Reis Campos afirma que sector da construção “perdeu o rumo”
“O sector da construção e do imobiliário perdeu o rumo, porque tudo o que estava previsto foi cancelado ou adiado” – Reis Campos
Lusa
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O presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) disse que o sector “perdeu o rumo” com o cancelamento e adiamento das obras públicas, afirmando que a discussão em torno dos grandes projectos “penalizou muito a fileira”.
“O sector da construção e do imobiliário perdeu o rumo, porque tudo o que estava previsto foi cancelado ou adiado”, disse à Lusa o presidente da CPCI, Reis Campos, referindo que “o plano de obras públicas anunciado pelo Governo foi completamente esvaziado”.
O presidente da confederação considera que a discussão em torno das grandes infra-estruturas “foi inútil”, porque “acabaram por não ser feitas nem as grandes obras, nem as obras que eram consensuais”, como a reabilitação.
“Se, por um lado, umas [obras] não se fizeram porque a conjuntura não o permite, o que é certo é que as que eram consensuais e podiam atenuar o desemprego, também não foram feitas”, afirmou.
E foi da necessidade de as 220 mil empresas portuguesas da fileira da construção e do imobiliário terem “um rumo” que a CPCI decidiu apontar orientações para o sector.
Essas orientações constam no documento “Estratégia para a Dinamização da Construção e do Imobiliário”, apresentado hoje pela CPCI.
No documento, a confederação aponta três prioridades: o reforço da integração do país nas cadeias internacionais de transportes e logística, a melhoria das acessibilidades e da mobilidade nas Áreas Metropolitanas e o reforço da competitividade e coesão regional.
No que respeita à alta velocidade ferroviária, a CPCI defende que concretização da linha Lisboa-Madrid dentro do prazo previsto, ou seja, até 2013, e a “execução efectiva” das ligações Lisboa-Porto e Porto-Vigo, que o Governo adiou por dois anos.
A confederação diz que a construção do novo aeroporto “é essencial” para “responder ao aumento sustentado da procura e ao congestionamento e estrangulamento da Portela”, para “promover o turismo” e para “minimizar a localização periférica no espaço europeu e valorizar a posição privilegiada de Portugal na ligação da Europa com o continente americano, em particular com o Brasil e a América Latina, e com África”.
A CPCI defende também a concretização dos planos de expansão das redes de metro de Lisboa e Porto, a modernização das linhas de comboios suburbanos e execução de novas infraestruturas de suporte à mobilidade elétrica.
A confederação diz ainda que a construção da Terceira Travessia do Tejo, entre Chelas–Barreiro, “é essencial para assegurar, para além de uma ligação ferroviária Norte-Sul para mercadorias e de longo curso de passageiros, o fecho do anel ferroviário da Área Metropolitana de Lisboa”.