AICCOPN alerta para a necessidade de proteger o litoral do País
A AICCOPN lamenta também as “graves consequências decorrentes da queda de mais uma arriba na costa portuguesa”, referindo-se ao incidente de Peniche, que causou seis feridos na Praia de São Bernardino
Pedro Cristino
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A Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) alertou para a “indispensabilidade de realização atempada das necessárias obras de defesa do litoral, de modo a que não se verifiquem problemas de erosão que continuam a colocar em perigo pessoas e bens”.
No seu comunicado de imprensa, a associação liderada por Reis Campos lamenta também as “graves consequências decorrentes da queda de mais uma arriba na costa portuguesa”, referindo-se ao incidente de Peniche, que causou seis feridos na Praia de São Bernardino.
“Os construtores destacam a relevância económica, social, ambiental, cultural e recreativa que as zonas costeiras possuem para o País, pelo que insistem que se tomem as medidas que garantam a protecção e requalificação do litoral, bem como o seu desenvolvimento socioeconómico”, vinca a AICCOPN no seu comunicado.
A mesma associação explica que, “em consequência das alterações climáticas, a subida das águas do mar põe actualmente em risco cerca de 65% do litoral português”, destacando a zona Centro, “entre a foz do Douro e a Nazaré”, e o Algarve, “entre o Ancão e o rio Guadiana”. Dada a actual intensidade da erosão da costa portuguesa, a linha de costa recua, em média, 10 metros por ano, em algumas zonas, podendo esse recuo atingir os 20 metros por ano, “em alguns casos extremos”.
Neste sentido, a AICCOPN lembra que o Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) dedica o Eixo III do Programa Operacional de Valorização do Território à “prevenção, gestão e monitorização de riscos naturais, enfatizando o combate à erosão e a defesa costeira”, esperando, desta forma, a adopção das “meidas necessárias para minimizar os problemas decorrentes do avanço das águas”.
Para a associação, as soluções a aplicar deverão “articular medidas preventivas ao nível do planeamento do território que possibilitem assegurar a sustentabilidade e a manutenção equilibrada da linha de costa a médio e longo prazo, e medidas de engenharia pesada a curto prazo que evitem o risco de ocorrência de acidentes no litoral”.
No conjunto das medidas sugeridas, constam o “restabelecimento de dunas e de praias, a reposição de vegetação, a consolidação de falésias e de esporões, a (re)construção de paredões e a implantação de novas infra-estruturas de apoio aos sistemas de protecção contra as dinâmicas da zona costeira”.