Go Friday e Miami School of Architecture distinguem arquitectura flutuante
“A ideia de morar em casas flutuantes é algo que devemos levar em consideração, principalmente morando em Miami”, relembra Veruska Vasconez, professora da Miami School of Architecture, acrescentando que “as inundações tendem a agravar-se e o desenvolvimento excessivo de arranha-céus é esmagador”
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“The Lantern House”, da autoria de Lauren Elia, foi o projecto vencedor do concurso promovido pela Go Friday em parceria com a Miami School of Architecture (SOA), iniciativa que teve como objetivo promover a investigação relacionada com importantes aspetos que têm contribuído para o desenvolvimento da arquitetura flutuante em todo o Mundo.
O concurso “Floating House Design Competition”, realizado no summer school de 2022 com alunos de diversos países, procurou responder ao desafio de como poderá a arquitetura
flutuante contribuir para uma maior habitabilidade num futuro marcado pelas mudanças climáticas, colocando em evidência algumas das preocupações partilhadas pela Go Friday e pela SOA, como seja a adaptação ao calor extremo e o aumento do nível do mar.
Neste concurso, no qual participaram 16 alunos com trabalhos individuais e em grupo, foram apurados três vencedores, os quais, além de um prémio monetário, terão a oportunidade de conhecer o departamento de I&D da Go Friday, em Portugal, onde apresentaram, pessoalmente, os projectos vencedores. “The Lantern House”, da autoria de Lauren Elia, foi o projecto vencedor, seguindo-se em segundo lugar “The Mangroon”, da dupla Vanessa Crespo e Anan Yu e, em terceiro lugar, “Aria”, de Tiffany Agam e Isacio Albir. As propostas apresentadas pelos
jovens estudantes de arquitetura têm em comum a resposta a um desafio: criar casas flutuantes, projectadas a partir de estruturas capazes de fazerem face às alterações climáticas, adaptando-se ao meio ambiente.
“A ideia de morar em casas flutuantes é algo que devemos levar em consideração, principalmente morando em Miami”, relembra Veruska Vasconez, professora da Miami School of Architecture, acrescentando que “as inundações tendem a agravar-se e o desenvolvimento excessivo de arranha-céus é esmagador”, pelo que ”o bom arquiteto deve ser capaz de pegar no conceito de casa-barco e criar espaços que proporcionem qualidade de vida”.
A cerimónia que reuniu os alunos e professores da Miami School of Architecture contou ainda com a presença de José Maria Ferreira, CEO da Ecosteel, Grupo detentor da Go Friday, para quem “as casas-barco são a prova que há sempre espaço para inovar, nunca esquecendo as crescentes preocupações com soluções que primem pela eficiência
energética e sustentabilidade ambiental.”
Para José Maria Ferreira, as casas-barco da Go Friday são fruto do pioneirismo, abordagem visionária e de uma aposta no estabelecimento das melhores relações e parcerias na área da indústria, design, tecnologia e I&D. “Acaba por ser gratificante assistir ao talento de jovens futuros arquitetos que acreditam naquele que é o conceito da Go Friday e no potencial que possui enquanto solução para viver e desfrutar em ambientes únicos como seja o rio Douro, em Portugal, o rio Mystic em Massachusetts, nos Estados Unidos ou as margens Porto Rico, cenário que surgiu de inspiração para um dos projectos vencedores”, acrescenta.