Responsáveis da Mabor incentivam a investimento em acessos a Famalicão
Pedro Carreira, referiu que “a intenção” da Mabor “é dificultar a vida aos diferentes Governos” porque quer “crescer”, logo precisa de melhores acessos
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Os responsáveis da Continental Mabor, multinacional que tem unidades em Lousado, Vila Nova de Famalicão, voltaram a recordar hoje o Governo sobre a “necessidade” de uma “intervenção” nas estradas de acesso.
Durante um discurso que integrou a sessão de assinatura de dois contratos que visam um investimento no valor de 50 milhões de euros, estando prevista a criação de mais 125 postos de trabalho, o responsável da Continental Nikolai Setzer aproveitou a presença do primeiro-ministro António Costa para reclamar “melhores condições micro-infra-estruturais”, referindo-se aos acessos e estradas.
“Fico muito surpreso ao constatar que os acessos à volta da empresa de Lousado são mais ou menos os mesmos do que há 10 e 50 anos. A macro-infraestruturas [referindo-se às autoestradas] são perfeitas, fizeram um grande trabalho, mas é necessário melhorar as infraestruturas de proximidade”, disse Nikolai Setzer.
Já à margem da sessão, também o responsável português, Pedro Carreira, referiu que “a intenção” da Mabor “é dificultar a vida aos diferentes Governos” porque quer “crescer”, logo precisa de melhores acessos. “Se olharem à volta da fábrica toda, verificam que somos quase um parque de construção civil. Vamos fazendo investimentos de forma silenciosa”, disse Pedro Carreira, acrescentando a expectativa de vir a ter constrangimentos num futuro próximo dada a dimensão de alguns equipamentos que terão de chegar às unidades de Lousado.
Na sua intervenção António Costa não deixou de aludir ao tema das infraestruturas e acessos mas sem adiantar prazos nem datas: “Sabemos que estes 30 anos de presença na União Europeia nos permitiram recuperar o atraso brutal que tínhamos nas macro-infraestruturas, temos agora que concretizar aquele investimento no ‘last mile’ [última milha] que falta aqui em Lousado como falta infelizmente em outras zonas de componente industrial no país”, disse o primeiro-ministro.
Questionado sobre que leitura faz a estas declarações, Pedro Carreira, referiu: “São palavras queremos ver concretizadas tal como nós concretizamos investimento”.
“O senhor primeiro-ministro deu uma garantia (…). Quero acreditar neste compromisso do senhor primeiro-ministro que suporta um outro compromisso que fez enquanto candidato. Está a ser coerente: prometeu enquanto candidato e prometeu enquanto primeiro-ministro. Quero acreditar que sejam reunidas as condições e não haja nenhum cataclismo que impeça o que há anos andamos a reivindicar”, acrescentou o presidente da Continental Mabor.