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Nova alteração do CCP gera críticas junto dos Arquitectos

Segundo a Ordem, “com a solução que agora se discute, abre-se a porta, mais do que à simplificação e à eliminação de tempos e recursos desnecessários, à própria extinção de procedimentos, e fecham-se as janelas à transparência e livre concorrência”

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Nova alteração do CCP gera críticas junto dos Arquitectos

Segundo a Ordem, “com a solução que agora se discute, abre-se a porta, mais do que à simplificação e à eliminação de tempos e recursos desnecessários, à própria extinção de procedimentos, e fecham-se as janelas à transparência e livre concorrência”

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O projecto de Decreto-Lei 32/XXIII/2022, relativo às novas alterações propostas para o Código dos Contratos Públicos (CCP), cuja consulta pública decorreu até ao passado dia 16 de Agosto, continua a gerar críticas por parte dos arquitectos.

Em comunicado, a Ordem dos Arquitectos (OA) , através do seu Conselho Diretivo Nacional (CDN), considera que o actual documento “vem na senda da inicial Proposta de Lei n.º 41/XIV/1.ª (GOV)”, cuja gravidade sublinhámos em sede de audição da Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação (CEIOPH), no dia 29 de setembro de 2020″, por se pretende estabelecer como regra um regime que é de excepção. Essa proposta viria então a ser retirada em favor de um texto de substituição, que recuava na alteração proposta ao regime de conceção-construção.

Deste modo, a OE encara com “redobrada apreensão” as consequências do actual diploma, nomeadamente, “as suas graves implicações para o território e a paisagem edificada, bem como para o exercício da profissão de arquitecto, estando em causa questões da maior relevância para a salvaguarda da Arquitectura e do interesse público”, na medida em que a nova leitura volta a propor um procedimento dito especial face àquilo que é regra, de acesso excepcional à modalidade de concepção-construção.

“Verificamos que, na verdade, não existe excepção, mas antes a possibilidade do encomendador, de forma livre, arbitrária, generalizada e definitiva, recorrer ao regime de concepção-construção, hoje consagrado como excepcional e de âmbito claramente (e bem) restringido. E por que razão? Possibilitar a eliminação de dispêndios de tempo e recursos desnecessários, por parte da entidade adjudicante, nos casos em que esta considere que o mercado está em melhor posição de elaborar um projeto de execução de determinada obra, concluindo que tal prerrogativa concorrerá para uma pretendida agilização procedimental”, explica a OE no mesmo comunicado.

Ainda que se entenda a necessária “desburocratização e flexibilização”, estas “não podem justificar preterir os mecanismos que melhor protegem o interesse e os recursos públicos”. “Ora, a solução que se apresenta é especialmente gravosa e fortemente limitadora do acesso à encomenda de projecto, sendo preteridos serviços de dezenas de milhares de projectistas – arquitectos e engenheiros – em favor de construtoras de maior dimensão e de maior capacidade técnica e financeira”, salienta.

Considerando que “o projecto não é um dispêndio desnecessário”, mas antes um investimento elementar na boa aplicação do dinheiro público, a Ordem considera que “através da solução que agora se discute, abre-se a porta, mais do que à simplificação e à eliminação de tempos e recursos desnecessários, à própria extinção de procedimentos, e fecham-se as janelas à transparência e livre concorrência”.

“Insistimos na defesa da solução que separa a actividade de projecto da actividade da construção e da preservação do livre acesso de projectistas à encomenda de obra pública”, já que “com a proposta que agora se apresenta não descortinamos qualquer passo em frente no que toca ao bom uso dos dinheiros públicos e combate à corrupção”, nem que a mesma “assegure um benefício efectivo para a generalidade dos trabalhadores de toda a fileira económica da construção, mas apenas e tão só para alguns (poucos) dos seus actores”, assim como “não se antecipa que resulte numa contribuição positiva para a paisagem do país e, nessa medida, para a futura qualidade de vida dos portugueses”.

Neste sentido, a Ordem solicita nova alteração do Projecto de Decreto -Lei “em favor de uma redacção que garanta o interesse público por uma arquitectura de qualidade e mantenha as condições de livre acesso de projectistas à encomenda de obra pública”.

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Let’s Talk: “Pode o Espaço tornar a Construção mais inteligente?”

O INOPOL Academia de Empreendedorismo do Politécnico de Coimbra promove o webinar “Pode o Espaço tornar a Construção mais inteligente?”. A sessão, inserida no ciclo Let’s Talk, conta com a presença de Pedro Resende, arquitecto, cofundador e CEO da OWL – Our Watch Leads

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O INOPOL Academia de Empreendedorismo do Politécnico de Coimbra promove o webinar “Pode o Espaço tornar a Construção mais inteligente?”, no próximo dia 21 de Março, numa sessão em zoom. Esta sessão, inserida no ciclo Let’s Talk, conta com a presença de Pedro Resende, arquitecto, cofundador e CEO da OWL – Our Watch Leads.

Esta sessão pretende fomentar o debate sobre a aplicação de tecnologia espacial ao sector da Construção, além de dar a conhecer o percurso que tem vindo a ser trilhado pela equipa da OWL no ecossistema empreendedor nacional, assim como a sua perspectiva sobre o papel da inovação na arquitectura e o potencial disruptivo e transformador da transferência de tecnologia espacial para o mercado.

A OWL – Our Watch Leads, é uma startup criada em Coimbra que pretende democratizar o acesso a soluções baseadas em tecnologia espacial e dados de satélite, mediante a sua aplicação aos sectores da Construção, Imobiliário e Smart Cities.

Let’s Talk é uma iniciativa mensal do INOPOL Academia de Empreendedorismo do Politécnico de Coimbra, que visa sensibilizar a comunidade de empreendedores, estudantes, docentes e investigadores para temas chave do mundo do empreendedorismo e da inovação.

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Archi Summit antecipa nova edição com inúmeras iniciativas

Pela primeira vez, a organização vai levar o Archi Summit a diversas cidades do País. Bragança recebe a primeira Archi Talks dia 18 de Março. A 7ª edição do evento internacional conta com a curadoria da dupla Moncada Rangel e projecto de exposição pelo atelier +L7 Office for Architecture

Cidália Lopes

A quatro meses do arranque da sétima edição do Archi Summit, a organização revela um conjunto de novidades e iniciativas que visam antecipar aquela que é um dos mais importantes eventos de arquitectura em Portugal. A Casa da Arquitectura, em Matosinhos, será o palco das conferências e eventos do Archi Summit, que tem data marcada para os dias 5, 6 e 7 de Julho.

O projecto de exposição está a cargo do atelier +𝘓7 𝘖𝘧𝘧𝘪𝘤𝘦 𝘧𝘰𝘳 𝘈𝘳𝘤𝘩𝘪𝘵𝘦𝘤𝘵𝘶𝘳𝘦. Fundado em 2019 pelo arquitecto Luís Garcia, este jovem atelier está sediado em São Paulo e no Porto e tem como permissa “unir prática e pesquisa para alcançar uma arquitectura flexível e que se transforme ao longo do tempo”.

TransForm

O tema TransForm desafia as concepções existentes sobre objectos, espaços e acções para além da sua Forma, mas enquanto um mecanismo para conectar o passado e o futuro, os seres humanos e o universo, o acto de produzir e o de agir, sendo o design o unificador entre intervenientes.

A dupla Moncada Rangel junta-se novamente à equipa do Archi Summit para fazer a curadoria da 7ª edição. Francesco Moncanda e Mafalda Rangel são uma dupla de arquitectos de formação que encaram a sua prática de diferentes perspectivas. Juntos formam o atelier Moncada Rangel, que define a sua prática arquitectónica como uma exploração do espectro do possível em múltiplos territórios.
Além da dupla de design italiano FormaFantasma, que se distingue por “investigações experimentais de materiais, abordando preocupações ambientais e explorando o design ao serviço da natureza” e que, em 2022, apresentaram uma selecção de trabalhos colaborativos envolvendo a paisagem de Maritoga, a 7ª edição vai contar como as participações do gabinete de arquitectura OMA, representado pelo arquitecto Giulio Margheri, e nomes promissores como o colectivo italiano Fosbury Architecture, composto por Giacomo Ardesio, Alessandro Bonizzoni, Nicola Campri, Veronica Caprino e Claudia Mainardi. Mariana Pestana, co-fundadora do estúdio interdisciplinar The Decorators, também compõe o painel de oradores.

Archi Talks
Este é também o ano em que a organização lança as Archi Talks, um ciclo de conferências com o intuito de promover a arquitectura e os seus profissionais em todo o território português. A primeira iniciativa deste ciclo acontece já a 18 de Março, no Teatro Municipal de Bragança, numa iniciativa conjunta com a OASRN e o Município de Bragança, tendo como propósito promover a descentralização e, ao mesmo tempo, a discussão da arquitectura e a partilha de conhecimento e conta com a participação de Luís Doutel, Fátima Fernandes e Michele Cannatà, Filipa Castro Guerreiro, Manuel Correia Fernandes, Álvaro Domingues e Marta Aguiar. que é a ARCHI
Serão abordados temas como o ”Despovoamento e a Economia Local” e “O Exercício da Arquitectura no interior e/ou nos grandes centros”. O programa conta, ainda, com uma visita ao centro histórico de Bragança e, no dia 19 de Março, uma visita à Capela de Nadir Afonso, em Alimonde.
O objectivo passa por “percorrer o território nacional, fora dos grandes centros”, cujas datas e próximos locais serão posteriormente anunciados.

Iniciativas paralelas
As Morning Tours estão de regresso pelo terceiro ano consecutivo, depois do balanço muito positivo que houve o ano passado. Consistem em visitas guiadas de grupo a locais de interesse cultural e turístico da cidade do Porto (neste caso) e acontecem durante os três dias do evento, na parte da manhã. Neste momento, encontramo-nos a planear outras iniciativas paralelas para tornar a experiência Archi Summit ainda mais interessante e dinâmica, que podemos partilhar mais em breve.

Outras das novidades para este ano são as Archi Revi Talks + Challenge, em parceria com a Revigrés.
As “ArchiRevi Talks” vão acontecer em formato roadshow nas faculdades das áreas de Arquitectura, Design e Engenharia Civil, em todo o País, para falar sobre sustentabilidade e convidar os futuros profissionais do sector a responder aos desafios da construção sustentável através da sua participação num desafio. Os contactos com as faculdades estão ainda a ser realizados e o agendamento das Talks dependerá da disponibilidade de cada uma das instituições.

Já o “ArchiRevi Challenge” propõe a realização de um projecto de intervenção num espaço existente, sob uma perspectiva inovadora e com um impacto real e visível, integrando produtos e materiais da Revigrés.
O objectivo é demonstrar como a escolha dos revestimentos e pavimentos cerâmicos contribui positivamente para a qualidade do meio ambiente e qualidade de vida dos utilizadores, para prolongar o ciclo de vida dos edifícios e, consequentemente, para a descarbonização das cidades.

Sobre o autorCidália Lopes

Cidália Lopes

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Roca One Day Design Challenge premeia a sustentabilidade

A 7ª edição do concurso desafiou cerca de 320 inscrições de jovens talentos de todo o país a criarem uma solução onde o design permite ajudar pessoas a realizar as suas funções básicas de higiene num cenário de catástrofe natural. A proposta assinada por João Queirós, Hygibucket, saiu vencedora

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A sétima edição em Portugal do Roca One Day Design Challenge (ODDC), que, este ano regressou ao formato presencial, desafiou os participantes a apresentar, em contra-relógio, ideias inovadoras para o espaço de banho.
Este ano, os participantes foram convidados a criar uma solução de banho que ajude as pessoas a realizar as suas funções básicas de higiene num cenário de catástrofe natural. O briefing, apresentado no início do dia, baseou-se na premissa de que num cenário de catástrofe natural, como terramotos, furacões, inundações e incêndios, podem provocar interrupções no fornecimento de água potável, assim como no saneamento básico. Em apenas 8 horas, os participantes tiveram de desenvolver uma solução que ajude as pessoas a realizar as suas actividades de higiene nestes cenários, permitindo privacidade e garantindo a sustentabilidade da solução.

Os projectos foram avaliados pelo júri constituído por Jorge Vieira, managing diretor da Roca, Pedro Novo, fundador do atelier Pedro Novo arquitetos, Isabel Dâmaso, da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, Susan Cabeceiras, fundadora da Konceptness, e as vencedoras da edição anterior, Rosana Sousa, com formação académica no Instituto Politécnico do Cávado, e Sofia Vieira com formação académica em Belas Artes da Universidade do Porto.
Hygibucket foi o projecto vencedor do Roca ODDC 2023, com o primeiro prémio, no valor de 2.000€. A avaliação do júri sobre o trabalho criado por João Queirós, da Escola Superior de Arte e Design das Caldas da Rainha, foi unanime, “dado que o projecto reflectia o espírito de catástrofe, traduzindo-se numa solução prática e versátil e com grande atenção aos detalhes, ao nível da execução”.

O segundo prémio, no valor de 1.500€, foi atribuído à equipa composta pela dupla Bernardo Pereira e Rodrigo Santa Rita, alunos da Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa. O projecto Emergency Hygiene Unit foi avaliado pela sua boa apresentação, bom design, facilidade na compreensão da solução, bem como pela facilidade de transportar e desmontar enquanto objecto.

O projecto On the go, criado por Joana Gonçalves e Miguel Lamas da Faculdade de Belas Artes de Lisboa foi galardoado com o terceiro prémio (1.000€). O júri destacou neste trabalho a multifuncionalidade da peça, traduzindo-se numa solução compacta, excelente para armazenamento e fácil de transportar.

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“Hoje em dia não basta fazer arquitectura”

O grupo Openbook está em expansão, com reforço das áreas de design e nos serviços e apostou em diferentes vertentes, da corporativa à hoteleira, passando pelo residencial, sem esquecer aquela que é a sua área mais reconhecida internacionalmente: os escritórios. Paulo Jervell, partner e um dos fundadores do grupo, explica a aposta do Grupo

O hotel Choupana Hills na Madeira está em reconstrução. O investimento na recuperação da unidade, que durante décadas foi um marco do Turismo no arquipélago, é do grupo Lux Hotels e deverá custar, de acordo com notícia avançada pelo Diário da Madeira, cerca de 20 milhões de euros. A intervenção pressupõe a reconstrução dos edifícios afectados pelo incêndio de 2016, bem como as obras de conservação e manutenção nos edifícios não afectados, a recuperação dos arranjos exteriores e a redefinição de todos os espaços interiores e conceito de decoração. A arquitectura está a cargo da Openbook e o design de interiores foi entregue à NOBK, empresa do grupo Openbook.

A intervenção, transversal, do grupo de arquitectura português no projecto de reconstrução desta unidade hoteleira segue em linha com a nova dinâmica do grupo inaugurada em 2022, com impacto nos resultados do grupo. No último ano, a Openbook facturou 6M€, o que representa um crescimento de 50% face a 2021, inaugurou uma nova área de negócio, de Investment Advisory, um serviço de apoio ao investimento imobiliário, e apostou em diferentes vertentes, da corporativa à hoteleira, passando pelo residencial, sem esquecer aquela que é a sua área mais reconhecida internacionalmente: os escritórios. “Hoje não basta fazer arquitectura. Muitos dos nossos clientes esperam uma integração mais ampla de serviços”, justifica Paulo Jervell, partner da Openbook. “Queremos continuar a traçar um percurso sólido não só na área corporativa onde somos uma grande referência, mas também noutros sectores como o do turismo que está a ganhar cada vez maior relevância no nosso portefólio”, explica o arquitecto.

As metas para 2023 estão traçadas: alcançar 7,5 milhões de euros de facturação e apostar cada vez mais no mercado internacional onde tem desenvolvido vários projectos em diversas geografias: do Luxemburgo ao Brasil ou Angola. O reforço da equipa, iniciado em 2022, será reforçado ao longo deste ano, estando prevista a criação de uma área de actividades de design do grupo, que permitirá expandir a oferta de serviços na área corporativa, tais como: design de ambientes, sinalética e wayfinding, branding e design de identidade de marca.

O que motivou a criação de uma nova área de Real Estate Advisory e, exactamente, em que fase do processo de investimento é que ela intervém?
A área de Real Estate Advisory surge como uma consequência do crescimento e da diversificação dos serviços prestados pelo Grupo Openbook. Esta área assenta na prestação de serviços globais especializados e integrados, desde a identificação e selecção de activos, análise de custos e de viabilidade económica, apoio à transacção, coordenação de due diligences, gestão e contratação de serviços jurídicos e financeiros, planeamento estratégico e coordenação de todo processo de investimento. Com a forte aposta nesta nova área de negócio, após a sua consolidação, prevemos que esta possa contribuir para um crescimento em cerca de 20% do nosso volume de negócios.

Terá uma autonomia face àquela que é a actividade principal do grupo? O que vai mudar naquela que hoje já é uma área desenvolvida pela NOBK?
Esta nova área de actividades de design vem complementar tanto os serviços de Design de Interiores da NOBK, como os serviços de Arquitetura da Openbook. É uma área que irá abranger principalmente o Environmental Graphic Design, Sinalética e Wayfinding, Branding e Design de identidade de marca, mas também Audiovisuais e Multimédia, tendo assim uma intervenção distinta da NOBK. O Environmental Graphic Design coordena-se com inúmeras disciplinas de design, incluindo não só o design gráfico e a arquitectura, como também o design de equipamento, design de interiores e a arquitectura paisagista. Em todas estas disciplinas foca-se nos aspectos visuais da navegação e orientação no espaço, comunicação de identidade e informações – no intuito de educar, orientar, inspirar e entreter – moldando desta forma as experiências que as pessoas têm de um determinado lugar.

Hoje não basta “fazer” Arquitectura? Estas apostas são sinais das novas exigências ou reflexo do crescimento do gabinete?
Sim, de facto hoje não basta fazer arquitectura. Muitos dos nossos clientes esperam uma integração mais ampla de serviços. O mercado atingiu um estado de maturidade e sofisticação que aconselha que seja uma única entidade a gerir a grande diversidade de contratações, e a oferecer uma visão alargada e profissional do negócio e não somente uma perspectiva da qualidade do desenho.

Quão importante é para vós a área internacional e qual o peso que tem hoje no vosso volume de negócios?
A Openbook teve sempre uma perspectiva de posicionamento internacional e prova disso são os projectos que tem vindo a desenvolver em diferentes geografias nos seus 15 anos de actividade. Os projectos são concebidos pela equipa em Portugal com um acompanhamento dos nossos parceiros locais. Temos em curso um conjunto de projectos corporativos e de habitação internacionais, designadamente no Centro da Europa, Angola e Médio Oriente, cuja receptividade nos permitem antever um cenário de crescimento muito significativo e que hoje representam cerca de 15% do nosso volume de negócios.

Principais desafios de 2023?
A política de crescimento é cultural na Openbook, sendo que esse crescimento tem vindo a ser consolidado com a liderança no mercado corporativo, bem como o reconhecimento da nossa qualidade em áreas como o sector residencial, e os sectores do turismo e ensino. Com o crescimento sustentável que a Openbook tem vindo a ter, os grandes desafios assentam em continuar a fazer boa arquitectura em todos os projectos independentemente da escala ou do volume da encomenda, a qualidade é o nosso pilar central. Continuar a apostar na formação contínua da nossa equipa, em proporcionar a evolução das suas competências e, a somar a isto, outras disciplinas e áreas de negócio complementares com uma contínua aposta na tecnologia que sustenta toda a produção, com o objectivo de atingir o crescimento de 25% em 2023.

Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

Manuela Sousa Guerreiro

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Fundações EDP e Serralves em sintonia, com projectos em agenda

A Fundação EDP e a Fundação de Serralves acordaram o desenvolvimento de projectos em conjunto nos espaços que gerem

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A Fundação EDP e a Fundação de Serralves acordaram o desenvolvimento de projectos em conjunto nos espaços que gerem, nomeadamente o Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia (maat) e a Central Tejo, em Lisboa, e o Museu, a Casa, o Parque de Serralves e a Casa do Cinema Manoel de Oliveira, no Porto, orientados para a promoção da arte contemporânea, da arquitectura e da ciência.

Nesse sentido, nos próximos anos, a Fundação EDP irá apoiar anualmente uma grande exposição em Serralves, começando desde já por apoiar a grande exposição dedicada à obra de Carla Filipe, que inaugurará neste mês no Museu de Serralves. Está também prevista a apresentação de algumas iniciativas de Serralves no maat e na Central Tejo, numa colaboração que se prevê estender-se nos próximos anos, com outras exposições e programas a divulgar.

Com este acordo, a Fundação EDP e a Fundação de Serralves terminam as conversações que vinham mantendo com vista ao estabelecimento de uma parceria para a gestão do Campus Cultural da Fundação EDP. A colaboração entre as duas fundações irá agora desenvolver-se através da promoção de iniciativas conjuntas, com a ambição de dinamizar a programação cultural no país e a nível internacional.

Desta forma, a Fundação EDP e a Fundação de Serralves pretendem consolidar o seu papel de mecenas e agentes activos na promoção e divulgação da arte e da cultura dentro e fora de Portugal.

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AND-RÉ vencem concurso para habitação na antiga Luzoestela em Aveiro

Promovido pelo IHRU, o futuro projecto será desenvolvido ao abrigo do Programa de Arrendamento Acessível. A assessoria técnica esteve a cargo da OASRS

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O atelier de arquitectura AND-RÉ foi o vencedor do concurso público do futuro conjunto habitacional que vai crescer no terreno da antiga Luzoestela, em Aveiro, junto ao viaduto da Esgueira. Promovido pelo Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), o futuro projecto será desenvolvido ao abrigo do Programa de Arrendamento Acessível. A assessoria técnica esteve a cargo da Secção Regional do Centro da Ordem dos Arquitectos (OASRS).

Com um total de 108 fogos previstos, a Área Bruta de Construção não deverá ultrapassar os 12 mil metros quadrados, valor que inclui uma área de 500 metros quadrados destinada a comércio e serviços, assim como áreas de construção abaixo do solo destinadas a estacionamento e arrecadações.

De acordo com o júri, o conjunto apresenta “uma imagem diferenciada, boa relação com a envolvente e respectiva rede viária, bem como uma escala adequada e espaços exteriores bem dimensionados, incorporando preocupações ambientais”.

Neste sentido, a proposta da AND-RÉ evidencia-se por um conjunto de edifícios que se organizam em forma de “U”, criando “uma ampla praça urbana”. O espaço encerra-se para o arruamento devido à criação de dois blocos paralelos e dois perpendiculares, apresentado entre eles uma forte relação de proximidade e configurando um espaço vazio que se projecta para o horizonte numa lógica de espaço natural permeável, mantendo o solo orgânico.

Do ponto de vista arquitectónico, o conjunto apresenta “uma solução conceptual homogénea e compacta com uma imagem sóbria devido a uma malha assimétrica que uniformiza todas as fachadas”. Relevou, também, a opção de “libertar” uma vasta área para espaço verde totalmente permeável, tentando diminuir o impacto negativo das pré-existências, dado tratar-se de uma antiga zona industrial atravessada por redes viária e ferroviária. O facto de não existir estacionamento em cave, nas zonas destinadas a espaços verdes viabiliza a plantação de árvores, minimizando o impacto na estrutura ecológica.

Outro aspecto positivo, é a organização funcional, dos espaços privados e sociais das habitações bem como o
cumprimento da legislação relativamente a acessibilidades. A organização funcional dos fogos permite espaços interiores bem dimensionados e a ventilação transversal é considerada uma mais valia em termos de habitabilidade.

Os espaços de comércio e serviços apresentam-se bem localizados, enquadrados com os espaços verdes e com oferta de estacionamento.

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Prémio de Arquitectura de Odivelas com candidaturas até 31 de Março

As obras a concurso podem ser de construção nova ou de reabilitação ou recuperação de edifícios e cuja autorização de utilização tenha sido emitida nos quatro anos anteriores

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O Prémio Municipal de Arquitetura, instituído pela Câmara Municipal de Odivelas e com o apoio institucional da Secção Regional de Lisboa e Vale do Tejo da Ordem dos Arquitectos (OASRLVT), encontra-se em fase de candidaturas. As propostas podem ser enviadas até 31 de Março deste ano.

Aquela que é já a sua 8ª edição, tem como objectivo “promover publicamente edifícios que representem um contributo para a valorização e/ou salvaguarda do património arquitectónico e urbanístico do concelho”.

Desta forma, “serão valorizadas as intervenções que combinem os aspectos relacionados com a qualidade arquitectónica e a sua inserção no tecido urbano e paisagem envolvente”, assim como soluções que tenham em contam questões ambientais e de eficiência energética.

As obras a concurso podem ser de construção nova ou de reabilitação ou recuperação de edifícios e cuja autorização de utilização tenha sido emitida nos quatro anos anteriores.

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DONE Design To Build apresenta o segundo escritório da Aquila Capital [c/galeria de imagens]

A parceria entre as duas entidades foi reforçada através de um serviço de consultoria, arquitectura, gestão e execução de obra, para mais um piso de 570m2, no edifício Fontes Pereira de Melo 14

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A Aquila Capital acaba de reforçar a sua presença em Portugal, com a implementação de mais um piso, no edifício Fontes Pereira de Melo 14, situado no coração da cidade de Lisboa.

O novo espaço com 570m2, foi pensado de raiz pela DONE Design To Build, empresa de arquitectura da Worx Real Estate Consultants. No âmbito da sua estratégia de One Stop Advisor, a equipa de Agency da Worx assessorou a Aquila Capital na escolha deste novo espaço, tendo a DONE Design To Build ficado responsável por todo o projecto de consultoria, fit out, assim como a gestão e execução das obras. Num serviço único chave-na-mão, a DONE foi também intermediária entre a Aquila Capital e o proprietário do edifício, o que permitiu optimizar custos e prazos na execução do projecto.

A multinacional alemã, que actua no sector dos investimentos alternativos e da gestão de activos imobiliários, há mais de 20 anos, tem vindo a aumentar a sua equipa em Lisboa. Dois anos depois de se ter instalado em Lisboa foi necessário adequar o espaço à nova realidade, tendo como principal objectivo o bem-estar de todos os colaboradores.
“O projecto da Aquila Capital foi bastante desafiante. Sendo o segundo escritório da empresa em Lisboa, no mesmo edifício, houve uma grande necessidade de explorar o que já havia sido implementado, mas, ao mesmo tempo, inovar, criando soluções ao encontro da maior tendência da nossa época, que é priorizar os colaboradores e o seu bem-estar. Assim, o Look & Feel Homey, aliado à sustentabilidade, foram as principais abordagens no desenvolvimento deste projecto. Deu-se primazia a zonas de well-being e ao recurso a materiais ecologicamente sustentáveis, respeitando assim na perfeição o ADN da Aquila e o seu posicionamento no mercado”, salienta Mafalda Carvalho, arquitecta da DONE Design To Build.

A génese da concepção espacial deste novo escritório foi a criação de um grande núcleo central – zona de bar e lounge – caracterizado pela luz intimista, pelo recurso à vegetação, às madeiras, ao mobiliário “de estar” e zonas de trabalho informal, transpondo os colaboradores para um ambiente homey, em contraponto com a área envolvente, onde se situam as salas de trabalho convencionais. Um espaço singular que promove o encontro, a partilha e o convívio, entre os diferentes pisos e departamentos.

A DONE privilegiou a nova tendência “nice to have”: a recovery room”, onde os colaboradores podem fazer pequenas pausas ao longo do dia, que lhes possibilitam recuperar energia. Uma sala propositadamente pintada de azul, que permite ao colaborador que conecte um dispositivo para ouvir a música da sua preferência e que está decorada com constelações feitas com pontos de luz, onde a constelação em maior destaque é a Aquila.

A implementação de um projecto sustentável também esteve no top of mind da DONE, considerando também todo o ciclo de vida do escritório, a longo prazo. Foram sempre privilegiadas marcas portuguesas, destacando-se a utilização do burel, que foi aplicado nas carpintarias – phoneboots; meetings points; bancos corridos, entre outros elementos. O candeeiro instalado na recepção (peça exclusiva e única) foi produzido à mão num atelier no Porto, optou-se pela utilização de mobiliário feito em materiais reciclados, como redes piscatórias, e, adicionalmente, foram escolhidas tintas certificadas e absorventes de carbono, melhorando assim a qualidade do ar do novo escritório.

O mercado oferece cada vez mais soluções com menor pegada ambiental e um dos critérios de eleição passou pela selecção de materiais de construção e mobiliário mais verdes. Uma tendência mundial e preocupação transversal em todos os projectos da DONE Design to Build.

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“Mais Habitação”: Arquitectos querem audiência urgente

A OA criticou ainda a inexistência de valores de referência para o trabalho dos projectistas, a falta de regulamentação sobre seguros de responsabilidade profissional, a burocratização e a limitação da autonomia das ordens

Ricardo Batista

A Ordem dos Arquitectos (OA), por sua vez, vai pedir uma audiência, com carácter de urgência, com a ministra da Habitação, após a apresentação de um pacote de medidas para o sector, bem como apelar à convocação do Conselho Nacional de Habitação. “A Ordem dos Arquitectos vai solicitar uma audiência à ministra da Habitação, com carácter de urgência, para a discussão do pacote de medidas apresentadas e vai também apelar à convocação do Conselho Nacional de Habitação”, anunciou, em comunicado.

Os arquitectos sublinharam que o problema da habitação é “complexo e grave” e que estão conscientes da “pressão imposta” pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), bem como da execução desses fundos numa “janela temporal que é limitada”. Neste sentido, a ordem defendeu a importância de o pacote para responder à crise de habitação em Portugal ser discutido. Apesar de garantir que vê com “bons olhos” algumas das medidas anunciadas, a OA quer que as mesmas sejam apresentadas com mais detalhe. “Naturalmente que aumentar o número de casas disponíveis no mercado de arrendamento é positivo, mas importa perceber de que habitações se tratam e onde se localizam”, apontou.

Para esta Ordem, a mobilização de solos e edifícios do Estado para projectos de arrendamento acessível também é positiva, assim como as medidas para reforçar a confiança dos senhorios. Porém, conforme defendeu, estas decisões “requerem cuidado” para que possam surtir o efeito desejado. A Ordem referiu ainda que subsistem “dúvidas fundamentais” quanto à exequibilidade de algumas medidas e à sua coerência. “Os arquitectos acolhem a responsabilização, mas, enquanto técnicos qualificados e profissionais regulados, reclamam-na com responsabilidade. E, para tal, é preciso que o Estado faça a sua parte e que esta não seja, uma vez mais, uma demissão do Estado das suas obrigações. Demissão que assinalámos aquando da aprovação do novo regime de concepção-construção”, acrescentou.

A OA criticou ainda a inexistência de valores de referência para o trabalho dos projectistas, a falta de regulamentação sobre seguros de responsabilidade profissional, a burocratização e a limitação da autonomia das ordens. “Os arquitectos, tal como os portugueses, estão infelizmente habituados a trabalhar em condições mínimas, mas não podemos trabalhar em condições mínimas com responsabilidade máxima, que não é nossa, mas sim do Estado, sem ter as condições para a exercer com responsabilidade. A OA aguarda a colocação do diploma a consulta para contribuir como parceira na solução e apela a que o Conselho Nacional de Habitação reúna”, concluiu.

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Ricardo Batista

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Vilnius recebe arranque da Open House Europe

O lançamento do novo projecto de cooperação internacional que “pretende abraçar um debate mais inclusivo sobre arquitectura e fortalecer o seu papel como agente de mudança positiva” acontece esta sexta-feira, às 18 horas, com transmissão online através do Youtube

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Realiza-se esta sexta-feira, dia 3 de Março, o lançamento oficial do novo projecto de cooperação internacional Open House Europe que “pretende abraçar um debate mais inclusivo sobre arquitectura e fortalecer o papel da arquitectura como agente de mudança positiva”.

Organizado pela Architektūros Fondas, o lançamento reúne representantes das 11 cidades, incluindo a coordenadora do Open House Lisboa, Carolina Vicente, e integra um programa de visitas à Filarmónica Nacional da Lituânia, o media center educativo “Lojoteka” e à zona histórica da cidade.

O arranque oficial do Open House Europe, que tem lugar na National Gallery of Art, abre com um discurso de boas-vindas pelo coordenador de projecto seguindo da apresentação por todos os membros do seu Open House da sua cidade. O dia termina com uma conversa sobre alfabetização arquitectónica e o envolvimento de públicos no processo de construção da cidade, que junta socióloga Dália Čiupailaitė, a urbanista Tadas Jonauskis e a activista em arquitectura Adelė Dovydavičiūtė com moderação de Matas Šiupšinskas.

No dia 4 de Março, realiza-se uma reunião de coordenação no emblemático centro cultural SODAS 2123 com o objectivo de discutir a estrutura geral de todo o programa Open House Europe nos próximos anos, nomeadamente, como se pode integrar mais o público com deficiência auditiva e visual e alcançar um público internacional. Este dia inclui, ainda, um debate aberto sobre Sustentabilidade como tema central para 2023 e o acerto da agenda de eventos OH Europe. Finalmente, o encontro aborda os desafios do Programa de Intercâmbio de Voluntários e ao Encontro Anual, que se vai realizar em Dezembro em Lisboa, na sede da Trienal.

O lançamento do Open House Europe pode ser acompanhado online, a partir das 18 horas, no canal do Youtube.

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