CBRE coloca hipótese de “novo recorde” de investimento imobiliário no final do ano
Consultora imobiliária destaca a continuação “de uma dinâmica muito positiva no sector imobiliário português” no primeiro semestre do ano e explica que a análise permitiu apurar que o investimento alcançado durante este período “e os activos que estão e deverão entrar no mercado elevam as expectativas de fecho do ano para valores superiores a 2 mil milhões de euros”, um valor 50% superior ao do ano transacto e “idêntico ao recorde atingido há dois anos”
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A mais recente análise realizada pelo departamento de Research da CBRE prevê a probabilidade de o mercado imobiliário nacional alcançar um “novo recorde histórico” de investimento”, próximo dos 3 mil milhões de euros”.
Em comunicado de imprensa, a consultora imobiliária destaca a continuação “de uma dinâmica muito positiva no sector imobiliário português” no primeiro semestre do ano e explica que a análise permitiu apurar que o investimento alcançado durante este período “e os activos que estão e deverão entrar no mercado elevam as expectativas de fecho do ano para valores superiores a 2 mil milhões de euros”, um valor 50% superior ao do ano transacto e “idêntico ao recorde atingido há dois anos”.
Segundo a nota, o investimento nacional representou somente 10% do volume total de investimento em imobiliário comercial no primeiro semestre, “embora com um peso de 41% no número total de transacções”.
Para Cristina Arouca, directora do departamento de Research, “os números globais do sector imobiliário português são francamente positivos, apresentando uma evolução para a qual contribuiu um cenário de confiança proveniente da trajectória de recuperação económica do país”.
No mercado de investimento em imobiliário comercial, foram captados mil milhões de euros para o país, um valor “muito em linha com o observado no período homólogo, e um total de 22 transacções”. Segundo a consultora, este valor de investimento “foi alavancado pela venda por parte da Blackstone da empresa Logicor, líder europeia no sector logístico, à China Investment Corporation, uma transacção que compreendeu 16 propriedades em Portugal”.
A CBRE destaca também a venda de um grande portfólio imobiliário – composto por activos de rendimento comercial, assim como outros imóveis para reabilitação ou conversão noutros usos – por parte da Tranquilidade.
Para os responsáveis da empresa, actualmente existe “um volume significativo de activos em negociação ou que deverão entrar em comercialização em breve”, que compreende dois portfólios de centros comerciais e outros dois com diversos edifícios de escritórios, para além de “muitos outros activos avulsos de escritórios, logística, supermercados, hotéis e centros comerciais”.
A análise conclui também que, contrariamente às expectativas partilhadas no início do ano, quando as taxas de juro da dívida pública a 10 anos ultrapassaram 4%, a consultora “evidencia uma compressão das taxas de rentabilidade (yield) no primeiro semestre”. Nos escritórios, observou-se uma redução de 20 pontos base (pb) no CBDA1 para 4,8%, enquanto que, no comércio, os centros comerciais prime mantiveram a yield nos 5%. Por sua vez, os centros prime secundários e “os bons centros secundários” registaram decréscimos de 25 pb para 5,25% e 6,5%, respectivamente.
No comércio de rua de Lisboa, verificou-se uma queda de 25 pb para 4,75%. Paralelamente, a taxa de rentabilidade dos armazéns de logística permaneceu em 6,5% neste semestre.
Relativamente ao investimento em imóveis para promoção, continua a observar-se a transacção de diversos edifícios para reabilitação, “principalmente em Lisboa e no Porto, destinados aos mercados residencial e turístico”. Todavia, a CBRE destaca, no período em causa, “as primeiras transacções deste ciclo imobiliário de terrenos de grande dimensão para construção de projectos de raiz”.