Edição digital
Assine já
    PUB
    Engenharia

    Quadrante renova posicionamento da Ecoprogresso

    Fundada em 2002, e na Quadrante desde 2010, a Ecoprogresso é uma empresa portuguesa de consultoria em ambiente, sustentabilidade, alterações climáticas e gestão de recursos

    CONSTRUIR
    Engenharia

    Quadrante renova posicionamento da Ecoprogresso

    Fundada em 2002, e na Quadrante desde 2010, a Ecoprogresso é uma empresa portuguesa de consultoria em ambiente, sustentabilidade, alterações climáticas e gestão de recursos

    CONSTRUIR
    Sobre o autor
    CONSTRUIR
    Artigos relacionados
    Hydro produz primeiro lote de alumínio reciclado com pegada de carbono quase nula
    Empresas
    Worx assessora duas novas colocações na Quinta da Fonte
    Imobiliário
    Investimento de 7,5M€ para novo museu em Albergaria
    Construção
    Antigo Seminário da Encarnação na Madeira reabilitado por 15M€
    Construção
    ‘Alpi’ de Armin Linke introduz os grandes temas da Trienal 2025
    Arquitectura
    ALMA development anuncia arranque do Essence no Porto
    Imobiliário
    Mota-Engil apresenta Declaração de Sustentabilidade
    Construção
    The Property Handbook destaca investimento na Hotelaria e Retalho
    Imobiliário
    Grupo Navarra apresenta Sistema Minimalista N25500
    Arquitectura
    Fundo Príncipe Real vende edifício na Avenida da Liberdade
    Imobiliário

    “Criar valor num clima em mudança” é a missão da qual resulta a nova identidade visual da Ecoprogresso, uma empresa do Grupo Quqadrante, que há 19 anos se dedica a criar estratégias de desenvolvimento sustentável. “Fomos a primeira empresa portuguesa a focar a sua actividade na gestão de carbono e alterações climáticas”, revela a empresa em comunicado, explicando que “a nova imagem é acompanhada por um novo posicionamento, que se baseia na história da empresa, mas aponta para o futuro”.

    Fundada em 2002, a vasta experiência da Ecoprogresso foi consolidada nos vários anos de apoio ao Governo português, no que se refere às negociações e reporte no âmbito do Protocolo de Quioto. Quatro anos depois da sua fundação, com a Fomentinvest como seu principal accionista, a criou a marca Carbonfree, primeira marca de neutralização de emissões em Portugal, tendo sido também advisor do primeiro fundo português privado de carbono, o Luso Carbon Fund e, mais tarde, do New Energy Fund.

    O processo de internacionalização da empresa iniciou-se em 2007, tendo integrado o Grupo Quadrante três anos depois, abrindo agora um novo ciclo com a renovação da identidade visual da marca.

    “A Sustentabilidade é um dos pilares estratégicos do Grupo Quadrante e é no contexto de um clima em constante mudança que reforçamos hoje a nossa marca e a estratégia de actuação da Ecoprogresso”, explica Margarida Magina, responsável pela area de Ambiente e Alterações Climáticas do Grupo. “Procuramos promover sinergias entre os diversos sectores de actividade em que actuamos, com vista a criar soluções sustentáveis pensadas para ajudar as empresas na transição energética, eficiência energética de edifícios e infraestruturas e na descarbonização das suas actividades, apoiando nas suas estratégias rumo a um futuro mais sustentável”, conclui.

    Com um volume de vendas superior a 18 milhões de Euros, a Quadrante actua em oito sectores de actividade, nomeadamente, edifícios, transportes, indústria e energia, infraestruturas hidráulicas, ambiente, gestão da construção e supervisão, aeroportos e infraestruturas para grandes cidades.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    Artigos relacionados
    Hydro produz primeiro lote de alumínio reciclado com pegada de carbono quase nula
    Empresas
    Worx assessora duas novas colocações na Quinta da Fonte
    Imobiliário
    Investimento de 7,5M€ para novo museu em Albergaria
    Construção
    Antigo Seminário da Encarnação na Madeira reabilitado por 15M€
    Construção
    ‘Alpi’ de Armin Linke introduz os grandes temas da Trienal 2025
    Arquitectura
    ALMA development anuncia arranque do Essence no Porto
    Imobiliário
    Mota-Engil apresenta Declaração de Sustentabilidade
    Construção
    The Property Handbook destaca investimento na Hotelaria e Retalho
    Imobiliário
    Grupo Navarra apresenta Sistema Minimalista N25500
    Arquitectura
    Fundo Príncipe Real vende edifício na Avenida da Liberdade
    Imobiliário
    PUB
    Construção

    ANA anuncia para breve lançamento de concurso para obras na Portela

    O anúncio foi feito por Francisco Pita, administrador da ANA Aeroportos. Com o lançamento do concurso de empreitada “nas próximas semanas”, as obras no Aeroporto Humberto Delgado deverão começar ainda este ano

    CONSTRUIR

    De acordo com o administrador da ANA Aeroportos de Portugal, Francisco Pita, o concurso para a criação do novo pier sul no Aeroporto Humberto Delgado deverá ser lançado nas próximas semanas. O responsável, que participou no congresso da Associação dos Directores de Hotel de Portugal, ADHP, que teve lugar na sexta-feira, dia 22 de Março, referiu que as obras têm como principal objectivo aumentar o número de posições de estacionamento, proporcionando maior capacidade operacional para as companhias aéreas. Com a criação de um novo pier sul, serão adicionadas cerca de 10 posições de contacto, totalizando aproximadamente 33 mil metros quadrados de área construída.

    Na sua intervenção Francisco Pita, explicou que estas obras irão “melhorar a operacionalidade”, do aeroporto de Lisboa com o aumento do número de posições de estacionamentos em ponte telescópica. “Vamos ter mais dez posições de contacto com a criação do novo Pier Sul, [que terá] cerca de 33.000 metros quadrados de construção, um contributo muito grande na redução das nossas emissões de carbono: com estas dez posições de contacto junto ao terminal vamos evitar uma quantidade enorme de movimentos de autocarros, de equipamentos de placa entre o terminal e as posições remotas”, afirmou Francisco Pita.

    A confirmar-se o lançamento do concurso para a empreitada nas próximas semanas, o administrador da ANA prevê que as obras comecem “no último trimestre deste ano, para uma primeira fase que poderá esta concluída até ao final de 2026”.

     

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    Imobiliário

    ‘Living’ europeu com cerca de 63 M€ de intenções de investimento até 2026

    De acordo com um inquérito realizado pela Savills Investment Management e pela consultora imobiliária internacional Savills, que envolveu investidores imobiliários com um total de activos sob gestão (AuM) superior a 700MM€, deverão ser alocados 63,8 MM€ ao segmento Living europeu nos próximos três anos

    CONSTRUIR

    Quase metade (48%) dos inquiridos prevê que a proporção dos seus AuM alocados a este segmento do mercado imobiliário europeu aumente significativamente até 2026. Este valor representa um incremento em relação aos 41% dos inquiridos no ano passado. 54% esperam ter mais de 50% dos AuM investidos neste sector até 2026, enquanto 41% esperam ter mais de 75% dos seus AuM.

    As maiores prioridades para os investidores são: Habitação multifamiliar, 84% (73% no ano passado); PBSA, 63% (65%) e Residências unifamiliares, 49% (43%). Na quarta posição surge o Coliving, 39% (51%) e em quinta posição o Investimento privado em habitação a preços acessíveis, 39% (38%).

    “É compreensível que os investidores estejam concentrados nos sectores da habitação e reconheçam os consideráveis desequilíbrios entre a oferta e a procura e as consequências para o crescimento, bem como os fortes impulsionadores subjacentes dos respetivos segmentos. Os investidores poderão também focar-se nos segmentos de Living mais maduros, nomeadamente residências multifamiliares e PBSA”, considera Andrew Allen, global head of Research, Product Strategy and Development, Savills Investment Management

    Por sua vez, Marcus Roberts, head of Europe – Savills Operational Capital Markets, refere que “os sectores de Living tornaram-se o maior mercado de investimento imobiliário na Europa em 2023 e esperamos que continue a aumentar a sua quota de investimento total nos próximos anos”. Segundo o mesmo responsável, “dado o volume de capital inerente ao sector e a quantidade limitada de stock de alta qualidade disponível, os investidores continuarão a competir pelos activos de maior qualidade nas melhores localizações. Prevemos também que os investidores tirem partido dos reajustamentos de preços de certos activos”.

    Portugal tem registado uma forte dinâmica em praticamente todos os segmentos Living, e em particular no student housing, a par da actividade de muitos operadores de Senior Living e Flex Living. “Nos últimos 5 anos, o investimento em PBSA, por exemplo, somou um volume total de cerca de 721 milhões de euros, reflectindo um claro interesse por parte dos investidores neste mercado e que tem sido decisivo para alavancar este segmento alternativo do imobiliário”, considera Luís Clara, capital markets associate, Savills Portugal.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    Arquitectura

    MASSLAB vence concurso público para a redesenhar etar de Bragança

    MASSLAB ganha concurso para dar nova vida à Estação de Tratamento de Águas de Bragança com um novo espaço público para actividades lúdicas e educativas numa cobertura de 6.800 m2

    CONSTRUIR

    Entre a arquitectura, o paisagismo e a engenharia, o projecto da autoria do escritório de arquitectura MASSLAB para a nova cobertura da ETAR de Bragança vai permitir a utilização pública desta infraestrutura que, até agora, tinha como função apenas o tratamento de águas. O projecto ilustra como é possível acrescentar valor a infraestruturas existentes com a adição de funções recreativas.
    O projecto vencedor do concurso público lançado pela Câmara Municipal de Bragança, foca-se na reabilitação urbanística integral da paisagem, com a incorporação de uma cobertura com carácter temático de relevância para o município. Entendida a importância de alterar a percepção negativa associada às ETARs através das necessidades básicas de desinfecção e desodorização, os arquitectos sentiram necessidade de transformar esta estrutura num elemento participativo na cidade, capaz de promover novas zonas lúdicas, educativas e de lazer, com o objectivo de educar e despertar o interesse na preservação e no tratamento das águas.

    “Se pensarmos que quando se cria uma cobertura, criam-se também novas oportunidades de uso desta cobertura, aumentamos as possibilidades do uso de cada construção, criando valor acrescentado praticamente com o mesmo investimento”, afirma Duarte Ramalho Fontes, sócio do escritório MASSLAB.

    Mais do que desenhar “o 5º alçado” com a preocupação de integrar o ambiente construído na paisagem existente junto ao castelo de Bragança, dotar a cobertura de novos usos que não existiam foi a premissa chave no repensar o projecto para a ETAR.

    Com a intenção de fazer da cobertura da ETAR um espaço de atracção educacional, turística e de utilização pública, o projecto prevê múltiplos pontos de acesso ao terreno. A flexibilidade dos espaços permite a realização de visitas escolares ou eventos, oferecendo diferentes possibilidades de uso e transformando simples caminhos em locais de encontro e intera ção social.

    Através da relação visual entre o interior na operação do tratamento de águas e a cobertura acessível e ajardinada, com um objectivo didáctico, cria-se uma dinâmica entre o espaço privado da infraestrutura e o espaço público. Para melhor integrar a ETAR à paisagem, os acessos existentes foram preservados e enriquecidos com novos elementos, como miradouros e ligações pedonais para caminhadas. Um destaque especial foi dado à criação de um percurso pedonal ao longo do Rio Fervença, que, além de valorizar os caminhos já existentes, conecta directamente a ETAR ao percurso natural da água, promovendo uma contínua interacção entre a o ambiente construído e o ambiente natural.

    A nova cobertura inclui a optimização da estrutura através de formas geométricas quadrangulares, interligadas e integradas com nova vegetação, contribuindo para uma solução tanto estética quanto prática. Estes quadrados permitem uma grande variedade de possibilidades de ocupação do espaço, que pode ser mais fixa ou mais temporária, de acordo com as necessidades do município. A estrutura em betão simples, com fundações em estaca, é desenhada para interferir minimamente na construção existente e no vale, enfatizando uma abordagem económica e com o menor impacto possível na paisagem natural existente. Através de entradas de luz que promovem uma conexão visual entre o interior e a cobertura, cria-se uma dinâmica entre o espaço privado da infraestrutura e o espaço público.

     

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos

    Gustavo Muñoz / Adobe Stock

    Engenharia

    Sobram perguntas sobre o incêndio de Valência

    O que sobra em perguntas falta em respostas sobre as causas do incêndio que destruiu complexo de apartamentos em Valência em finais de Fevereiro. O que potenciou a propagação das chamas? O que estava, de facto, no revestimento do prédio? Ao CONSTRUIR, a Ordem dos Engenheiros clarifica os regulamentos existentes em Portugal

    Ricardo Batista

    Quinta-feira. 22 de Fevereiro. O promissor final de uma tarde de Inverno igual a tantas outras foi, no entanto, abalado por um dos mais graves incidentes registados na cidade de Valência. Em aproximadamente duas horas, o que começou como um foco de incêndio no 7º piso de um bloco de 138 apartamentos, no bairro de Campanar resultaria na destruição por completo do complexo habitacional.

    Dúvidas ainda subsistem
    Não passaram ainda três semanas desde a tragédia que vitimou 10 pessoas e provocou centenas de desalojados e as perguntas sobram mais que as respostas: o que aconteceu naquele bairro valenciano? Com a origem do sinistro ainda por determinar, não tardaram as especulações sobre os motivos pelos quais o fogo se propagou com tamanha intensidade, mesmo considerando que o edifício cumpria com a norma que está vigente desde 2008, o ano da sua construção. Uma das reacções partiu do Colégio Oficial de Arquitectura Técnica de Valência (COAT Valência), que negou o uso de poliuretano como isolante na fachada do edifício incendiado. Este material foi apontado por vários especialistas como a causa da rápida propagação das chamas, que em apenas uma hora consumiram todo o complexo residencial e um edifício adjacente. Inicialmente, apontou-se para a possibilidade de o poliuretano ter sido utilizado como revestimento para isolar a fachada, uma possibilidade rejeitada pelos profissionais de arquitectura técnica. “A nossa documentação sobre o edifício, sobre o certificado final da obra, indica que o isolante desta fachada não é poliuretano, como foi dito, mas sim um isolante mineral de lã de rocha”, destacam para salientar que, portanto, não podem concluir que este seja o motivo da voracidade do fogo. Outra questão são as placas usadas na cobertura da fachada. Nesse caso, o edifício tinha uma cobertura metálica de painéis de alumínio unidos com um compósito para dar espessura ao laminado do revestimento e, ao mesmo tempo, servir de ‘cola’ entre eles. Neste caso, os especialistas não têm dados exactos sobre o material utilizado. Poderia ser poliuretano ou outro tipo de compósito. Actualmente, os mais comuns são as lãs minerais. Mas, sim, os arquitectos técnicos deixam claro que o isolante da fachada em nenhum caso é este material, altamente combustível, de acordo com o processo da obra. Pela mesma lógica alinha a Associação da Indústria de Poliuretano Rígido que assegura que este material não está presente “nem como preenchimento do revestimento exterior nem como isolante da câmara de ar”.

    Segurança acautelada
    Ao CONSTRUIR, o presidente do Conselho Directivo da Região Sul da Ordem dos Engenheiros explica que chegará o tempo em que serão apuradas responsabilidades em resultado das investigações que ainda decorrem. António Carias e Sousa sublinha, também, que, em Portugal, “a natureza dos materiais empregues na construção encontra-se desde há muito condicionada pela legislação de Segurança Contra Incêndio, no que diz respeito ao seu contributo para a origem e desenvolvimento do incêndio, como estabelecia, por exemplo, o Regulamento de segurança contra incêndios em edifícios para habitação”. Para aquele responsável, “os requisitos são aplicados obrigatoriamente nos elementos processuais para a construção dos edifícios, sendo o Projecto de Segurança Contra Incêndio, que é subscrito por Engenheiro/ Engenheiro Técnico ou Arquitecto, o instrumento que define as condicionantes para cada edifício”. Há, no entender de Carias e Sousa, questões que importa acautelar. Para aquele responsável da Ordem dos Engenheiros, “são objecto de preocupação os materiais empregues nos revestimentos das fachadas, na cobertura, nos pavimentos, paredes e tectos, incluindo mobiliário e passando pelo sombreamento dos edifícios”. “Todas estas condicionantes são fundamentais para a diminuição da contribuição dos materiais empregues na construção do edifício para o desenvolvimento de um potencial incêndio”, acrescenta.

    Convidado a traçar um cenário em torno da realidade portuguesa, Carias e Sousa explica que “tal como para os demais riscos, como o risco sísmico, por exemplo, o risco de incêndio para os edifícios tem vindo a ser debelado, entre outros, pela publicação de instrumentos legais”. “Tal como referido, para os edifícios novos temos um quadro legal instituído pelo que se trata do cumprimento da lei em vigor. Para os edifícios mais antigos, as Medidas de Autoproteção (MAP), mais conhecidas como Planos de Emergência, e que são legalmente exigidas através do RJSCIE, já podem instrumentalizar a avaliação dos edifícios, uma vez que é aplicável quer aos edifícios novos, quer aos edifícios existentes”, salienta o presidente da secção regional Sul da Ordem dos Engenheiros, acrescentando que “detectadas desconformidades legais face aos atuais padrões de segurança, o Técnico que elabora as MAP pode procurar compensar determinada fragilidade do edifício existente com medidas de segurança compensatórias, de modo a diminuir o risco global de incêndio”.

    Sobre o autorRicardo Batista

    Ricardo Batista

    Director Editorial
    Mais artigos
    Construção

    Câmara da Maia ajusta valores e lança novo concurso para USF de Pedras Rubras

    Depois de o primeiro concurso ter ficado ‘deserto’, pelo desajustamento das ofertas face ao valor base, o novo concurso terá um preço base de 3,15 milhões de euros

    CONSTRUIR

    A Câmara da Maia vai lançar um novo concurso com vista à execução da empreitada de construção da Unidade de Saúde Familiar de Pedras Rubras, depois de a iniciativa promovida no último mês de Dezembro ter ficado deserto.

    A autarquia liderada por António Silva Tiago lançou, no final do ano passado, um concurso público para a execução dos trabalhos com um valor base na ordem dos 2,49 milhões de euros. Contudo, as propostas recebidas para a construção daquele equipamento de saúde primária foram todas elas de valor superior o que, como dita a legislação, obriga os responsáveis municipais a lançar novo concurso.

    O autarca da Coligação PSD/CDS adiantou que o novo concurso, cuja aprovação para o seu lançamento, será votada na reunião de câmara de 2 de Abril, terá um preço base de 3,15 milhões de euros, mais 600 mil euros do que anterior, aumentando para um milhão de euros a comparticipação do município na construção da USF de Pedras Rubras.

    Este equipamento faz parte de um conjunto de investimentos previstos pela autarquia da Maia. Em cima da mesa, além da USF de Pedras Rubras está igualmente a Unidade de Cuidados de Saúde Partilhados (UCSP) de Milheiró. A terceira valência será o Parque de Saúde da Maia, que vai integrar a Unidade de Saúde Familiar Terras da Maia, a Unidade de Saúde Pública, o Centro de Diagnóstico Integrado (com Análises Clínicas, Densitometria Óssea, Ortopantomografia, Radiologia), o Centro de Diagnóstico Pneumológico, o Serviço de Atendimento de Situações Urgentes e a Unidade de Cuidados Continuados na Comunidade, a Equipa coordenadora local da rede nacional de cuidados continuados integrados, a Equipa local de intervenção precoce, a Unidade de recursos assistenciais partilhados com fisioterapia, nutricionista, podologia, psicologia, saúde oral, serviço social, terapia da fala e a Sede do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Maia/Valongo.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    Construção

    Domus Social lança concurso público para a construção de 48 casas nas Eirinhas

    Todas as casas terão como destino o arrendamento apoiado e prevê-se que a obra, orçamentada em 7,2 milhões de euros, possa iniciar já no final do primeiro semestre

    CONSTRUIR

    A empreitada de “Construção dos Edifícios de Habitação a Custos Controlados nas Eirinhas”, freguesia do Bonfim, contempla a edificação de quatro edifícios autónomos compostos pelo mesmo número de fogos, mas que incluem tipologias de habitação diferentes. No total, serão contruídas 30 habitações T1, 12 T2 e 6 T3.

    O projecto assinado pelo arquitecto José Gigante prevê a instalação de elevadores nos quatros edifícios, garantindo, assim, que todos os fogos sejam totalmente acessíveis. Tendo em conta a percentagem de população idosa e o número de pessoas com mobilidade reduzida, a acessibilidade no parque de habitação municipal é, actualmente, uma preocupação e uma prioridade transversal a todos os projectos de construção e de reabilitação geridos pela Domus Social.

    Para além de reforçar a oferta do parque do Município com mais 48 casas, a construção de edifícios de habitação nas Eirinhas vem promover a renovação e transformação desta zona da cidade. Ao nível do espaço público essa é já uma realidade materializada com a recente conclusão da obra gerida pela empresa municipal GO Porto.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    Construção

    Lançado concurso para Linha Violeta

    O preço base deste procedimento é de 450 milhões de euros, a que acresce o IVA à taxa legal em vigor, cofinanciando pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e por verbas do Orçamento do Estado

    CONSTRUIR

    O Metropolitano de Lisboa lançou esta sexta-feira, 15 de Março, o concurso público internacional, com publicação no Jornal Oficial da União Europeia (JOUE), nos termos do regime fixado no Código dos Contratos Públicos, para a construção do Sistema de Metro Ligeiro de Superfície entre Loures e Odivelas, também conhecido como linha Violeta.

    O concurso público destina-se à contratação das seguintes componentes do empreendimento: concepção e construção da infraestrutura do Sistema de Metro Ligeiro e do reordenamento urbano envolvente, fornecimento de veículos tipo LRV-Light Rail Vehicle e prestação de serviços de manutenção da infraestrutura ferroviária e dos veículos.
    O preço base deste procedimento é de 450 milhões de euros, a que acresce o IVA à taxa legal em vigor, cofinanciando pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e por verbas do Orçamento do Estado.

    Os concorrentes têm um prazo de 120 dias para a apresentação de propostas, contado da data do envio do anúncio para publicação no Jornal Oficial da União Europeia (JOUE). O objectivo é que até ao final deste ano, principio de 2025, a obra esteja adjudicada e que os trabalhos comecem ainda no início do próximo ano, de forma a que a Linha esteja em funcionamento no segundo semestre de 2026.

    O modelo do concurso é semelhante ao usado na Linha Vermelha,  com quatro critérios de avaliação, preço, vector ecológico, de garantia dos trabalhos e qualidade. Contudo, ao contrário do anterior, o concurso da Linha Violeta engloba o fornecimento dos 12 comboios que vão circular entre as 17 estações, mas que o presidente do Metropolitano de Lisboa, Vítor Domingues dos Santos, desvaloriza enquanto potencial factor de entrave à participação de empresas portuguesas no concurso.  “Do conjunto de especialidades que o concurso tem a única coisa que poderá colocar algumas dificuldades aos concorrentes nacionais é o fornecimento dos comboios, porque não temos fabricantes nacionais. É o único factor, mas este representa uma pequena parte no conjunto de trabalhos, de infraestruturas, sinalização, fornecimento de energias, construção de edifícios, que são valências das boas empresas portuguesas de construção”, afirmou.

    Na sessão de lançamento do concurso teve ainda lugar a assinatura de um protocolo de colaboração entre o Metropolitano de Lisboa e os Municípios de Loures e Odivelas, que tem como objecto a formalização do reconhecimento do modelo de contratação pública deste sistema de Metro Ligeiro e a definição de responsabilidades de cada uma das partes nas tarefas envolvidas nas fases de preparação e tramitação do procedimento de contratação pública e na fase de implementação e execução do contrato.

    O lançamento do concurso da empreitada de concepção e construção da linha Violeta é um novo passo neste empreendimento, que tem concluídas as fases de diagnóstico, viabilidade, estudo prévio e estudo de impacte ambiental, tendo obtido da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) decisão favorável resultante do Procedimento de Avaliação de Impacte Ambiental (DIA).

     

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    Engenharia

    Siemens e a digitalização ‘taylor made’ da indústria

    A Siemens promoveu, durante dois dias, um périplo por unidades industriais de diversas áreas do ‘food and beverage’, em Espanha, promovendo assim um conjunto de soluções à medida voltadas para a digitalização e informatização dos processos industriais. Os modelos escolhidos, distintos entre si até mesmo ao nível das dimensões, atestam a versatilidade do portfolio da Siemens no domínio da digitalização do chão de fábrica

    Ricardo Batista

    Por mais que muitas organizações já tenham a noção da importância da recolha e análise de informações, algumas empresas ainda têm dificuldades em entender como realmente aplicar esse conhecimento e assentar a estratégia em dados concretos. “O futuro será sustentável e digital”. Quem o garante é José Ramon Castro, o director geral de Digital Industries da Siemens para Portugal e Espanha que, numa iniciativa que reuniu dezenas de jornalistas em Espanha, recordou a pressão que existe sobre o tecido industrial, muito graças ao preço das matérias e ao preço da energia, abrindo assim portas à importância de encontrar formas de responder aos desafios. “Mais não fosse porque o consumidor está, também ele, mais desperto para a pegada ecológica”, sublinha, assegurando que a “pressão sobre a indústria é cada vez mais evidente e os dados são ferramentas fundamentais para se poder agir”. “Mas não basta obter dados”, acrescenta aquele responsável da Siemens. “É importante dar-lhes expressão, contexto, e encontrar formas de assegurar a melhor tomada de decisão”, conclui José Ramon Castro.

    Produção indoor de lúpulo
    O mote serviu de base para um circuito por várias unidades industriais da área alimentar e de bebidas, repartidas por Madrid, Sevilha e Córdoba, fábricas essas que contam com o apoio estratégico da Siemens.
    Na primeira paragem, ficou claro que a dimensão do negócio pode ser um conceito subjectivo quando falamos de digitalização e automação. Fundada por Ana Sáez, Antonio Rojas, Inés Sagrario e Javier Ramiro, esta start-up está agora numa “missão para salvar as cervejas do Mundo”. Pioneira no vertical farming em Espanha, começaram há 5 anos a trabalhar nos cultivos hidropónicos mais típicos da agricultura em ambiente controlado – alfaces e ervas aromáticas, mas após vários anos de pesquisa em diferentes abordagens, decidiram experimentar algo que nunca havia sido feito. Após realizar diversos testes com cultivos de alto risco climático, a equipa da Ekonoke conseguiu optimizar o cultivo hidropónico do lúpulo em um ambiente 100% controlado, unindo tecnologia e conhecimento científico para proporcionar resiliência climática e sustentabilidade a uma espécie gravemente ameaçada pela emergência climática. O lúpulo, a par do malte e da cevada, é um dos ingredientes chave no fabrico de cerveja. Além de contribuir para o sabor amargo da cerveja é ainda importante para a formação de uma boa espuma e para evitar a deterioração da bebida, evitando a formação de microrganismos devido ao seu poder antisséptico.

    Resumindo, sem lúpulo não há cerveja… pelo menos como a conhecemos. O lúpulo é uma planta trepadeira, que pode chegar aos 15 metros de altura, embora o mais comum seja medir entre quatro e nove metros. Consegue resistir a temperaturas de até 30 graus negativos, mas é a meio do Verão que cresce mais rapidamente: até 50 centímetros por semana. As alterações climáticas estão a colocar em risco o cultivo do lúpulo, considerando que se trata de uma planta com características e exigências especiais. Inés Sagrario, co-fundadora da Ekonoke e CEO da empresa, explica que “necessita de muita luz no Verão, temperaturas amenas e muita água”, sublinhando que as alterações climáticas já levaram, por exemplo a quebras de produção na Alemanha na ordem dos 28%, remontando a dados de 2022 (Alemanha, a par dos Estados Unidos, é responsável por 80% da produção Mundial de lúpulo). E pior: as quebras de qualidade da matéria final rondam os 60%. Tendo estes dados em consideração, a Siemens é parceira da Ekonoke no desenvolvimento de um sistema vertical de cultivo das trepadeiras de lúpulo, recorrendo a sensores ligados às folhas, raízes e caules das plantas trepadeiras que medem vários parâmetros, desde a humidade até aos níveis de CO2, enquanto diferentes comprimentos de onda das luzes LED fazem os armazéns parecerem uma discoteca.

    O cultivo de lúpulo em interiores cumpre este conjunto de requisitos ao combinar a renúncia aos pesticidas, a proximidade das cervejarias e a independência das condições climáticas. Este método de cultivo leva a um consumo de água até 95 por cento menor e ao uso exclusivo de energia renovável. A estratégia concertada com a Siemens também melhora a eficiência: enquanto no exterior é possível uma colheita por ano no campo, no cultivo indoor podem ser alcançadas até quatro colheitas por ano, um salto que, a par da qualidade da matéria-prima, desperta o interesse das cervejeiras um pouco por todo o Mundo. A Estrella Galicia já recorre ao lúpulo produzido pela Ekonoke.

    Coca Cola
    A Coca-Cola Europacific Partners (CCEP) é o maior engarrafador independente Coca-Cola Company. Produz, comercializa e distribui os seus produtos na Europa Ocidental, Austrália, Indonésia e Ilhas do Pacífico. Todo o grupo tem dois milhões de clientes em 29 países diferentes. A Unidade de Negócios Iberia da CCEP, que inclui Espanha, Portugal e Andorra, possui sete fábricas engarrafadoras de refrigerantes e quatro fábricas de água mineral. Em Espanha, a CCEP tem mais de 270.000 clientes, atendendo a mais de 130 milhões de consumidores potenciais. Em 2022, a CCEP gerou vendas de 17,3 milhões de euros, um aumento de 26 por cento em comparação com o ano anterior. No âmbito do clima, a CCEP definiu o objectivo de se tornar uma empresa neutra em carbono até 2040 em toda a sua cadeia de valor na Europa, dez anos antes do objectivo da União Europeia. Para alcançar este objectivo, a CCEP estabeleceu uma trajectória que inclui a redução da sua pegada de carbono em todas as áreas de actividade através do controle do consumo de energia, água, matérias-primas e, claro, a redução de CO2. A Coca Cola Europacific Partners tem aumentado seus investimentos em soluções capazes de monitorar e reduzir os gastos com energia e água. A unidade de Sevilha, que a comitiva visitou, mantém, desde 2019, valores similares de consumo desses dois insumos nos processos de engarrafamento mesmo após a expansão da sua linha.

    “São bons números, porque nós temos uma nova linha de embalagens retornáveis, que consome mais água e electricidade, e pudemos incluir essa nova tecnologia sem consumo extra desses insumos”, diz Belén Barreiro, directora geral da fábrica da CCEP em Sevilha. A fábrica de Sevilha possui, ao todo, 12 linhas de produção para o enchimento de garrafas retornáveis, PET, latas e outras. O software Energy Manager PRO da Siemens foi implementado para monitorizar o consumo de energia na unidade de Sevilha, o que permite monitorar os KPIs relevantes, possibilitando uma análise de mercado completa do local. A gestão da empresa pode, assim, analisar esses dados directamente, assim como monitorizar os consumos de água, energia eléctrica, vapor, gás natural, CO2 e ar comprimido. Em última instância, esses dados vão permitir aos responsáveis da fábrica uma melhor gestão de cada uma das linhas, reorganizando o ciclo de bebidas como a Coca-Cola, Aquarius, Fanta pela linha mais eficiente. O primeiro passo foi modernizar e digitalizar a fábrica de Sevilha, tendo para isso sido instalados 225 pontos de medição na fábrica. Esta tecnologia também está a ser implementada em parte da Alemanha e do Benelux. O objectivo do sistema de gestão de energia é obter dados estratégicos para tomar decisões lucrativas e sustentáveis para a empresa. Para isso, a Siemens oferece serviços ao cliente que incluem um serviço de design abrangente, suporte de ferramentas e análise de dados. O objectivo é fornecer as melhores soluções de digitalização detectando anomalias atempadamente e assim permitir uma gestão eficaz dessas anomalias.

    “Na Coca-Cola Euro Pacific Partners (CCEP) [em Sevilha], a Siemens está a implementar o seu Energy Manager Pro Software que monitoriza os consumos energéticos e de água para alcançar poupanças significativas – aqui em Espanha, convencemos o cliente através de um projecto-piloto, uma prova de conceito, que ao utilizar este software poderia alcançar uma redução do consumo na ordem dos 10%”, contextualiza José Ramón Castro. “Com base nisso, estão a avançar para a aplicação desta tecnologia em mais de 30 instalações na Europa [Portugal incluído]. Bom para Espanha, bom para a Siemens, que nos permite mostrar ao mercado que somos capazes de alcançar esta poupança.”

    Digital é como o azeite
    Começando por uma start-up e passando por uma multinacional, por onde passou ainda o percurso? Passou por Córdoba, também no Sul de Espanha, para se perceber o papel da digitalização numa indústria mais tradicional como a da produção de azeite. A Deoleo, tal como a Coca-Cola tem preocupações ao nível da eficiência energética e consumo de água. Sem grande expressão em Portugal, a Deoleo é actualmente o maior produtor, engarrafador e comercializador internacional de produtos de azeite do Mundo. A empresa comercializa marcas como Bertolli, Carapelli, Carbonell, Koipe e Figaro e emprega mais de 600 pessoas em todo o Mundo. Em 2022, a Deoleo gerou vendas de 827 milhões de euros, aumentando as vendas em 18 por cento em comparação com o ano anterior. Os objetivos de sustentabilidade e fabricação da Deoleo requerem um sistema digital eficiente que forneça uma plataforma centralizada para analisar e comparar as diferentes variáveis ao longo de toda a cadeia de valor.

    Para atender a esse requisito, a Deoleo implementou o software Opcenter do portfólio Siemens Xcelerator. Além disso, o produtor de azeite utiliza o software Siemens Opcenter RD&L (Pesquisa, Desenvolvimento e Laboratório) como plataforma para agilizar, optimizar e alinhar toda a gestão de dados para produtos formulados e permitir uma transição perfeita dos dados e definições do produto ao longo de todo o processo de fabricação, integrando laboratórios de P&D com plantas. A Deoleo tem uma sólida trajetória em melhorias de sustentabilidade. Como resultado de seu compromisso contínuo e da implementação da tecnologia da Siemens, a empresa reduziu suas emissões de dióxido de carbono (CO2) de Escopo 1 e 2 em mais de 2.350 toneladas em 2022 em comparação com o ano anterior. Isso representou uma redução de 66 por cento. A Deoleo continua comprometida em liderar o desenvolvimento sustentável em seu sector, destinando 36 por cento de seus investimentos a iniciativas de sustentabilidade em 2022.

    *O jornalista viajou a convite da Siemens

    Sobre o autorRicardo Batista

    Ricardo Batista

    Director Editorial
    Mais artigos
    Construção

    PRR: disparam os alertas sobre os riscos de execução do plano

    A comissão que acompanha a execução do PRR também admite que o resultado das eleições agrava o risco de atrasos e perda de fundos, uma vez que, os próximos pagamentos dependem de reformas que têm de ir à Assembleia da República

    CONSTRUIR

    A mudança de Governo fez soar vários alertas sobre a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). A agência de notação financeira DBRS alertou para o risco de um Parlamento bloqueado em Portugal poder dificultar a implementação do plano. Também a comissão que acompanha o PRR admite que o resultado das eleições agrava o risco de atrasos e perda de fundos. Para André Lopes, da Capitalizar, “a incerteza é inevitável” quanto ao futuro do PRR, e adverte ser crucial que o novo Governo se comprometa com a execução do plano e garanta a sua eficácia.

    A mudança de Governo, após as eleições legislativas, veio gerar um clima de incerteza quanto ao futuro do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). São vários os alertas que soam sobre os riscos de implementação do plano, sobretudo no âmbito das grandes decisões sobre reformas a aprovar na Assembleia da República e que exigem o cumprimento de prazos e consenso político. A previsão dos especialistas é de atrasos na chegada dos fundos ou mesmo a perda de alguns.

    Recorde-se que a agência de notação financeira DBRS alertou, esta semana, para o risco de um Parlamento bloqueado em Portugal e de um Governo instável poder dificultar a implementação do PRR, não descartando novas eleições antecipadas. Já a Standard & Poor’s considera que os riscos políticos permanecem limitados em relação ao desembolso dos fundos e implementação dos projetos do PRR, esperando que o plano “continue no bom caminho.”

    A comissão que acompanha a execução do PRR também admite que o resultado das eleições agrava o risco de atrasos e perda de fundos, uma vez que, os próximos pagamentos dependem de reformas que têm de ir à Assembleia da República.

    “É importante salientar que um cenário de instabilidade política pode colocar em risco a implementação do PRR, especialmente no que diz respeito a investimentos e reformas que exigem grandes decisões políticas. Pelo que é importante que o novo Governo procure a estabilidade e o consenso para garantir o andamento do plano.”, adverte André Lopes, Partner da Capitalizar, consultora fiscal e financeira.

    Na visão do consultor, o futuro do PRR está intrinsecamente ligado à capacidade do novo Governo de se comprometer com a sua execução: “A incerteza é inevitável, mas o momento também oferece a oportunidade de reavaliar o plano e adaptá-lo às novas prioridades do país. Com um compromisso firme e um processo inclusivo, o PRR pode ser um instrumento crucial para o desenvolvimento e a recuperação económica de Portugal. É ainda expectável que o novo Governo tenha uma visão própria para o plano, buscando adaptá-lo às suas prioridades e à realidade mais atual do país. Essa nova perspetiva pode ser uma oportunidade para aprimorar o PRR e garantir sua eficácia.”

    De referir que, dos 10 cheques previstos no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, Portugal já recebeu quatro e, este ano, é suposto chegarem mais dois. O primeiro ultrapassa os três mil milhões de euros e, o segundo, é de 1.900 milhões de euros.

    De acordo com a comissão de acompanhamento do PRR, o pedido de libertação de fundos ainda não terá sido feito a Bruxelas e o prazo normal para o pedido do reembolso termina no final deste mês. Se ainda for feito pelo Governo em gestão, obrigará o próximo executivo a aprovar uma reforma em tempo recorde, até outubro. Mas se não for feito agora, também atrasa a vinda do dinheiro. Situação que deverá repetir-se, ainda este ano, no cheque seguinte. Este só será pago depois de aprovada uma série de nova legislação.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    Arquitectura

    “Arquitecturas provocadas pela transição” dão o mote à 13ª edição da Open House

    Na sua 13.ª edição, a Open House Lisboa pretende ajudar a compreender a complexidade das mudanças em curso na cidade, explorando as continuidades e as rupturas que misturam formas, materiais, métodos, funções e vivências

    CONSTRUIR

    Olhando para a transição como o processo que enquadra a mudança, qual o impacto que provoca na arquitectura, quando esta se expressa através de renovações, que abarcam diversas funções e valorizam a versatilidade e o hibridismo espacial? Esta é a questão que o Open House Lisboa levanta na sua 13.ª edição e que pretende ajudar a compreender a complexidade das mudanças em curso na cidade, explorando as continuidades e as rupturas que misturam formas, materiais, métodos, funções e vivências.

    Com data marcada para o fim-de-semana de 11 e 12 de Maio, a iniciativa, que inclui um programa de visitas e passeios, desvenda os primeiros espaços já confirmadas para a edição deste ano. São eles o campus do LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil que ocupa uma área de 22 hectares, classificado Monumento de Interesse Público, a Capela de Santo Amaro. Desenhada pelo autor do claustro do Convento de Cristo em Tomar, é uma obra renascentista classificada Monumento Nacional, o palacete do século XVIII Santa Clara 1728 reconvertido em hotel pelo arquitecto Manuel Aires Mateus, o Palácio Sinel de Cordes, um espaço que já foi casa, embaixada e escola, passando agora a sediar um pólo cultural dedicado à arquitectura, uma livraria e uma cafetaria vegana com um projecto de reabilitação do atelier FSSMGN Arquitectos, o Centro Ismaili. Situado nas Laranjeiras, é um templo religioso de arquitectura imponente e jardins sumptuosos, da autoria de Frederico Valsassina Arquitectos e Raj Rewal Associates, o Teatro Thalia transformado num espaço multiuso, é reconhecível pelo seu corpo massivo de betão pigmentado de terracota da autoria de Gonçalo Byrne e Barbas Lopes Arquitectos e o antigo Hotel Vitória, actual sede do Partido Comunista Português, é um edifício da autoria do arquitecto Cassiano Branco que conjuga a solidez sóbria do Modernismo com o Art Deco. A lista, conhecida até agora, conta para já com duas novidades: a Galeria Avenida da Índia — Galerias Municipais, um amplo espaço de carácter industrial que foi recuperado em 2015 pela EGEAC para acolher uma programação de artes visuais e, o “ambicioso” Plano de Drenagem de Lisboa, que inclui uma visita à escavação do primeiro túnel que liga Monsanto-Santa Apolónia, preparando a cidade para os desafios futuros e das alterações climáticas

    Habitações criadas de raiz para outro fim; edifícios obsoletos com múltiplos destinos possíveis; novos conjuntos habitacionais construídos em vazios urbanos centrais; edifícios e equipamentos públicos reabilitados para novas actividades; ou ainda conventos, mosteiros e palácios que, ao longo da sua existência, tiveram inúmeras utilizações, mostrando a sua plasticidade funcional e a sua adaptabilidade às necessidades, mais ou menos espontâneas, do tempo são alguns dos géneros de espaços a visitar.

    Entretanto, encontra aberta a ‘chamada’ ao voluntariado, que está aberta até 20 de Abril e que integra um programa de intercâmbio europeu que dá oportunidade a quem participa nesta 13.ª edição de viajar até Bilbao (5 e 6/10), Barcelona (26-27/10), Tessalónica (por anunciar) e conhecer outras formas de fazer cidade.

    A rede de cidades do Open House Worldwide continua a crescer, passando em 2024 a incluir mais cinco cidades: Miami, Berna, Murcia, Hong Kong e Zaragoza.

    Sobre o autorCONSTRUIR

    CONSTRUIR

    Mais artigos
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB
    PUB

    Navegue

    Sobre nós

    Grupo Workmedia

    Mantenha-se informado

    ©2021 CONSTRUIR. Todos os direitos reservados.