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    Arquitectura

    INAIN: 30 anos de arquitectura de interiores em crescendo [c/galeria imagens]

    A completar três décadas de actividade, o gabinete de arquitectura de interiores deverá fechar o ano com um volume de negócios superior a dois milhões de euros. Um número que revela o forte dinamismo do gabinete liderado pelo arquitecto Mário Azevedo. O mais recente trabalho em carteira é o centro desportivo e administrativo do Sporting Clube de Braga, um projecto de 30 mil m2, que inclui uma unidade hoteleira

    Manuela Sousa Guerreiro
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    INAIN: 30 anos de arquitectura de interiores em crescendo [c/galeria imagens]

    A completar três décadas de actividade, o gabinete de arquitectura de interiores deverá fechar o ano com um volume de negócios superior a dois milhões de euros. Um número que revela o forte dinamismo do gabinete liderado pelo arquitecto Mário Azevedo. O mais recente trabalho em carteira é o centro desportivo e administrativo do Sporting Clube de Braga, um projecto de 30 mil m2, que inclui uma unidade hoteleira

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    (na imagem: Mário Azevedo e Paula Ferreira Alves, fundadores do atelier)

    Arquitectura de interiores, mobiliário indoor e outdoor, decoração e iluminação, a completar 30 anos muitos projectos e desafios passaram pelas mãos da dupla dos arquitectos Mário Azevedo e Paula Ferreira Alves, fundadores do INAIN, o gabinete de arquitectura de interiores e decoração nasceu a norte, mas o seu trabalho não conhece fronteiras. Mais do que seguir tendência, o atelier habituou-nos a um cunho, e uma identidade, próprios, nascido de uma “gramática de sintaxe moderna” e da influência “da pintura, do artesanato” ou de “peças de época escolhidas a rigor”. Irreverencia com um cunho clássico, que confere uma leitura muito própria aos espaços. Daí às parcerias nacionais e internacionais foi um passo. Finibanco, Smartenergy (Matosinhos, Porto, Milão, Valencia), Banco de Fomento de Angola (Luanda), Ecorede, Iperplano, Tania Heath Paris, Fundo Soberano de Angola (Luanda), Lusitânia Seguros, Cerealis, Barbosa & Almeida, Amorim Revestimentos e Beldi Lab (Rio de Janeiro) fazem parte do percurso criativo do gabinete portuense.

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    Às mãos da equipa criativa da INAIN chegou recentemente o projecto de interiores das instalações desportivas e administrativas do Sporting Clube de Braga, numa intervenção que se distribuirá por cerca de 30 mil m2, onde se inclui os balneários das equipas A e B, zonas de lazer, restauração, exteriores e, também, um hotel com 50 quartos. Este não é o primeiro trabalho do género desenvolvido pelo INAIN, pelo gabinete já passaram o centro de estágios (do Olival) do Futebol Clube do Porto, bem como no Estádio, Museu e Casa do Dragão são exemplos paradigmáticos.
    Mário Azevedo não tem dúvidas: “estamos a atravessar aquele que poderá ser o nosso melhor ano”, refere em conversa com o CONSTRUIR. A INAIN prevê ultrapassar em 2022 o que, até agora, tinha sido o melhor ano (2003), altura em que facturou 1,7 milhões de euros. “Esperamos atingir este ano os dois milhões de euros em projectos”, avança, falando de uma facturação acumulada nos dois últimos anos que ultrapassa os 2,5 milhões de euros.

    30 anos de actividade em arquitectura de interiores. Escusado será perguntar se é paixão para a vida. O que vos fascina nesta vertente da arquitectura?
    O mais fascinante nesta actividade é conseguir conjugar a arquitectura que nos dão, respeitá-la, e ao mesmo tempo satisfazer os clientes com ambientes que vão ao encontro dos seus anseios. É por isso que continuamos a desenvolver esta actividade, não há um interior igual ao outro.

    Consideram que é dada hoje à arquitectura interior um maior reconhecimento e valorização do que há uns anos? Foi uma conquista?
    Sim, claramente. A arquitectura de interiores é o resultado da conquista das liberdades, da evolução cultural e do aumento da capacidade económica.

    Que papel ocupa a arquitectura e o design de interiores na valorização de um activo?
    É uma mais-valia na valorização dos imóveis quer nos novos quer na reabilitação!

    Quais os momentos ou projectos mais marcantes desta vossa história?
    Todos são e foram importantes, quer os residenciais quer os institucionais, sendo que para mim o mais marcante foi fazer parte da construção de um banco e a criação de toda a sua rede nacional, para além da grande paixão que foi tratar a “caverna do Dragão”, FCPorto.

    Quais as marcas com quem trabalham habitualmente e como se desenvolve essas parcerias?
    As marcas são internacionais e várias, sendo que a opção recaiu sempre pelas que adicionam algo ao culto do design de autor.

    Têm em mãos o desenvolvimento de mais um centro desportivo. Quais os maiores desafios que estes projectos colocam? Pode desvendar-nos um pouco o trabalho que está a ser desenvolvido para as instalações desportivas/hotel de Braga?
    Normalmente, o maior desafio é a dimensão vs a uniformidade da linguagem. Quanto ao novo centro desportivo só poderemos adiantar que é um projecto que se desenvolve numa área de 30.000m2 e tem várias vertentes, desde zonas administrativas, lazer, desportivas e um espaço privado destinado ao alojamento dos atletas em estágio e à formação.

    Quais são as principais tendências, actuais, de design que influenciam o vosso trabalho? A sustentabilidade é assumidamente uma tendência?
    É claro que o mainstream social e o momento delicado que o mundo atravessa marcam a forma como nos vestiremos e vestiremos as nossas casas. Cada vez mais escolhemos materiais e marcas que respeitam a pegada ecológica e fugimos como gato da água do chamado “greenwash”, de que o mercado agora se trasvestiu. Cada vez usamos mais o que já existia, reabilitando e evitamos colocar nos nossos trabalhos elementos que não tenham função, excluindo obviamente os trabalhos plásticos.

    2022 foi um ano de crescimento exponencial para a INAIN. Um crescimento que se deveu a que factores? E qual a vossa perspectiva para 2023?
    Foi sem dúvida um ano muito positivo. A primeira razão prende-se com a vontade que os nossos clientes (pós-pandemia) sentiram de se virar para dentro das suas habitações e fazer remodelações, aproveitar espaços exteriores que estavam ao Deus dará, assim como toda uma nova vaga de estrangeiros que descobriram esta “jangada de pedra”! A sudoeste nada de novo é uma frase que já passou à história. Estamos nos confins da Europa, é certo, mas a Europa e outros povos estão a descobrir este cantinho à beira-mar plantado e como é bom e seguro aqui viver. Para além disso, e mais importante do que tudo, a parceria com a UN-ICON trouxe-nos um pulmão (e que pulmão) jovem, altamente qualificado que na pessoa da arquitecta Joana Azevedo, que tem sido um upgrade e um abrir de caminho para um futuro que se prevê ganhador.

    Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

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    Ciclo de Tertúlias regressa ao Palácio Sinel de Cordes

    O programa Conversas et al. leva ao Palácio Sinel de Cordes jovens arquitectos que, uma vez por mês, darão a conhecer a sua forma de abordar a arquitectura

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    A rentrée cultural traz ao Palácio Sinel de Cordes, a ronda inaugural do programa Conversas et al., onde uma vez por mês, jovens arquitectos, irão dar a conhecer a sua forma de abordar a arquitectura.

    Olhando para o modo de pensar em arquitectura e o processo de construção da obra, escolhemos neste primeiro ciclo ter como fio condutor o “binómio da cultura material versus a cultura imaterial da prática”.

    Em cada encontro as pessoas convidadas estimulam a discussão trazendo um objecto que represente uma matéria ou ferramenta – ou, por oposição, pertença à vertente imaterial da profissão.

    Entre Setembro e Novembro estão, assim, previstas quatro tertúlias, todas às 18h30. Neste sentido, os CRU Atelier estarão presentes no dia 21 de Setembro, os FMVS Arquitectos marcam presença a 19 de Outubro, os XXXI Studio a 16 de Novembro e a 18 de Janeiro, os Studiolo.

    As sessões são em formato híbrido e com a assistência a ser convidada a participar “num modelo livre”.

    No futuro, o repto lançado poderá mudar de modo orgânico e abrir-se a outros campos de expressão artística, acompanhando as inspirações e sugestões das figuras convidadas.

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    ‘Arquitectura Material’ é tema do 1º Seminário Internacional “Shift – Arquitetura e Sustentabilidade”

    Com curadoria do arquitecto Paulo Moreira, o Seminário tem como objectivo “reflectir colectivamente sobre como encarar as mudanças urgentes e necessárias na área da arquitectura, do ensino e da construção”

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    A ‘Arquitectura Material’ dá o mote para a 1ª edição do Seminário Internacional “Shift – Arquitetura e Sustentabilidade”, que acontece no dia 29 de Setembro na Casa da Arquitetura. Com curadoria do arquitecto Paulo Moreira, o Seminário tem como objectivo “reflectir colectivamente sobre como encarar as mudanças urgentes e necessárias na área da arquitectura, do ensino e da construção”.

    Com um conjunto de especialistas de diferentes áreas – prática profissional, indústria e academia – será possível partilhar experiências, estratégias e projectos sobre materiais específicos, com escalas de produção e níveis de pegada ecológica distintos, reflectindo-se sobre as boas práticas da sua aplicação.

    “Existem, por um lado, desafios muito distintos entre as indústrias de pequena escala, de âmbito local, e a produção de materiais em massa, de escala nacional ou global; por outro lado, a formação e investigação académica nem sempre se cruza com o dia-a-dia de um gabinete de arquitectura”, reforça.

    Com três painéis distintos ao longo do dia, o Seminário irá abordar temas como a Pedra, Betão e Argamassa, o Bambu, Cânhamo e Madeira e a Cerâmica e o Vidro.

    O encontro tem o apoio do Ministério do Ambiente e da Acção Climática e é de entrada gratuita, embora sujeita a inscrição prévia.

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    Architect@Work chega a Lisboa em Novembro

    É um espaço de exposição, mas também pode ser um lounge “único, dinâmico e acolhedor” e que privilegia não só a inovação e o design, como a utilização dos recursos naturais e a sustentabilidade

    Cidália Lopes

    Após numerosas edições em vários países de toda a Europa, a iniciativa Architect @ Work chega, pela primeira vez, a Portugal. O palco será Lisboa, mais precisamente no Centro de Congressos da FIL, nos dias 22 e 23 de Novembro e conta já com 120 empresas confirmadas.

    Depois de “longos preparativos e estudos de mercado exaustivos”, o “conceito único” da Architect @Work está “finalmente pronto”. “A prova disto é que tivemos de expandir a nossa planta do espaço de exposição para esta primeira edição”, reforça a organização em comunicado.

    Com o foco na inovação, os expositores são obrigados a trazer para o evento as principais novidades, cujos produtos são primeiramente sujeitos a uma avaliação por parte de um júri de arquitectos e designers de interiores.

    Mais do que um espaço de exposição, o Architect @ Work pretende ser um espaço “único, dinâmico e acolhedor”, semelhante a um lounge. É, também, por isso, que o formato escolhido para Lisboa será “diferente de tudo o que alguma vez viu antes”.

    “Os corredores tradicionais foram transformados em áreas lounge onde se pode relaxar, ter reuniões de uma forma mais informal e privada e o mais importante: onde se pode desfrutar do catering gratuito que é fornecido durante todo o evento para os visitantes bem como para os expositores”, revela a organização.

    Também, as pequenas unidades de canto são utilizadas para apresentar as inovações de uma forma “muito inventiva e estética”.

    Devido ao tamanho das unidades, os fabricantes têm de se concentrar e trabalhar de acordo com uma regra arquitectónica simples: “menos é mais”. “O conceito implica também que cada empresa, independentemente da dimensão, tem de apresentar os seus produtos exatamente dentro da mesma dimensão”, destaca.

    Mais do que um espaço de exposição, o Architect @ Work pretende ser um espaço “único, dinâmico e acolhedor”, semelhante a um lounge. É, também, por isso, que o formato escolhido para Lisboa será “diferente de tudo o que alguma vez viu antes”

    O que está além da exposição?

    Mas há mais. Além do espaço reservado à exposição, o evento conta, ainda, com um conjunto de iniciativas paralelas, nomeadamente, a projecção de imagens da autoria do colectivo dos Países Baixos, DAPH, especialista em fotografia de arquitectura e o Project Wall, com imagens de projectos e esquiços, da responsabilidade da World Architects.

    Tendo a Terra como tema central os MaterialDriven foram os curadores escolhidos para apresentar a exposição: De e Para a Terra. A partir de materiais sustentáveis, o objectivo passa por mostrar a sua interacção com o design e as diferentes aplicações em projectos arquitectónicos, numa dinâmica e dualidade constante, já que o é aproveitado da Terra também pode, posteriormente, regressar à Terra.

    Materiais como metais, cortiça, madeira e compósitos de madeira, vidro e têxteis naturais, foram parcial ou totalmente “extraídos” da Terra.

    Como essa extração ocorre e como sua fabricação em produtos acabados afeta a terra é muito importante, assim como a natureza do que foi retirado da própria terra: é rapidamente renovável? Existem alternativas com uma pegada menor na Terra? Existe um problema ambiental mais amplo que possa ser resolvido por meio do (melhor) fornecimento desse material ou de uma alternativa?

    Também, há milhares de anos que têm sido criados objectos e ferramentos a partir daquilo que a Terra fornece. Desde novos compósitos de terra a blocos estruturais de alto desempenho, acabamentos de alta qualidade e pigmentos naturais vibrantes, há um espectro de produtos de design actualmente disponíveis que tem a sua base nos recursos terrestres mais abundantes e disponíveis de maneira local.

    Por outro lado, nos últimos anos tem havido um “despertar” no mundo do design e da construção, com a tomada de consciência de qualquer material utilizado em produtos ou espaços vai acabar por regressar à Terra. Nesse sentido, tem aumentado a necessidade de desenvolver produtos que no seu final de vida se decomponham e seja “verdadeiros elementos nutritivos” para a Terra. Não só as suas emissões de carbono são negativas, como retiram os fluxos de resíduos e poluentes de uma série de indústrias, neutralizando-os e transformando-os em materiais de valor.

    Sobre o autorCidália Lopes

    Cidália Lopes

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    Impacto da arquitectura e da construção no ambiente na 2ª edição do Build Porto

    Organizado pela Hinterland, a iniciativa acontece nos dias 15 e 16 de Setembro na Casa da Arquitectura

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    Ciente da sustentabilidade na arquitectura, a Casa da Arquitectura trás este tema para o debate, através da parceria na segunda edição do encontro “Build – From High to Low Tech”. Organizado pela Hinterland, durante os dias 15 e 16 de Setembro, a iniciativa promete “revolucionar a perspectiva em torno dos materiais e tecnologia na arquitectura” com um programa de mesas-redondas, workshops interactivos, exposição de materiais e conferências.

    Tendo como objectivo discutir o “impacto da indústria da construção no ambiente e de que forma pode ser mitigado”, o encontro avança três abordagens complementares a este desafio: a utilização de materiais naturais com capacidade de armazenamento de carbono; estratégias de projeto adaptadas aos contextos locais e a utilização de tecnologia para otimizar a utilização dos materiais.

    Neste sentido, o Build vai trazer à Casa da Arquitectura alguns dos mais “reputados e reconhecidos” nomes da arquitectura entre os quais Christian Schmitt, Amin Taha, Fernando Romero, José Toral, Ignacio Rojas, Markus Zilker, Roger Boltshauser e Michael Salka.

    A estes keynote speakers juntam-se, Park Associati, César Cardoso, Branco Del Rio, Romain Deboulle, Samuel Gonçalves, Jérémy Pernet, Francisco Fonseca e o Muro Atelier.

    O Espaço Álvaro Siza vai ser o palco das intervenções dos Keynote Speakers durante os dois dias, sempre a partir das 14h30. O espaço exterior da Casa da Arquitectura vai receber três workshops e no Palco Amorim Cork Insulation vão decorrer as mesas-redondas dedicadas a diferentes temas.

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    Chalet Ficalho, em Cascais, vence 15º Prémio Vilalva

    Segundo o júri, o projecto de Raúl Vieira conseguiu obedecer a um “profundo respeito pela traça original” do edifício, o que implicou, em alguns casos, “o recurso exemplar a técnicas e saberes artesanais tradicionais”

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    O júri do Prémio Gulbenkian Património – Maria Tereza e Vasco Vilalva atribuiu o prémio à Reabilitação do Chalet Ficalho, em Cascais, proposta a concurso pelo arquitecto Raúl Vieira (responsável técnico da intervenção) e Maria de Jesus da Câmara Chaves (dona da obra).

    A importância patrimonial do edifício, enquanto expoente de um estilo arquitectónico em grande parte já hoje destruído na maioria das zonas balneares do País, pelo carácter modelar do respeito pelas técnicas e materiais originais no projecto de recuperação e pelo equilíbrio exemplar entre a preservação do conjunto e a sua adequação à sua nova função, foram elementos destacados pelo júri.

    O Chalet Ficalho, constitui um exemplo representativo da arquitectura de luxo de veraneio que se instala em Cascais a partir do último quarto do século XIX, tendo sido implantado num pequeno parque com espécies arbóreas exóticas. Apesar de classificado, o edifício encontra-se bastante degradado, pelo que a sua reabilitação passou não só pela incorporação de infraestruturas modernas de apoio a essa redefinição funcional, como pela sua reconversão num equipamento hoteleiro.

    O projecto de Raúl Vieira conseguiu obedecer a um “profundo respeito pela traça original” do edifício, o que implicou, em alguns casos, o “recurso exemplar a técnicas e saberes artesanais tradicionais” no trabalho das madeiras e da pedra, bem como no restauro de telas e sedas de revestimento. “Foram encontradas soluções discretas e eficazes, com um mínimo de perturbação do equilíbrio arquitetónico”, aponta o júri.

    Também a recuperação do jardim, feita em colaboração com o Jardim Botânico de Lisboa, foi realizada com “grande preocupação de fidelidade ao projecto paisagístico inicial”, sendo a principal alteração ao mesmo, decorrente da instalação de uma piscina, efectuada de modo a minimizar o seu impacto no ângulo de visão a partir da casa.

    O júri, composto por António Lamas (presidente), Gonçalo Byrne, Raquel Henriques da Silva, Rui Vieira Nery e Santiago Macias, atribuiu, ainda, as menções honrosas ao Edifício das Águas Livres, em Lisboa, e às Casas Nobres de João Pereira e Sousa, também em Lisboa.

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    Exposição fotográfica de José Roberto Bassul homenageia Siza e Niemeyer

    “Siza e Oscar: Para além do mar” abre portas dias 7 de Setembro, no Espaço Ferreira Alves, na Casa da Arquitectura, em Matosinhos, com curadoria de Ângela Berlinde

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    “Siza e Oscar: Para além do mar”, uma exposição de fotografia de José Roberto Bassul que abre portas no próximo dia 7, no Espaço Ferreira Alves, na Casa da Arquitectura, em Matosinhos. Com curadoria de Ângela Berlinde, a mostra, composta por 28 imagens, retrata um “diálogo visual abstrato” entre a arquitetura de Siza Vieira no Brasil e a de Oscar Niemeyer em Portugal.

    Do lado de cá, o Hotel Pestana Casino Park, na Ilha da Madeira, obra em Portugal do brasileiro Oscar Niemeyer. Do lado de lá, o edifício da Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, no Brasil, também obra de Álvaro Siza Vieira.

    “As fotografias de Bassul que inspiram esta conversa a três – além do mar – convidam-nos a sentir os batimentos cardíacos da obra de dois arquitectos maiores do nosso tempo, Siza e Niemeyer, tesouros que permanecem a marcar o fluxo e as geometrias temperamentais deste movimento transatlântico“, refere a curadora.

    “Olhar a obra do artista José Roberto Bassul a partir de dois pontos do hemisfério é um convite a um movimento de rotação que requer fôlego, em especial quando atravessa­dos por “tanto mar”, com todos os seus desejos, dramas e contradições”, acrescenta Ângela Berlinde.

    Nesta travessia, a intenção é provocar “sentidos e sobressal­tos na linguagem”, afastando-nos da representação literal e convidando-nos ao mergulho numa conexão profunda entre os sentidos e a imaginação.

    “Entre cá e lá, estamos perante uma composição entre-lugares, contada através dos traços nuançados de Bassul, que ousa fabular conversas entre eles e explorar fracções ocultas nas entrelinhas de cada obra”, ressalva.

    A deambular entre o esté­tico, o poético e o político – inspirado nos legados de Lygia Clark e Hélio Oiticica – Bassul entrelaça-se no diálogo entre linhas e formas como se dançasse num mundo imaginário.

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    Risco vence concurso para “Hub do Mar” na Doca de Pedrouços em Lisboa

    De acordo com o júri do concurso, a proposta vencedora destacou-se por quatro factores principais: boa integração, clareza e consistência formal, atenção às questões técnicas e construtivas e à necessidade de versatilidade da zona laboratorial

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    O edifício da antiga lota poente da Docapesca, em Pedrouços, Lisboa, vai ser reabilitado e ganhar novos usos, num investimento de 31 milhões de euros, financiado pelo PRR. O projecto, desenvolvido por um consórcio liderado pela Câmara Municipal de Lisboa e do qual fazem parte a Universidade de Lisboa, a Docapesca, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera e o Fórum Oceano, foi ganho pelo atelier Risco, com coordenação do arquitecto Tomás Salgado.

    De acordo com o júri do concurso, a proposta vencedora destacou-se por quatro factores principais: boa integração, clareza e consistência formal, atenção às questões técnicas e construtivas e à necessidade de versatilidade da zona laboratorial.

    “A notável resolução das exigências formais e funcionais, oferecendo uma boa articulação entre os principais núcleos do programa e a valorização das características fundamentais do edifício existente”, foram valorizados, segundo o júri.

    O edifício será reabilitado para ali nascer um polo de desenvolvimento científico e empresarial ligado ao mar, com condições para reunir empresas nacionais e internacionais e garantir capacidade de investigação, desenvolvimento e inovação nas áreas da bioeconomia e da biotecnologia azul, designadamente, Shared Ocean Laboratório, polo de empresas e coworking, cais de acostagem e acesso à água, áreas comuns de administração, espaço multiusos, áreas técnicas e de apoio.

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    Manuel Cruchinho assina o projecto da “Cidade do Zero”

    Dedicada à sustentabilidade, economia circular e inclusão, a “Cidade do Zero”, um evento que pretende demonstrar como seria vivermos numa cidade efectivamente sustentável e inclusiva

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    Nos dias 16 e 17 de Setembro, a “Cidade do Zero”, um evento inovador na área da sustentabilidade que toca as áreas da educação, alimentação, mobilidade e consumo, abre portas em Lisboa para a sua segunda edição. A funcionar das 10h00 às 22h00 no Centro Cultural de Belém, este é um evento que pretende demonstrar como seria vivermos numa cidade efectivamente sustentável e inclusiva, ensinando a sustentabilidade de uma forma lúdica através de workshops, palestras, debates, oficinas e showcookings, que abordam o tema nas suas várias vertentes, contando com a participação de especialistas de diversas áreas da ciência e profissionais de outras áreas de actuação.

    Esta cidade sustentável, inclusiva e pet friendly, conta ainda com uma zona de mercado que se irá situar no espaço exterior do CCB, incorporando um modelo de mercado mais tradicional, com venda de marcas nacionais mais sustentáveis, com modelos alternativos de economia circular, onde se inclui um mercado de trocas, de vendas em segunda mão e várias oficinas de reparação.

    Todas as marcas presentes na “Cidade do Zero” são nacionais e destacam-se por alguns dos seguintes princípios: produção ética, impacto social, circularidade, gestão de resíduos ou trabalho com matérias-primas recicladas.

    Neste mercado ético e sustentável é possível encontrar marcas especializadas em soluções de energias renováveis, de mobiliário e decoração, para além de artigos de moda, cosmética, bebé & criança, limpeza, comida & bebidas e outdoor. Hoterway – soluções de tecnológicas eficientes para aquecer a água sem desperdício; Studio8 – arquitetura e design circular; Hortas LX – agricultura urbana; GRAUº – atelier de cerâmica; So So – marca de artigos de decoração para casa e criança, Crocodile Parade – artigos de artesanato para casa feitos com deadstock; ou Reshape – peças únicas e artesanais de cerâmica feitas por reclusos e antigos reclusos, são apenas algumas das marcas que vão estar presentes na secção “casa” do mercado.

    A “Cidade do Zero” está a ser totalmente pensada de forma a causar o menor impacto ambiental possível, mantendo o compromisso de utilizar apenas materiais que já estejam produzidos, ou cuja produção já esteja planeada. “A nossa principal preocupação foi que a cada elemento que entrasse na conceção deste evento fosse dada uma nova função aquando do término do mesmo. Assim tudo foi pensado para ser o mais adaptável a futuras funções”, explica Manuel Cruchinho, sócio fundador da MCA – Manuel Cruchinho Arquitectos, e autor do projecto de design da “Cidade do Zero”.

    Quanto à escolha dos materiais a aposta foram os materiais nacionais, renováveis e reciclados. Já as bancas do evento serão feitas com madeira nacional de florestas certificadas, que vai ser usada posteriormente em cofragens de obra e os limites laterais dos stands com tecido de deadstock de fábricas nacionais. “Tudo isto só é possível devido ao empenho, à ambição, criatividade e à vontade de fazer diferente de todos os envolvidos. É um verdadeiro trabalho de equipa.”, afirma o arquitecto.

    A organização da “Cidade do Zero” é da responsabilidade de Catarina Barreiros, criadora de conteúdos sobre sustentabilidade e fundadora do projecto Do Zero, e de João Barreiros.

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    Arquitectos chamados a participar no ‘ARQ OUT’

    A OASRN convida arquitectos a participarem no “Arq Out 2023: Mês da Arquitectura” através do envio de propostas de actividades, até dia 11 de Setembro, a realizar durante o próximo mês de Outubro na região Norte

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    A Secção do Norte da Ordem dos Arquitectos (OASRN) lançou um convite à comunidade ligada à arquitectura para participar no “Arq Out 2023: Mês da Arquitectura” através do envio de propostas de actividades a realizar durante o próximo mês de Outubro.

    Sejam membros inscritos na Ordem dos Arquitectos, arquitetos estagiários, e estudantes, a instituições e colectivos de natureza interdisciplinar, entre outros, as propostas devem ser enviadas até 11 de Setembro.

    A iniciativa tem início na primeira segunda-feira de Outubro, que, anualmente, celebra o Dia Mundial da Arquitectura. Será, também, neste dia que será anunciado o vencedor do Prémio Fernando Távora. A celebração estende-se a todo o mês de Outubro com um programa de actividades – conferências, colóquios, exposições, eventos, lançamento de publicações, entre outros – em torno dos temas da Arquitectura e Cidade.

    A iniciativa ‘ARQ OUT’, que já vai na sua 12ª edição, foi criada pela OASRN em 2011 com o objectivo de reunir, num único suporte, actividades relacionadas com a Arquitectura e a Cidade que decorram, durante o mês de Outubro, em localidades abrangidas pela área territorial de actuação da SRN.

    A selecção dos eventos ficará a cargo do Conselho Directivo Regional do Norte da Ordem dos Arquitectos.

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    Sérgio Magalhães vence 3ª edição do Prémio Inovação N41º

    O sistema Peg-Go, uma divisória para escritório que integra cartão e burel é a proposta vencedora, pela forma como sistematiza todo o processo construtivo e pela sua exequibilidade, com recurso a materiais propostos pela empresa JJ Teixeira

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    Uma divisória para escritório que integra cartão e burel é a proposta vencedora da 3ª edição do Prémio Inovação N41° do Prémio Arquétipo.

    O sistema Peg-Go, da autoria de Sérgio Magalhães, recorre aos materiais propostos pela empresa JJ Teixeira, parceira nesta iniciativa, e sistematiza todo o processo construtivo, “demostrando as múltiplas possibilidades de conjugação das peças, revelando versatilidade e flexibilidade, permitindo ao utilizador personalizar os espaços através da variedade de soluções que o sistema idealizado permite”, indica o júri, que salientou, ainda, “a intemporalidade” da solução e a “identidade” do produto , que justifica o nome que lhe é atribuído.

    Quanto ao Prémio Inovação Arch-Valadares, o júri, embora tendo reconhecido mérito às propostas apresentadas, deliberou não atribuir o prémio, considerando que “as mesmas não reúnem as condições de exequibilidade, nos termos do previsto no Regulamento”.

    Já o Prémio Master N41º – AGEAS, que inclui um prémio monetário de seis mil euros e a criação de um protótipo da ideia escolhida, vai ser conhecido em Setembro.

    O Prémio Arquétipo, que conta com o apoio do Ministério da Economia, tem como objectivo “a aproximação entre a indústria da construção e os arquitectos, procurando ideias com aplicabilidade directa no sector da construção”.

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