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    “Investimento imobiliário está a tornar-se numa aplicação financeira”

    A Stone Target actua no mercado imobiliário e tem como modelo de negócio o acompanhamento do potencial investidor em Portugal, percorrendo toda a cadeia de valor. A grande aposta desta empresa, encabeçada pelos sócios Rogério Antunes, Cristina Pereira e Daniel Martins baseia-se numa rede de parcerias alargada, através da qual pretendem apresentar as melhores oportunidades de negócio aos clientes internacionais, fazendo, entretanto, toda a consultoria e avaliação das potenciais oportunidades

    Pedro Cristino
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    “Investimento imobiliário está a tornar-se numa aplicação financeira”

    A Stone Target actua no mercado imobiliário e tem como modelo de negócio o acompanhamento do potencial investidor em Portugal, percorrendo toda a cadeia de valor. A grande aposta desta empresa, encabeçada pelos sócios Rogério Antunes, Cristina Pereira e Daniel Martins baseia-se numa rede de parcerias alargada, através da qual pretendem apresentar as melhores oportunidades de negócio aos clientes internacionais, fazendo, entretanto, toda a consultoria e avaliação das potenciais oportunidades

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    A Stone Target actua no mercado imobiliário e tem como modelo de negócio o acompanhamento do potencial investidor em Portugal, percorrendo toda a cadeia de valor. A grande aposta desta empresa, encabeçada pelos sócios Rogério Antunes, Cristina Pereira e Daniel Martins baseia-se numa rede de parcerias alargada, através da qual pretendem apresentar as melhores oportunidades de negócio aos clientes internacionais, fazendo, entretanto, toda a consultoria e avaliação das potenciais oportunidades

    Em entrevista ao CONSTRUIR, Daniel Martins, Rogério Antunes e Cristina Pereira, sócios da Stone Target, explicam detalhadamente o modelo de negócio da empresa.

    Como surge a empresa?

    RA: A Stone Target surgiu em 2012 como uma empresa de mediação. Na altura estava a trabalhar sozinho mas, de qualquer forma, tenho uma experiência já bastante grande na área da mediação e a empresa surgiu por causa de alguns negócios muito pontuais que desenvolvi na altura, sempre muito ligados à área do investimento. Em 2014, falei com a Cristina, que entrou na sociedade, e optámos por alargar o nosso âmbito. Somos muito especializados na área do investimento, e começámos também a trabalhar com algum retalho porque era o caminho natural. Como vendemos produtos de investimento aos construtores, aos investidores, depois esses construtores devolviam produto para retalho, ou seja, produto pronto para se vender. O Daniel entrou em 2016, para complementar a equipa. O modelo de negócio baseia-se na consultoria imobiliária. Essencialmente, fazemos consultoria de investimento imobiliário.

    Como se desenvolve?

    RA: Fazemos a captação de boas oportunidades de investimento, fazemos uma análise da viabilidade desses negócios e, depois, vamos colocar isso junto dos investidores com quem trabalhamos. Essencialmente, o que esses investidores procuram não são imóveis, mas sim lucro. O que fazemos é propor lucro aos nossos investidores. Captamos boas oportunidades de investimento, fazemos uma análise do negócio, fazemos uma análise financeira e de mercado e, depois, com base nisso, fazemos chegar as oportunidades aos investidores para se desenvolver o negócio.

    Falamos de investimento em que áreas?

    RA: Trabalhamos essencialmente a habitação neste momento, embora tenhamos feito alguns negócios que não são estritamente habitação. Nós não somos especializados em serviços, mas sim em habitação. Contudo, o que estamos a desenvolver – e temos feito alguns negócios nesse sentido – são, não só negócios imobiliários, mas, depois, também os negócios associados ao imobiliário. Por exemplo, temos tido algumas abordagens com pessoas que querem fazer investimento na área de agricultura. Isso implica uma parte imobiliária mas depois implica também uma parte de negócio, cuja análise também fazemos, embora não sejamos especialistas nessa área – vinho, cortiça, etc.

    Mas fazem a ligação aos outros especialistas?

    RA: Fazemos, porque temos uma rede de parcerias muito alargada e é nisso que está baseada a nossa actividade.

    É quase um serviço chave na mão?

    RA: Sim, quase. Fazemos a cadeia toda.

    DM: Directamente ou através de parceiros.

    Como estava o mercado imobiliário em 2012, quando a empresa surgiu?

    RA: Em 2012 estava a desconto, completamente. Estávamos a falar de coisas vendidas abaixo do valor patrimonial em zonas de Lisboa consideradas excelentes. E se Lisboa estava a desconto, imagine tudo o que não é Lisboa. Estava tudo a ser vendido abaixo do valor patrimonial das finanças, mas não havia liquidez. Portanto, os negócios, apesar de serem excelentes, tinham de ser muito bem estruturados. Não havia crédito, e quem tinha dinheiro, normalmente, não tinha muito, pois tinha muito “stock” – o negócio imobiliário é muito de “stock”. Entretanto começaram a surgir investidores estrangeiros e muitos destes investidores tinham ligações fora de Portugal, que informaram do estado do mercado, e esses, fazendo parcerias com investidores que já estavam neste mercado, iam injectando dinheiro ou arranjavam compradores finais para os projectos, e foi aí que o mercado começou gradualmente a recuperar.

    O vosso mercado é maioritariamente Lisboa?

    RA: Sim, embora estejamos a analisar outras áreas.

    Em 2014 decidiram apostar também no retalho. O mercado já mostrava sinais de recuperação?

    RA: O mercado começou a ter um pouco mais de liquidez e, nessa altura, quando fiz a sociedade com a Cristina, definimos uma estratégia a longo prazo. Consideramos que, no mercado de Lisboa que, nessa altura, era onde havia operações suficientemente interessantes para nós aportarmos “know how” e para fazemos este tipo de abordagem, com a análise do produto, a análise financeira, a análise da rentabilidade do negócio e, depois, a análise do mercado, só havia operações suficientes quando se tratava de investimento. Nessa altura pensámos que o que era previsível acontecer era que, dentro de dois ou três anos, o mercado cresceria, estávamos a ter um fluxo interessante de investidores estrangeiros, teríamos um mercado interessante de segmento médio-alto e alto, e essas operações já seriam suficientemente altas para a nossa abordagem. Nessa altura, abordámos o mercado do retalho, no sentido de nos prepararmos para o que iria acontecer, e que está a acontecer agora no mercado. Nós temos T2 com alguma facilidade por 500 mil euros e temos já um “pipeline” muito grande de projectos que foram comprados ao longo destes anos, já com a estimativa dos preços a que assistimos agora – achamos que ainda vamos a continuar a assistir ao crescimento dos preços..

    Até quando?

    RA: Eu penso que, pelo menos, mais quatro ou cinco anos.

    DM: Acho que vai estar tudo dependente das políticas das taxas de juro e de remuneração dos produtos financeiros, porque a verdade é que o imobiliário está a constituir-se como um investimento de refúgio.

    RA: Estamos a assistir a um fluxo constante de investidores estrangeiros que está a mudar de facto o mercado. O mercado, de facto, expandiu. Nós não estamos a assistir apenas à recuperação do mercado. Estamos a assistir à sua expansão. E esses novos investidores é que estão a ancorar o crescimento dos preços, porque não estamos a falar dos investidores que vêm para comprar, para depois se irem embora. O “Golden Visa” é mais um negócio, mas não foi com base nisso que crescemos. Temos assistido a muitos clientes estrangeiros, essencialmente europeus, mas começam a aparecer investidores de outras geografias muito interessantes, como Brasil, Estados Unidos, etc., que vêm para ficar. Portanto, isso ancora os preços.

    DM: Grande parte do crescimento também se acentuou com esta onda muito recente – que começou em 2011/20112 – de que Lisboa, numa primeira fase, e Portugal, numa segunda fase, é um “hotspot” em termos mundiais não só de turismo mas também do investimento imobiliário. Acabam por andar um pouco de mãos dadas. Havia um grande desconhecimento em relação ao mercado português e às suas potencialidades e, entretanto, tanto o actual Governo como o anterior tiveram um conjunto de iniciativas que deram visibilidade ao país, que o tornaram atractivo em termos fiscais para certos segmentos de mercado que tencionamos trabalhar, nomeadamente o mercado dos reformados, a nível europeu, e o mercado de profissionais altamente qualificados. O surgimento de concorrência é uma forma de validação do modelo e, nos últimos tempos, temos assistido à chegada a Portugal de modelos como, por exemplo, a Second Home, que valida um pouco este conceito. Qualquer casa em Lisboa, sobretudo numa zona mais central ou mais histórica, que seja colocada no mercado, 80% das visitas que receberá serão de estrangeiros, sempre na faixa entre 30 e 50 anos, altamente qualificados, que procuram em Lisboa um porto de abrigo. A nossa ideia é posicionarmo-nos como consultores privilegiados, junto de todos os actores do mercado, em toda a cadeia.

    Os investidores que representam são individuais ou empresas?

    RA: Quando falamos de investidores, tratam-se de empresas.

    CP: Há cada vez mais um grupo emergente que é o do investidor particular que procura aplicar os activos que tem no banco e transformá-los em investimento mais garantido.

    RA: O investimento imobiliário está a caminhar a passos largos para se tornar uma aplicação financeira.

    Porque proporciona uma maior confiança relativamente ao mercado financeiro…

    CP: Sim, porque é um bem que fica consigo e que é seu.

    DM: Qualquer bem é valorizado pela atenção e procura que tem e Lisboa, neste momento, e a marca Portugal, constituíram-se como um bem muito relevante em termos de investimento imobiliário, porque vende, porque é uma garantia de rentabilidade. Muitos investidores, nomeadamente institucionais, estão cada vez mais a diversificar tendo em conta bens tangíveis. Segundo os últimos relatórios, energia e imobiliário têm sido, por excelência, os grandes sectores de refúgio para o investimento e Portugal está muito bem posicionado.

    A valorização do imobiliário a que se assiste agora é sustentável?

    RA: É. Por dois motivos. Primeiro, temos esta ancoragem no aumento do mercado, de facto, porque as pessoas estão a vir viver para Portugal. Estamos a ter mais procura em termos turísticos e o imobiliário também é rentabilizável por essa via. Por outro lado, temos uma questão muito importante, que acho que é também muito interessante, e que consiste no facto de os investidores portugueses e os investidores estrangeiros – mas muitas vezes, um “mix” dos dois: investidores portugueses que conhecem o mercado, acompanhados por um músculo financeiro – têm muitos projectos em “pipeline”, cujos estudos de viabilidade são feitos com base no crescimento dos preços de que estamos a falar. O que acontece é que esses grupos de investidores têm, eles próprios, acesso ao mercado de compradores estrangeiros e está a criar-se uma capilaridade que vai trazer, por estas vias, o comprador francês, suíço, brasileiro, chinês, etc.

    Há especulação?

    RA: Tem havido alguma especulação. Como o mercado está em crescimento, o que acontece é que, compradores que aqui estavam colocados comparam, por exemplo, na Baixa, e o mercado da Baixa aumentou, e eles consideraram que valia a pena ceder a sua posição. Em alguns casos foi pura especulação, e noutros tem a haver com a mera tomada de mais-valia. Agora, os investidores que têm, de facto, dimensão, e os investidores que têm estruturas já no estrangeiro e estão a investir cá, não largam os activos. Vão desenvolvê-los até ao fim.

    DM: Usam-nos como bandeira para conseguirem aceder a outros projectos de maior dimensão. Neste momento, a força motriz do mercado está na procura e não na oferta, ao contrário daquilo que foi sempre regra em Portugal, mesmo nos tempo em que o mercado estava em alta.

    Mas já se começa a notar isso, com a falta de “stock”

    DM: Há uma coisa muito interessante que é diferente, por exemplo, do movimento especulativo dos preços do final dos anos 90 e início de 2000, que era alimentado por projectos que estavam dependentes da banca do princípio ao fim. A partir do momento em que isso é retirado do cenário, a valorização que é feita dos imóveis, é feita com uma base concreta, que é a base do mercado e não com uma base artificialmente criada com a insuflação por entrada do mercado financeiro. A Stone Target posiciona-se como fornecedor de exclusividade, seja através de produto, seja através da rentabilidade associada a esse produto. Com a procura exacerbada que existe, torna-se cada vez mais complicado não só avaliar a real natureza dos negócios, como aceder às boas oportunidades. Com este processo de crescimento que temos vindo a sedimentar na empresa, criámos as relações que nos permitem, nesta altura de elevada procura, aceder a produto numa situação privilegiada e, dessa forma, vender níveis de rentabilidade superiores ao típico construtor que está a apostar no mercado da reabilitação. Há duas grandes dificuldades típicas em qualquer mercado: arranjar bom produto para colocar no mercado e arranjar compradores. Neste momento, a grande dificuldade do mercado está no primeiro ponto. O segundo, nós cobrimos, também pela dinâmica que temos deixado no mercado, mas a grande mais-valia para a típica empresa de construção é aceder a estas oportunidades.

    Lisboa está a valorizar-se na generalidade, ou por zonas?

    CP: Ainda há zonas muito embrionárias nesta questão do crescimento e do interesse imobiliário, mas são áreas do futuro. Temos uma cidade que, geograficamente, começa a fechar em termos de capacidade e recurso de reabilitação, nomeadamente tudo o que é bairrismo. A compra desenfreada a preços loucos a que temos assistido até agora faz com que haja limitação, porque não vamos tirar as pessoas de casa. Esses bairros começam a fechar em termos de capacidade que têm para gerar negócio. O que acontece é que, no horizonte do investidor, há outras zonas geográficas de apetite. Temos uma cidade à beira do rio, sol quase 365 dias por ano e toda esta luz da cidade, que chama os turistas europeus. Será nessa linha do rio a aposta do futuro, até à zona do Parque das Nações. As zonas bairristas, diz-me a minha sensibilidade, que estão a fechar e, se calhar, fecham já este ano. Depois, há escapatórias, em termos de investimento, porque em termos de posicionamento de habitação, é outra coisa. Nas Avenidas Novas não temos apartamentos de 24 metros quadrados como há em Alfama, nem em Alfama há apartamentos de 200 metros quadrados como há nas Avenidas Novas. Portanto, falamos de outro tipo de comprador, outro tipo de exigência, outro tipo de investidor. Quando falamos de comprador, é o comprador que compra a sua casa para aí viver. Quando referimos investidor, é quem compra para rentabilizar. Há zonas que começam a espoletar a reabilitação de luxo, em prédios com outro registo urbanístico, arquitectónico, etc, como a das Avenidas Novas. Quando se consegue fazer uma reabilitação de grande dimensão em Alfama, quem compra para investir vai esquartejar aquela reconstrução de prédio e, de um edifício grande – não haverá muitos em Alfama – faz dois ou três. O objectivo  é vender, transformar o activo num outro tipo de negócio que pode não passar por habitação. Quem procura no outro lado da cidade, vai manter, vender ou comprar o apartamento grande, porque é outro tipo de comprador, de investidor. Assim, começamos a ter um maior investimento estrangeiro, porque são capitais que se associam, de outro posicionamento e de outra projecção. O que nos diz a nossa experiência é que o caminho da reabilitação em Lisboa é o da reabilitação de luxo. Todo o caminho que fizemos com os nossos investidores até agora, consistiu em colocá-los nesse mercado. Fizemos um caminho de relação, de negócio e de investimento e a nossa estratégia é exactamente acompanhá-los nesse sentido e levá-los a zonas “prime” de Lisboa que são onde realmente vai nascer e continuar a construção de luxo. A construção de luxo em Lisboa nunca irá sofrer tanta oscilação como a média e baixa.

    DM: Por inerência, para os negócios de segmento baixo e alto, também vamos assistir a uma valorização.

    Estes investimentos no mercado de luxo têm normalmente que fim?

    CP: Há uma linha que divide a cidade: falar do Chiado é diferente de falar da Madragoa ou da Mouraria. São dois lados opostos na cidade que se definem como um quadro arquitectónico. No o Chiado ou nas Avenidas Novas, o negócio irá sempre passar pela habitação e não pelo turismo, porque são zonas que, desde sempre, foram consolidadas pela habitação. Por outro lado, Alfama/Graça colocaram Lisboa no mundo pela via do turismo. E por essa via, desde há cinco anos a esta parte, começámos a perceber que estas zonas estavam adormecidas. Então existe o lado da habitação consolidada, de luxo, e o lado do turismo.

    Prevê-se o surgimento de novas zonas atractivas para o investimento, em Lisboa?

    RA: Há uma zona que nos parece relativamente óbvia, entre o Parque das Nações e a Praça do Comércio. É uma zona fantástica da cidade e que já tem alguns projectos: a Fábrica do Gás já tem um grande projecto, tem o plano de pormenor já aprovado, etc. Depois, temos o Braço de Prata. Há ainda algumas zonas que têm sido descobertas para investimento alternativo. Vamos tendo zonas novas na cidade, que estão perfeitamente identificadas e seguras do seu crescimento em termos de preços. As zonas históricas estão a fechar, mas há zonas de expansão. O eixo até ao Parque das Nações parece óbvio que irá crescer. Depois temos outras zonas, como o Beato, o Vale de Chelas, mas para outro tipo de segmentos. Na nossa opinião, tem de se ter algum cuidado para se investir nessas zonas. Não se pode pensar que vai acontecer ali o que aconteceu no resto da cidade, pois falamos de uma zona mais afastada, muito mais incipiente em termos de desenvolvimento imobiliário, está muito misturada com zonas más e, portanto, embora seja uma zona de expansão, tem de se ter algum cuidado. Teremos claramente valorização nas Avenidas Novas, Benfica também é uma zona muito interessante…

    E têm produto disponível?

    RA: Pois, essa é a grande questão. Produto não têm, mas têm capacidade de expansão. Alfama, por exemplo, não tem essa capacidade.

    DM: Outro fenómeno que pode ser interessante na área do mercado de luxo, é a criação de uma tipificação de produto. O produto de luxo é diferente. Em Portugal, temos um certo fio condutor que está associado à tal marca – a ideia do sol, a ideia da vida pacata, a ideia da segurança, que é crítica. O impacto que esta segurança tem na psique dos potenciais compradores é enorme. A oportunidade é importante. Em Lisboa e no Porto começamos a ficar muito restringidos quanto à disponibilidade do produto de luxo e começam a surgir oportunidades distintas, também com a assinatura portuguesa, de luxo, no Alentejo ou no Minho. Esse é um mercado que também exploramos porque, na realidade, os próprios investidores também estão interessados. Alguns que já estavam cá radicados começam a tomar consciência de outras zonas. Há outros que vêm por referência de quem já cá está e começam a procurar essas oportunidades. Vamos começar a ter “cluster” de imobiliário de luxo mediante as condições das áreas e das zonas.

    RA: Na Costa Vicentina há micro-mercados muito interessantes. As pessoas pensam sempre em Tróia ou Comporta, mas nessa zona, há uma série de áreas importantes. O que é importante é, de facto, ter uma rede perfeitamente definida e capaz de identificar e qualificar os investidores, porque a questão que se coloca em todo o mercado é esta: há ou não procura para determinada zona? Se não houver, esquece-se, porque não há mercado. Há ou não procura por este tipo de produto? Há. A procura não está nos portais imobiliários generalistas ou nas feiras imobiliárias. Nós temos uma rede que nos permite identificar onde está a procura para determinado segmento.

    DM: Isto gera um certo “cluster” e para acedermos a clientes deste “cluster” e acedermos a estas realidades que já existem temos de ter uma rede e é essa a nossa aposta: ter uma rede de acesso a oportunidades interna, bastante bem desenvolta, que já está construído, com muitos anos de trabalho, a equipa, as relações de confiança que vamos sabendo construir. Depois, há outra parte, que são as redes no estrangeiro, com parceiros privilegiados, que nos tragam os investidores. Sabemos, por exemplo, que o modelo dos chineses foi muito centralizado via Macau e em duas ou três províncias chinesas, mas isto tem um problema: como é um mercado muito fechado de dentro, só permitiu o acesso a números significativos de clientes por parte de quem já tinha construídas as redes de angariação de clientes na própria china. Isso foi uma das grandes desvirtuações do mercado, provocada pelo “golden visa”. Virámo-nos muito para aquela latitude e havia todo um conjunto de outras latitudes a explora que não foram devidamente exploradas.

    Entretanto, o fluxo chinês também diminuiu…

    CP: A questão aqui é que um investidor chinês que já vem com outra postura para o mercado actualmente. Os que já cá estão, estão com o “golden visa” adquirido, portanto já estão a evoluir ou na forma de habitação, ou de negócio. Os que estão a vir, vêm mais esclarecidos. Até porque já temos um histórico, que foi passado e transpirado para fora de Portugal, portanto, estes novos investidores já vêm muito mais acautelados e devidamente acompanhados. O nosso caminho – da Stone Target – nunca foi feito a pensar na era dourada dos “golden visa”. Fizemos o nosso caminho, surgia um negócio e olhávamos para ele como outro negócio qualquer. Para quem está focado num só tipo de mercado estrangeiro que é o chinês, sabemos que há flutuações e que, à primeira brecha, o barco vai ao fundo.

    DM: Um aspecto interessante neste processo de expansão comercial a nível internacional, por parte do imobiliário português, é que houve uma concentração em alguns mercados específicos, como França, na Europa, China, na Ásia e mesmo no próprio mercado americano, que está muito inexplorado, só assistimos a alguma dinamização junto das comunidades portuguesas, normalmente na Costa Leste.

    Sobre o autorPedro Cristino

    Pedro Cristino

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    SIL 2024 atribui prémios e distingue personalidade do ano

    A entrega de Prémios SIL do Imobiliário, que decorreu esta quinta-feira, dia 2 de Maio, atribuiu 13 prémios em cada uma das categorias a concurso e duas menções honrosas

    Créditos: Nuno Cruz (FIL)

    Realizou-se esta quinta-feira, dia 2 de Maio a entrega de Prémios SIL do Imobiliário, numa edição que atribuiu 13 prémios em cada uma das categorias a concurso e duas menções honrosas.

    Assim, foram mais de 40 candidaturas a concurso, de empresas e entidades, que apresentaram soluções, empreendimentos ou fases autónomas de empreendimentos, situados em território português, e cuja construção está concluída e/ou considerada como tal, no essencial da obra.

    Já a distinção da personalidade do ano foi atribuída a Luís Correa de Barros, CEO da Habitat Invest, pelo “trabalho desenvolvido em prol do imobiliário português, destacando-se na área da promoção e da mediação”.

    Ao nível dos prémios SIL, o Melhor Empreendimento em Construção Nova, na categoria de Habitação, coube ao Infinity, promovido pela Vanguard Properties. Já o Icon Community, da Civilria, arrecadou o prémio de Melhor Empreendimento Imobiliário, também em Construção Nova, mas na categoria de Comércio Serviços e Escritórios.

    Foi, ainda, distinguido o projecto Lumiére, da Jhomea Invest, na categoria de Construção Sustentável e o empreendimento O’Living, da Mexto, com uma Menção Honrosa, para Melhor Empreendimento Imobiliário em Construção Nova em Habitação.

    Ainda enquanto Melhor Empreendimento, mas no Turismo, o prémio foi entregue à Sociedade Imobiliária Verdelago, pelo seu resort de luxo no Algarve, tendo, igualmente sido distinguido com o prémio Inovação na categoria de Projecto.

    Ainda no Turismo, mas na categoria de Reabilitaçao, coube ao Upon Villa, do Grupo Libertas, a distinção. Na Habitação, foi o Bonjardim, da Avenue, foi distinguido.

    Já na categoria de Comércio, Serviços e Escritórios, a distinção foi entregue à Gestão e Obras do Porto pela reabilitação da Escola Secundária Alexandre Herculano.

    Ainda na reabilitação urbana, houve lugar à menção honrosa em Habitação, para o projecto Linea Residences, da Habitat Invest.

    A Inovação foi também distinguida. Quanto à Promoção Imobiliária, o prémio foi atribuído ao Magnólia City Park, da Revito Real Estate e à Flexty, no segmento de Mediação.

    A melhor campanha de lançamento foi atribuída à Native, da Sociedade Imobiliária Colonade.

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    ERA: Venda de habitação nova cresce 36% nos primeiros 3 meses do ano

    Entre Janeiro e Março de 2024, o número de imóveis novos transaccionados pelo departamento de Novos Empreendimentos cresceu 36% face ao período homólogo. Estas vendas representaram um aumento de 38% na facturação desta unidade de negócios da ERA face ao período homólogo

    tagsERA

     

     

    A ERA Portugal divulga os resultados da sua unidade de Novos Empreendimentos relativos ao 1º trimestre de 2024. Os indicadores confirmam uma tendência de crescimento da unidade que tem um peso cada vez maior deste departamento na facturação total do Grupo.
    Nesse sentido, a venda de casas novas mantém a tendência de crescimento, registando-se, entre Janeiro e Março, um aumento de +36% (cerca de 300 casas no 1T 2024) na comparação com o período homólogo. Dos cinco concelhos com mais casas novas vendidas destaca-se (com % face ao total nacional): Gondomar (peso de 10%); Porto (8%); Coimbra (7%); Loures (6%); Seixal (4%).
    A tipologia de imóveis com mais procura no segmento dos novos foram os T2 (37%), seguidos pelos T3 (29%), T1 (20%), T4 (10%) e T0 (3%). Embora apenas 3% das casas novas vendidas tenham sido T0, a procura por esta tipologia tem crescido substancialmente, sobretudo por parte de investidores, e são imóveis com um tempo de absorção (venda) muito rápido.
    Estas transações geraram uma faturação de aproximadamente 2,5 milhões de euros, o que significa uma subida de +21% em relação ao trimestre anterior (cerca de 2,1 milhões de euros) e +38% face ao período homólogo (a rondar os 1,8 milhões de euros). A venda de casas novas representou, neste trimestre, 15% da faturação habitacional, ganhando um peso cada vez maior na facturação total da ERA.
    O perfil dos clientes mantém-se similar ao de trimestres anteriores, ou seja, cerca de 80% são portugueses e os restantes distribuem-se por nacionalidades como Brasil, Alemanha, EUA e França.
    “Os números comprovam uma tendência de crescimento verificada ao longo do último ano. A incerteza macroeconómica que marcou o arranque de 2023 tornou ainda mais significativa a subida registada neste 1º trimestre e dá-nos boas perspetivas para o que resta do ano”, antecipa David Mourão-Ferreira, director do departamento de Novos Empreendimentos da ERA Portugal.

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    Álvaro Siza homenageado pelo Comité Internacional de Críticos de Arquitectura

    A iniciativa acontece a 6 de Maio na Fuindação de Serralves, no âmbito no âmbito da programação paralela comissariada pelo arquitecto António Choupina para a exposição C.A.S.A.

    A homenagem a Álvaro Siza, promovida pelo Comité Internacional de Críticos de Arquitectura (CICA), terá lugar na Fundação de Serralves, esta segunda-feira, dia 6 de Maio, pelas 19 horas, no âmbito da programação paralela comissariada pelo arquitecto António Choupina para a exposição C.A.S.A. (Colecção Álvaro Siza, Arquivo).

    Em Outubro, na sequência das Conferências Internacionais sobre o Poder e o Dever da Crítica Arquitectónica (2021), Definindo Qualidade Arquitectónica (2022) e Arquitectura como Crítica Construída (2023), realizar-se-á online a conferência de 2024 “Entre Autonomia e Comprometimento”, que procurará reconhecer as contribuições de Álvaro Siza e Denise Scott Bown neste campo.

    Esta homenagem contará com uma introdução de Wilfred Wang, presidente do CICA, que de seguida conversará com Ana Tostões, presidente da Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA) e membro da CICA e Álvaro Siza que descreverá o seu projecto favorito de modo a responder às questões: Deve um edifício ser um mundo em si mesmo? Ou deve antes relacionar-se com o contexto? Os melhores edifícios conseguem ambos: criar uma ordem e linguagem próprias, enquanto dialogam e dão forma à envolvente?

    O CICA foi fundado em 1978, durante o 13º Congresso Mundial da União Internacional de Arquitectos (UIA), por Pierre Vago, Bruno Zevi, Max Blumenthal, Mildred Schmertz, Blake Huges, Jorge Glusberg, Louise Noëlle e Julius Posener, entre outros.

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    Relatório Outlook da Worx destaca os cerca de 204 milhões de euros investidos em imobiliário comercial, no primeiro trimestre do ano, consistente com o período homólogo

    WORX LANÇA OUTLOOK T1 2024 COM ANÁLISE DO MERCADO DE INVESTIMENTO COMERCIAL

    Concluído o primeiro trimestre de 2024, a Worx Real Estate Consultants lança os relatórios Outlook T1 2024, sobre o mercado de investimento em Imobiliário Comercial em Portugal e sobre o Mercado de Escritórios em Lisboa, com uma análise detalhada do primeiro trimestre de 2024.

    Assim sendo, da análise do primeiro trimestre de 2024 e das principais tendências destaca-se a previsão de crescimento da economia portuguesa acima da média da Zona Euro nos próximos três anos, com 2,0% em 2024, de acordo com últimas revisões em alta do Banco de Portugal.

    A propósito deste lançamento e desta análise, Pedro Rutkowski, CEO da Worx, destaca os mercados de escritórios e no investimento, os sectores de hotelaria e retalho. “O mercado de escritórios está bem encaminhado para ter um ano notável, fruto das grandes operações a que temos assistido e também das que estão ainda em pipeline. Já no mercado de investimento, os sectores de hotelaria e retalho vão continuar a ser os mais atractivos, e já estamos a assistir a uma recuperação do investimento em escritórios, face a 2023”, afirmou.

    De acordo com o estudo da consultora, no primeiro trimestre do ano, foram investidos cerca de 204 milhões de euros em imobiliário comercial, consistente com o período homólogo. Entre as principais transacções, destaca-se o edifício K Tower por um valor acima dos 70 milhões de euros, tendo o sector de escritórios captado o maior volume de investimento neste período, cerca de 38% do capital investido.

    O mercado de investimento deverá manter-se resiliente, com perspectivas de robustecimento da actividade na segunda metade do ano com o efeito da tão aguardada descida das taxas de juro. Ainda assim, o volume de investimento este ano deverá manter-se em linha com o volume registado em 2023 e antevê-se uma ligeira compressão das yields ainda no presente ano.

    O sector de escritórios assinalou um volume de ocupação de 73,725 metros quadrados (m2) na Grande Lisboa, tendo a procura quadruplicado face ao período homólogo. A ocupação de dois edifícios, na sua totalidade, por empresas dos Serviços Financeiros nas zonas 3 e 5 contribui em larga medida para o volume de absorção nas mesmas, que captaram mais de um terço da procura cada.

    Desta forma, perspectiva-se uma recuperação notável da procura por escritórios, com um volume de absorção em 2024 acima do ano anterior, sendo acompanhada por uma ligeira subida das rendas até ao final do ano.

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    Constructel adquire norte americana Verità

    Com a aquisição da empresa fornecedora de serviços de engenharia de telecomunicações dos EUA a Constructel duplica receitas anuais no mercado para os 250 milhões de dólares. A transacção deverá estar concluída no segundo trimestre de 2024.

    A subsidiária do Grupo Visabeira anunciou a aquisição da Verità Telecommunications Corporation (“Verità”), uma empresa que actua nos serviços de engenharia de redes de telecomunicações fixas e móveis na região Centro-Oeste dos EUA, com uma facturação superior a 100 milhões de dólares.

    A Verità é a décima aquisição da Constructel desde 2021, nos seus principais mercados: França, Reino Unido, Bélgica, Portugal, Alemanha e EUA. Com a Verità, a Constructel ganha uma forte plataforma no grande e crescente mercado de serviços de telecomunicações dos EUA. Após a conclusão desta aquisição, as receitas da Constructel nos EUA duplicarão para cerca de 250 milhões de dólares, repartidas entre os serviços de engenharia de energia e as telecomunicações.

    A Verità, com sede no estado do Michigan, emprega cerca de 500 funcionários e opera nas áreas da engenharia, construção e manutenção de infraestruturas de rede de telecomunicações fixas e móveis. Com operações principalmente nas regiões dos Grandes Lagos e Centro-Oeste, a empresa atingiu, desde 2021, um crescimento de receita de dois dígitos.

    Com uma reputação de excelência, a experiência da Verità, aliada à sua abordagem focada no cliente e competência relativamente ao fornecimento de soluções chave-na-mão, alinha-se perfeitamente com a estratégia de crescimento da Constructel para os Estados Unidos. Ao explorar a presença e as capacidades estabelecidas da Verità, a Constructel pretende fornecer soluções chave-na-mão de elevada qualidade para o crescente mercado de implantação de fibra ótica e 5G.

    A actual equipa de gestão da Verità, sob a administração do fundador e CEO da Verità, Michael A. Falsetti, continuará a liderar a empresa mantendo a aposta nas relações fortes com clientes, compromisso com funcionários e parceiros e um foco incansável na qualidade da entrega para impulsionar a próxima vaga de crescimento da empresa.

    De acordo com Michael A. Falsetti, “esta parceria estratégica permitir-nos-á acelerar o nosso crescimento, não só proporcionando novas oportunidades para melhor servir os nossos actuais clientes e facilitando novas relações, mas também fomentando a transformação digital e de gestão que já estava a ganhar forma. Prevejo uma trajectória próspera para a Verità e para a sua força de trabalho.”

    Para Nuno Marques, CEO da Constructel Visabeira, “este investimento representa um marco importante. Posiciona-nos num patamar que nos irá permitir alcançar vendas anuais de cerca de 250 milhões de dólares nos Estados Unidos, equilibrando o nosso crescimento nos sectores da Energia e das Telecomunicações. À medida que executamos a nossa estratégia de expansão nos Estados Unidos, onde temos fortes ambições de longo prazo, este investimento desempenhará um papel fundamental.” E acrescentou, “com base nos nossos valores partilhados e uma visão comum para o futuro, juntamente com o meu profundo entendimento das fortes bases da Verità, estou confiante de que podemos alavancar sinergias comerciais e operacionais para concretizar as aspirações dos nossos clientes e alcançar uma trajetória de crescimento e de lucro sustentado. Adicionalmente, a robustez do nosso balanço permitir-nos-á continuar a prosseguir as nossas prioridades de crescimento e a nossa estratégia de aquisições nos próximos anos, na Europa e nos EUA.”

    Desde 2021, a Constructel alcançou um crescimento superior a dois dígitos nas receitas orgânicas e de mais de dois dígitos nas margens de EBITDA, reportando um volume de negócios de cerca de 1,3 mil milhões de euros. Estes números reflectem um crescimento anual das vendas e da margem superior a 20%, sustentado por uma combinação de forte expansão orgânica, que representa a maior parte do crescimento da Constructel, e um histórico de aquisições bem-sucedidas, apoiado num balanço sólido. A Constructel tem aumentado significativamente a sua actividade de Serviços de Engenharia de Energia, que contribui para mais de 30% das receitas globais da empresa, apoiando os clientes com investimentos em redes de transporte e distribuição, energia renovável e infraestrutura de carregamento de veículos eléctricos. Paralelamente, a Constructel reforçou a sua presença internacional na França, Bélgica, Reino Unido, EUA e Alemanha, que contribuem em conjunto com mais de mil milhões de euros para as receitas da empresa. Espera-se que a transacção seja concluída no segundo trimestre de 2024.

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    Nuno Sepúlveda assume presidência do CNIG

    O Co-CEO da Details Hospitality Sports & Leisure, entidade que gere campos de golfe em Portugal, incluindo Vilamoura, Palmares, Aroeira e Vale Pisão, assume o cargo com um plano estratégico para promover o crescimento sustentável do sector

    O Conselho Nacional da Indústria do Golfe (CNIG) tem novos corpos sociais e elegeu Nuno Sepúlveda como presidente da direcção. O Co-CEO da Details Hospitality Sports & Leisure, entidade que gere campos de golfe em Portugal, incluindo Vilamoura, Palmares, Aroeira e Vale Pisão, assume o cargo com um plano estratégico para promover o crescimento sustentável do sector.

    “Queremos chamar a atenção para o impacto significativo do golfe na economia nacional e ajudar a desmistificar algumas crenças erradas que existem sobre este desporto,” afirma Sepúlveda.

    A nova direcção reflecte a diversidade geográfica do golfe português, com membros de todo o País, incluindo as Ilhas, espelhando as necessidades muito díspares do sector.

    A equipa é composta por Frederico Brion Sanches (Silver Coast Golf Club), Luís Cameira (Estela Golf Club), Ricardo Abreu (Clube de Golf do Santo da Serra), Jorge Papa (Imoreguengo), Rodrigo Ulrich (Clux Comporta Golf) e Pedro Castelo Branco (Clube de Golfe Royal Óbidos).

    A Mesa da Assembleia Geral inclui Alexandre Barroso (Golf Time) como presidente, Hugo Santos (Estoril Plage) como vice-presidente, e Hugo Amaral (Albatroz Fantasy) como secretário. O Conselho Fiscal é liderado por Carlos Pinto Coelho (Guia), com Francisco Cadete (Golf Béltico) e João Paulo Sousa (Benamor) como vogais.

    Para este triénio, o CNIG apresentou um plano estratégico com iniciativas-chave ambiciosas que incluem a Gestão de Recursos Hídricos, com o objectivo de “desmistificar a ideia de que o golfe é um grande consumidor de água em comparação com outros sectores”, Neste sentido, serão promovidas discussões e estudos para mostrar que, embora o golfe utilize água, o sector opera de forma cada vez mais eficiente e sustentável, e contribui significativamente para a economia, ajudando a combater a sazonalidade turística em Portugal.

    A requalificação dos campos de golfe através dos apoios do PRR é uma das reivindicações, assim como dialogar com os legisladores para propor a redução do IVA nos serviços de golfe, com o objectivo de tornar o golfe mais acessível e estimular o crescimento económico.

    Serão, ainda, encomendados novos estudos para avaliar o impacto económico do golfe em Portugal, actualizando os dados de 2019. Estes estudos ajudarão a fundamentar políticas públicas e estratégias privadas, destacando o golfe como um motor de crescimento e de geração de emprego.

    No que diz respeito à sustentabilidade, o CNIG irá desenvolver e promover políticas que garantam boas práticas sociais e de governança, apoiando os seus membros com programas de formação e qualificação.

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    Zome lança serviço “inovador” de verificação de imóveis

    Este serviço pressupõe a emissão de um relatório com as características funcionais e estruturais do imóvel, possível graças a uma parceria com o ICS – Instituto para a Construção Sustentável, da FEUP

    tagsZome

    A Zome acaba de lançar oficialmente o serviço “Imóvel verificado by Zome”. Com o objectivo de “assegurar aos compradores, uma verificação detalhada do estado da casa” que pretendem adquirir e aos proprietários, este serviço pressupõe a emissão de um relatório que valoriza o seu imóvel. Este lançamento foi possível graças a uma parceria com o ICS – Instituto para a Construção Sustentável, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).

    O novo serviço, lançado durante o Salão Imobiliário de Portugal, que decorre até 5 de Maio, em Lisboa,  consiste numa verificação exata dos imóveis, tipo raio-x, onde os consultores imobiliários, certificados pelo ICS da FEUP, utilizam uma plataforma tecnológica exclusiva da Zome para registar o estado do imóvel e assim gerar um relatório detalhado para os clientes. Esse documento oferece uma visão abrangente das características estruturais e funcionais da propriedade. Para garantir a qualidade deste serviço, o ICS – Instituto para a Construção Sustentável, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, desenvolveu uma formação específica e certificada para todos os consultores da mediadora nacional.

    “O conceito do Imóvel Verificado by Zome foi desenvolvido com o objectivo de elevar o valor do serviço oferecido pelos consultores imobiliários, aumentar a transparência no processo de compra e venda e aportar mais conhecimento certificado, valorizando ainda mais a classe. Esta ideia surgiu de um grupo de trabalho de consultores imobiliários da Zome que procura inovar este sector e oferecer produtos diferenciados aos clientes”, explica Hélder Pereira, product marketing director da Zome.

    Este novo serviço reflecte uma abordagem diferenciada, com mais valor agregado e transparência no processo de compra e venda. Os clientes têm acesso a um relatório detalhado sobre o estado do imóvel, facilitando a negociação e o fecho do negócio. Além disso, as casas recebem um selo de “Imóvel Verificado by Zome”, destacando-as das demais no mercado, oferecendo uma vantagem adicional de confiança.

    Por outro lado, beneficiam de uma protecção abrangente, através do Seguro Multirriscos + Assistência ao Lar da SABSEG Seguros incluídos na transacção, com a primeira anuidade oferecida pela Zome.

    A celebrar cinco anos de actividade, a Zome aproveitou para fazer algumas reestruturações internas. Neste caso, Carlos Soares dos Santos, até aqui Chief Technology Officer (CTO) da rede, e que foi também um dos fundadores, passa a CEO. Já Patrícia Santos, a anterior CEO, passa a Chairman do Grupo.

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    Eficiência energética, BIM e construção metálica na agenda do 2º dia da Tektónica

    Ponto de encontro da indústria a feira da construção é o palco escolhido para a apresentação de soluções, novos produtos e empresas, mas também de discussão. Uma vertente que ganha um novo dinamismo numa altura que é de mudança para o sector. Neste que é o segundo dia do certame a eficiência energética, construção metálica e BIM estarão na agenda   

    A eficiência energética será o tema forte do segundo dia do evento. Na manhã do dia 3 terá lugar a mesa-redonda «Mais conforto e eficiência energética nos edifícios em Portugal», numa organização da Associação Nacional dos Fabricantes de Janelas Eficientes, ANFAJE. Nesse dia, mas um pouco mais tarde, a mesma associação fará sessão de lançamento do ‘Guia Exclusivo dos Fabricantes de Janelas Eficientes 2024’

    Da agenda consta ainda o encontro “ETICS, do conceito à aplicação”, organizado pela Associação Portuguesa dos Fabricantes de Argamassas e ETICS, APFAC.

    A organização Women in BIM Portugal trará ao debate o “Simplex Urbanístico & BIM”, um debate conduzido por Claúdia Antunes com a participação da arquitecta Patrícia Robalo, sobre a simplificação dos processos de licenciamento urbanístico e a obrigatoriedade de submissão de projectos em BIM.

    Também no dia 3 de Maio, segundo dia do encontro, terá lugar o seminário “Construção Metálica Sustentável” conduzido pelo director da CMM Luís Figueiredo Silva, e que conta com a participação de Helena Gervásio da Universidade de Coimbra, Cláudia Rocha da EQS, Gonçalo Martins da Perfisa e Paula Resende, da Antero.

    Neste que é o segundo dia da Tektónica conta ainda com a palestra da Associação Portuguesa dos Engenheiros de Frio Industrial e Ar Condicionado, EFRIARC, sobre “Os desafios da transição energética no ambiente construído”.

    A cerimónia de entrega dos Prémios Tektónica Inovação 2024 encerra o ciclo de encontros do dia 3 de Maio.

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    Anjos Urban Palace é o novo projecto de reabilitação da EastBanc

    O edifício do século XIX encontra-se a ser transformado em edifício de escritórios, num projecto do atelier de Souto de Moura

    Anjos Urban Palace é o mais recente projecto de reabilitação levado a cabo pela Eastbanc Portugal. Localizado no Príncipe Real, o “bairro de eleição” do promotor, o edifício do século XIX encontra-se a ser transformado em edifício de escritórios, num projecto do atelier de Souto de Moura. A obra deverá ficar concluída em Junho de 2025.

    Com uma área útil total de quase 3.250 metros quadrados (m2), o imóvel terá capacidade para receber até sete inquilinos. Além disso, vai contar, ainda, com duas lojas, uma de 215 m2 outra de 366 m2, e um restaurante com 650 m2, que também inclui um terraço.

    O investimento, onde se inclui os custos de reabilitação, rondam os sete milhões de euros. A comercialização está a cargo das consultoras Savills e CBRE, em regime de co-exclusividade.

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    Reynaers confirmada como parceira principal da ZAK World of Façades

    As conferências ZAK World of Façades irão decorrer no dia 20 de Junho, no Centro de Congressos de Lisboa, na qual a Reynaers irá participar com um stand e abordar o tema ‘Conformidade, Sustentabilidade e Digitalização como drivers da evolução’

    A Reynaers Aluminium foi confirmada como Parceira Principal da ZAK World of Façades, que cuja conferência irá decorrer no dia 20 de Junho, no Centro de Congressos de Lisboa. Direccionado para os profissionais do sector, trata-se de um espaço de discussão e networking “focado e especializado”, que acolhe oradores de diferentes domínios.

    Enquanto parceira no evento, a Reynaers Aluminium estará presente com um stand na zona de exposição e networking, em conjunto com a Forster Profile Systems, também do Grupo Reynaers, especialista em soluções em aço para a arquitectura, assim como nas conferências, com Pedro Santos, director técnico da Reynaers Aluminium em Portugal, a abordar o tema da ‘Conformidade, Sustentabilidade e Digitalização como drivers da evolução’.

    “O nosso tecido empresarial nacional no sector da arquitectura, construção e imobiliário tem uma resiliência e talento incríveis. Portugal é, e acreditamos que continuará a ser, um País muito atractivo para investir. Paralelamente, os profissionais do sector em geral, e em particular no domínio das fachadas, exportam soluções técnicas e know-how ao nível do que melhor se faz no mundo. Por isso, para nós, é um orgulho contribuir activamente para trazer a Lisboa uma das maiores conferências nesta matéria e para afirmar o que de tão bem se faz no nosso país”, destaca Marta Ramos, directora de marketing no mercado português.

    Até ao momento, já foram organizadas cerca de centena e meia de edições, atraindo mais de 40 mil profissionais em todo o Mundo. Em 2024, entre outros, a ZAK estará em Los Angeles, Manchester, Shangai, Kuala Lumpur, Dubai e Lisboa. Esta será a 153ª edição a nível mundial e a primeira edição em Portugal que apresentará os avanços do design e engenharia de fachadas que estão a mudar o sector.

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