“The Caveman” de Tiago do Vale distinguido nos Global Architecture & Design Awards
O projecto teve como ponto de partida uma sapataria construída no final dos anos 90

Ana Rita Sevilha
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© João Morgado
Depois de em 2017 ter sido distinguido como vencedor nos prémios American Architecture Prize 2017, na categoria de Interior Design/Retail, com o projecto “The Caveman”, o projecto de Tiago do Vale volta a conquistar o júri, desta vez dos Global Architecture & Design Awards de 2018, com uma Menção Honrosa.
O projecto teve como ponto de partida uma sapataria construída no final dos anos 90 e que foi transformada numa loja para um “mercado-alvo muito específico (e exigente) com uma gama alargada de produtos que implicou um desenho capaz de resultar uma grande flexibilidade na apresentação, gerar um espaço com uma imagem forte, reconhecível e reproduzível, e fazendo-o com custos muito controlados”, explica o arquitecto.
Para o efeito, continua, “demoliram-se os tectos falsos pré-existentes em gesso cartonado, removeu-se o papel de parede e, levantando o degradado pavimento flutuante, revelou-se um piso de betão afagado em óptimo estado. Uma coluna em betão aparente escondia-se detrás de quatro espelhos de chão a tecto”.
De acordo com a descrição do projecto, a proposta foi ao encontro de “reverter o espaço ao seu estado mais elementar expondo as suas características mais fortes: um redescoberto pé-direito e uma transparência notável para a rua”.
“Para que se atingissem os seus objectivos, a aproximação ao projecto foi pragmática, baseada num gesto simples capaz de organizar o espaço na sua totalidade e recorrendo a soluções económicas e eficientes, dispensando acabamentos ou manutenção dispendiosos. O desenho resultante constitui um tributo ao valor dos materiais tal como eles são: à sua franqueza, à sua imagem natural e às suas qualidades intrínsecas”.
Sobre os Prémios
Os GADA são organizados pela Rethinking the Future, uma organização que procura olhar para a arquitectura como solução para as necessidades das próximas gerações, focando-se especialmente nas alterações climáticas e na introdução de conceitos de sustentabilidade na construção.
A distinção foi atribuída por um Júri composto por académicos das mais prestigiadas escolas de arquitectura do mundo (como Stephanie Marie Bayard, do Pratt Institute de Brooklyn) e por figuras charneira da prática arquitectónica (como Angela Lee, da HKS Architects de Singapura).