Estudo da Worx conclui que escasseiam áreas prime para retalho em Lisboa
Actual situação do mercado de retalho, à imagem do mercado de escritórios, demonstra a necessidade de investir na construção de nova oferta
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A análise do ano de 2015 feita pelo Departamento de Research & Consultancy da Worx revela falta de oferta de retalho na zona prime.
Segundo a consultora imobiliária, a actual situação do mercado de retalho, à imagem do mercado de escritórios, demonstra a necessidade de investir na construção de nova oferta. “A resposta à procura que se mantém elevada deve ser mais rápida para evitar uma estagnação do mercado”, acrescenta o comunicado de imprensa da Worx.
A análise conclui que a procura por áreas de retalho nas zonas prime da cidade – Avenida da Liberdade e Chiado – se mantém elevada. Contudo, a escassez da oferta e a demora na reabilitação dos espaços levou a que, durante o ano de 2015, o número de aberturas fosse bastante mais reduzido do que nos anos anteriores. De acordo com a consultora, verificou-se a abertura de 10 novas lojas nas principais localizações prime, com maior foco no Chiado, destacando-se as marcas Adidas, New Balance, Paez e Tiger.
Na Avenida da Liberdade, a consultora ressalva as aberturas da Guess, Otro e da Tumi e ainda um investimento de 1 milhão de euros, feito pela Loja das Meias no antigo edifício da CMVM, o número 252 da Avenida da Liberdade, com abertura prevista para o primeiro trimestre deste ano.
No Porto, o mercado de retalho na zona da Baixa apresentou “alguns sinais de retoma durante 2015”, recaindo o destaque sobre a Rua de Santa Cantarina, que contou com a abertura de novas lojas, como a Ericeira Surf & Skate e a Pedra Dura.
Em termos do mercado de centros comerciais, a tendência aponta para a estabilização. “O stock reflecte essa mesma situação, mantendo-se na ordem dos 3,7 milhões de metros quadrados, não se registando qualquer abertura em 2015”, frisa o comunicado da Worx. A mesma fonte refere, todavia, que se prevê o aumento do stock este ano, com a abertura do centro comercial Nova Arcada em Braga. Por sua vez, mantém-se ainda a previsão de abertura do projecto Ikea em Loulé, para 2017.
A consultora prevê que, no comércio de rua, os valores de arrendamento nas zonas prime de Lisboa se mantenham “em níveis históricos ainda durante 2016, com tendência para estabilização nos anos seguintes”. Para a Worx, a escassez de oferta nas zonas prime aumenta a necessidade dos operadores na expansão para novas zonas da cidade, “sendo a Baixa e a zona do Cais do Sodré duas localizações que começam a despontar”.
O estudo destaca também que o elevado interesse dos investidores internacionais em activos prime de retalho trouxe um “maior dinamismo ao mercado”, verificando-se uma tendência para a subida das rendas, tanto ao nível do comércio de rua, como dos centros comerciais. “Em activos bem estruturas, mas localizados em cidades secundárias, verifica-se uma tendência para a recuperação das rendas fixas, associada ao aumento do consumo e consequente aumento do volume de vendas dos lojistas”, continua o comunicado
Citando o departamento de Research & Consultancy, o comunicado da Worx refere que “o mercado de retalho em localizações prime apresenta níveis de procura muito elevados e nãos prevê uma oferta futura que apresente uma resposta adequada”.
“Apesar dos vários projectos de reabilitação em curso, os períodos longos que levam as reabilitações de activos provocam uma escassez na oferta e consequente aumento dos preços e pressão nas yields”, acrescenta, referindo ainda que a expansão de várias empresas para outras zonas da cidade, “com destaque para a zona ribeirinha”, aumentará a oferta e esse dinamismo terá repercussões em todos os sectores do mercado imobiliário, criando assim novas e boas oportunidades”.