Working area in modern office with carpet floor and meeting room. interior 3d rendering
Análise: Mercados regressam a níveis pré-pandemia já em 2022
A análise Impacts 2021 da Savills demonstra que os modelos de trabalho híbridos vieram para ficar e que o segmento de escritórios será um dos principais motores da recuperação do mercado.

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A pandemia e os confinamentos impulsionaram transformações em quase todos os sectores de actividade económica um pouco por todo o mundo, originando novos paradigmas de consumo e operação ou reforçando mudanças que já estavam em curso. Lançado recentemente a nível global, o novo estudo Impacts 2021 da consultora imobiliária internacional Savills analisa a evolução do mercado imobiliário mundial durante o último ano e antevê as principais tendências para 2022.
“À medida que entramos num período em que a vacinação nos ajuda a olhar para o futuro, o nosso comportamento continuará a evoluir, tal como as exigências em todos os sectores do imobiliário”, sentencia Mark Ridley, Global Chief Executive Officer da Savills na abertura do documento Impacts 2021, este ano subordinado ao tema Evolve, ou “Evoluir”.
Em 2022, escritórios deverão dominar investimentos imobiliários em Lisboa
O Impacts 2021 antevê que o segmento de escritórios será o que atrairá maior volume de investimento durante o próximo ano. Em Lisboa, estima-se que esse segmento seja capaz de captar 35 por cento do total de investimentos no mercado imobiliário português, colocando a capital do país ao nível de cidades como Madrid e Milão.
A nível mundial, a região da Ásia-Pacífico deverá destacar-se, com o segmento de escritórios a dominar mais de 50 por cento do total de investimentos imobiliários.
Patrícia Liz, CEO da Savills Portugal, refere que “o nosso estudo veio demonstrar claramente, que o vigor que o mercado imobiliário apresentou nos últimos anos é consistente e se manteve em níveis muito interessantes, capaz de uma recuperação de energia que impulsionará as tendências que já se faziam sentir, ainda que de forma tímida, nos anos imediatamente anteriores a esta pandemia. De todos os conceitos que hoje falamos, hot desking, trabalho remoto, reuniões à distância, entre outros… só a agilidade de reuniões via Teams, Zoom, Google meeting, etc. foi de certa forma novidade, todos os outros conceitos de trabalho estavam já a ser implementados das mais variadas formas.”.
Acrescenta ainda que «O que se verifica é um impulso fortíssimo para aquilo que poderia demorar muitos anos a disseminar por todas as empresas. O fenómeno de aceleração a que iremos assistir nos novos conceitos de trabalho, tem a ver também com isto, com o facto destes conceitos já estarem à disposição das empresas e no mindset de quem projecta e constrói, a que se junta o conhecimento e vontade de quem investe. A liquidez do mercado será também um motor para essa aceleração. Também o acordar de forma mais consistente para o tema da sustentabilidade nas suas variadas formas, foi sem dúvida um dos factores positivos que este momento, ainda que negativo, veio impulsionar, demonstrando uma vez mais que das crises também surgem oportunidades.».