Construção

Construção metálica: entre a expansão e as incertezas da conjuntura

Desde 24 de Fevereiro até 6 de Maio, o preço do aço aumentou 45%. O preço da matéria-prima, a que se junta o aumento da energia, está a condicionar o crescimento de um sector que se prepara para reforçar os planos de internacionalização

Manuela Sousa Guerreiro
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Construção metálica: entre a expansão e as incertezas da conjuntura

Desde 24 de Fevereiro até 6 de Maio, o preço do aço aumentou 45%. O preço da matéria-prima, a que se junta o aumento da energia, está a condicionar o crescimento de um sector que se prepara para reforçar os planos de internacionalização

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Nos últimos 72 dias, o preço do aço no mercado nacional aumentou 45%. O disparar do preço da matéria-prima, que se segue depois de um ano também ele marcado por fortes subidas, está a deixar a indústria à beira de um ataque de nervos. A conjuntura inesperada da guerra na Europa baralhou os planos de um sector que desde 2016 apresenta um forte crescimento. Em 2020 o sector da construção metálica gerou um volume de negócios superior a 4,3 mil milhões de euros, contribuindo com 2,15% da riqueza nacional, isto depois de em 2018 e 2019 a contribuição do sector para o PIB ter sido de 2,19% e 2,28%, respectivamente. Números que contrastam com o 1,8% registado 2016.

Nos últimos anos, o sector cresceu na criação de riqueza, em produção, em vendas, nacionais e internacionais e em número de empregos criados, quase 34 mil segundo dados apurados até 31 de Dezembro de 2020.

O sector está organizado sobre a marca Portugal Steel, gerida e criada pela Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista (CMM), e tem servido para divulgar a construção metálica e os seus benefícios, as empresas e o investimento que estas têm canalizado para a inovação tecnológica.

“A marca Portugal Steel e os objectivos da associação vão no sentido de promover a construção metálica e as suas vantagens, queremos desmistificar algumas questões que passam para a sociedade em geral, falarmos da sua durabilidade da importância para a economia, apresentando os valores do sector e mostrando a influência que temos. Contribuímos com 2,2% o PIB e para 3.1% das exportações. E podemos contribuir para a sustentabilidade já que o aço é um produto reciclável e, ao contrário de outros, não perde características nesse processo. Só para ter uma ideia da importância que a reciclagem já tem na indústria na Arcelor, que é uma das maiores siderurgias mundiais, 80% dos materiais usados para a produção do aço é material reciclado, 80%”, sublinha Luís Figueiredo, director-geral da CMM em declarações ao CONSTRUIR.

À procura de novos mercados

O crescimento das vendas do mercado nacional tem sido um dos impulsionadores da actividade, mas as atenções concentram-se agora no reforço da actividade no exterior.

“Os números mostram claramente uma recuperação das empresas, especialmente das metalomecânicas que são o core da nossa construção metálica, de 2017 para a frente. Tem sido um crescimento muito interessante em termos de volume de negócios, apoiado mais até nas vendas nacionais do que nas exportações, o que é muito interessante”, refere a propósito o responsável.
A CMM tem em curso um programa de internacionalização, o International Steel, que “pretende reforçar a competitividade e a promoção do aumento das exportações”. No âmbito deste programa de apoio foram seleccionados três mercados alvo: Canadá, Médio Oriente e Rússia. A primeira acção para este último país ia realizar-se no início de Março, mas por razões óbvias ficou sem efeito.

“A nossa intenção inicial com a escolha dos mercados foi seleccionar países onde as empresas portuguesas ainda não estivessem ou, estando, não tivessem ainda uma grande expressão e onde pudéssemos ter uma primeira intervenção exploratória e trazer resultados e apresentar as oportunidades desses mercados”, explica Luís Figueiredo. “O objectivo foi aproveitar este projecto, que é financiado pelo Portugal 2020, e escolher os mercados que nos pareceram mais interessantes e aqui a escolha recaiu nestes três”.
A guerra alterou os planos, mas a associação permanece firme na intenção de avançar para o Canadá e Médio Oriente. Em Julho a CMM estará no Qatar. “Países como o Qatar, Arábia Saudita … e têm uma construção incrível e projectos enormes em pipeline e estamos convictos que podem constituir um mercado muito interessante para as empresas portuguesas, se estas assim o entenderem”, sublinha Luís Figueiredo. O especialista refere a propósito que “o nosso mercado e as nossas metalomecânicas têm uma grande capacidade de internacionalização. Um pouco por todo o mundo podemos encontrar obras realizadas por empresas portuguesas que são uma referência para este sector”.

A internacionalização do sector pode ser repartida em dois momentos: um primeiro momento muito marcado pela presença nos países africanos, em especial em Angola. A crise cambial e os problemas económico-financeiros porque passou este país obrigou as empresas a procurar outros mercados, designadamente na Europa. “Há vários mercados que hoje se destacam, como por exemplo Marrocos, mas diria que a França é um dos principais mercados para as empresas portuguesas do sector que aproveitam as sinergias e daí aproveitam as oportunidades que surgem nos países vizinhos”, refere Luís Figueiredo.

Foco na qualidade e inovação

O foco nos mercados europeus teve uma outra consequência, que acabou por influenciar de forma positiva o sector: a inovação. “Estes são mercados mais exigentes. Uma empresa que produza para a Europa produz para qualquer mercado do mundo”. E esta é uma questão fulcral quando se fala em competitividade e diferenciação no mercado internacional. “Mais do que o factor preço é a diferenciação pela inovação e pela qualidade do que fazem” que traduz o sucesso, ou o insucesso, das empresas lá fora.

Por isso um dos eixos de acção da própria CMM é promover a formação das empresas suas associadas. A par do projecto de internacionalização, estão em curso dois outros projectos, financiados via Portugal 2020. Um primeiro de formação-acção, direccionado para pequenas e médias empresas, focado na implementação de sistemas de gestão e indústria 4.0. “O projecto ainda não terminou, neste momento já conseguimos a certificação de 20 empresas. Mas é um programa importante para as empresas. Estamos a falar de um sector que é constituído maioritariamente, mais de 80%, por PME”, sublinha o director-geral da CMM.

A CMM está a desenvolver há já dois anos o projecto de qualificação Digital Steel – sistema de apoio a acções colectivas, o qual visa promover e acelerar a transição das PME do sector para “o novo paradigma produtivo e colaborativo da Indústria 4.0”. Especialmente focada na digitalização dos processos, “este projecto pretende capacitar e qualificar as empresas para a adopção de metodologias de trabalho colaborativas que, pela forte incorporação tecnológica permitirão uma minimização do trabalho manual, uma maximização da eficiência, da qualidade, da flexibilização e da inovação, vectores inquestionáveis da competitividade internacional”. O projecto está em curso e deverá estar concluído no final deste ano. O reforço das competências das empresas pode não ser uma solução para o actual problema que a conjuntura de alta de preços provoca, mas pode ser um dos caminhos para contorna-lo. Isto numa altura de incerteza em que as empresas temem o cenário de atraso de início de novas obras e se assiste já às dificuldades de negociação de novos contratos.

Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

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Ana Gomes é a nova directora de Research da Cushman & Wakefield

Ana Gomes é a nova head of Research & Insight, passando a reforçar a equipa de Business Development Services, que abrange as áreas de Research e Marketing da consultora

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A Cushman & Wakefield (C&W) anuncia que Ana Gomes é a nova head of Research & Insight, passando a reforçar a equipa de Business Development Services, que abrange as áreas de Research e Marketing da consultora.

Com 25 anos de dedicação à Cushman & Wakefield e Partner desde 2020, Ana Gomes conta com um percurso na consultora, onde tem assumido funções de grande relevância, nomeadamente na liderança de várias áreas de negócio. Ingressou na empresa em 2000, para a função de consultora na área de Industrial & Logística, que viria depois a dirigir até 2018, ano em que passou a liderar a área de Promoção, Reabilitação Urbana e Living no departamento de Capital Markets. Mais recentemente, esteve à frente da área de New Business & Alternatives do mesmo departamento, focada nos segmentos de educação, saúde e residências de estudantes.

Licenciada em Geografia e Planeamento Regional, Ana Gomes alia a sua formação académica ao profundo conhecimento do mercado, associando-lhe ainda uma visão estratégica sobre como a análise de dados e insight podem impulsionar decisões comerciais e gerar valor no setor imobiliário.

“Não podíamos estar mais satisfeitos com esta nomeação. A Ana alia o seu enorme conhecimento de mercado à ampla experiência na Cushman & Wakefield, onde tem assumido posições estratégicas para o crescimento da empresa. Estou absolutamente convencido que a sua visão irá trazer um novo dinamismo à área de Research & Insight para continuarmos a ser uma referência no sector, com estudos ainda mais virados para o mercado, os clientes e o negócio”, afirma Eric van Leuven, director-geral da Cushman & Wakefield Portugal.

“A pesquisa e análise de informação marcou o início da minha carreira na Cushman & Wakefield para estudar o então emergente sector de Industrial & Logística em Portugal. Esse interesse mantém-se até à actualidade e é com grande entusiasmo que abraço esta nova responsabilidade de liderar a área de Research & Insight, dando continuidade a um trabalho que sempre se distinguiu no mercado. Quero continuar a apoiar os nossos clientes na tomada de decisões fundamentadas, na superação de desafios cada vez mais complexos e na identificação de novas oportunidades através da inovação e rigor no tratamento de dados e análise de informação”, refere Ana Gomes.

A área de Research & Insight da C&W dedica-se a recolher, analisar e publicar uma ampla variedade de informação, incluindo estudos e tendências do mercado imobiliário português, estando ainda focado na realização de estudos e apresentações à medida para clientes

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Sector da construção continua a apresentar risco elevado em 2025

Num cenário económico internacional marcado por elevada incerteza e volatilidade, o sector da construção é um dos mais vulneráveis no contexto europeu e global, revela o mais recente Barómetro de Risco País e Sectorial da COFACE. Pressão sobre o investimento, financiamento mais dispendioso e menos obras lançadas são os principais desafios do sector

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tagsCoface

De acordo com o Barómetro, o sector da construção continua a sofrer o impacto directo do aumento das taxas de juro, da retracção do investimento privado e das dificuldades de financiamento, com consequências significativas para as empresas e projectos em curso. A conjuntura actual, caracterizada pela fraca confiança dos consumidores e a deterioração das margens de lucro das empresas, está a comprometer o arranque de novas obras e a provocar atrasos em projectos já aprovados.

Apesar de a inflação ter vindo a aliviar na Europa, o sector da construção mantém-se num ambiente de elevada incerteza, acentuada pela subida dos custos de financiamento e pela redução dos investimentos públicos e privados. Em mercados-chave como Alemanha, França, Itália e Espanha, o Barómetro da COFACE evidencia a falta de dinamismo no sector, reflectindo-se em indicadores negativos como a diminuição das encomendas, o aumento das insolvências e a paragem de projectos de grande escala.

A análise da COFACE revela ainda que, ao longo de 2025, o sector da construção na Europa permanecerá com uma avaliação de risco elevada, com destaque para os seguintes factores: Aumento do custo dos materiais e da energia, que pressiona as margens de rentabilidade; Redução do investimento público em infraestruturas, fruto de restrições orçamentais nos países da União Europeia; Queda da confiança dos promotores privados, especialmente em segmentos como habitação e imobiliário comercial e Incerteza sobre as políticas fiscais e financeiras, incluindo as medidas de apoio aos sectores mais afectados.

Ainda assim, o Barómetro destaca algumas oportunidades, nomeadamente no segmento da reabilitação urbana, eficiência energética e sustentabilidade, impulsionadas pelos objectivos do Pacto Ecológico Europeu e pelos fundos da UE dedicados à transição energética.

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Prepare a sua piscina antes da chegada do Verão com o Grupo Puma

A cada ano, com a aproximação do verão, todos pensamos na manutenção de nossas piscinas, sejam elas particulares, públicas
ou comunitárias. Em outros casos, encontramos piscinas de nova construção que precisam de um tratamento completo de impermeabilização.

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Neste artigo, Selena Dorado, do Departamento Técnico do GRUPO PUMA, disponibiliza as principais orientações para realizar a melhor impermeabilização das nossas piscinas, qualquer que seja o caso de aplicação, com o Sistema Drypool.

PISCINAS A REABILITAR OU DE NOVA CONSTRUÇÃO

Em qualquer um dos casos, o primeiro ponto a ser trabalhado e, provavelmente, o mais importante de todos, é o tratamento do suporte.

Para o correto funcionamento de qualquer sistema de impermeabilização, o suporte deve estar limpo, seco e livre de poeira ou elementos mal aderidos.

Em ambos os casos, devemos levar em conta a porosidade do suporte, pois é importante que esteja suficientemente liso para evitar um consumo excessivo de material, mas também que não tenha uma resistência superficial à tração insuficiente, o que poderia afetar a aderência dos produtos de impermeabilização.

ESCOLHA DOS PRODUTOS MAIS ADEQUADOS

Para piscinas de nova construção (suporte de betão)

Antes de iniciar a instalação, devemos preparar os pontos críticos (como mudanças de plano, elementos da instalação, etc.) com nossa banda elástica Bandtec.

Em primeiro lugar, aplicaremos a membrana impermeabilizante cimentícia contínua Morcem Dry SF Plus em duas camadas reforçadas com a Malha Drypool antialcalina.

Uma vez seca a membrana impermeabilizante, instalaremos o nosso revestimento cerâmico com o adesivo cimentício de alto desempenho Pegoland Profesional Flex e, para o rejuntamento das peças, utilizaremos a argamassa para juntas Pegoland Profesional Junta ou Morcemcolor Epóxi.

Para renovação de piscinas existentes (suporte cerâmico)

Da mesma forma que numa obra nova, antes de iniciar a instalação, devemos preparar o suporte e reparar os danos encontrados com a argamassa de reparação Morcemseal Todo 1. Também será necessário preparar os pontos críticos (como mudanças de plano, elementos da instalação, etc.) com nossa banda elástica Bandtec.

Em primeiro lugar, aplicaremos a membrana impermeabilizante cimentícia contínua Morcem Dry Fix em duas camadas reforçadas com a Malha Drypool antialcalina.

Uma vez seca a membrana impermeabilizante, o processo de revestimento é o mesmo que para uma obra nova: instalaremos nosso revestimento cerâmico com o adesivo cimentício de alto desempenho Pegoland Profesional Flex e, para o rejuntamento das peças, utilizaremos a argamassa para juntas Pegoland Profesional Junta ou Morcemcolor Epóxi.

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Construção

Câmara de Aveiro avança para novo pavilhão municipal

A Câmara de Aveiro tem em marcha o terceiro concurso público para a construção do Pavilhão Municipal – Oficina do Desporto, pelo valor base de 22,8 Milhões de euros (ME), mais 4,2 ME que o anterior concurso

Ricardo Batista

A Câmara de Aveiro acaba de lançar, pela terceira, vez, o concurso público com vista à execução da empreitada de construção da “Oficina do Desporto”, o novo pavilhão municipal que tem um investimento estimado em 22,8 milhões de euros. Esta é a terceira tentativa do município para a construção do novo pavilhão municipal, depois de, nos dois procedimentos anteriores, as empresas interessadas não terem cumprido os critérios para adjudicação dos respectivos concursos.

O presidente da câmara, Ribau Esteves, esclareceu que foi feita uma actualização do valor do concurso, que “cobre a maior parte das propostas inválidas que referenciaram valor” que o município recebeu no segundo concurso, procurando por esta via atrair o interesse das empresas de construção.
O autarca destacou ainda a “importância capital” do novo pavilhão, considerando que “era bem mais importante ter construído esta infraestrutura do que um estádio de futebol”, aludindo ao Estádio que foi construído para o Euro 2004.

A ideia passa pela materialização de um projecto de arquitectura assinado pela autarquia e um projecto de execução desenvolvido pela Termo Projecto. Segundo a descrição desta proposta, o projecto foi desenvolvido através de um Estudo Prévio que permitiu apontar a estrutura de organização que se explicitará na presente memória descritiva e que procura responder às intenções do município, às formas de utilização definidas e respectivos modos de gestão, bem como às condicionantes locais, regulamentares e desportivas.
“O pavilhão a edificar será um equipamento essencialmente destinado à prática de desportos colectivos e de alguns desportos individuais. A gestão do pavilhão será municipal, embora se preveja que as actividades a desenvolver serão divididas em períodos horários em que a utilização é cedida a associações e clubes desportivos do município de Aveiro e outros períodos em que as actividades serão desenvolvidas directamente pelo município”, pode ler-se na descrição do trabalho. A Câmara Municipal de Aveiro estruturou uma estratégia de dinamização do Parque Desportivo que está alicerçada na criação de vários equipamentos desportivos de grande dimensão e que permitirão criar uma dinâmica não só no Parque Desportivo, como também fornecer as condições adequadas para uma prática desportiva acessível e qualificada aos cidadãos do município.

Assim, estão já concluídos e fase de utilização, o Centro de Estágios da Associação de Futebol de Aveiro e o Complexo de Treinos de Futebol Municipal, que será utilizado pelo Sport Clube Beira-Mar, ambos a norte da referida alameda, ficando este último adjacente, do lado nascente ao local de implantação do pavilhão desportivo. Este pavilhão, agora em projecto, será o equipamento que permitirá aprofundar e integrar esta estratégia para os Desportos de Pavilhão. Está prevista também a construção de uma Piscina Municipal, em fase posterior, a implantar no espaço a norte do pavilhão agora em projecto.

Segundo o projecto, do ponto de vista formal o pavilhão é uma peça isolada num contexto onde, naturalmente, não vão existir relações formais muito evidentes entre cada um dos equipamentos, dada a sua natureza funcional e construtiva tão diversa. A única excepção a esta heterogeneidade poderá ser formada pelo conjunto pavilhão/piscina. Existindo esta autonomia formal, o pavilhão deve reflectir de forma o mais eficaz possível o programa funcional, mas também a percepção adequada que deve transmitir aos diversos utilizadores quer nos aspectos de reconhecimento de acesso a cada uma das suas partes, quer na capacidade de lerem simbolicamente a importância do equipamento e de cada uma das partes. Já a relação funcional do pavilhão com a envolvente organiza-se a partir do modo de funcionamento do parque municipal e das suas estruturas de circulação pedonal, viária e de estacionamento.

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Ricardo Batista

Director Editorial
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Governo reforça orçamento para execução da Linha Violeta

A nova linha, que pretende melhorar a mobilidade entre Odivelas e Loures, faz parte dos esforços de expansão do transporte público na Área Metropolitana de Lisboa

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O Governo aprovou uma despesa adicional de 150,2 milhões de euros para a construção da Linha Violeta do Metropolitano de Lisboa, que ligará Odivelas a Loures. A medida, publicada hoje em Diário da República através da Resolução do Conselho de Ministros n.º 70/2025, surge na sequência do fracasso do concurso público inicial, cujas propostas ultrapassaram o preço base em cerca de 46%.

A nova dotação financeira eleva o investimento total do projeto para aproximadamente 677,5 milhões de euros, incluindo IVA. Além disso, o prazo de execução foi estendido até 2029, tendo em conta a necessidade de um novo procedimento de contratação pública.

O projeto, que inicialmente contava com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), perdeu parte desse apoio devido aos atrasos na execução. No entanto, o Governo já está em busca de novas fontes de financiamento, incluindo fundos comunitários e nacionais. O Banco Europeu de Investimento (BEI) e o Fundo Ambiental são algumas das opções apontadas para cobrir os custos adicionais.

A nova linha, que pretende melhorar a mobilidade entre Odivelas e Loures, faz parte dos esforços de expansão do transporte público na Área Metropolitana de Lisboa. Com a revisão orçamental agora aprovada, o executivo pretende garantir a viabilidade do projeto, reduzindo a dependência do Orçamento do Estado sempre que for possível captar apoios externos.

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CESAE Digital investe 3,5 M€ na requalificação da ‘Fábrica de Santo Thyrso’

O projecto, que resulta de uma parceria entre a CMST, o CESAE Digital e o IEFP, tem um investimento total de 8.438 milhões de euros, ao abrigo do PRR, dos quais três milhões e meio de euros são dedicados à requalificação do edifício

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A ‘Fábrica de Santo Thyrso’  será o primeiro Centro de Formação de Competências Digitais descentralizado do País. O projecto, que resulta de uma parceria entre a Câmara Municipal de Santo Tirso (CMST), o CESAE Digital e o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) tem um investimento total de 8.438 milhões de euros, ao abrigo do PRR, dos quais três milhões e meio de euros são dedicados à requalificação do edifício.

Com o nome Thyrso Digital, o novo Centro de Formação de Competências Digitais nasce para reforçar a importância do digital no tecido empresarial e na qualificação de talento, promovendo também sinergias com parceiros tecnológicos.

Instalado em quatro edifícios, a ‘Fábrica de Santo Thyrso’, contará com uma área total de cerca de três mil metros quadrados (m2), distribuída por 18 salas de formação, das quais 11 serão dedicadas à qualificação de jovens e adultos. Além disso, incluirá cinco laboratórios altamente especializados em áreas como a cibersegurança e a inteligência artificial, potenciando dinâmicas de inovação e de apoio a todo o ecossistema da Fábrica. No total, serão criados 444 postos de formação, consolidando este espaço como um polo estratégico para o desenvolvimento de competências digitais no País.

“As potencialidades do novo espaço que será desenvolvido na Fábrica de Santo Thyrso, já por si uma localização multicultural de grande relevância regional, garantem um futuro alinhado com o desafio estratégico do país na qualificação intensiva das pessoas. Garantem também numa nova geração de serviços de apoio à transformação digital das nossas empresas e à sua modernização, através da progressiva digitalização dos seus modos de trabalho, dos seus negócios e, sobretudo, da capacitação dos seus trabalhadores”, afirma Luís Manuel Ribeiro, presidente do CESAE Digital. Acrescenta, ainda, que “as melhores políticas públicas são sempre aquelas que apostam na valorização das pessoas e na criação de mais e melhores empregos”.

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Fonte: Infraestruturas de Portugal
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Troço Santa Comba Dão – Viseu consignado à Ferrovial

A obra, que integra o conjunto de intervenções rodoviárias prioritárias, contemplado na Resolução do Conselho de Ministros 69/2025 de 20 de Março, foi adjudicada por 103 milhões de euros, com um prazo de execução de 870 dias

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Foi assinado esta segunda-feira, dia 24 de Março, em Tondela, a consignação da empreitada do troço entre Santa Comba Dão e Viseu, no IP3, à Ferrovial. A obra, que integra o conjunto de intervenções rodoviárias prioritárias, contemplado na Resolução do Conselho de Ministros 69/2025 de 20 de Março, foi adjudicada por 103 milhões de euros, com um prazo de execução de 870 dias.

O melhoramento do IP3 entre Viseu e Coimbra, em perfil de autoestrada, incluindo a duplicação da via entre Santa Comba Dão e Viseu, obra agora consignada pela Infraestruturas de Portugal à Ferrovial, é uma antiga aspiração das populações e dos utilizadores desta estrada que regista um nível de sinistralidade elevado, seja em número de acidentes, seja em vítimas mortais a lamentar.

O IP3, em particular no troço Coimbra-Viseu, corresponde a um corredor de elevada procura com níveis de tráfego muito intenso, agravado pela orografia e pela elevada percentagem de veículos pesados que ali transitam.

Assim, o objectivo da intervenção é “aumentar a capacidade e melhorar o traçado” deste troço e a “segurança rodoviária”, permitindo que a via passe a ter perfil de autoestrada em grande parte do percurso e também vias de aceleração e abrandamento regulamentares nos nós de ligação. Ao mesmo tempo, pretende-se reduzir o tempo de viagem entre Coimbra e Viseu, de 65 para 43 minutos.

Até ao final de Junho deste ano, a IP deverá apresentar o cronograma de acções, concursos e obras necessárias para garantir uma ligação rodoviária em traçado duplo (quatro vias) entre Souselas e Santa Comba Dão.

Recorde-se que em Resolução do Conselho de Ministros, a IP foi instruída para proceder ao desenvolvimento das acções necessárias à concretização de um conjunto de projectos de infraestruturas rodoviárias. Até ao momento cerca de 30 vias rodoviárias foram definidas como prioritárias.

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O plano de rodovias prioritárias, estratégia para a água, o novo investimento da Promiris em destaque na edição 527 do CONSTRUIR

Em véspera de dissolução da Assembleia, o Governo apresentou um plano de investimentos em rodovias prioritárias estimado em 500 milhões de euros. Mostramos-lhe as vias que estão agora nas mãos da IP numa edição onde lhe contamos igualmente em que consiste a Estratégia Nacional para a Gestão da Água. A Promiris vai também reforçar a carteira em Gaia e nós explicamos-lhe o projecto que nascerá até 2027: Mas há muito mais para ler na edição 527 do CONSTRUIR

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Governo prepara dossier rodoviário de 500M€
Antes da dissolução do Parlamento, o Governo aprova em Conselho de Ministros uma resolução que insta a Infraestruturas de Portugal a avançar com um conjunto de estudos, projectos e modelos de contratação e de gestão para cerca de 30 obras encaradas como prioritárias. Decisões estão nas mãos do Governo que resultar das eleições de 18 de Maio

Os números para a Estratégia da Água
O plano de longo prazo, visa garantir a sustentabilidade e a resiliência hídrica no país ao longo dos próximos 15 anos. Integra perto de 300 medidas e investimentos superiores a 5MM€

“The Concave” é um exercício de adaptação
O gabinete de arquitectura do Porto, OODA, apresentou o seu novo projecto na Albânia. Trata-se de um hotel boutique, que ganha formas num exercício pleno de adaptação e imersão com a natureza

Promiris investe 29M€ no “Quadra”
A promotora Promiris anuncia um novo empreendimento residencial em Vila Nova de Gaia que vem “reforçar a oferta de qualidade numa das zonas mais atractivas” da cidade. Deve estar concluido até 2027

Dossier: Espaços Exteriores, Mobiliário Urbano e Piscinas
A preocupação pela origem dos materiais de fabrico e a sua pegada está também cada vez mais presente nas escolhas do mercado, ao qual, não é alheio, o papel determinante das empresas

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Licenciamento cresce 7,6% e termina 2024 em alta

O licenciamento de obras de edificação e reabilitação registou, em 2024, um crescimento de 7,6%, impulsionado pela dinâmica observada nos últimos meses do ano. Este aumento reflectiu-se em subidas de 8,1% nas licenças para habitação familiar, de 6,1% nos edifícios não residenciais e de 4,9% no número de fogos licenciados em construções novas, refere a mais recente “Análise de Conjuntura do Sector da Construção”, da AICCOPN

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De acordo com a Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas, a publicação das Contas Nacionais Trimestrais, pelo INE, veio confirmar o crescimento de 1,9% do PIB, em 2024. Relativamente ao Investimento em Construção e ao VAB do Sector da Construção, registaram-se crescimentos de 1,1% e de +1,7% respectivamente, face a 2023.

No que concerne ao licenciamento total de obras de edificação e reabilitação, impulsionado pela aceleração verificada nos últimos meses, o ano de 2024 terminou com um aumento de 7,6%, reflectindo variações de 8,1% nas licenças para habitação familiar e de 6,1% para edifícios não residenciais. Quanto ao licenciamento de fogos em construções novas, registou-se um crescimento de 4,9%, em termos homólogos, para 34.117 alojamentos.

O índice de custos de construção de habitação nova, terminou o ano de 2024, com um acréscimo de 4,3%, face ao registado em Dezembro de 2023, em resultado de variações de +0,9% no índice relativo à componente de materiais e de 8,6% no índice relativo à componente de mão de obra.

Relativamente ao mercado das obras públicas, em Janeiro de 2025, o montante dos concursos de empreitadas de obras públicas promovidos situou-se nos 488 milhões de euros, reflectindo uma quebra de 76% em termos homólogos. No entanto, esta variação decorre exclusivamente da abertura, em Janeiro de 2024, do concurso para a Linha Ferroviária de Alta Velocidade, entre Porto e Oiã, no valor de 1.661,4 milhões de euros. Excluindo este concurso, verificar-se-ia um aumento de 30% no montante global de concursos promovidos.

Já no que concerne ao total dos contratos de empreitadas de obras públicas celebrados no mês de Janeiro e objecto de reporte no Portal Base até ao passado dia 15 de Fevereiro, o mesmo situou-se em 353 milhões de euros, o que representa um expressivo crescimento de 69%, face aos 209 milhões de euros registados em termos homólogos, no período temporalmente comparável.

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Créditos: Guilherme Costa Oliveira
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Município do Porto assina primeiro contrato no modelo ‘Build to Rent’

O imóvel, localizado na Rua dos Caldeireiros, é um edifício de cinco andares, composto exclusivamente por apartamentos T2, irá disponibilizar oito novas fracções no mercado de arrendamento acessível promovido pela autarquia

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O primeiro contrato no modelo “Build to Rent”, do programa municipal Porto com Sentido, foi formalizado, na passada semana. Esta iniciativa permite que um proprietário privado disponibilize o seu edifício ao município, através de uma promessa de arrendamento, para ser subarrendado a preços acessíveis.

O imóvel, localizado na Rua dos Caldeireiros, é um edifício de cinco andares, composto exclusivamente por apartamentos T2, com áreas que variam entre 77 metros quadrados (m2) e 96 m2. A obra, que deverá durar no máximo três anos, visa reabilitar o espaço para integrar o programa de habitação acessível da cidade, com a inclusão de oito novas fracções no mercado de arrendamento acessível promovido pela autarquia.

Este modelo reflecte a colaboração entre o Município do Porto e o sector privado, com o objectivo de aumentar e qualificar a oferta de habitação, garantindo, simultaneamente, arrendamentos mais ajustados aos rendimentos da classe média.

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