“2016 foi o ano em que a V3L se afirmou no mercado de construção”
Nascida no “olho do furacão” da mais recente crise económica, a V3L decidiu esperar por 2016 para apostar no seu crescimento sustentado e o resultado está à vista: a empresa atingirá uma facturação de 800 mil euros no final do ano e tem uma carteira de obras de 3,5 milhões de euros
Pedro Cristino
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Nascida no “olho do furacão” da mais recente crise económica, a V3L decidiu esperar por 2016 para apostar no seu crescimento sustentado e o resultado está à vista: a empresa atingirá uma facturação de 800 mil euros no final do ano e tem uma carteira de obras de 3,5 milhões de euros. Ao Construir, o director da empresa, Modesto de Carvalho, destaca que as obras de reabilitação urbana “com qualidade” são a “mola dinamizadora” do sector, cuja recuperação, prevê, “não será tarefa fácil”
Que balanço fazem da actividade da empresa neste ano de 2016?
2016 foi o ano em que a V3L se afirmou definitivamente no mercado de construção. Atingiremos uma facturação de cerca de 800 mil euros e temos uma carteira de obras de 3,5 milhões de euros. Para além destes números, o aumento de capital, aumento de classe de alvará e mudança de escritório demonstram a aposta que os sócios fizeram este ano para preparar a empresa para os anos que se avizinham.
Actualmente, como se poderá caracterizar o mercado da engenharia em Portugal, considerando a sua dimensão, concorrência e investimento?
Definitivamente os grandes investimentos públicos em Portugal terminaram, o que provocou o crescimento de empresas como a V3L e outras de dimensão semelhante. Actualmente a reabilitação urbana realizada com qualidade é a mola dinamizadora do sector da construção e imobiliário.
Quais os principais desafios que afectam actualmente o sector?
O principal desafio prende-se com a captação de investimento. Temos de reduzir a incerteza fiscal, incentivar cada vez mais o investimento estrangeiro, tornar aplicáveis os benefícios fiscais, diminuir a burocracia, o tempo de espera para os licenciamentos.
A empresa sentiu, de alguma forma, os impactos negativos da desfavorável conjuntura económica que afectou o país a partir de 2008? Qual foi a forma encontrada para minimizar esses impactos?
Tendo sido constituída numa altura em que vivíamos a conjuntura desfavorável de que fala, a V3L preferiu manter um posicionamento muito pouco agressivo no mercado, criar alguma rede de contatos, responder com uma estrutura mínima às necessidades que se nos deparavam. Como disse anteriormente, 2016 foi o ano em que decidimos apostar no crescimento sustentado da empresa.
Programas como o Horizonte2020, o anúncio do investimento público na via férrea e o dinamismo que o mercado da reabilitação está a apresentar poderão ser fulcrais na recapitalização do sector da engenharia no país?
Todos e quaisquer apoios ao desenvolvimento do País são sempre bem vindos. Sendo que muitas famílias portuguesas dependem directa e indirectamente do sector da construção, tudo o que tenha a ver com investimento em infra-estruturas só pode ser encarado com optimismo.
Notam alguns sinais de recuperação do sector?
Ainda há muito caminho pela frente, o sector passou por grandes dificuldades nos últimos anos e a recuperação não será tarefa fácil, contudo há indicadores que trazem alguma esperança às famílias e aos empresários portugueses.
O que é que gostaria de ver incluído no Orçamento de Estado no sentido de revitalizar o sector da construção em Portugal?
Não querendo entrar muito pelo aspecto político, julgo que o Estado deve ser o principal impulsionador da economia nacional. Acho urgente o investimento e apoio na recuperação urbana das cidades, especialmente quando o turismo é cada vez mais uma boa realidade na nossa economia, mas para isso deve haver também um esforço político maior, quer no incentivo à recuperação urbana, quer no próprio investimento publico.
Dentro dos serviços que prestam, quais os que têm um peso maior na vossa facturação?
A V3L tem um posicionamento claro em 3 àreas de negócio: projectos de engenharia; obras novas; e manutenção e reabilitação de edifícios, sendo que as obras novas são hoje a fatia maior na facturação da empresa.
Trabalham mais com o sector público ou privado? Em que tipo de obras têm participado mais?
Sector privado sem a menor duvida. A burocracia e os dilatados prazos de pagamento do sector público fazem com que as empresas mais pequenas tenham grandes dificuldades no mercado das obras públicas. No que ao sector privado diz respeito, a tipologia de obras da V3L são as moradias novas, escolas e equipamentos de serviços.
A internacionalização é um objectivo da V3L? Que mercados poderão ter um maior interesse?
Como qualquer empresa portuguesa com ambição, a V3L tem o tema da internacionalização bastante presente na sua estratégia, mas para isso há que consolidar mercado e processos no mercado nacional para depois então partir para outras geografias, sendo que o mercado da América Latina é um claro objectivo da V3L.
Que objectivos, perspectivas e estratégia levam convosco para o próximo exercício da V3L?
Os objectivos da V3L passam por fortalecer o seu posicionamento no mercado, quadruplicar o volume de negócios, crescer geograficamente e apostar em recursos humanos experientes. Continuaremos a ter um nível de exigência com todas as partes envolvidas no projecto para obtermos a satisfação máxima do cliente em questões fundamentais como a qualidade e prazo e rigor orçamental por exemplo.