Investimento imobiliário na ARU de Lisboa cai 12% em 2019
Reflectindo a transacção de todo o tipo de imóveis (desde prédios a fracções), incluindo os diversos segmentos (desde residencial a comercial, serviços ou terrenos), em 2019 o montante médio por operação foi de cerca de €478.400, mais €32.000 (+7%) do que os €455.600 investidos em 2018 por transacção
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Em 2019, o investimento imobiliário na Área de Reabilitação Urbana (ARU) de Lisboa foi de €5.200 milhões correspondentes a cerca de 10.720 transacções. De acordo com dados da Confidencial Imobiliário, esta actividade representa um decréscimo de 12% em volume investido e de 18% em número de transacções.
Reflectindo a transacção de todo o tipo de imóveis (desde prédios a fracções), incluindo os diversos segmentos (desde residencial a comercial, serviços ou terrenos), em 2019 o montante médio por operação foi de cerca de €478.400, mais €32.000 (+7%) do que os €455.600 investidos em 2018 por transacção.
Um abrandamento “previsível”, diz Ricardo Guimarães, director da Confidencial Imobiliário, “tendo em conta o pico histórico atingido em 2018, de cerca de 6.000 milhões de euros, e o facto de tal volume consolidar dois anos de crescimentos anuais acima dos 30%”. “Ou seja, é um efeito natural do actual ciclo. Mas é também já reflexo de alguma retracção no investimento decorrente da incerteza que se instalou entre os investidores na sequência das mudanças legais e fiscais anunciadas. Quer isto dizer que, mesmo num momento pré Covid-19, começava já a ser evidente alguma perda de força do mercado”, comenta Ricardo Guimarães.
O responsável acrescenta que “no actual cenário de quebra abrupta e inesperada da procura, poderá ser uma boa oportunidade fazer a reavaliação de tais medidas”. “Com esta situação de pandemia, as transacções pararam e manter-se-ão assim pelo menos durante o tempo em que estiver instalado o Estado de Emergência. Não sabemos de que intervalo de tempo estamos a falar, mas é inevitável que a actividade anual seja afectada face a 2019. Devolver confiança aos investidores pela via já referida pode ser benéfico para amenizar este impacto”.
Analisando o sector por segmentos, a habitação mantém-se como o principal alvo de investimento, concentrando 65% do volume transaccionado em 2019, equivalente a €3.390 milhões. Em número de operações, este segmento contabiliza cerca de 8.770 transacções, reflectindo uma quota de 82%. O segmento de comércio e serviços atraiu cerca de €1.280 milhões, apresentando uma quota de 25%. Em número de operações, este segmento apresenta uma quota de 13%, equivalente a 1.420 transacções.
As freguesias de Santo António (€595 milhões), Santa Maria Maior (€553 milhões), Avenidas Novas (€551 milhões) e Misericórdia (€532 milhões) foram os principais destinos deste investimento, todas captando mais de €500 milhões e com quotas de 10% a 11%. Destacam-se ainda Arroios (€453 milhões) e Estrela (€447 milhões), ambas com quotas de 9%. Este grupo de seis freguesias concentra, entre si, 60% de todo o investimento imobiliário realizado na ARU em 2019, distanciando-se das restantes freguesias, onde os volumes investidos variam entre €210 milhões e €24 milhões.