Engenharia

“Diversificação permite-nos mitigar os efeitos das quebras de actividade”

Em entrevista ao CONSTRUIR, o administrador do Grupo ISQ, José Figueira, destaca que a engenharia portuguesa tem uma capacidade técnica “igual ou superior ao nível do melhor que encontramos no mercado internacional”

Pedro Cristino
Engenharia

“Diversificação permite-nos mitigar os efeitos das quebras de actividade”

Em entrevista ao CONSTRUIR, o administrador do Grupo ISQ, José Figueira, destaca que a engenharia portuguesa tem uma capacidade técnica “igual ou superior ao nível do melhor que encontramos no mercado internacional”

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Com mais de 250 serviços especializados e 16 empresas participadas, o Grupo ISQ está capacitado para proporcionar soluções para uma vasta panóplia de sectores económicos, o que tem permitido à empresa manter a sua actividade em níveis, segundo o seu administrador. Em entrevista ao CONSTRUIR, José Figueira revela que o Grupo investe anualmente cerca de 5 milhões de euros em I&D e que as perspectivas para 2017 apontam para um crescimento desta empresa portuguesa

Que balanço faz da actividade do Grupo no último ano?

O Grupo tem mantido a sua actividade a um nível aquém da sua capacidade, mas com indicadores satisfatórios. A diversidade de serviços do ISQ a nível nacional, e a sua dispersão geográfica internacional, permitem manter a actividade do Grupo em níveis que podemos considerar razoáveis. No último ano registámos várias realidades. A nível nacional verificou-se um crescimento de actividade, bem como a nível internacional, nas economias não dependentes do petróleo e gás. Nos países fortemente dependentes do sector petrolífero registámos uma quebra de actividade ao nível das filiais e na exportação de serviços, devido à retracção dos investimentos. Nem tudo é negativo. A redução de actividade permite-nos olhar para o interior da organização e repensá-la de forma mais eficiente, numa perspectiva de melhoria contínua.

O sector da construção foi um dos mais abalados durante a mais recente crise económica. Que impactos sofreu o ISQ como consequência desta situação?

Neste sector de atividade o impacto foi grande. A nossa atividade está, neste momento, praticamente centrada na avaliação de condição de activos, e a inspecção de nova construção caiu praticamente a zero, devido à falta de investimento público e privado no sector.

O facto de o Grupo investir em novos negócios e empresas, diversificando a sua actividade, mitigou os efeitos adversos da conjuntura económica recente? Que soluções encontrou a empresa para contornar a crise?

O ISQ tem mais de 250 serviços especializados e 16 empresas participadas nacionais que oferecem soluções para vários sectores da economia. Esta diversidade tem-nos permitido mitigar os efeitos das quebras de actividade em alguns setores e também a sazonalidade de alguns trabalhos, como é o caso, das paragens de grandes unidades industriais. Igualmente, a aposta contínua na inovação e desenvolvimento, tem sido um factor chave de sucesso na diversificação de actividade e na entrada em alguns nichos de mercado.

A empresa expandiu-se também para o mercado externo, nomeadamente para os Estados Unidos, Espanha, Brasil e Emirados Árabes Unidos. Que oportunidades foram identificadas nestes países, levando o grupo a estabelecer representações? Actualmente, quais os sectores que representam, nos países em causa, mais oportunidades de negócio para o Grupo ISQ?

A internacionalização do ISQ iniciou-se na década de 80 no sector petrolífero. A competência do ISQ na inspeção e controlo de equipamentos industriais foi o “driver” inicial da internacionalização, tendo sido mais tarde a estratégia de internacionalização consolidada em 5 pilares, que consistem na aquisição de empresas locais em mercados com afinidades com Portugal, de empresas locais em importantes mercados no petróleo e gás, na aquisição de empresa locais em mercados geoestrategicamente importantes e que dominem uma determinada região, indústria ou mercado, na participação nos grandes projectos de investigação & desenvolvimento internacionais, nos fundos nacionais, internacionais e contrapartidas financeiras diversas que permitam alavancar o negócio internacional nas diversas áreas de competência do ISQ. Apesar dos constrangimentos no sector do petróleo e gás, este continua a trazer as maiores oportunidades de negócio internacional para o Grupo ISQ. No entanto, projectos como o CERN (European Organization for Nuclear Research) e o ITER (International Thermonuclear Experimental Reactor), que constituem o maior investimento científico da atualidade (estimado em 34 milhões de euros), da ESA (European Space Agency) e do ESO (European Southern Observatory), assumem grande relevância nos negócios internacionais do ISQ.

De que forma consegue o grupo ser competitivo em mercados tão exigentes e com uma concorrência tão forte, e, frequentemente, constituída por empresas de grande dimensão?

O ISQ tem um conjunto alargado de competências, algumas de nicho, que lhe permitem posicionar-se nos mercados internacionais com vantagens competitivas. O investimento em investigação & desenvolvimento para o desenvolvimento de novas soluções, bem como a formação contínua altamente especializada dos nossos quadros técnicos, permitem-nos oferecer soluções técnicas (como o controlo de soldaduras de tanques criogénicos para armazenagem de gás natural liquefeito por “phased array”), consideradas das mais avançadas a nível mundial. Outra área de grande especialização e capacidade técnica é o nosso laboratório de ensaios termodinâmicos em Castelo Branco, onde realizamos ensaios customizados para a indústria aeronáutica e aeroespacial.

Existem outros países para os quais a empresa olha com interesse?

O ISQ está sempre atento a novas oportunidades. Estamos, actualmente, numa fase de consolidação e crescimento das nossas posições internacionais.

Actualmente, qual o peso do mercado da construção na facturação global do grupo?

O mercado da construção representa hoje um peso marginal na facturação global do grupo, bem longe do que representava há uma década.

A componente de I&D reveste-se de particular importância na vossa actividade? De que forma é a mesma impulsionada?

A investigação & desenvolvimento é muito importante para o ISQ – está no nosso ADN. Investimos cerca de 5 milhões de euros por ano nesta área. O conhecimento é fundamental para o domínio técnico de diferentes matérias, e permite-nos desenvolver soluções inovadoras que criam valor para os nossos clientes. Temos uma área de investigação & desenvolvimento transversal ao ISQ, essencial no desenvolvimento de conhecimento em matérias de carácter mais fundamental e de aplicação futura. Participamos em vários projectos nacionais e internacionais, em diferentes sectores de actividade. Paralelamente, temos grupos de investigação & desenvolvimento nas unidades operacionais, que articulam a sua atividade com a investigação & desenvolvimento central, e que também desenvolvem soluções de engenharia em parceria com os nossos clientes, para aplicações específicas.

Que actividade exerce mais frequentemente a empresa na área da engenharia civil?

Nesta área dispomos de um conjunto de serviços dirigidos para a nova construção, reabilitação e diagnóstico. Fazemos inspecção de controlo de qualidade de obras de arte, viadutos, passagens hidráulicas, protecções anticorrosivas e ensaios ultrassónicos de estacas, entre outros. Destacamos as actividades de inspecção na Ponte 25 de Abril que executamos desde 1986 e a inspeção da construção do novo aeroporto (pista e aerogare) do Oecusse na ZEEMS (Zonas Especiais de Economia Social de Mercado de Timor Leste). Dispomos também de um serviço de diagnóstico imobiliário, onde avaliamos o estado de conservação e de serviço do imóvel. Neste âmbito, fazemos o levantamento, análise e avaliação de anomalias construtivas. Apresentamos soluções técnicas de reparação e quantificação de trabalhos, tendo em vista a reabilitação do imóvel.

Como descreveria a capacidade técnica da engenharia portuguesa face à competição internacional?

A engenharia portuguesa tem capacidade técnica igual ou superior ao nível do melhor que encontramos no mercado internacional.

Quais são os objectivos e qual a estratégia do grupo para o próximo exercício? Que previsões fazem para o final do exercício corrente?

Projectamos um final de exercício em linha com as previsões. Não são esperados desvios significativos. Podemos dizer, face à conjuntura atual nacional e internacional, que o exercício de 2016 não correu mal. No próximo exercício pretendemos que o Grupo ISQ cresça. Projecta-se um crescimento a diversos níveis, concretamente a nível orgânico, organizacional, conhecimento e de monitorização e digitalização da atividade. Obviamente que, para concretizar estes objectivos, teremos de crescer em volume de negócios e melhorar alguns dos nossos rácios financeiros.

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Prémios AGEFE distinguem boas práticas das empresas de material eléctrico

O Prémio Fornecedor do Ano, promovido pela Secção de Distribuidores Grossistas da AGEFE, voltou a distinguir as empresas que mais se destacaram em 2024 no sector de material eléctrico em Portugal. Pela primeira vez os prémios AGEFF incluiu a Mobilidade Eléctrica como categoria a concurso

Todos os anos estes prémios têm como grande objectivo fomentar a geração de valor na cadeia de distribuição, potenciando uma articulação cada vez mais qualificada entre a distribuição e os seus fornecedores.

Este reconhecimento valoriza a excelência, o desempenho, a inovação e a qualidade da relação de serviço e desempenho do sector que abrange as empresas de material eléctrico, sublinhando também o papel estratégico que as empresas desempenham na evolução do sector de material eléctrico a operar em território nacional.

Nesta edição, os galardões foram atribuídos em sete categorias, com a introdução de uma nova distinção, mobilidade eléctrica, reflectindo a diversidade e a especialização dos segmentos que compõem a indústria de material eléctrico em Portugal. Os vencedores foram seleccionados com base em critérios exigentes, incluindo qualidade dos produtos, eficiência logística, suporte técnico e compromisso com a inovação. Assim, na categoria ‘Automação, Controlo e Instrumentalização’ foi distinguida a Finder; na categoria ‘Cabos’ o vencedor foi a General Cable Celcat; a Legrand venceu na categoria ‘Comunicação, Redes e Segurança’; na categoria ‘Distribuição de Energia’ o prémio foi atribuído à Hager; a Ledvance venceu na categoria ‘Iluminação’; na categoria ‘Material de Instalação’ a Obo Bettermann foi o Fornecedor do Ano. A nova categoria ‘Mobilidade Eléctrica’ premiou a Wallbox.

“Vivemos tempos exigentes. A instabilidade geopolítica, as pressões económicas sobre a Europa, as exigências da transição energética, a transformação que está a ocorrer nomeadamente no mercado da distribuição obrigam-nos a repensar modelos e reforçar competências e, essencialmente, a criar valor com base na colaboração mútua”, sublinhou José Coutinho, presidente do Conselho de Secção de Distribuidores Grossistas, AGEFE.

Através desta iniciativa, a AGEFE – Associação Portuguesa da Indústria Electrodigital – reafirma o seu compromisso em promover práticas de excelência no sector, fomentar relações sólidas entre os diversos agentes na área do material eléctrico e incentivar a inovação como motor de desenvolvimento. A edição deste ano voltou a evidenciar a importância da colaboração entre todos os intervenientes da cadeia de valor, reforçando a dinâmica positiva e sustentável do sector de material eléctrico em Portugal.

Neste encontro do sector de “Material Eléctrico 2025” reuniram-se 65 empresas, associadas e não associadas, entre as quais 24 distribuidoras grossistas e 37 importadoras e fabricantes de material eléctrico, contando com a participação de mais de 160 profissionais do sector, tendo sido a maior participação de sempre.
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Guimarães vai pensar cidade e habitação

“Housing Symposium Guimarães 2025” decorre entre 29 e 31 de Maio. Especialistas internacionais e nacionais reúnem-se no Centro Cultural Vila Flor para pensar novas formas de habitar e viver na cidade

Novas formas de pensar a habitação e garantir respostas arquitectónicas adequadas às necessidades de cada época. Este é um dos motes do evento “Housing Symposium Guimarães 2025”, que vai reunir alguns dos principais nomes da arquitectura contemporânea, entre os dias 29 e 31 de Maio, no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães.
Este fórum de reflexão, promovido pela Fundação Ideal Spaces, Câmara Municipal de Guimarães, Grupo Zegnea e Escola de Arquitectura, Arte e Design da Universidade do Minho, vai abordar três temáticas diferentes ao longo dos três dias do simpósio, com moderação do alemão Ulrich Gehmann, fundador da “Ideal Spaces”, e da arquitecta Mariana Rodrigues, do Grupo Zegnea.

«As cidades e as sociedades encontram-se num processo permanente de mudança. Discutir, pensar e reflectir sobre ‘Housing’ é falar sobre identidade, pertença e as dinâmicas que moldam a sociedade, a cultura e a forma como vivemos. Este simpósio surge de uma inquietação sobre este tema, que será sempre central na arquitectura», considera Hugo Ribeiro Lobo, CEO do Grupo Zegnea.

A abertura do certame, na quinta-feira, é dedicada ao conhecimento e entendimento da “Cidade” enquanto organismo vivo, a sua adaptabilidade social, pluralidade cultural, políticas públicas e a sua condição humana, que a torne diversificada e inclusiva.

No primeiro dia, o americano Jason Montgomery, arquitecto e professor na Universidade Católica dos EUA, abre o painel “Cidade: A Natureza Humana”, seguindo-se as intervenções de António Fontes, da Cerejeira Fontes Arquitectos, e de Paulo Castelo Branco, da Mo(o)ve Arquitectos.

O dia inaugural termina com o painel “Cidade: Passado, Presente, Amanhã”, com o uso da palavra a cargo de Ricardo Rodrigues, director da Divisão do Centro Histórico da Câmara Municipal de Guimarães, Maria Manuel Oliveira, professora da Escola de Arquitectura da Universidade do Minho e de Magali Peyrefitte, professora da Universidade de Brunel, em Londres, Inglaterra.

Habitação como prioridade
O tema da “Habitação” vai dominar o segundo dia do simpósio. “Porquê… Como… Quem… Planeia?” vão merecer a atenção do indiano Loveneet Thaku, da professora da Escola de Geografia, Ambiente e Ciência da Universidade de Birmingham, Sophie Hadfield-Hill (14h50) e do arquitecto Pedro Sousa, director do Departamento de Urbanismo da Câmara Municipal de Guimarães.

O dia de sexta-feira encerrará com a temática habitacional “Onde… Como… Quem… Vive?”, com o arquitecto Hugo Ribeiro Lobo, CEO do Grupo Zegnea, seguindo-se uma intervenção do arquitecto André Fontes, professor da Escola de Arquitectura da Universidade do Minho e da Escola de Arquitectura de Bergen (Noruega). O painel fica concluído com a arquitecta Sara Brysh, doutorada em habitação colectiva e co-fundadora da Etsha Studio.

O último dia de simpósio será momento destinado a compreender as novas tipologias habitacionais, os novos estímulos e as relações entre o Homem e o espaço que o rodeia.

Jason Montgomery abre o painel “Espaço: Como Pensamento Criativo”. Segue-se uma intervenção do arquitecto Ivo Oliveira, professor da Escola de Arquitectura, Arte e Design da Universidade do Minho, finda a qual intervém Adelina Pinto, diretora do Departamento de Habitação do Território de Guimarães.

O sexto e derradeiro painel “Espaço: Como Pensamento Construído” terá como oradores Luís Reis, arquitecto do Grupo DST, e de Jorge Branco, professor da Escola de Engenharia da Universidade do Minho. A Porcelanosa fecha a primeira edição do “Housing Symposium Guimarães 2025”.

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Kronos Homes investe 150 M€ em primeiro projecto mixed-use

Assinado pelo atelier Broadway Maylan, o Mima é composto por quatro edifícios distintos e complementares que integram residencial, hotelaria e apartamentos turísticos

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A Kronos Homes apresenta o seu novo investimento urbanístico em Lisboa, num dos últimos terrenos para construção disponível no Parque das Nações. Este empreendimento representa um marco significativo para a promotora ao ser o primeiro projecto mixed-use desenvolvido pela marca em Portugal, integrando residencial, hotelaria e apartamentos turísticos. Com um investimento global de 150 milhões de euros, dos quais 25 milhões são destinados à componente hoteleira, o Mima afirma-se como uma proposta “ambiciosa e estratégica” para a capital.

Assinado pelo atelier Broadway Maylan, o Mima é composto por quatro edifícios distintos e complementares, desenhados para proporcionar uma experiência “integrada, funcional e sofisticada”, ao estilo das principais capitais europeias.

O edifício residencial, Mima Residences, já em fase de comercialização, conta com 51 apartamentos de tipologias T1 a T4 e valores a partir dos 600 mil euros. O edifício conta, ainda, com piscina, ginásio, jardim e recepção com segurança, e foi desenhado para tirar partido da luz natural e das vistas privilegiadas sobre o rio Tejo.

A componente turística do projecto é assegurada por dois edifícios autónomos, o Mima Living, que disponibilizam um total de 180 apartamentos com serviços integrados nas tipologias T1 e T2, com áreas entre os 45m² e os 70m². Estas unidades serão vendidas totalmente mobiladas e equipadas, com acesso a piscina, ginásio, zonas ajardinadas e serviços de gestão turística.

O empreendimento contará, ainda, com uma unidade hoteleira de quatro estrelas, operada sob a insígnia Tempo by Hilton, uma das mais recentes marcas internacionais do grupo Hilton, concebida para viajantes modernos que valorizam bem-estar e estilo de vida equilibrado. O hotel, que será um dos três primeiros da marca a abrir portas na Europa, ao lado de localizações como Belfast e Reiquiavique, terá 142 quartos e integrará também um espaço de fitness, bem como uma área de restauração e bar.

Esta aposta estratégica reflecte a “evolução do posicionamento” da Kronos Homes no mercado português, onde a promotora tem vindo a “consolidar um portefólio de empreendimentos de elevada qualidade arquitectónica e impacto urbano”.

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Baralhar e dar de novo

A AD de Luís Montenegro foi a vencedora da noite eleitoral. Reforçou a sua presença no Parlamento e a distância face ao seu adversário histórico (PS). Mas o resultado foi dos mais baixos de sempre e, sem maioria absoluta, terá de negociar com PS e Chega para conseguir governar. Em mãos terá, no entanto, um conjunto de obras que estavam já delineadas e que abrandaram o desenvolvimento à conta da incerteza em torno do novo Executivo. Ultrapassado o impasse, há um conjunto relevante de trabalhos em condições de avançarem

Ricardo Batista

Encerradas as urnas e contados os votos, poder-se-á dizer que as Eleições Legislativas do passado dia 18 de Maio serviram, sobretudo, para reforçar a posição da Aliança Democrática como partido de Governo. A coligação liderada por Luís Montenegro reuniu 32,10% do total de votos, reforçando assim a sua presença no Parlamento ao passar de 77 (nas Legislativas de 2024) para 86 deputados. Ignorando, para já, as leituras do desenho parlamentar, que tem, a partir de agora, os partidos de Direita com uma significativa maioria dos deputados, há hoje condições para que PSD e CDS-PP possam continuar a implementar o programa sufragado no ano passado, nomeadamente medidas suspensas momentaneamente à conta da incerteza governativa.
A Aliança Democrática propõe-se execu¬tar 59 mil casas públicas a preços acessíveis e disponibilizar financiamento para mais projectos municipais, num universo global não quantificado. O programa eleitoral da AD tem a particularidade de reassumir algumas das linhas que o Governo vinha assumindo, não sendo por isso de estranhar que, em muitas das alíneas que constam no documento, o tempo verbal usado seja o pretérito perfeito e não o futuro. Falamos, nomeadamente, da “flexibilização das limitações de ocupação dos solos, densidades urbanísticas (incluin¬do construção em altura) e exigências e requisitos construtivos, bem como a possi¬bilidade de aumento dos perímetros urbanos, garantindo uma utilização do território de forma sustentável e socialmente coesa e harmoniosa para garantir acesso à ha¬bitação” ou mesmo na área da coesão do território, onde a AD recorda que “assinámos contratos para construção de 124 novos centros de saúde e requalificá¬mos 347 unidades já existentes, com investimentos de 272,8M€ e de 274,9M€, respe¬ctivamente” ou as “26 escolas no Norte e Algarve através do PRR”.

Ambicioso plano rodoviário
De recordar que estava em ‘banho-Maria’ o plano anunciado em Março para o desenvolvimento da rede ferroviária e rodoviária, com o objectivo de impulsionar a “coesão territorial” e melhorar a mobilidade do país. O Conselho de Ministros aprovou as prioridades estratégicas para a ferrovia, com foco em garantir a interligação eficiente entre as principais áreas urbanas e reforçar as ligações transfronteiriças, incluindo Espanha. A Infraestruturas de Portugal (IP) foi mandatada para realizar os estudos necessários e viabilizar um conjunto de investimentos, nomeadamente a avaliação das opções para uma ligação directa da Linha do Oeste a Lisboa ou o reforço das ligações transfronteiriças a Espanha, incluindo a ligação de Alta Velocidade entre Porto/Vila Real/Bragança/Espanha, a ligação entre Aveiro/Viseu/Salamanca e a ligação de Alta Velocidade entre Faro/Huelva. “É determinante para Portugal recuperar o atraso na ferrovia. Definir prioridades e apostar na modernização ferroviária é um processo complexo que se arrasta há anos e que temos de ter a coragem de prosseguir se queremos honrar os compromissos internacionais”, explicou, na altura o ministro das Infraestruturas Pinto Luz. A Resolução do Conselho de Ministros aprovada confirma também as prioridades de desenvolvimento da rede ferroviária de Alta Velocidade actualmente em curso (Porto-Lisboa, Porto-Vigo e Lisboa-Madrid) bem como da rede ferroviária convencional. No plano rodoviário, destacar um conjunto de novas vias como prioritárias, como a ligação transfronteiriça IC31 entre Castelo Branco e Monfortinho; o IC35 que liga Sever do Vouga à A25; o IC6 entre Tábua e Folhodosa; a conclusão do corredor da A13/IC3 que incluí os troços entre Vila Nova da Barquinha (A23) e Almeirim e entre Coimbra e o IP3; a ligação do IP2 em Trancoso à A24 na zona de Lamego com a execução do IC26; o IC9 entre Abrantes e Ponte Sor; o troço do IC11 em Lourinhã; IC13 ligando Montijo, Coruche, Mora, Ponte Sor e Alter do Chão; IP2 em perfil de autoestrada entre Portalegre e Estremoz. Do mesmo modo, está prevista a concretização em perfil de autoestrada de todo o troço do IP3 entre Souselas e Viseu, que inclui a duplicação do troço entre Santa Comba Dão e Viseu cuja obra está já prevista ser iniciada entretanto.

Aeroporto e ferrovia
Consolidada parece estar a questão do decisor que, aparentemente, estará agora mais à vontade para lidar com os processos da alta-velocidade e novo aeroporto Luís de Camões. a abertura do Congresso Rodoferroviário Português, em Lisboa, Miguel Pinto Luz defendeu que quando se desenha infraestruturas é necessário “ter visão nas políticas públicas de saúde, justiça, sociais”, por forma a não serem “meros veículos para mais desequilíbrio territorial e injustiça”. O ministro assegurou que o Governo teve uma preocupação com a justiça territorial, tendo tido esta visão em conta nos investimentos feitos durante a legislatura. Esta abordagem verifica-se, por exemplo, no investimento na Área Metropolitana e Lisboa, disse o ministro, nomeadamente com o Aeroporto Luís Vaz de Camões que tem agora “a sua localização absolutamente definida e cristalizada”, possibilitando “definir território”. É o que está a ser feito com o parque Cidades Tejo, no reforço da A12, A13, com o metro Sul do Tejo e a terceira travessia do Tejo, enumerou Pinto Luz, reiterando que isto está a acontecer “concomitantemente com uma visão infra-estrutural que se tem de dar às pessoas que se deslocarem a este território para viver”. Para o ministro, não podem ser criados “guetos onde há grandes infra-estruturas” que depois podem não ter impactos se não existir uma visão geral. Já na Alta Velocidade, notou, o mesmo está a ser feito, nomeadamente na educação, com a articulação com institutos e universidades e com uma “aposta nos centros logísticos no território para a alta velocidade não cair de pára-quedas num território não infra-estruturado”. Em 14 de Maio de 2024, o Governo aprovou a construção do novo aeroporto da região de Lisboa no Campo de Tiro em Alcochete, seguindo a recomendação da Comissão Técnica Independente (CTI). Uma nova ponte entre Chelas e o Barreiro, e um túnel entre Algés e a Trafaria poderão aproximar ainda mais as duas margens da área metropolitana de Lisboa. Entre as duas infraestruturas, apenas uma tem um horizonte mais definido: a ponte, conhecida como Terceira Travessia do Tejo, que avançará com a construção do novo Aeroporto de Lisboa. Já o túnel permanece, para já, como uma intenção do Governo, bem como uma reivindicação antiga dos municípios de Almada e Oeiras, especialmente Almada. A oeste da Ponte 25 de Abril, está a ser proposto um túnel imerso entre Trafaria, em Almada, e Algés, em Oeiras. Não se trata de uma ideia nova, mas de uma reivindicação antiga das autarquias de Almada e de Oeiras, em particular da primeira – a Presidente da Câmara de Almada, Inês de Medeiros, tem vindo a defender em várias intervenções públicas essa infraestrutura, até como forma de levar o MTS, o metro ligeiro de superfície que percorre os concelhos de Almada e do Seixal, até à Margem Norte, a partir da Trafaria. A Câmara de Almada estima um custo de 1,1 mil milhões de euros para a construção do túnel, com um prazo previsto de sete anos. O projecto é apoiado também por Isaltino Morais, Presidente da Câmara de Oeiras, que considera a infraestrutura vital para o desenvolvimento económico e tecnológico da área metropolitana de Lisboa.

Saúde e ‘mega’ área metropolitana
Na saúde, na pasta das “prioridades”, além do Hospital de Todos os Santos, em Lisboa, e cujas obras estão já em marcha, está a construção do Hospital Central do Algarve, Hospital do Oeste, Hospital Barcelos-Esposen¬de, Hospital do Seixal, e garantir o terminus e a abertura do novo Hospital de Évora e de Sintra.
Em Março, já na antecâmara das Legislativas, o Executivo apresentou aos presidentes dos 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa (AML) e ao presidente da Câmara de Benavente o projecto Parque Cidades do Tejo, “que pretende transformar o arco ribeirinho numa grande metrópole em que o rio funciona como elo de ligação dos territórios em vez de os separar”. Em causa está um projecto que contempla 4500 hectares de área de intervenção urbanística e infraestruturas, o equivalente a 55 vezes a Parque Expo, onde se prevê a construção de mais de 25 mil habitações. O ‘novo’ Governo tem então em mãos um plano onde “nos quatro eixos – Arco Ribeirinho Sul, Ocean Campus, Aeroporto Humberto Delgado e Cidade Aeroportuária – se requalificam territórios, onde se fomentam cidades em rede e onde se promove a economia circular, a habitação, o emprego e o aumento dos transportes públicos através do reforço das infraestruturas. Dá-se uso, vida e futuro a terrenos públicos nas margens do Tejo que há muitos anos estão totalmente desaproveitados”, indica a nota emitida pelo ministério das Infraestruturas e Habitação. Segundo o ministério liderado por Miguel Pinto Luz, o Parque Cidades Tejo contempla espaços habitacionais, de lazer, de investigação e de cultura, como a Ópera Tejo, um Centro de Congressos Internacional e a Cidade Aeroportuária.

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Retrato de Agostinho Ricca (1970) @Álvaro Ferreira Alves
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Acervo de Agostinho Ricca integra arquivo da Casa da Arquitectura

Agostinho Ricca, figura incontornável da arquitectura portuguesa, destacou-se pela “inovação” e pelo “rigor” ao longo de mais de seis décadas. A cerimónia de doação está agendada para esta quinta-feira, dia 22 de Maio, às 18h30, no Espaço Álvaro Siza

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A Casa da Arquitectura – Centro Português de Arquitectura vai integrar o acervo do arquitecto Agostinho Ricca, figura incontornável da arquitectura portuguesa, falecido em 2010 e cujo trabalho se destacou pela “inovação” e pelo “rigor” ao longo de mais de seis décadas. A cerimónia de doação está agendada para esta quinta-feira, dia 22 de maio, às 18h30, no Espaço Álvaro Siza.

A sua linguagem arquitectónica evoluiu ao longo do tempo, reflectindo diferentes influências. Inicialmente próximo da tradição académica das Beaux-Arts, com referências como Victor Laloux e Willem Dudok, viria a aproximar-se do modernismo de Alvar Aalto, Le Corbusier e Frank Lloyd Wright. Mais tarde, o seu trabalho dialogaria com correntes do pós-modernismo, inspirando-se em arquitetos como Carlo Scarpa e Jean Nouvel.

Ricca trabalhou em mais de 200 projectos ao longo da sua vida — só no Porto, aproximadamente 120 — dos quais 60 se concretizaram em obras construídas. Entre estas, destaca-se o Complexo da Boavista/Foco, um parque residencial projectado no início da década de 1960, constituído por habitação, comércio, um hotel, um cinema e a emblemática Igreja de Nossa Senhora da Boavista.

O conjunto documental a ser acolhido pela CA, é composto por mais de 12500 esquissos e desenhos técnicos, mas também maquetes, fotografias, documentação escrita, correspondência, registos de viagem e referências bibliográficas.

A doação, de enorme importância para a preservação do património arquitectónico nacional, reforça o papel da Casa da Arquitectura como instituição de referência para o tratamento e divulgação do trabalho dos arquitectos.

O momento da doação vai contar com a presença de Helena Ricca, filha do arquitecto, que representa a família doadora, e do arquitecto João Luís Marques, docente da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP) e colaborador desde 2012 na organização e catalogação do arquivo do autor.

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Comunidade, artesãos, designers de moda e arquitectos pensam futuro da Lã

De 24 de Maio a 1 de Junho, Manteigas recebe a terceira edição do Lãnd – Wool Innovation Week. Será uma semana dedicada à inovação e à divulgação de novas práticas, aplicações e produtos com lã. O Lãnd vai pensar o futuro desta matéria- prima no novo espaço comunitário criado para receber conhecimento e albergar arte e saber – a Casa Lãnd

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A terceira edição do Lãnd – Wool Innovation Week, organizado pelo município de Manteigas e pela Associação de Desenvolvimento Integrado da Rede de Aldeias de Montanha (ADIRAM) atesta o esforço de todo um sector empresarial e da comunidade local na valorização deste que é um património único, identitário e com forte potencial criativo em várias áreas como a moda, a arquitectura ou o design de interiores e de equipamento. Mas não só. O evento quer ser o mote para chamar ao território outras linguagens e práticas contemporâneas nas quais a lã assume um papel cimeiro. A curadoria este ano está a cargo da designer Sara Lamúrias.

De 24 de Maio a 1 de Junho, a semana da inovação em torno da lã acontecerá em Manteigas e um pouco por todo o lado – viverá nas ruas, nas unidades fabris como a Burel Factory e a Ecolã, nas pastagens onde são criadas as ovelhas das raças Bordaleira e Churra Mondegueira da Serra da Estrela. Por toda a vila será possível sentir o pulsar da tradição e da contemporaneidade que a lã poderá aportar a este território. O evento é aberto à participação da comunidade, visitantes e turistas.

O Lãnd – Wool Innovation Week pretende ser um laboratório vivo para a aprendizagem conjunta, valorizando as práticas ancestrais, acrescentando novas práticas e experiências a todo um sector que urge dar continuidade, desvendando a ciência por trás deste recurso endógeno com vasto potencial de aplicação em vários sectores de actividade.

A programação do Lãnd começa já este fim de semana. No sábado, 24 de Maio, acontecem visitas guiadas ao pasto e a duas das mais relevantes fábricas de lanifícios actualmente em laboração, a Burel Factory e a Ecolã. Será ainda inaugurada a exposição Lãnd, na renovada Casa do Povo de Manteigas, agora Casa Lãnd. No domingo, 25 de Maio, decorre, da parte da manhã, a oficina de feltragem a seco, utilizando a lã da Serra da Estrela, com a artesã ucraniana a viver em Portugal, Hanna Buyarska. À tarde acontecem as Lãnd Talks com um dos grandes nomes da moda nacional, a estilista Alexandra Moura, e com Inês Sousa e Rui Dias do gabinete NOZ Arquitetura. Tiago Pereira irá apresentar “A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria”, um projecto que visa “contar histórias, divulgar uma cultura, criar ambientes sonoros, desconstruir preconceitos e purismos, cruzar públicos”. Ao final da tarde, na Casa Lãnd ecoam as vozes das mulheres e dos homens dos campos com o Coro da Cura.

A programação prossegue até dia 1 de junho com mais oficinas artísticas e pedagógicas, ilustrações com burel com Catarina Silva, passeios laneiros pela vila de Manteigas, concerto de olhos vendados com o documentarista e colecionador de sons da natureza, Luís Antero, e ainda as conversas Lãnd com o designer de interiores, Hugo da Silva, com Kathi Stertzig do estúdio de design The Home Project Design Studio e João Cortes do gabinete de arquitectura Openbook.

O evento está aberto à participação de toda a comunidade. As residências comunitárias com a designer activista Susana António são disto exemplo e, ao longo do mês de Maio, têm preenchido os dias de alguns manteiguenses. Está praticamente pronta uma peça artística têxtil com 6 metros feita pela população com excedentes de tecidos e fazendas que vieram das fábricas. Será exposta na fachada da nova Casa Lãnd.

Casa Lãnd para os lãnders e toda a comunidade criativa

O Lãnd tem agora um espaço fixo que funcionará como uma casa da criatividade e de cultura, onde poderão ser partilhados saberes e expostos trabalhos. A Casa do Povo, antes de ser isso mesmo, foi construída pelo Círculo Operário Católico, que funcionava como uma associação dos operários fabris da altura.  A partir de 2025, a Casa Lãnd será um espaço vivo de criação, de pensamento, de arte, de saber, de partilha e comunhão.

O Lãnd – Wool Innovation Week é um anual integra o Plano de Animação da Rede de Aldeias de Montanha no âmbito da Estratégias de Eficiência Coletiva PROVERE Aldeias de Montanha 2030 e é cofinanciados pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) no âmbito do Programa Regional do Centro (Centro2030).
Enquadra-se nos seguintes Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis, ODS 12 – Produção e Consumo Sustentável, ODS 13 – Ação Climática e ODS 15 – Proteger a Vida Terrestre.

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Vilamoura estreia comunidade solar

O projecto âncora UPAC Victoria conta com 1.008 painéis solares numa área de 1.924 m². No primeiro ano de funcionamento, estima-se uma produção de 713,40 MWh, evitando 120,57 toneladas de CO₂

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Com o objectivo de apostar no potencial solar da região do Algarve e num sistema energético mais sustentável e centrado no cidadão, o projecto âncora UPAC Victoria conta com 1.008 painéis solares numa área de 1.924 m². No primeiro ano de funcionamento, estima-se uma produção de 713,40 MWh, evitando 120,57 toneladas de CO₂, o equivalente a 722 árvores plantadas.

A Comunidade Solar de Vilamoura (CSV) reforça o compromisso com um estilo de vida sustentável, contribuindo para a descarbonização e redução das emissões de CO₂ na região. Este projecto está alinhado com as directrizes nacionais e europeias que visam responder à necessidade urgente de descarbonização das economias.

A CSV é constituída por consumidores que, através de instalações partilhadas, produzem parte ou a totalidade da energia eléctrica que consomem, podendo, em alguns casos, gerar excedentes e maximizar os benefícios económicos da produção de energia. Isto significa um avanço significativo em relação aos sistemas individuais de autoconsumo, com reduções substanciais nas contas de energia para mais de 1.000 famílias.

Além do impacto ambiental e económico, o projecto abrange também o plano social, através da parceria com a “LUZSIMPLES”, uma empresa regional que opera no mercado da energia e que promove a criação de emprego local, promovendo a transparência e as boas práticas empresariais.

A comunidade solar faz parte da estratégia ambiental global de Vilamoura, que inclui sistemas avançados de tratamento de águas residuais, com planos para a ETAR fornecer água não potável para irrigação, até 2026; implementação de Certificações AQUA+ para todos os novos desenvolvimentos residenciais e turísticos; adesão a padrões internacionais de construção sustentável, incluindo BREEAM, LEED, e Lider A; e uso extensivo de espécies de plantas nativas de baixa procura de água na paisagem.

Em conformidade com o Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC) de Portugal, que tem como objectivo alcançar 80% de energia renovável na produção de electricidade até 2030, a estratégia para posicionar Vilamoura como o principal destino no Algarve para viver, passar férias e investir está profundamente ligada à sustentabilidade. Está em desenvolvimento um ecossistema sustentável que não só traz benefícios financeiros para os residentes, mas também contribui para a preservação ambiental para as futuras gerações, melhorando a qualidade de vida.

 

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EMAF reúne a indústria de 27 a 29 de Maio

Feira Internacional de Máquinas, Equipamentos e Serviços (EMAF) debate desafios e oportunidades que actual instabilidade mundial pode trazer para a indústria portuguesa. O certame arranca a 27 de Maio e tem lugar na Exponor

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A exposição multissetorial Feira Internacional de Máquinas, Equipamentos e Serviços para a Indústria (EMAF), decorre de 27 a 29 de Maio, na Exponor, e conta com 438 empresas participantes, para responder aos estímulos da digitalização e da integração das tecnologias inteligentes da indústria 4.0, rumo a um futuro mais sustentável.

Os desafios e as oportunidades que, para vários segmentos da economia portuguesa, ressaltam da actual (des)ordem política internacional não passam ao lado da cimeira maior da indústria portuguesa, a EMAF irá receber vários especialistas para debater o tema, na Future Summit, que se realiza a 28 de Maio, segundo dia do evento. Sérgio Sousa Pinto, presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, é keynote speaker da conferência. Abordará a “Nova ordem mundial: a exigência de uma defesa comum na Europa”.

A conferência é organizada pela Associação Empresarial de Portugal, pela Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal, AIMMAP e o CEiiA, Centro de Engenharia e Desenvolvimento.

Às nacionais juntam-se empresas provenientes da Alemanha, China, Dinamarca, Espanha, Itália, Reino Unido ou Coreia do Sul, entre outros.

Do programa da EMAF constam ainda outros momentos de reflexão sectorial. No dia 29 tem lugar o Seminário de Manutenção Industrial e Gestão de Activos e a Galp dinamizará três iniciativas técnicas: “Como potenciar a eficiência energética na indústria”, a “Revolução digital na manutenção preditiva” e a “Transformação digital da fiabilidade industrial”.

O Centro de Apoio Tecnológico à Indústria Metalomecânica, CATIM, por sua vez, leva à tribuna “Os projectos Twin NavAux e Atlantic Offshore Wind Energy (AOWINDE)”, também no dia 27.

Dia 28 terá lugar o“4.º Seminário Internacional: Segurança-Máquinas, Plataformas Elevatórias e Equipamentos de Trabalho”, e do KIWA | SMT – Seminário de Máquinas e Equipamentos de Trabalho. A EMAF será ainda palco da conferência “Transformação digital da indústria – upgrade da automação exponenciada pela inteligência artificial, organizada pela AIMMAP, no dia 29.

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Almovi celebra 40 anos com nova estratégia e equipa técnica reforçada

A Almovi está também a investir em automação e tecnologia, com uma equipa interna de programadores trabalha diariamente na automatização de processos e no desenvolvimento de soluções digitais. Tudo isto faz parte do projecto ‘Speed by Design’, cujo objectivo é entregar um serviço fiável, previsível e rápido

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A Almovi assinala 40 anos de actividade e inicia um novo ciclo com “ambição renovada”. Mais do que celebrar o passado, a empresa olha para o futuro com uma “estratégia clara”, ou seja, “criar a melhor oficina de manutenção e reparação de equipamentos do País”.

“Esta nova fase é liderada por uma equipa que cresceu dentro da Almovi e está determinada a transformá-la na melhor empresa de manutenção do País”, afirma Manuel Arriaga, director-geral.

Num sector marcado pela escassez de mão de obra especializada, a Almovi encontrou uma oportunidade, construir uma equipa técnica competente, eficaz e bem preparada, onde o bem-estar, o desenvolvimento contínuo e a estabilidade profissional são prioridades.

Com esta visão a empresa prevê duplicar a equipa no espaço de dois anos. “Os nossos técnicos são os heróis que mantêm este sector a funcionar. O nosso objectivo é criar um ambiente profissional que lhes permita entregar um serviço de excelência diariamente. Para isso, investimos nas pessoas e nos processos, e fechamos o ciclo ouvindo atentamente os nossos clientes”.

Para complementar esta visão, a Almovi está também a investir em automação e tecnologia, com uma equipa interna de programadores trabalha diariamente na automatização de processos e no desenvolvimento de soluções digitais. Tudo isto faz parte do projecto ‘Speed by Design’, cujo objectivo é entregar um serviço fiável, previsível e rápido.

Na área de aluguer, a aposta mantém-se na especialização, nomeadamente, de mini gruas aranha, soluções técnicas para elevação de cargas em espaços confinados e máquinas de limpeza de terrenos adaptadas às exigências dos respectivos nichos de mercado.

Sempre com suporte técnico, formação e resposta rápida incluídos. “A nossa atenção está nos mercados em desenvolvimento, onde há espaço para inovar e gerar valor, canalizando os recursos para onde sabemos que podemos maximizar impacto e resultados. Não procuramos apenas presença: procuramos relevância”, conclui.

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Miele apresenta primeira máquina de roupa com tambor sem batedores

O Miele InfinityCare Honeycomb é o primeiro tambor do mundo onde os habituais batedores são substituídos por painéis numa estrutura de favos de abelha-rainha moldados tridimensionalmente no tambor

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A Miele apresentou na edição da IFA deste ano a nova gama de máquinas de lavar e de secar roupa topo de gama e prevê-se que seja um marco tecnológico e demonstre a força inovadora da empresa. O destaque vai para o tambor InfinityCare, o primeiro do mundo, que garante um cuidado ainda mais suave e de maior durabilidade para tecidos delicados. Com uma tecnologia de processo optimizada, as novas W2 e T2 Nova Edition oferecem ciclos mais rápidos para cargas menores e de maior flexibilidade no carregamento.

Em 2001, a Miele transformou os cuidados com a roupa ao introduzir o seu tambor inovador, com estrutura de favos que permite que a roupa deslize suavemente sobre uma fina película de água. Esta inovação, patenteada e aprimorada ao longo do tempo, mantém-se única até hoje. Agora, a marca apresenta o tambor Miele InfinityCare Honeycomb, o primeiro tambor do mundo sem os habituais batedores, que servem para orientar e misturar a roupa durante a rotação do tambor são agora substituídos por painéis numa estrutura de favos de abelha-rainha moldados tridimensionalmente no tambor. Os tambores das novas máquinas sem batedores reduzem a tensão mecânica sobre as roupas.

“Esta é a razão pela qual os nossos engenheiros têm trabalhado intensamente durante muitos anos para retirarem os batedores do tambor”, afirma Arnt Vienenkötter, senior vice president Business Unit Laundry do Grupo Miele.

Para garantir uma limpeza tão eficaz como sempre, a Miele desenvolveu uma nova técnica de lavagem inovadora com o apoio da IA. Esta tecnologia patenteada adapta o movimento do tambor de acordo com a roupa em cada lavagem. Assim, a roupa é tratada de forma eficaz através de um movimento pendular, sem a necessidade dos batedores para a circulação mecânica. Dependendo do tipo e tamanho da carga, o movimento pode ser rápido e dinâmico ou, em contrapartida, mais lento e suave.

“Isto assegura que a roupa é higienicamente limpa mesmo sem os batedores do tambor e maximiza a vida útil mesmo dos tecidos mais delicados”, acrescenta Vienenkötter. Os destaques do novo design são os elementos significativamente maiores e tridimensionais, mas suavemente arredondados, que a Miele chama de “Queen cells” devido ao papel especial que desempenham. Existem seis destes elementos por tambor e, entre outras coisas, ajudam a mover a roupa de uma forma suave.

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