Absorção acumulada de escritórios em Lisboa no 1º semestre ultrapassa em 17% a do período homólogo
“Neste primeiro semestre de 2012 verificamos que o mercado de escritórios apresentou um registo em contraciclo com a evolução da actividade económica, relativamente a 2011”
Ana Rita Sevilha
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Segundo a mais recente análise da Aguirre Newman a área de escritórios contratada no 1º semestre de 2012 (36.030 m2) foi superior em 17% à registada em igual período do ano transacto (30.801 m2). De acordo com a mesma análise agora divulgada ao Construir, a actividade de colocação de escritórios no mês de Junho de 2012 foi de 4.622 m2, tendo sido inferior em 25% à registada em igual período de 2011 (6.150 m2). A consultora destaca a colocação de escritórios nos meses de Março a Maio 2012, “que ultrapassou a de igual período em 2011”.
Em comunicado de imprensa enviado à redacção do Construir, a Aguire Newman revela que “o total das operações no 1º semestre de 2012 foi de 100, correspondendo a menos 15 transacções de arrendamento do que em igual período do ano anterior”. Deste total, o maior número de operações verificou-se no Corredor Oeste (Zona 6), com 42 registos. No extremo oposto, encontra-se a Zona Secundária (Zona 4) com apenas um registo.
Tendo em conta o comportamento do mercado de escritórios nos últimos nove anos, “os anos de 2009 e 2011 registaram um 1º semestre com o nível de desempenho mais baixo da série (respectivamente 37.361 m² e 30.801 m2). Já o ano em curso registou um nível de desempenho no 1º semestre inferior ao de 2009 e superior ao de 2011”, revela a mesma fonte.
De acordo com Eduardo Fonseca, Director do Departamento de Escritórios da Aguirre Newman Portugal: “o mercado de escritórios de Lisboa, tem uma correlação positiva com o PIB Nacional. Neste primeiro semestre de 2012 verificamos que o mercado de escritórios apresentou um registo em contraciclo com a evolução da actividade económica, relativamente a 2011. Apesar do número de operações ser inferior, a área contratada é superior em 6.000m², o que nos faz antever, com elevado grau de probabilidade, um final de ano com uma absorção superior à de 2011”.
Nesse sentido, o mesmo responsável acredita que “a principal razão justificativa da quebra da correlação positiva entre o PIB Nacional e a contratação de escritórios, se encontra na maior abertura negocial por parte dos proprietários, criando assim as condições necessárias para uma mudança de instalações num contexto de recessão económica e onde se previa um certa resistência a esta mudança por parte das empresas, por motivo de contenção de custos”.