Concurso para requalificação da praia de Monte Gordo lançado em Novembro
A construção do passadiço terá o valor base de 1,3 milhões de euros e destina-se a garantir o acesso ao areal e aos novos apoios de praia, permitindo a deslocação ao longo das áreas balneares
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A Câmara de Vila Real de Santo António vai lançar, no início de Novembro, o concurso público para a reabilitação da Praia de Monte Gordo, dando início a uma intervenção que, no total, prevê investimentos de 200 milhões de euros, em grande parte da responsabilidade de privados.
A construção de um passadiço pedonal sobrelevado com 2 quilómetros de extensão – um dos maiores do Sotavento -, ao longo de toda a frente marítima, será o primeiro passo da grande operação que renovará o rosto de Monte Gordo. Pela sua dimensão, constitui também uma das intervenções mais visíveis.
Para Luís Gomes, presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, “este é um claro sinal da mudança que vai ser levada a cabo na praia de Monte Gordo e é o ponto de partida para as dezenas de intervenções que irão ser realizadas durante o ano de 2017 e que incluem construção de uma unidade hoteleira de gama alta ou a criação de novos equipamentos de lazer e restauração”.
A construção do passadiço terá o valor base de 1,3 milhões de euros e destina-se a garantir o acesso ao areal e aos novos apoios de praia, permitindo a deslocação ao longo das áreas balneares. Será iluminado em toda a extensão, terá zonas de descanso e criará um novo circuito pedonal e de lazer na marginal.
Em paralelo, o plano já aprovado contempla a demolição dos antigos apoios de praia, que serão substituídos por cerca de 20 novos apoios distribuídos por 10 zonas balneares.
“Recorde-se que o Plano de Ordenamento da Orla Costeira apenas previa a construção de 8 apoios de praia mas, através da sua revisão e do conjunto de reuniões que desenvolvemos com a APA, conseguimos a instalação de mais de 16 unidades, sendo que todos os empresários que detinham actividade na praia e tenham a sua situação regularizada perante a APA não necessitarão de submeter-se a concurso”, afirma Luís Gomes.
“Todas estas medidas têm como ponto-chave o fim do que foi feito de mau no nosso concelho, especialmente no que diz respeito ao planeamento. Por essa razão, esta operação, sem precedentes, irá apostar em equipamentos de qualidade, com baixa densidade urbanística, proporcionando a Monte Gordo a manutenção das mais elevadas taxas de ocupação hoteleira do Algarve”, prossegue o autarca de VRSA.
A proposta integra ainda a continuidade do corredor e das zonas afectas à actividade piscatória, salvaguardando este importante sector da baía de Monte Gordo. A intervenção será comparticipada pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos e pela Agência Portuguesa do Ambiente.
A autarquia de VRSA será responsável pela candidatura e irá suportar os encargos financeiros com o projecto, fiscalização e coordenação da obra. Ao nível ambiental, será recuperado todo o cordão dunar, enquanto as construções a implementar serão sobrelevadas, de forma a evitar o pisoteio, e obedecerão a materiais e projectos sustentáveis.
Todas estas acções cumprem, na íntegra, as indicações do Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) Vilamoura – Vila Real de Santo António, aprovado em 2005, cujo processo de revisão esteve em curso durante o ano passado.