Odebrecht constrói ligação à barragem angolana de Laúca por 730M€
Trata-se de um investimento avaliado em 730 milhões de euros que implica a construção, fornecimento e colocação em serviço do sistema de transporte de energia associado à barragem
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Os brasileiros da Odebreht vão ser responsáveis pela construção do sistema de transporte e ligação da electricidade produzida pela Barragem de Laúca, na província do Cuanza Norte, a maior barragem de Luanda que terá uma capacidade de produção de 2.070 MegaWatts (MW) de electricidade, mais do dobro da capacidade das duas barragens já em funcionamento no mesmo rio.
Trata-se de um investimento avaliado em 730 milhões de euros que implica a construção, fornecimento e colocação em serviço do sistema de transporte de energia associado à barragem.
A Odebrecht já tinha sido responsável pelos trabalhos de construção da barragem, uma obra promovida pelo Estado angolano por 4,3 mil milhões de dólares (3,9 mil milhões de euros), envolvendo financiamento da linha de crédito do Brasil, para vir a servir cinco milhões de pessoas. Entre os actuais cerca de 7.100 trabalhadores, sobretudo angolanos, há 26 portugueses directamente contratados pela Odebrecht, detentora da obra, e mais 249 ao serviço das empresas subcontratadas de origem portuguesa, casos da Somague Angola, Teixeira Duarte, Epos, Tecnasol e Ibergru.
Além de portugueses, o contingente de trabalhadores expatriados, que não supera 9% do total, integra sobretudo brasileiros, pelo que a maior obra em curso em Angola faz-se essencialmente em língua portuguesa.
A construção está já praticamente a 50 por cento de concretização e só em betão envolverá o equivalente à edificação de 40 estádios de futebol, 2.800 casas ou 465 edifícios de oito pisos, explica a Odebrecht.
Esta construção envolverá 30.000 toneladas de aço nas montagens eletromecânicas, o equivalente à construção de cinco torres Eiffel, além de 22.000 toneladas de cimento por mês. Depois de concluída, só o enchimento da albufeira com a água do Kwanza levará quatro meses.