Crowdfunding Imobiliário em crescimento
Portugal esta definitivamente na rota dos investidores e o crowfunding é cada vez mais uma realidade. Foi para responder a esta e outras questões que a APPII (Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários), realizou o primeiro workshop sobre Crowdfunding Imobiliário
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Portugal está definitivamente na rota dos investidores e o crowdfunding é cada vez mais uma realidade…Será? Foi para responder a esta e outras questões que a APPII (Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários), realizou o primeiro workshop sobre Crowdfunding Imobiliário, para qual também contou com a colaboração do escritório de advogados Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados e o ISEG.
Tal como o próprio nome indica, o crowdfunding associado ao imobiliário permite que a promoção seja realizada através da participação financeira de muitos (crowd). Depois das startups, o imobiliário é uma das áreas que começa a surgir enquanto oportunidade para as plataformas de crowdfunding. Mas, sendo uma forma de investimento francamente recente, colocam-se importantes desafios, nomeadamente a regulação da actividade ou a gestão adequada do risco.
Este tipo de modelo de investimento, que em Portugal tem também a designação de Financiamento Colaborativo, tem as suas raízes nos Estados Unidos e Espanha e surgiu exactamente da dificuldade de financiamento dos projectos de média dimensão.
Para Hugo Santos Ferreira, secretário-geral da APPII, “actualmente este tipo de negócio começa a dar alguns passos no mercado imobiliário, sendo previsível o seu crescimento, beneficiando da facilidade das plataformas online”.
Por se tratar de uma área recente “é natural que haja alguma desconfiança e que para os investidores sintam confiança há que haver uma gestão profissional e séria”, reforçou.
Hugo Santos Ferreira, salientou ainda que é necessário que as taxas de rentabilidade sejam superiores à da banca para que justifique o risco.
A análise regulatória e jurídica desta actividade, bem como os seus principais aspectos fiscais estiveram em cima da mesa, a par de vários casos de estudo de plataformas que já se lançaram nesta área, como a Seedrs, a Housers ou o JPS Group.
De forma geral, ficou o consenso de que a legislação actual ainda não serve o seu propósito na perfeição. Além disso, João Carvalho das Neves do ISEG, considera que as potencialidades deste instrumento se encontram limitadas por excesso de regulação. O crowdfunding imobiliário é “um funding como qualquer outro, para quê ter limitações de aplicação de capital?”, exemplifica: «pode haver fraude em qualquer forma de financiamento, limitar os montantes não resolve isso. Devemos rasgar a lei e começar de novo», defende.