Vila Nova de Poiares reclama solução urgente para acessibilidade rodoviária
O município acusa os sucessivos governos de “total falta de conhecimento da realidade do concelho e, em particular, da forte dinâmica empresarial e industrial aqui existente, bem como dos constrangimentos e limitações que a falta de uma acessibilidade digna coloca ao crescimento e desenvolvimento da economia local, com os consequentes impactos para o território envolvente”
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O município de Vila Nova de Poiares aprovou uma moção “Pela Defesa das Acessibilidades”, na qual se reclama uma solução urgente para os “graves” problemas que afectam o concelho e que estão a prejudicar o seu desenvolvimento.
Em causa está a divulgação do `Programa de Valorização das Áreas Empresariais`, de investimentos em rodovias e infraestruturas, “que irá movimentar um total de 180 milhões de euros até 2021, onde não consta qualquer investimento em Poiares, nem sequer na região da Comunidade Intermunicipal”, queixa-se o executivo autárquico, em comunicado.
Desconhecendo “quais os critérios que subjazem às escolhas do Governo com a fixação das 12 obras prioritárias, sendo todas tratadas como ligações entre zonas empresariais e a rede rodoviária principal a integrar o Programa Portugal 2020”, o município diz não compreender, nem aceitar, “o recorrente esquecimento, relativamente a esta matéria, a que tem sido sujeito o concelho pelos sucessivos Governos”. O executivo liderado pelo socialista João Miguel Henriques não iliba o actual Governo e confessa que é “com estupefacção e incredulidade que se verifica que Poiares ficou, mais uma vez, excluída das prioridades do país”. A moção, apresentada pela maioria socialista e aprovada por unanimidade, relembra que o município possui um dos maiores parques industriais da região, com sensivelmente 80 hectares, no qual estão instaladas cerca de uma centena de empresas que dão emprego directo a mais de 1.000 trabalhadores “e que contribuem para um volume de facturação anual de cerca de 400 milhões de euros”.
“Vila Nova de Poiares, de acordo com dados recentemente publicados pelo INE, é o terceiro concelho dos 19 que compõem a CIM Região de Coimbra com maior saldo comercial positivo, com 92 milhões de euros, imediatamente após os municípios de Figueira da Foz e Cantanhede”, refere o comunicado. O documento refere ainda que, “não obstante os valores apresentados, fortemente sustentados pela dinâmica empresarial criada pela Zona Industrial de Poiares, esta estrutura não detém um acesso rodoviário, digno desse nome, a uma via estruturante (IP3, A13, IC6), apesar da sua proximidade geográfica”.
O município acusa os sucessivos governos de “total falta de conhecimento da realidade do concelho e, em particular, da forte dinâmica empresarial e industrial aqui existente, bem como dos constrangimentos e limitações que a falta de uma acessibilidade digna coloca ao crescimento e desenvolvimento da economia local, com os consequentes impactos para o território envolvente”. “A construção de um acesso rodoviário digno a Vila Nova de Poiares que sirva as necessidades do concelho e, em particular, do seu Polo Industrial, é uma questão da mais elementar justiça, e pela qual iremos continuar a lutar”, sublinha o executivo de João Miguel Henriques.
A moção “Pela Defesa das Acessibilidades de Vila Nova de Poiares” vai ser enviada à Assembleia Municipal para aprovação, sendo depois remetida “às várias entidades técnicas e políticas competentes na matéria”.