharia em PVC, “produtos cada vez mais isolantes ao nível térmico, a possibilidade de incorporar valor nas janelas ao nível de alarmes contra a intrusão”, ou de detectores que permitam “desligar, por exemplo, o aquecimento central quando a janela é aberta”. Nesta área o factor inovação tem de ser uma constante, sendo que a “grande preocupação reside na garantia de um maior isolamento térmico. Ao nível dos fornecedores de matéria prima, tem vindo a existir uma série de inovações em que os valores de continuidade térmica dos materiais são cada vez mais avançados”. No que se refere ao nível acústico, a inovação tem vindo a recair, sobretudo, no vidro.

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    Imobiliário português com desempenho estável no 1º trimestre do ano

    De acordo com o estudo da JLL os escritórios foram a excepção à tendência transversal de estabilização, com níveis de ocupação em forte aceleração. Volume de investimento e desempenho de habitação, hotelaria e retalho sustentam padrões do ano passado

    No 1º trimestre de 2024, o mercado imobiliário português teve um desempenho idêntico ao do mesmo período de 2023 na generalidade dos sectores, conclui a JLL no seu mais recente estudo trimestral Market Pulse. Esta tendência observou- se quer no mercado de investimento comercial quer nos segmentos transaccionais de habitação, hotelaria, retalho e logística. A excepção foi o sector de escritórios, onde a actividade cresceu consideravelmente face ao ano anterior. De destacar ainda que, em parte dos sectores analisados, a escassez de oferta disponível para ocupação imediata continua a criar condições para o crescimento de preços e rendas, mesmo num cenário de procura menos expansiva.

    “Já se esperava um início de ano com actividade moderada. Este é sempre um período de maior expectativa em relação à evolução da economia, especialmente devido à inflação e às subidas das taxas de juro. A realização das eleições contribuiu para aumentar a incerteza que naturalmente já predomina no arranque do ano, levando a que os agentes económicos se mostrassem mais cautelosos nas suas decisões de investimento. A resposta do mercado a um maior nível de incerteza foi a de “esperar para ver”, quer no mercado comercial quer no residencial”, explica Joana Fonseca, Head of Strategic Consultancy & Research da JLL.

    No 1º trimestre deste ano, foram investidos 260 milhões de euros em imobiliário comercial, pouco diferindo quer do mesmo período do ano passado (-5%) quer da média dos últimos três anos (+6%). No sector hoteleiro, o número de hóspedes e dormidas nos dois primeiros meses do ano apresentam ligeiras melhorias face a 2023 (5% e 3%, respectivamente), bem como os níveis de ocupação, que atingiram 60% em Lisboa e 53% no Porto no 1º trimestre, em ambos os casos mais dois pontos percentuais que no 1º trimestre de 2023. Na habitação, a JLL estima que a procura neste trimestre seja ainda ligeiramente inferior à do trimestre homólogo, contudo, a tendência mais recente é de estabilização nos níveis de transacção, destacando-se ainda uma boa dinâmica das vendas em planta para projectos diferenciados e também a manutenção de actividade entre os compradores internacionais. No retalho, as vendas também sinalizam uma variação residual da ordem de 0,5%, destacando-se a estabilidade operacional dos diferentes formatos de imobiliário de retalho.

    O segmento de escritórios destaca-se dos restantes pela positiva, registando uma recuperação assinalável face ao ano anterior, com take-up a mais que duplicar quer em Lisboa quer no Porto, com 73.700 m2 e 18.000 m2 tomados, respectivamente. De assinalar ainda o comportamento do imobiliário industrial e logístico, no qual a ocupação apresenta uma quebra homóloga de 20%, embora em resultado da falta de oferta para absorver, já que as rendas continuaram a subir.

    De acordo com Joana Fonseca, “a escassez de imóveis disponíveis e adequados aos requisitos da procura continua a influenciar o comportamento do mercado nos mais diversos segmentos. Por isso, apesar de um natural abrandamento da procura do último ano, não se assiste a ajustamentos em baixa de preços e rendas registando-se mesmo subidas de valor em alguns segmentos. Isso é especialmente visível na habitação, na logística e na hotelaria, enquanto sectores como os escritórios e o retalho sustentam as suas rendas prime em níveis bastante robustos”.

    Na hotelaria, as diárias médias estão em níveis máximos para este período do ano em Lisboa (139€) e Porto (99€), com impacto nos RevPAR, que atingiram, 83€ e 52€, respectivamente. Na habitação, sem prejuízo de no acumulado do ano passado haver uma quebra de quase 19% nas vendas, os preços a nível nacional mantêm uma trajectória de subida, que mesmo mais lenta, continua a atingir cerca de 8% (dados INE). No 1º trimestre, os preços devem manter esta tendência, quer devido ao desencontro entre procura e oferta quer pela persistência do aumento de custos de construção. Na logística, observou-se uma subida das rendas prime em boa parte das zonas das regiões de Lisboa e Porto, dando continuidade ao comportamento dos últimos trimestres. No retalho, a nota é de estabilização das rendas nos diferentes formatos, com a excepção do comércio de rua do Porto, onde a tendência é de aumento, especialmente na Avenida dos Aliados, que atingiu os 55€/m2. As rendas prime dos escritórios mantiveram-se, em geral, estáveis, ficando em 28€/m2 em Lisboa (Prime CBD) e em 19€/m2 no Porto (CBD Boavista).

    “Volvido o 1º trimestre, o mercado voltou a provar a sua resiliência em situações de maior incerteza ou adversidade. E, agora, que já temos novo Governo em funções, com anúncio da rectificação de muitas medidas especialmente penalizadoras para o sector em que se antecipa um desagravamento nas condições de acesso ao crédito e o controlo dos níveis de inflação, a perspectiva é que o ano de 2024 vá progressivamente recuperando a dinâmica da procura nos diversos sectores, mantendo o consequente estímulo de valorização”, nota Joana Fonseca.

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    Empresas preocupadas com a escassez de mão-de-obra qualificada

    A atracção e retenção de talento é um dos principais desafios identificados pelas. Segundo o mais recente ”Barómetro” do Kaizen Institute Consulting Group, cerca de 66% dos gestores inquiridos já sentiu escassez de mão de obra qualificada para recrutamento nas suas empresas, dado o aumento do número de jovens licenciados que optam por emigrar. A edição de Abril tem por base as respostas de mais de 220 gestores de médias e grandes empresas que actuam no mercado português e que no seu conjunto representam mais de 35% do PIB nacional

    Estamos inseridos num mundo desafiador que ficou marcado por crises como a pandemia global, que impactou a economia e gerou questões de segurança sanitária e volatilidade dos mercados. As empresas têm vindo a lidar com desafios interligados, incluindo a transição para uma economia verde e outras pressões sociais como desigualdades e equidade de género. A tudo isto acresce a urgência da crise climática que tem vindo a solicitar respostas rápidas, enquanto a digitalização e a inovação constantes são cruciais para a competitividade empresarial neste cenário de transformação acelerada. Apesar deste cenário dinâmico, a confiança dos gestores na economia nacional parece estar a melhorar desde a última edição tendo registado uma subida para 12,19 face à última edição realizada em Outubro de 2023 (10,62).

    Nos diferentes constrangimentos aos quais as empresas têm sido sujeitas, as guerras e tensões geopolíticas ganham a corrida das maiores ameaças para a economia nacional de acordo com 86% dos inquiridos. Além disso, a atracção e retenção de talento (78%) e a transformação tecnológica (57%) são os principais desafios que as empresas assumem que enfrentarão a curto-médio prazo. Ainda no contexto do tema do talento, 66% dos empresários reconhecem já ter enfrentado escassez de mão de obra qualificada devido à emigração de jovens licenciados.

    Neste Barómetro, foram também abordados temas relacionados com o contexto económico e político nacional. De acordo com a perspectiva de 63% dos gestores, o ano de 2024 será igual ou melhor que o anterior. Contudo, 78% dos inquiridos parecem concordar com as previsões do Banco de Portugal, acreditando que a economia nacional crescerá 2%.
    No âmbito político e tendo em conta os mais recentes resultados eleitorais, uma das medidas propostas pela AD incidiu na redução do IRC. Quando questionados sobre qual a melhor forma de utilizar este valor nas suas empresas, 61% dos inquiridos afirma que investiria em equipamentos ou tecnologia enquanto 34% optaria por aumentar salários. Relativamente às reformas estruturais mais prioritárias em Portugal, a Justiça e a Administração Pública, recolhem o consenso com 82% e 62% dos votos, respectivamente.

    No que diz respeito ao Plano de Recuperação e Resiliência e apesar da sua importância para impulsionar a recuperação económica e promover a resiliência do país, metade dos inquiridos confirma que não está a fazer investimentos no âmbito do PRR.

    O foco na Sustentabilidade e a Revolução Digital
    A transformação digital tem sido, nas últimas décadas, o mote das empresas. Contudo, este conceito e as suas diferentes aplicações podem variar dependendo do sector. A única constante é que a transformação digital visa beneficiar de ferramentas tecnológicas para melhorar ou criar novos processos, que proporcionem operações mais eficientes, melhores experiências ao cliente e serviços mais eficientes. Num ambiente global competitivo, não acompanhar a transformação pode significar a perda de oportunidades de negócio para a concorrência. Ainda assim, mais de metade dos inquiridos (53%) admite que as suas organizações ainda estão nas fases iniciais de exploração do potencial das tecnologias de IA. Por outro lado, apenas 7% afirma que as tecnologias de IA estão já integradas nos processos e operações core das suas organizações.

    No âmbito da sustentabilidade, que adquire uma relevância fundamental nas operações empresariais, 66% dos empresários reconhecem que é essencial concentrar esforços na promoção da eficiência energética e na adopção de fontes de energia renovável. Esta priorização reflecte um compromisso robusto com a redução da pegada de carbono e a transição para um paradigma energético mais sustentável.

    Para cumprir e garantir a continuidade da trajectória de crescimento em 2024, os inquiridos afirmam que as suas maiores apostas serão no aumento de produtividade (72%), melhoria da força de vendas e da customer journey (48%) e, por fim, na Tecnologia e Inteligência Artificial (45%).

    Os resultados apresentados ressoam com a necessidade contínua de melhoria dos processos e eficácia operacional, dois eixos cruciais para manter a competitividade num mercado dinâmico.

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    Edifício Báltico

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    Edifício Báltico com 14 mil m2 para arrendamento no Parque das Nações

    O edifício, propriedade de um fundo de investimento alemão, totaliza uma área de aproximadamente 15.000m² e encontra-se com disponibilidade imediata de arrendamento. A Cushman & Wakefield está responsável pela sua comercialização em regime de exclusividade

    A Cushman & Wakefield (C&W) foi a empresa seleccionada para a comercialização do edifício Báltico, situado no Parque das Nações, em Lisboa. O edifício, propriedade de um fundo de investimento alemão, totaliza uma área de aproximadamente 15.000m² e encontra-se com disponibilidade imediata de arrendamento. A Cushman & Wakefield está responsável pela sua comercialização em regime de exclusividade.

    Localizado no nº 13 da Avenida João II, junto ao Tejo e perto da Gare do Oriente, o edifício Báltico é composto por 13 pisos acima do solo, tendo ainda a componente de retalho que se desenvolve ao nível do piso térreo. O edifício de escritórios tem capacidade para cerca de 1600 pessoas, contando ainda com perto de 400 lugares de estacionamento. Neste momento, estão disponíveis para arrendamento mais de 14.000m².

    “Com o enquadramento urbano e paisagístico do Parque das nações, o edifício Báltico é um espaço modular que confere flexibilidade e eficiência na organização do espaço dos seus ocupantes. O traço arquitectónico do arquitecto Frederico Valsassina oferece ao edifício as linhas que permitem uma imagem corporativa forte”, refere Cristina Cadima, consultora na Cushman & Wakefield.

    Recorde-se que o edifício Báltico foi construído em 2010 pela Mota-Engil, tendo sido adquirido em 2013 por um fundo de investimento alemão.

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    Rendas das casas em Lisboa estabilizam após dois trimestre de descida

     No 1º trimestre de 2024, as rendas dos novos contratos de arrendamento residencial em Lisboa apresentaram uma variação de 0,4% em relação ao trimestre antecedente, de acordo com o Índice de Rendas Residenciais apurado pela Confidencial Imobiliário

    Esta estabilização sucede a dois trimestres de descida de rendas e mantém o mercado no registo de contenção que observa desde meados do ano passado.

    Recorde-se que as rendas em Lisboa começaram a recuperar das perdas registadas durante a pandemia na segunda metade de 2021, observando, a partir daí, aumentos que chegaram a atingir os 10% e que se posicionaram quase sempre acima dos 4.0%. Contudo, em face a estes níveis de crescimento, que levaram as rendas a aumentar 30% no espaço de um ano, naturalmente, os novos contratos tenderam a travar os incrementos. Assim, no 3º trimestre do ano passado, as rendas dos novos arrendamentos desceram pela primeira vez em dois anos, com uma variação trimestral de -0,5%, e o 4º trimestre não só confirmou a tendência de descida como a tornou mais vigorosa, com os contratos realizados nesse período a registarem rendas 2,2% inferiores aos do trimestre prévio.

    A estabilização agora registada (+0,4%) vem consolidar esta tendência de arrefecimento, a qual é especialmente visível na taxa de variação homóloga. No 1º trimestre de 2024, as rendas dos novos contratos apresentavam um aumento de 3,1% face ao mesmo período de 2023. Esta taxa compara com a de 8,7% registada apenas um trimestre antes e com a 28,9% registada há um ano.

    No Porto, as rendas dos novos contratos registaram igualmente uma variação trimestral de 0,4% no 1º trimestre de 2024, consolidando o ciclo de perda de intensidade observado ao longo do último ano. Desde o início de 2023 que as rendas praticadas nos novos contratos no Porto têm vindo a subir a um ritmo mais lento a cada novo trimestre, com subidas que passaram da ordem dos 3,0% a 4,0% nos três primeiros trimestres, para 0,9% no 4º trimestre do ano, com nova desaceleração para 0,4% neste 1º trimestre de 2024, daí resultando uma compressão de quase 18 pontos percentuais na taxa de variação homóloga. Concretamente, se no 1º trimestre de 2023 as rendas acumulavam um aumento anual de 27,1%, no 1º trimestre deste ano, esse indicador recuou para apenas 9,5%.

    No 1º trimestre de 2024, a renda média contratada em Lisboa foi de €18,8/m2 e no Porto foi de 14,5€/m2, de acordo com os dados do SIR-Arrendamento.

     

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    Lisboa recebe primeiro congresso internacional da Exp Realty

    Com o objectivo de “debater o futuro e as tendências” do sector imobiliário internacional, o eXpcon International decorre de 4 a 6 de Junho no Hotel InterContinental Lisbon, em Lisboa, e é destinado a todos os agentes imobiliários em Portugal

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    A eXp Realty, empresa norte-americana de mediação imobiliária, escolheu a cidade de Lisboa para ser a anfitriã do primeiro congresso internacional de mediação imobiliária. A eXpcon International, que tem como objectivo “debater o futuro e as tendências” do sector imobiliário internacional, decorre de 4 a 6 de Junho no Hotel InterContinental Lisbon, em Lisboa, e é destinado a todos os agentes imobiliários em Portugal.

    O congresso vai contar com diversas talks e painéis de discussão para abordar várias temáticas relevantes para profissionais do sector, desde as mais recentes tecnologias de inteligência artificial até às tendências de mercado nacional e internacional e melhores práticas em mediação imobiliária.

    Além da presença de especialistas nacionais e internacionais para os momentos de painel de debate, a eXpcon International vai contar com a presença dos líderes internacionais da eXp Realty, incluindo o seu fundador, Chairman e CEO da eXp World Holdings, “empresa mãe” da empresa global de mediação imobiliária da qual faz parte a eXpRealty, Glenn Sanford, Leo Pareja, actual CEO da eXp Realty e Michael Valdes, chief growth officer.

    “Este será um evento transformador para agentes imobiliários de todo o mundo, que vão ter a oportunidade de se conectar com profissionais com mentalidades semelhantes, obter insights valiosos e adquirir ferramentas necessárias para se destacar na indústria dinâmica do mercado imobiliário”, diz Michael Valdes, chief growth officer da eXp Realty.

    Já Guilherme Grossman, managing broker da eXp Realty em Portugal, revela-se “entusiasmado” por Portugal vir a receber agentes imobiliários de várias partes do mundo num ambiente de “colaboração, aprendizagem e networking”.

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    Savills coloca CTT no Benavente Logistic Park

    A ocupar uma área de aproximadamente 29.500 m2, esta é a primeira operação no complexo logístico, que se pretende afirmar como um “novo destino prime” para operações logísticas de dimensão

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    A Savills, através do seu departamento de Industrial & Logística, colocou os CTT no Benavente Logistic Park, concretizando assim a primeira operação de ocupação do mais recente complexo logístico localizado na zona da Grande Lisboa.

    A empresa portuguesa distribuição de correio, serviços postais e logística, irá ocupar uma área de aproximadamente 29.500 metros quadrados (m2) deste parque logístico promovido pela Invesco Real Estate e pela Magna General Contractors, que dispõe de um total de 90.717 m2.

    Construído para responder às necessidades dos operadores, o Benavente Logistic Park apresenta as mais “modernas” especificações logísticas ao mesmo tempo que beneficia de uma “acessibilidade ímpar”, próximo da A10 e com ligações às principais autoestradas do País, e pretende afirmar-se como um “novo destino prime” para operações logísticas de dimensão.

    O Benavente Logistic Park posiciona-se na vanguarda em matéria de ESG, ao apresentar a certificação BREEAM, target “Excellent”, o que lhe garantirá a máxima performance ao nível ambiental. 

    “Colocar uma empresa de grande prestígio num activo de referência do mercado nacional como o Benavente Logistic Park, é assessorar o match perfeito. Os CTT, com um crescimento contínuo das suas necessidades operacionais e novas áreas de negócio, necessitavam de um espaço que permitisse levar a cabo a sua actividade de cariz nacional, com uma localização estratégica”, afirma Luís Rocha, I&L senior consultant da Savills.

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    Élou com mais 130 apartamentos em comercialização

    Os apartamentos deste condomínio fechado estão distribuídos por 17 edifícios, oferecem tipologias T1 a T5, áreas de construção privativa (incluindo áreas exteriores) entre os 85 e os 238 metros quadrados (m2), e varandas e terraços até 137 m2

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    A promotora imobiliária Solyd Property Developers iniciou a comercialização dos últimos 130 novos apartamentos, de um total de 266 do projecto Élou, localizado em Santo António dos Cavaleiros, no concelho de Loures. A comercialização está a cargo da ERA, Castelhana e Porta da Frente.

    Uma aposta que vem “reforçar” a contribuição da Solyd para “uma maior oferta de habitação nova para as famílias portuguesas” a poucos minutos da capital, destaca a empresa.

    Os restantes apartamentos, agora em comercialização, deste condomínio fechado estão distribuídos por 17 edifícios, oferecem tipologias T1 a T5, áreas de construção privativa (incluindo áreas exteriores) entre os 85 e os 238 metros quadrados (m2), e varandas e terraços até 137 m2.

    Desenvolvido e desenhado pela equipa de arquitectura e projecto da Solyd, liderada pela arquitecta Cristina Rocheta, o Élou conta com apartamentos dotados de “áreas amplas, excelentes acabamentos, generosas janelas e varandas”. O empreendimento inclui, ainda, um amplo jardim privativo com cerca de quatro mil m2, piscina exterior, ginásios, kids club, salas multiusos, átrios decorados e estacionamentos privativos.

    À semelhança de todos os projectos desenvolvidos pela SOLYD, o Élou tem na diminuição do impacto ambiental uma prioridade. Neste sentido, “cada escolha respeita o equilíbrio do planeta, promovendo a eficiência energética e optando por materiais sustentáveis e recicláveis”, reforçam.

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    Empresas portuguesas participam na Maderália

    No dia 16 de maio, acontece o “Portuguese Day” que resultará numa mesa-redonda, com a apresentação por representantes das associações AIMMP e TEAM e no qual será firmado um acordo de cooperação entre os dois países através das duas instituições

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    De 14 a 17 de Maio, um conjunto de treze empresas portuguesas – Berneck by B2Y, Delivering Nature by Granorte, Douro Deck, EPW, JMR, Madeiras Afonso, MUVV, Revesperfil, Ribadao Wood Boutique, Simply Ceram, Thunder Target, Toronobre e X8 Solutions Group – vão participar na Maderalia 2024. Esta feira é organizada em simultâneo com a Fimma.

    A Fimma e a Maderalia pode ser visitadas na Feria Valencia, em Espanha, sendo um importante evento dedicado a tecnologia, materiais e componentes para mobiliário e design de interiores.

    A presença de Portugal é organizada pela Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal (AIMMP), no contexto do projecto Inter Wood & Furniture 2022-2024, que apoia a promoção internacional do sector da madeira e mobiliário, nomeadamente para alargamento dos mercados e aumento das exportações das suas empresas.

    “Na Maderalia, as empresas portuguesas vão construir o caminho para o reforço das exportações do sector num mercado de enorme relevância para Portugal. Ao apresentarem a excelência do portfólio português estão a abrir portas para novos mercados e oportunidades de crescimento internacional. Através do plano de internacionalização, Inter Wood & Furniture, a AIMMP está a moldar o futuro da indústria, expandindo horizontes e levando a excelência portuguesa além-fronteiras”, destaca Vítor Poças, presidente da AIMMP.

    Em paralelo, com a participação nesta feira, a AIMMP organiza uma Missão de Negócios com a Malásia, através da The Timber Exporters Association of Malaysia (TEAM), cujo encontro resultará num acordo de colaboração entre os dois países e uma visita dos empresários de origem malaia a Portugal.

    No dia 16 de maio, e no contexto da Maderalia, acontece o “Portuguese Day” que resultará numa mesa-redonda, com a apresentação por representantes das duas associações – AIMMP e TEAM – e no qual será firmado um acordo de cooperação entre os dois países através das duas instituições bem como será organizado um jantar de networking entre os empresários das duas nacionalidades.

    Já entre 20 e 21 de maio, acontecem as visitas do grupo malaio a fábricas em Portugal, num programa realiNo dia 16 de maio, e no contexto da Maderalia, acontece o “Portuguese Day” que resultará numa mesa-redonda, com a apresentação por representantes das duas associações – AIMMP e TEAM – e no qual será firmado um acordo de cooperação entre os dois países através das duas instituições bem como será organizado um jantar de networking entre os empresários das duas nacionalidades.m o apoio da AIMMP.

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    Município do Entroncamento investe 4,9M€ na nova biblioteca

    Na descrição dos trabalhos, a equipa liderada por André David explica que a Nova Centralidade – Biblioteca insere-se no tecido urbano da cidade. O local é marcante, dada a sua singularidade, posição e dimensão dentro do tecido urbano

    Ricardo Batista

    A Câmara do Entroncamento vai investir 4,9 milhões de euros no projecto da Nova Centralidade Zona Norte, proposta que tem na nova biblioteca municipal o seu ponto alto, naquele que é um processo que, ao longo dos últimos anos, tem registados avanços e recuos. Chumbado em finais de 2023 em reunião de Câmara, o projecto do Atelier de Arquitectura mereceu, em meados de Fevereiro, os votos favoráveis de socialistas e sociais democratas, decisão que permite assim a implementação do conceito desenvolvido pelo atelier do Entroncamento.
    Jorge Faria, presidente da Câmara, citado pelo MedioTejo.net, entende que estamos perante “um projecto estruturante para a cidade e para aquela zona em concreto”. Com uma nova previsão em termos de execução financeira, as expectativas para a nova centralidade e a nova biblioteca são de uma concretização de 10% em 2024, 75% em 2025 e 15% em 2026.

    Para além da construção da nova Biblioteca Municipal do Entroncamento, num edifício que seja moderno e funcional, com diversas salas e equipamentos multiusos, o projecto acompanha a requalificação urbana da Rua Ferreira Mesquita, do Bairro Camões, das habitações do Bairro Vila Verde (em curso) e do Bairro do Boneco (em curso) para implementação do centro de documentação Nacional Ferroviário, do núcleo Museológico e do Centro de Ciência Viva (em curso). O projecto da Nova Centralidade Zona Norte (ARU 1) inclui ainda requalificação urbana com a ligação pedonal entre a Rua Elias Garcia com áreas verdes de lazer, a criação de uma praça digna em frente ao Museu Nacional Ferroviário e um parque de estacionamento subterrâneo livre, libertando outros estacionamentos da cidade.

    Na descrição dos trabalhos, a equipa liderada por André David explica que a Nova Centralidade – Biblioteca insere-se no tecido urbano da cidade. O local é marcante, dada a sua singularidade, posição e dimensão dentro do tecido urbano.
    Dada a dimensão do programa, o projecto procurou responder com uma construção que gerasse, consolidasse e articulasse os espaços e vias públicas na estrutura urbana. Não é um programa e a busca de uma dada forma para o edifício, mas a forma dos espaços são resultantes das acções tomadas em projecto de modo resolver questões formais e funcionais do território.

    Consolidação do espaço
    A implantação da Biblioteca tem como princípio consolidar a frente de rua Elias Garcia, onde foram criados 12 lugares de estacionamento de viaturas e ocultar as traseiras do edificado existente. Por consequência é gerada uma praça que medeia e relaciona equipamentos culturais como o Museu Nacional Ferroviário e o Bairro do Boneco (novo Centro de Documentação Nacional Ferroviário, Núcleo Museológico e Centro de Ciência Viva).

    Abaixo do solo são comportados 74 lugares de estacionamento acedidos pela Rua detrás dos Quarteis que sofreu ligeira dilatação e pela Rua Ferreira Mesquita. Alguns estacionamentos estão dotados para pessoas de mobilidade reduzida e outros com carregadores para viaturas eléctricas. “Da praça, espaço público útil, com elementos de sombra que qualificam o espaço e estadia dos seus utilizadores, criando princípios como sombra e frescura na cidade acede-se à Biblioteca do tipo BM1 que respeita a proposta e as recomendações definidas pela Direcção Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas (DGLAB), e ainda algumas directivas de melhoria da relação intersticial entre espaço público e equipamento cultural”, explica a equipa projectista.
    Segundo a descrição da proposta, “a expressão arquitectónica resulta essencialmente de uma acção muito sóbria e modesta da biblioteca, tirando partido da visibilidade sobre a praça proposta”. “A predominância de extensas aberturas e diálogo com a praça transmitem as vivências do seu interior, a altimetria proposta não excede as da envolvente. A superfície exterior de revestimento em betão de pigmento escuro e revestimento parcial em cerâmico na Rua Elias Garcia de modo a criar dinâmica e vibração de luz na rua e evitando futuras manutenções ao edificado”, lê-se na descrição da obra.

    Sobre o autorRicardo Batista

    Ricardo Batista

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    Projecto Boavista 5205

    Imobiliário

    RAR Imobiliária com dois novos empreendimentos no Porto

    Localizados em zonas privilegiadas da cidade, Foz Velha e Boavista, os dois empreendimentos representam um investimento global de 40 M€

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    A RAR Imobiliária esteve presente no Salão Imobiliário de Lisboa (SIL), com dois novos projectos no Porto, assinados por dois premiados gabinetes de arquitectura, o A43 e Nuno Valentim Arquitectura.

    Localizados em zonas privilegiadas da cidade, Foz Velha e Boavista, os dois empreendimentos representam um investimento global de 40 milhões de euros e procuram dar resposta a “uma procura crescente de habitação de qualidade com preocupações de sustentabilidade e design biofílico”.

    Localizados nas zonas da Foz Velha e Boavista, na cidade do Porto, junto ao Parque da Cidade, os novos empreendimentos contam com um investimento de mais de 40 milhões, e que correspondem a cerca 11 mil metros quadrados (m2) de construção.

    Nesse caso, o projecto Boavista 5205, do atelier A43, é um condomínio privado composto por oito apartamentos, com jardins, pátios e destaca-se pela sua fusão “harmoniosa” da volumetria com a natureza e com conclusão prevista para meados do próximo ano.

    O outro empreendimento, localizado na Foz Velha, é o Montebelo Villas, um conjunto de moradias que se destaca pela sua “autenticidade” e que conta com assinatura do gabinete do arquitecto Nuno Valentim, com lançamento oficial previsto para Junho de 2024.

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