Refer responsabiliza Câmara de Matosinhos por atrasos na construção de apeadeiros
Em resposta a pedidos de esclarecimento da agência Lusa, a Refer garantiu ter concluído os projectos e lançado concursos para as empreitadas, acrescentando que os trabalhos só não avançaram porque a Câmara ainda não cumpriu integralmente o acordado

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A Rede Ferroviária Nacional (Refer) responsabilizou esta sexta-feira a Câmara de Matosinhos por atrasos no processo de construção de dois novos apeadeiros na Linha de Leixões, cujas obras estavam anunciadas para o passado mês de Abril.
Em causa estão paragens previstas para as imediações do hospital de São João e para a Arroteia, fundamentais para atrair mais passageiros à Linha de Leixões, tendo em conta que se situarão nas proximidades de uma estação de metro que garante ligação ao centro do Porto.
Em resposta a pedidos de esclarecimento da agência Lusa, a Refer garantiu ter concluído os projectos e lançado concursos para as empreitadas, acrescentando que os trabalhos só não avançaram porque a Câmara de Matosinhos ainda não cumpriu integralmente o protocolo celebrado com a empresa gestora das linhas de caminho de ferro.
“Para a total materialização da segunda fase torna-se igualmente necessário assegurar, através de terreno municipal, as respectivas acessibilidades àquelas novas infraestruturas ferroviárias, sem as quais não será possível a Refer dar início à sua construção”, explicou a empresa.
Ainda de acordo com a Refer, este processo referente às acessibilidades “aguarda, desde 24 de Setembro de 2009, decisão por parte da Câmara Municipal de Matosinhos, entidade responsável por esta componente do projecto”, nos termos do protocolo celebrado pelas partes.
Na sequência de uma reunião com responsáveis da CP/Porto, a associação de utentes dos comboios de Portugal Comboios XXI lamentou, em comunicado, que a construção das paragens da Linha de Leixões nas imediações do Hospital de São João e na Arroteia continue por fazer, apesar de as obras terem sido prometidas para Abril passado.
A linha ferroviária de Leixões, que durante 43 anos serviu apenas o transporte de mercadorias, passou a dispor de serviço de passageiros em Setembro do ano passado.
Nesta primeira fase, o serviço abrange apenas um traçado de 10,6 dos 19 quilómetros da ferrovia e somente com paragens nas estações de Ermesinde, Sangemil, São Mamede de Infesta e Leça do Balio. Mais tarde, será estendido a Leixões, imediações da estação terminal da linha de Metro de Matosinhos.
A construção de novos apeadeiros junto ao “São João” e na Arroteia foi desde logo anunciada como forma de facilitar a interligação com a rede de metro e aumentar a procura da Linha de Leixões, que tem sido residual.
Contactada pela Lusa, a Câmara Matosinhos não adiantou uma posição sobre esta matéria, alegando que precisa clarificar previamente alguns detalhes junto da presidência da Refer e que o não tem conseguido.