Boavista e Baixa lideram rendas dos espaços empresariais no Porto
“Apesar da vasta oferta de espaços com potencial de ocupação empresarial na cidade, continua a existir uma falta de produto compatível com o perfil atual da procura”, garante Ricardo Guimarães, director da Confidencial Imobiliário
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As zonas da Boavista e da Baixa são as localizações do Porto com as rendas médias de oferta mais elevadas para espaços empresariais, apurou a Confidencial Imobiliário no âmbito da Porto Business Location Plataform (PBLP). Trata-se de um novo sistema de informação desenvolvido em parceria pela Câmara Municipal do Porto, através da InvestPorto, e pela Confidencial Imobiliário, no âmbito da qual se tem realizado um levantamento sistemático do parque de imóveis disponíveis com potencial para ocupação empresarial na cidade.
De acordo com os dados apurados, as rendas médias dos escritórios em oferta na Boavista em Março deste ano eram de 12,3 euros/m2/mês e na Baixa situaram-se nos 11 euros/m2/mês. Já no caso dos armazéns*, esses valores foram de 6,4 euros/m2/mês na Baixa. A área da Campanhã e a Zona Empresarial do Porto (ZEP), exibem, por seu turno, os valores mais contidos da cidade em ambos os segmentos. Os escritórios em oferta apresentam rendas médias de 10,3 euros/m2/mês na Campanhã e de 9,6 euros/m2/mês na ZEP, enquanto que nos armazéns, esses valores são de, respectivamente, 5,1 euros/m2/mês e de 4,4 euros/m2/mês.
Esta iniciativa identificou um universo de mais de 418 mil m2 de espaços edificados disponíveis para ocupação empresarial na cidade, dos quais 86% dizem respeito a armazéns e os restantes 14% a escritórios. A este volume, somam-se cerca de 620 mil m2 de terrenos com potencial para localização empresarial.
“Este levantamento permite-nos perceber que, apesar da vasta oferta de espaços com potencial de ocupação empresarial na cidade, continua a existir uma falta de produto compatível com o perfil atual da procura. O Porto tem atraído muitos investidores e empresas, mas falta claramente uma operação de escala adequada de promoção de um parque de escritórios que responda ao mercado e que concretize o potencial que bate à porta da cidade”, comenta Ricardo Guimarães, director da Confidencial Imobiliário.