Francis Kéré defende no Porto que “projectar é um acto social”
Sustentabilidade e consciência social são dois pilares do seu modo de fazer arquitectura
Ana Rita Sevilha
IP lança concurso de 77M€
Knauf apresenta nova identidade corporativa
Financiamento especializado atinge máximo histórico
Greens Vilamoura assinala cerimónia de Pau de Fileira com 70% já comercializado
Novo crédito à habitação regista crescimento de 26,1% até Fevereiro
Preços das casas aceleram nos primeiros meses de 2024
Sierra renova espaço de restauração no Centro Vasco da Gama
Coldwell Banker Portugal com cinco anos de actividade em Portugal
Exposição “O Que Faz Falta” comemora 50 anos de arquitectura em democracia
Grupo Luz Saúde investe 58M€ num novo hospital em Santarém
O arquitecto natural do Burquina Faso, radicado em Berlim e o primeiro africano a projectar o pavilhão anual da Serpentine Gallery, esteve no Porto, no âmbito do Fórum do Futuro, e defendeu que, “projectar é um acto social e deve ser concretizado segundo o princípio mais com menos”.
“Cresci com a ideia de tornar as coisas melhores um dia”, diz Francis Kéré, “e apercebi-me que poderia fazê-lo sendo arquitecto, tentando melhorar o meio ambiente. Quando acabei de construir a minha primeira escola, pensei que era algo de muito bom e que queria continuar a fazer”.
Segundo o portal de notícias do Porto, o arquitecto aceitou de imediato o convite do Fórum do Futuro. “O Fórum do Futuro contribui para que as pessoas possam aceder a tendências, conversar com os especialistas e descobrir os seus projectos. Isto é realmente poderoso. Por isso, quando me convidaram, eu simplesmente vim”, diz o arquitecto.
Recorde-se que, a primeira abordagem de Francis Kéré ao mundo da construção começou ainda criança, quando trabalhava aos fins-de-semana nas obras no seu país. Segundo o arquitecto, frequentava a escola, um edifício apinhado e muito quente, e pensava em como transformar as instalações em algo simples, mas confortável.
A sua prática profissional resulta de todo o seu percurso, actuando muitas vezes em zonas desfavorecidas, utilizando materiais locais e mobilizando comunidades. Sustentabilidade e consciência social são dois pilares do seu modo de fazer arquitectura e a inspiração surge muitas vezes da natureza.
“É como se fossemos cozinheiros: temos que ver quais os ingredientes locais que podemos usar para cozinhar uma refeição maravilhosa”, explica.
Sobre o futuro, Kéré revelou-se optimista e entusiástico no seu papel de arquiteto cujo propósito de vida é “servir as pessoas e a humanidade”.
No Porto, Francis Kéré confessou estar maravilhado com o trabalho de Siza Vieira e enunciou como referências, Louis Kahn, “pelo facto de ter conseguido ser bem-sucedido tanto nos EUA como na índia, um país pobre”, e Mies van der Rohe que “conseguiu fazer com que um tijolo fosse muito mais do que um simples tijolo”.
O Fórum do Futuro decorre até ao dia 11 de Novembro.