Portugal é um dos países “com melhores condições” para negociar com o Irão
Exportações portugueas para o Irão ultrapassaram, nos primeiros cinco meses deste ano, os 8,5 milhões de euros
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O governador da província de Teerão, Hossein Hashemi, acredita que Portugal é um dos países europeus “com melhores condições” para fazer negócios no Irão, aproveitando as oportunidades que surgem com o fim do embargo internacional ao país.
Esta opinião terá sido transmitida ao presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP), durante a audiência que lhe foi concedida pelo governante iraniano, antes do seminário internacional relacionado com “Desenvolvimento económico e oportunidades de investimento na província de Teerão”, que decorreu na capital deste país do Golfo Pérsico.
Segundo o comunicado da AEP, Portugal é o país estrangeiro com maior número de participantes neste encontro, que conta também com outras nações interessadas em aproveitar este potencial de crescimento iraniano para o comércio internacional, como os Estados Unidos, a China, Coreia do Sul, Austrália, Canadá, Turquia, Líbano, Emirados Árabes Unidos e Noruega.
Neste contexto, Paulo Nunes de Almeida, presidente da AEOP, encabeça a primeira missão empresarial portuguesa após o levantamento do embargo comercial ao Irão. “Portugal continua a ser um país respeitado e a ter uma boa imagem junto das autoridades iranianas”, sublinhou o dirigente, que avalia como “muito positiva” esta incursão comercial de 15 empresas, de vários sectores, a Teerão. Segundo Nunes de Almeida, “há uma série de negócios que ficam esboçados para quase todas as empresas participantes”.
Para o responsável da AEP, os objectivos foram alcançados “e é provável que voltemos em Abril do próximo ano, com estas e com outras empresas que se nos queiram juntar, aquando de uma feira de construção em que a AEP irá participar”. “As empresas que viveram conhecem hoje mais a fundo a economia e o quadro legal em vigor no Irão e, estou certo, levam daqui propostas sérias para serem estudadas e trabalhadas”, salientou.
De acordo com o comunicado da AEP, as exportações portugueas para o Irão ultrapassaram, nos primeiros cinco meses deste ano, os 8,5 milhões de euros – “um salto superior a 184% em relação aos modestos 3 milhões de euros facturados pelas empresas nacionais naquele destino entre Janeiro e Maio do ano passado”.
Papel, moldes, painéis de fibras de madeira, cortiça, medicamentos, fornos industriais e cabos – eléctricos e para telecomunicações – são os principais produtos que Portugal está a vender no mercado iraniano. No sentido inverso, Portugal tem importado do Irão, “fundamentalmente, produtos siderúrgicos”.