Reconstrução de Pedrógão: “Apenas” duas das 9 denúncias de alegadas irregularidades envolvem Fundos públicos
O chefe do Governo falava aos jornalistas sobre o pedido do autarca de Pedrógão para o Ministério Público averiguar denúncias divulgadas num programa televisivo sobre a reconstrução de casas afectadas pelo incêndio de 2017 naquele concelho da região centro do país
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O primeiro-ministro revelou nesta sexta-feira que “apenas duas” das “nove denúncias” de alegada fraude na reconstrução de casas afectadas pelos incêndios em Pedrógão Grande, “dizem respeito a fundos do Estado”, sublinhando a necessidade de aguardar pela conclusão das investigações. Pelo que sei, do conjunto das nove denúncias, apenas duas são relativas aos fundos geridos pelo Estado. Li hoje [sexta-feira] que o presidente da Câmara de Pedrógão Grande vai pedir uma investigação. Já havia uma investigação anunciada pela Procuradoria-Geral da República. Investigações não faltam”, afirmou António Costa.
O chefe do Governo falava aos jornalistas sobre o pedido do autarca de Pedrógão para o Ministério Público averiguar denúncias divulgadas num programa televisivo sobre a reconstrução de casas afectadas pelo incêndio de 2017 naquele concelho da região centro do país.
Questionado sobre as consequências que retira sobre as alegadas suspeitas que recaem sobre o autarca de Pedrógão Grande, o primeiro-ministro frisou que as mesmas “serão tiradas pela investigação”. “Há uma preocupação que temos de ter, com tudo o que é fruto da generosidade dos portugueses e resultado dos seus impostos”, disse, para defender que é preciso aguardar pelo fim das investigações.
O presidente da Câmara Municipal de Pedrógão Grande, Valdemar Alves, decidiu pedir a intervenção do Ministério Público para serem averiguadas denúncias divulgadas num programa televisivo sobre a reconstrução de casas afetadas pelo incêndio de 2017.
“Face à gravidade das denúncias veiculadas na reportagem transmitida pela estação de televisão TVI em 22 de Agosto [quarta-feira], denominada ‘Repórter TVI – Compadrio'” e às “imputações graves e difamatórias” ao presidente e vice-presidente da câmara e a funcionários camarários, Valdemar Alves pretende “submeter à apreciação do Ministério Público todas as denúncias que foram ali tratadas”.
A revista ‘Visão’ denunciou em Julho sete situações irregulares, mas há quem garanta que serão pelo menos 21, estando em causa a utilização de meio milhão de euros de donativos. Novas denúncias avançadas pela TVI dão conta de um esquema de compadrio nos processos de candidatura à reconstrução de casas, envolvendo o presidente da Câmara de Pedrógão Grande, Valdemar Alves, e o então vereador Bruno Gomes. Os autarcas terão dado indicações para ser alterada a morada fiscal e os donos passarem a ter residência no concelho.