“Assumir os valores da memória como alavancas de futuro”
A Secção Regional Sul da Ordem dos Arquitectos reuniu diferentes gerações num debate que teve como tema “Património e Arquitectura Intergeracional” e que contou com a participação dos Aurora Arquitectos, Camarim Arquitectos e João Pedro Falcão de Campos

Ana Rita Sevilha
“Estamos totalmente comprometidos com a transição para uma economia de baixo carbono”
Comissão Europeia dá luz verde ao estatuto de “cliente electrointensivo”
Comunidade Intermunicipal de Aveiro prepara obra de defesa do Baixo Vouga
Antigo Tribunal da Maia dá lugar a empreendimento de luxo
Greenvolt vende parque eólico na Polónia por 174,4 M€
Hipoges implementa tecnologias para reduzir consumo de energia nos seus imóveis
IP Leiria avança com investimento de 3,7M€ em residências para estudantes
InovaDigital apresenta tecnologia para transformação digital das empresas de mediação
Intermarché investe 5 milhões de euros em nova loja em Leiria
Mercado de escritórios encerra 1.º trimestre sob pressão em Lisboa e Porto
“Património e Arquitectura Intergeracional” foi o tema que reuniu na Sede Nacional da Ordem dos Arquitectos, os arquitectos Sofia Couto e Sérgio Antunes dos Aurora Arquitectos, Vasco Correia e Patrícia Ferreira Sousa, dos Camarim Arquitectos e João Pedro Falcão de Campos. O encontro, organizado pela Secção Regional Sul da Ordem dos Arquitectos e enquadrado na programação do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios 2018 (DIMS), promovido pela Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) em colaboração com o ICOMOS Portugal, despertou a atenção de arquitectos e sociedade, mostrando transversalidade ao nível do perfil profissional e geracional.
No rescaldo de um conjunto de apresentações que mostraram diferentes modos de intervir ou reabilitar, a conclusão foi a de que não existe uma receita ou um conjunto de princípios básicos. A forma como as várias gerações se relacionam num projecto sem que se crie uma ruptura não tem uma fórmula e depende em larga medida do bom senso. Certo ficou que a Reabilitação é uma forma de promover a sustentabilidade de edifícios e de os ajustar às solicitações dos novos tempos, quer sejam de ordem programática, quer sejam de ordem técnica ou funcional. Intervir no património é também uma forma de preservar uma memória colectiva que importa transpor para o futuro. Mas se se deve introduzir contemporaneidade em cada um dos projectos, é uma análise que não se quer generalista e uma intervenção que pressupõe delicadeza.
Sobre intervir no património, a Secção regional Sul da Ordem dos Arquitectos sublinha que, “salvaguardar a herança cultural é reforçar laços identitários, fomentar o diálogo entre a tradição e o progresso, assumir os valores da memória como alavancas de futuro, estimular a transferência intergeracional de conhecimentos e reforçar a partilha de informação, sensibilizando os mais novos, aprendendo com os mais velhos, impulsionando a comunicação entre gerações, para conhecer mais, preservar melhor e cimentar a importância da cultura e do património enquanto elementos aglutinadores das comunidades”.