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    Arquitectura

    Japonês Kengo Kuma e portugueses OODA ganham concurso do Matadouro Industrial no Porto

    Um dos elementos fundamentais do projecto é a rua pedonal coberta, que o atravessa de ponta a ponta, ligando a um jardim suspenso sobre a VCI que dá acesso à Estação de Metro do Estádio do Dragão

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    Japonês Kengo Kuma e portugueses OODA ganham concurso do Matadouro Industrial no Porto

    Um dos elementos fundamentais do projecto é a rua pedonal coberta, que o atravessa de ponta a ponta, ligando a um jardim suspenso sobre a VCI que dá acesso à Estação de Metro do Estádio do Dragão

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    O arquitecto japonês Kengo Kuma, em conjunto com os portugueses OODA ganharam o concurso para a reconversão do antigo Matadouro Industrial de Campanhã, no Porto. A construção estará a cargo da empresa portuense Mota Engil.

    O investimento de reconversão do antigo Matadouro está orçado em quase 40 milhões de euros, totalmente suportado por privados. O espaço será usado para acolher empresas, mas também reservas de arte, museus, auditórios e projetos de coesão social.

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    O projecto de arquitectura é da autoria do conceituado arquitecto  Kengo Kuma , em parceria com os portugueses OODA. O japonês é autor de projetcos reconhecidos em todo o mundo, nomeadamente o novo Estádio Nacional do Japão, que será palco da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio; Suntory Museum of Art, também na capital japonesa; a Bamboo Wall House, na China; a sede do Grupo Louis Vuitton, no Japão ou Besançon Art Center, em França.

    A Mota Engil prevê construir uma grande cobertura que, num só gesto, une o antigo, que será preservado, e o novo edifício de remate, assim como a passagem por cima da VCI. “Todo o trabalho foi feito com o cuidado e sensibilidade de quem intervém em património histórico, mas pretendendo criar unidade e identidade. Estabelece assim um diálogo de escala com as grandes infraestruturas adjacentes e, através dos materiais, com o casario da freguesia da Campanhã. O desenho da cobertura não só une todo o complexo, como através do seu movimento, sublinha as partes essenciais do programa, servindo como pontos de referência e orientação. A proposta cria um impacto visual único para quem atravessa a VCI e permite fazer com que a cidade ganhe elasticidade”, refere em comunicado a câmara municipal do Porto.

    O projecto do Matadouro irá também articular com as acessibilidades criadas e para outras infraestruturas (as construções do Terminal Intermodal de Campanhã e da nova ponte que ligará a zona oriental a Gaia serão contemporâneas), pode servir como grande impulsionador económico, social, cultural e demográfico das freguesias mais orientais do Porto (Bonfim e Campanhã), mas será também um extraordinário polo dinamizador de toda a cidade.

    Com áreas para a instalação de empresas, mas também com museus (o Museu da Indústria ficará lá sediado), reservas de arte, auditórios, espaços expositivos e equipamentos sociais, o Matadouro não é, contudo, a repetição do conceito de condomínio empresarial fechado como existe noutros locais, mas antes um espaço aberto e de passagem, ou seja, será parte da cidade.

    Um dos elementos fundamentais do projecto é a rua pedonal coberta, que o atravessa de ponta a ponta, ligando a um jardim suspenso sobre a VCI que dá acesso à Estação de Metro do Estádio do Dragão. Este canal permitirá dar vida quotidiana ao espaço, introduzindo-lhe vivência de cidade e não fechando o ecossistema. Dito de outra forma, o Matadouro cria a grande rua coberta do Porto, a partir da qual se desenvolve uma cidade nova, capaz de servir como grande impulsionador da zona oriental.

    O concessionário, que será responsável por todo o investimento, fica obrigado a cumprir o programa delineado pela Câmara do Porto nos próximos 30 anos, findos os quais, o equipamento ficará municipal. Nesse período, a Câmara do Porto também ocupará parte do Matadouro, onde desenvolverá a parte cultural e de coesão social associada.

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    Exposição fotográfica de José Roberto Bassul homenageia Siza e Niemeyer

    “Siza e Oscar: Para além do mar” abre portas dias 7 de Setembro, no Espaço Ferreira Alves, na Casa da Arquitectura, em Matosinhos, com curadoria de Ângela Berlinde

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    “Siza e Oscar: Para além do mar”, uma exposição de fotografia de José Roberto Bassul que abre portas no próximo dia 7, no Espaço Ferreira Alves, na Casa da Arquitectura, em Matosinhos. Com curadoria de Ângela Berlinde, a mostra, composta por 28 imagens, retrata um “diálogo visual abstrato” entre a arquitetura de Siza Vieira no Brasil e a de Oscar Niemeyer em Portugal.

    Do lado de cá, o Hotel Pestana Casino Park, na Ilha da Madeira, obra em Portugal do brasileiro Oscar Niemeyer. Do lado de lá, o edifício da Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, no Brasil, também obra de Álvaro Siza Vieira.

    “As fotografias de Bassul que inspiram esta conversa a três – além do mar – convidam-nos a sentir os batimentos cardíacos da obra de dois arquitectos maiores do nosso tempo, Siza e Niemeyer, tesouros que permanecem a marcar o fluxo e as geometrias temperamentais deste movimento transatlântico“, refere a curadora.

    “Olhar a obra do artista José Roberto Bassul a partir de dois pontos do hemisfério é um convite a um movimento de rotação que requer fôlego, em especial quando atravessa­dos por “tanto mar”, com todos os seus desejos, dramas e contradições”, acrescenta Ângela Berlinde.

    Nesta travessia, a intenção é provocar “sentidos e sobressal­tos na linguagem”, afastando-nos da representação literal e convidando-nos ao mergulho numa conexão profunda entre os sentidos e a imaginação.

    “Entre cá e lá, estamos perante uma composição entre-lugares, contada através dos traços nuançados de Bassul, que ousa fabular conversas entre eles e explorar fracções ocultas nas entrelinhas de cada obra”, ressalva.

    A deambular entre o esté­tico, o poético e o político – inspirado nos legados de Lygia Clark e Hélio Oiticica – Bassul entrelaça-se no diálogo entre linhas e formas como se dançasse num mundo imaginário.

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    Risco vence concurso para “Hub do Mar” na Doca de Pedrouços em Lisboa

    De acordo com o júri do concurso, a proposta vencedora destacou-se por quatro factores principais: boa integração, clareza e consistência formal, atenção às questões técnicas e construtivas e à necessidade de versatilidade da zona laboratorial

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    O edifício da antiga lota poente da Docapesca, em Pedrouços, Lisboa, vai ser reabilitado e ganhar novos usos, num investimento de 31 milhões de euros, financiado pelo PRR. O projecto, desenvolvido por um consórcio liderado pela Câmara Municipal de Lisboa e do qual fazem parte a Universidade de Lisboa, a Docapesca, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera e o Fórum Oceano, foi ganho pelo atelier Risco, com coordenação do arquitecto Tomás Salgado.

    De acordo com o júri do concurso, a proposta vencedora destacou-se por quatro factores principais: boa integração, clareza e consistência formal, atenção às questões técnicas e construtivas e à necessidade de versatilidade da zona laboratorial.

    “A notável resolução das exigências formais e funcionais, oferecendo uma boa articulação entre os principais núcleos do programa e a valorização das características fundamentais do edifício existente”, foram valorizados, segundo o júri.

    O edifício será reabilitado para ali nascer um polo de desenvolvimento científico e empresarial ligado ao mar, com condições para reunir empresas nacionais e internacionais e garantir capacidade de investigação, desenvolvimento e inovação nas áreas da bioeconomia e da biotecnologia azul, designadamente, Shared Ocean Laboratório, polo de empresas e coworking, cais de acostagem e acesso à água, áreas comuns de administração, espaço multiusos, áreas técnicas e de apoio.

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    Manuel Cruchinho assina o projecto da “Cidade do Zero”

    Dedicada à sustentabilidade, economia circular e inclusão, a “Cidade do Zero”, um evento que pretende demonstrar como seria vivermos numa cidade efectivamente sustentável e inclusiva

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    Nos dias 16 e 17 de Setembro, a “Cidade do Zero”, um evento inovador na área da sustentabilidade que toca as áreas da educação, alimentação, mobilidade e consumo, abre portas em Lisboa para a sua segunda edição. A funcionar das 10h00 às 22h00 no Centro Cultural de Belém, este é um evento que pretende demonstrar como seria vivermos numa cidade efectivamente sustentável e inclusiva, ensinando a sustentabilidade de uma forma lúdica através de workshops, palestras, debates, oficinas e showcookings, que abordam o tema nas suas várias vertentes, contando com a participação de especialistas de diversas áreas da ciência e profissionais de outras áreas de actuação.

    Esta cidade sustentável, inclusiva e pet friendly, conta ainda com uma zona de mercado que se irá situar no espaço exterior do CCB, incorporando um modelo de mercado mais tradicional, com venda de marcas nacionais mais sustentáveis, com modelos alternativos de economia circular, onde se inclui um mercado de trocas, de vendas em segunda mão e várias oficinas de reparação.

    Todas as marcas presentes na “Cidade do Zero” são nacionais e destacam-se por alguns dos seguintes princípios: produção ética, impacto social, circularidade, gestão de resíduos ou trabalho com matérias-primas recicladas.

    Neste mercado ético e sustentável é possível encontrar marcas especializadas em soluções de energias renováveis, de mobiliário e decoração, para além de artigos de moda, cosmética, bebé & criança, limpeza, comida & bebidas e outdoor. Hoterway – soluções de tecnológicas eficientes para aquecer a água sem desperdício; Studio8 – arquitetura e design circular; Hortas LX – agricultura urbana; GRAUº – atelier de cerâmica; So So – marca de artigos de decoração para casa e criança, Crocodile Parade – artigos de artesanato para casa feitos com deadstock; ou Reshape – peças únicas e artesanais de cerâmica feitas por reclusos e antigos reclusos, são apenas algumas das marcas que vão estar presentes na secção “casa” do mercado.

    A “Cidade do Zero” está a ser totalmente pensada de forma a causar o menor impacto ambiental possível, mantendo o compromisso de utilizar apenas materiais que já estejam produzidos, ou cuja produção já esteja planeada. “A nossa principal preocupação foi que a cada elemento que entrasse na conceção deste evento fosse dada uma nova função aquando do término do mesmo. Assim tudo foi pensado para ser o mais adaptável a futuras funções”, explica Manuel Cruchinho, sócio fundador da MCA – Manuel Cruchinho Arquitectos, e autor do projecto de design da “Cidade do Zero”.

    Quanto à escolha dos materiais a aposta foram os materiais nacionais, renováveis e reciclados. Já as bancas do evento serão feitas com madeira nacional de florestas certificadas, que vai ser usada posteriormente em cofragens de obra e os limites laterais dos stands com tecido de deadstock de fábricas nacionais. “Tudo isto só é possível devido ao empenho, à ambição, criatividade e à vontade de fazer diferente de todos os envolvidos. É um verdadeiro trabalho de equipa.”, afirma o arquitecto.

    A organização da “Cidade do Zero” é da responsabilidade de Catarina Barreiros, criadora de conteúdos sobre sustentabilidade e fundadora do projecto Do Zero, e de João Barreiros.

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    Arquitectos chamados a participar no ‘ARQ OUT’

    A OASRN convida arquitectos a participarem no “Arq Out 2023: Mês da Arquitectura” através do envio de propostas de actividades, até dia 11 de Setembro, a realizar durante o próximo mês de Outubro na região Norte

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    A Secção do Norte da Ordem dos Arquitectos (OASRN) lançou um convite à comunidade ligada à arquitectura para participar no “Arq Out 2023: Mês da Arquitectura” através do envio de propostas de actividades a realizar durante o próximo mês de Outubro.

    Sejam membros inscritos na Ordem dos Arquitectos, arquitetos estagiários, e estudantes, a instituições e colectivos de natureza interdisciplinar, entre outros, as propostas devem ser enviadas até 11 de Setembro.

    A iniciativa tem início na primeira segunda-feira de Outubro, que, anualmente, celebra o Dia Mundial da Arquitectura. Será, também, neste dia que será anunciado o vencedor do Prémio Fernando Távora. A celebração estende-se a todo o mês de Outubro com um programa de actividades – conferências, colóquios, exposições, eventos, lançamento de publicações, entre outros – em torno dos temas da Arquitectura e Cidade.

    A iniciativa ‘ARQ OUT’, que já vai na sua 12ª edição, foi criada pela OASRN em 2011 com o objectivo de reunir, num único suporte, actividades relacionadas com a Arquitectura e a Cidade que decorram, durante o mês de Outubro, em localidades abrangidas pela área territorial de actuação da SRN.

    A selecção dos eventos ficará a cargo do Conselho Directivo Regional do Norte da Ordem dos Arquitectos.

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    Sérgio Magalhães vence 3ª edição do Prémio Inovação N41º

    O sistema Peg-Go, uma divisória para escritório que integra cartão e burel é a proposta vencedora, pela forma como sistematiza todo o processo construtivo e pela sua exequibilidade, com recurso a materiais propostos pela empresa JJ Teixeira

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    Uma divisória para escritório que integra cartão e burel é a proposta vencedora da 3ª edição do Prémio Inovação N41° do Prémio Arquétipo.

    O sistema Peg-Go, da autoria de Sérgio Magalhães, recorre aos materiais propostos pela empresa JJ Teixeira, parceira nesta iniciativa, e sistematiza todo o processo construtivo, “demostrando as múltiplas possibilidades de conjugação das peças, revelando versatilidade e flexibilidade, permitindo ao utilizador personalizar os espaços através da variedade de soluções que o sistema idealizado permite”, indica o júri, que salientou, ainda, “a intemporalidade” da solução e a “identidade” do produto , que justifica o nome que lhe é atribuído.

    Quanto ao Prémio Inovação Arch-Valadares, o júri, embora tendo reconhecido mérito às propostas apresentadas, deliberou não atribuir o prémio, considerando que “as mesmas não reúnem as condições de exequibilidade, nos termos do previsto no Regulamento”.

    Já o Prémio Master N41º – AGEAS, que inclui um prémio monetário de seis mil euros e a criação de um protótipo da ideia escolhida, vai ser conhecido em Setembro.

    O Prémio Arquétipo, que conta com o apoio do Ministério da Economia, tem como objectivo “a aproximação entre a indústria da construção e os arquitectos, procurando ideias com aplicabilidade directa no sector da construção”.

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    Pousada Santa Marinha da Costa

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    Comemorações do centenário de Fernando Távora arrancam esta semana

    Cerca de 30 iniciativas, assinaladas ao longo de um ano, pretendem celebrar a vida e obra desta figura “incontornável” da arquitectura portuguesa. Uma iniciativa que se vai realizar em diversas cidades, instituições e universidades, nomeadamente, no Porto, Minho e Coimbra, com início a 24 de Agosto até Setembro de 2024

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    O arquitecto portuense Fernando Távora, que faleceu em 2005 e é uma figura “indissociável” da Escola do Porto e da arquitetura portuguesa na segunda metade do século XX, nasceu a 25 de agosto de 1923. O centenário do seu nascimento é o mote para um vasto programa de iniciativas. São cerca de 30 as iniciativas, assinaladas ao longo de um ano, que pretendem celebrar a vida e obra desta figura “incontornável” da arquitectura portuguesa e que se vão realizar em diversas cidades, instituições e universidades, designadamente, do Porto, Minho e Coimbra.

    Tendo como núcleo central a exposição itinerante “Fernando Távora. Pensamento Livre”, uma iniciativa da Fundação Marques da Silva, detentora do acervo profissional do arquitecto, estão previstos também diversos colóquios, aulas abertas e visitas guiadas a obras de Távora. O programa “Távora 100” agregará igualmente um vasto conjunto de outras iniciativas, organizadas pelas diferentes instituições parceiras, como lançamentos de livros, encontros, workshops e edição de mapas.

    As comemorações, que se prolongam até Setembro de 2024, arrancam já no próximo dia 24 de Agosto com o regresso à “Casa dos 24” para a inauguração da exposição “A Urgência da Cidade”, pelas 18h00. A Antiga Casa da Câmara, situada no Morro da Sé, será agora reaberta, na véspera do centenário, e Távora foi responsável pela recriação contemporânea que se traduz na imagem que, ainda hoje, este espaço simbólico apresenta.

    Com coordenação geral de Jorge Sobrado, é possível visitar esta exposição, até 29 de Outubro, que visa a história da cidade do Porto, o lugar e a iconografia do poder municipal. Um projecto e obra profundamente simbólicos, inseparáveis da cultura universalista, do interesse pela História e da personalidade vanguardista característica do mestre e fundador da chamada “Escola do Porto”.

    No dia seguinte, a partir das 18 horas, a Galeria da Biblioteca Municipal Florbela Espanca, em Matosinhos, acolhe a exposição “Comemoração dos 100 anos do nascimento do Arquitecto Fernando Távora (1923–2005)”, que estará patente até 23 de setembro e conta com a apresentação de imagens e plantas representativas e terá no seu discurso expositivo três momentos distintos: Projectos realizados por Fernando Távora; projectos iniciados por Fernando Távora e concluídos por Álvaro Siza Vieira e projectos não realizados. A organização deste certame fica a cargo da Câmara Municipal de Matosinhos.

    A exposição principal “Fernando Távora. Pensamento Livre”, comissariada por Alexandre Alves Costa (coordenador), Ana Alves Costa, Jorge Figueira, José António Bandeirinha, Luís Martinho Urbano e Maria Manuel Oliveira, destacará sete obras da autoria de Távora que marcaram não só o seu percurso profissional como a arquitectura portuguesa. A Casa de Ofir, o Mercado da Vila da Feira, o Pavilhão de Ténis na Quinta da Conceição, a Escola do Cedro, a Pousada de Santa Marinha da Costa, o Anfiteatro da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e a Casa dos 24 são os projectos que estarão em destaque. A inauguração, agendada para Outubro de 2023, terá lugar na Fundação Marques da Silva, no Porto e viaja, depois, até Coimbra, em Fevereiro de 2024.

    As comemorações têm a organização conjunta da Ordem dos Arquitectos (OA), a Fundação Marques da Silva (FIMS), a Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP), o departamento de Arquitectura da Universidade de Coimbra (DARQ) e a Escola de Arquitectura, Arte e Design da Universidade do Minho (EAAD).

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    ATA Atelier desenha requalificação da praça central de Manteigas

    A proposta do atelier do Porto, liderado por Tiago Antero, “introduz elevada qualidade espacial na resolução dos conteúdos programáticos e elevada adequabilidade funcional e programática no cumprimento integral do programa”. O montante global do investimento ronda 1,4 milhões de euros

    Ricardo Batista

    A proposta do ATA Atelier, liderado pelo arquitecto Tiago Antero, foi a escolhida para dar corpo a uma nova centralidade na Vila de Manteigas e que motivou um concurso de concepção apoiado pela Secção Regional do Centro da Ordem dos Arquitectos.

    O júri, de que fez parte o presidente do município, Flávio Massano, os arquitectos Andreia Garcia (em representação da Ordem), Ana Martins, Vitor Gama e o engenheiro João Leitão, reconheceu que a proposta do atelier do Porto “é reveladora de grande pertinência, clareza e consistência formal”. O júri, na descrição da sua avaliação, revela ainda que o projecto “introduz elevada qualidade espacial na resolução dos conteúdos programáticos e elevada adequabilidade funcional e programática no cumprimento integral do programa”. “Foi igualmente considerada e valorizada a sua elevada integração, revelando grande articulação com a envolvente construída, assim como a sua criteriosa adaptação aos desníveis do terreno, qualificando os diferentes espaços para articulação e permanência de pessoas, de forma objectiva”.

    A área para a Praça da Vila, integra parte da Rua 1.º de Maio – eixo central da Vila de Manteigas, de Concurso Público de Concepção da Praça Central da Vila de Manteigas passagem obrigatória para quem entra a nascente da Vila

    Fluidez e dinamização

    O município de Manteigas tinha lançado, em Outubro de 2022, um concurso que procurava revitalizar aquela importante área da vila, “capaz de assegurar uma continuidade fluida e natural entre algumas das suas principais artérias, potenciando a dinamização do comércio, dos serviços e do turismo, numa relação de proximidade de todas as valências com a população local e os seus visitantes”. Segundo os responsáveis municipais, a área a intervir apresenta hoje “uma imagem completamente descaracterizada, tanto em termos morfológicos, composta por diferentes plataformas irregulares e com diferentes desníveis, como em termos arquitectónicos, delimitada por muros e fachadas de edificações particulares – algumas fachadas principais e outras traseiras, umas de traça tradicional, com algum interesse público, e outras de construção mais recente, das décadas 60,70 e 80, de pouca relevância arquitectónica”. A área de intervenção para a Praça da Vila, é um espaço a céu aberto utilizado, actualmente, como parque de estacionamento clandestino, para onde confluem algumas vias de acesso automóvel e uma via de acesso pedonal (Quelha Luís de Camões). A área para a Praça da Vila, integra parte da Rua 1.º de Maio – eixo central da Vila de Manteigas, de Concurso Público de Concepção da Praça Central da Vila de Manteigas passagem obrigatória para quem entra a nascente da Vila (entrada principal da Vila) –, parte da Rua Comandante Matos Preto e a Rua da Indústria de Lanifícios, esta última de ligação entre as anteriores (conforme identificado no anexo IV). As diferentes plataformas da área de intervenção, utilizadas actualmente como parque de estacionamento clandestino, localizam-se em níveis superiores à Rua 1º de Maio, sendo as diferenças de quotas vencidas por muros de pedra, ladeado por vegetação de pequeno porte.

    Organização lógica

    A solução agora encontrada, e valorizada pelo júri do concurso, “revela uma lógica organizacional do espaço público com o máximo aproveitamento do mesmo, sem pôr em causa a funcionalidade e a hierarquização. Apresenta soluções construtivas e técnicas adequadas, conciliando critérios de segurança e acessibilidade, com recurso a materiais sustentáveis e com custos de manutenção reduzidos, contribuindo para a durabilidade da solução construtiva”. O investimento está estimado em 1,4 milhões de euros.

    Sobre o autorRicardo Batista

    Ricardo Batista

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    Créditos Imagens: André Rocha/DAM Team

    Arquitectura

    A escola do Fundo da Vila é a mais bela de Portugal

    O projecto de design de interiores da Escola de Ensino Básico e Jardim de Infância de Fundo da Vila, assinado pelos designers Hugo Silva e Joana Santos, ganhou uma Menção Honrosa na última edição Architizer A+Awards. São várias as lições que podemos tirar deste projecto que pega num recinto descaracterizado e transforma cada espaço, num espaço de exploração e de aprendizagem

    Créditos Imagens: André Rocha/DAM Team

    Talvez não possamos ir tão longe na afirmação que faz de título a este artigo, mas podemos com segurança afirmar que a Escola de Ensino Básico e Jardim de Infância de Fundo da Vila, em São João da Madeira, é um exemplo de como a criação de espaços pensados, funcionais e criativos podem influenciar o modelo de ensino, promover o bem-estar e criar, felizes, memórias futuras.

    O projecto de interiores pensados pelos designers Hugo Silva e Joana Santos ganhou uma Menção Honrosa no recente Architizer A+Awards, mas, mais do que isso, o projecto tornou-se um exemplo de investimento público no design de interiores em espaços educativos. O desafio foi lançado ainda em 2019 pela autarquia aos dois designers, numa altura em que o estabelecimento de ensino estava em processo de requalificação.

    Hugo Silva e Joana Santos são co-fundadores da marca DAM que, em 2014, se instalou na incubadora de indústrias criativas de São João da Madeira. A marca de mobiliário e assessórios, tem na cultura portuguesa e na natureza, a principal fonte de inspiração. Uma tendência que foi seguida também no projecto de interiores pensado para a Escola de Vila do Fundo.

    A proximidade geográfica da Escola à Linha ferroviária do Vouga foi o ponto de partida da estratégia e identidade do projecto. “A Linha do Vouga tem importância histórica na cidade, pois outrora contribuiu para o desenvolvimento económico e social do concelho, com a instalação de indústrias e a explosão demográfica. Hoje o comboio Vouguinha é para os adolescentes um meio de deslocação para a praia de Espinho durante as férias escolares, significando liberdade e lazer”, explica Hugo Silva.

    Uma proposta de “viagem”
    A proposta de “viagem” assume, então, o protagonismo. Uma ideia que desponta com a representação da via-férrea no chão à entrada do edifício e que depois percorre o edifício. Nesta “viagem”, onde as figuras humanas imaginárias e invulgares orientam o percurso surpreendemo-nos com “árvores”, “chaminés”, “cegonhas”, “lápis gigantes” elementos mais ou menos imaginários que tornam cada espaço um espaço de imaginação e exploração, mas também de aprendizagem. A flexibilidade é outro dos conceitos seguidos. Um corredor que se transforma num espaço de exposição ou num espaço de descoberta, uma sala que se desconstrói e se reconfigura à medida das necessidades. “Depois cada sala é como uma casa que, em conjunto, constituem uma pequena vila, representada no mapa da entrada”. “Os vários elementos gráficos foram seleccionados com base na história e cultura locais de São João da Madeira. O cromatismo seleccionado reflecte leveza e serenidade e cada tipologia de espaço é caracterizada por uma cor dominante”, descreve Joana Santos.

    Um projecto desenvolvido e cuja materialização vai muito além da identidade visual gráfica da escola, abrangendo também “o apoio na selecção de materiais e acabamentos, o desenvolvimento da sinalética, a selecção de equipamentos de mobiliário e a concepção de soluções de mobiliário à medida, tendo em conta diferentes necessidades e permitindo às crianças a utilização dos espaços na sua totalidade, tando das salas dos corredores”.

     

    Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

    Manuela Sousa Guerreiro

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    “Sustentabilidade” na Casa da Arquitectura

    O encontro, que vai decorrer nos dias 29 e 30 de Setembro, vai reunir arquitectos e investigadores para discutirem projectos construídos, de investigação ou especulativos

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    O tema da sustentabilidade tem vindo a ganhar relevância na arquitectura e é hoje uma problemática fulcral nos debates em torno das práticas arquitectónicas. Neste sentido, a Casa da Arquitectura, em Matosinhos, preparou um encontro centrado na construção e reutilização a diferentes escalas — desde os materiais, à construção, passando pelo projecto.

    O encontro, que vai decorrer nos dias 29 e 30 de Setembro, vai reunir arquitectos e investigadores para discutirem projectos construídos, de investigação ou especulativos.

    O programa, que tem curadoria do arquitecto Paulo Moreira, vai criar uma instalação-vídeo na Casa da Arquitectura e prevê visitas guiadas, oficinas para o público infantil e uma sessão de cinema.

    O seminário vai decorrer ao longo de dois dias e prevê duas conversas com um painel alargado e representativo de personalidades ligadas a esta área e uma conferência de encerramento com um keynote speaker.

    A iniciativa conta com o apoio do Ministério do Ambiente e da Acção Climática.

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    Festival FUSO celebra a 15ª edição

    Questões como o sentimento de pertença e o direito à liberdade, os padrões de desigualdade, a emergência climática e os desafios sociais e políticos, são alguns dos temas, cuja mostra se realiza de 22 a 27 de Agosto em vários locais da cidade de Lisboa

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    Em 2023, o festival FUSO celebra a 15.ª edição apresentando o vídeo como ferramenta criativa e de reflexão crítica, “capaz de abarcar e cruzar as diversas disciplinas artísticas contemporâneas”.

    Questões urgentes como o sentimento de pertença e o direito à liberdade, os padrões de desigualdade tecidos pelo colonialismo, a emergência climática e os desafios sociais e políticos que o mundo enfrenta nos dias de hoje, são alguns dos temas que integram o Fuso, que se realiza de 22 a 27 de Agosto em vários locais da cidade de Lisboa e regressa ao Palácio Sinel de Cordes com uma sessão que apresenta cinco curtas na sexta-feira, 25 de Agosto.

    Esta edição reúne obras de artistas cujas práticas definem as realidades contemporâneas e chamam a atenção para as formas como essas questões existiram e ainda permanecem na sociedade, seja através das nossas instituições, comunidades e pensamentos.

    Como é habitual as várias sessões do festival acontecem ao ar livre, em espaços como o Castelo de São Jorge, o Museu Nacional de Arte Contemporânea, o Palácio Sinel de Cordes ou o claustro do Museu da Marioneta.

    Criado em 2009, o FUSO é o único festival português de videoarte, de produção nacional e internacional que se realiza anualmente em Lisboa e nos Açores (FUSO Insular) e que caracteriza por uma programação “eclética”.

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