Rocagallery.com explora abordagens sustentáveis para reconfigurar cidades
O Rocagallery.com reuniu nove especialistas internacionais para idealizarem como as inovações em mobilidade e espaços públicos podem contribuir para a criação de cidades sustentáveis e centradas no ser humano

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O Rocagallery.com, plataforma on-line da Roca dedicada à investigação e ao debate na área da arquitectura, do design e da sustentabilidade, apresenta um conjunto de artigos relativos ao tema: “Perspectivas em Mobilidade e Espaço Público”. Os artigos, escritos por profissionais e académicos do sector, exploram as abordagens sustentáveis ao planeamento urbano que colocam as comunidades e os cidadãos em primeiro lugar. O Roca Gallery já publicou os primeiros cinco artigos sobre este tema, sendo que os restantes poderão ser consultados em breve na plataforma.
A rua moderna foi concebida para facilitar o fluxo de veículos privados, alimentados a combustíveis fósseis. A diminuição do papel destes veículos apresenta novas oportunidades, mas também levanta questões importantes: “como queremos que sejam as nossas cidades?”, “Como deveriam funcionar?”, “A quem deveriam servir?” Para dar resposta a estas questões, o Roca Gallery convidou nove profissionais e académicos para escreverem sobre o tema “Perspectivas sobre Mobilidade e Espaço Público”. Embora cada autor explore um conceito único, os artigos apresentam um ponto em comum que diz respeito à insistência na importância de quebrar os modelos urbanísticos do passado que já se provaram ser tão destrutivos, tanto a nível social como ambiental. Estes autores apresentam caminhos alternativos para idealizar os transportes, o espaço público e o planeamento urbanístico, mencionando experiências inspiradoras e estudos de caso fascinantes.
Em “Landscape, Nature and Mobility” (Paisagem, natureza e mobilidade), Carlos Ferrater, arquitecto galardoado e cofundador do Office of Architecture in Barcelona (OAB), explica como a configuração do jardim botânico de Barcelona transformou a área de Montjuïc, nos anos 80 do século XX, e as ideias para criar uma passagem entre esta área e o porto no futuro. Em “Cities Transforming” (Transformar cidades), Lance Jay Brown, presidente do Consortium for Sustainable Urbanization, fala sobre a evolução das nossas concepções de espaço público, e insiste em que uma transição para veículos eléctricos, por mais positiva que seja, não elimina a necessidade de devolver as ruas aos pedestres. Em “BUS:STOP Krumbach Revisited” (BUS:STOP Krumbach revisitada), a curadora e autora Katharina Ritter conta a história de uma pequena localidade austríaca que, desafiando a noção demasiado comum de que as áreas de baixa densidade merecem baixo investimento, convidou arquitectos de todo o mundo para redesenharem as paragens de autocarro locais, com resultados muito positivos. “The One-Minute City” (A cidade de um minuto), o artigo mais recentemente publicado, da autoria do designer e urbanista Dan Hill, defende o planeamento urbano, não no sentido descendente, mas no sentido ascendente, a partir da rua, mencionando estudos de caso na Suécia e noutros locais.
Em breve serão publicados os restantes artigos da autoria de diferentes especialistas na área sobre o tema da mobilidade e do espaço público. Em “Fleeting Moments in Time” (Momentos passageiros), Roberto Converti, vice-presidente da Association for the Collaboration between Ports and Cities (RETE), explora as funções das zonas costeiras e dos portos, tanto nos respectivos contextos locais como internacionais. O arquitecto e professor na Universidade de Calgary Francisco Alaniz Uribe apresenta um caso de estudo sobre mobilidade e espaço público em “Zurich’s Public [Realm] Mobility” (Mobilidade (da esfera) pública de Zurique). Em “Drawing Outside the Lines” (Desenhar fora das linhas), Angus Bruce, responsável de arquitectura paisagista na HASSEL, em Londres, defende a criação de novos espaços verdes em áreas densamente povoadas e reflecte sobre de que forma o plano-director dos jardins da Catedral podem ligar esta nova e dinâmica área com a cidade de Belfast. Anna Zivarts, directora de programa da iniciativa de mobilidade em caso de incapacidade, em Seattle, defende sistemas de mobilidade mais inclusivos em “Nondrivers: America Excludes Us” (Não-condutores: a América exclui-nos). Por último, em “The Right to a Playful City” (O direito a uma cidade lúdica), Iain Borden, professor e vice-reitor de educação em The Bartlett, usa a prática de skate como um ponto de partida para apresentar ideias sobre como reconfigurar espaços públicos onde o bem-estar, a liberdade de expressão e a participação da comunidade são uma prioridade.