Trienal acolhe kick-off da Representação Oficial Portuguesa
Com curadoria de Andreia Garcia, Fertile Futures problematiza a escassez da água doce, a partir de sete distintas hidro-geografias do território português. A apresentação da representação oficial portuguesa na Bienal de Arquitectura de Veneza 2023, acontece nos dias 28 e 29 de Janeiro no Palácio Sinel de Cordes

CONSTRUIR
“Estamos totalmente comprometidos com a transição para uma economia de baixo carbono”
Comissão Europeia dá luz verde ao estatuto de “cliente electrointensivo”
Comunidade Intermunicipal de Aveiro prepara obra de defesa do Baixo Vouga
Antigo Tribunal da Maia dá lugar a empreendimento de luxo
Greenvolt vende parque eólico na Polónia por 174,4 M€
Hipoges implementa tecnologias para reduzir consumo de energia nos seus imóveis
IP Leiria avança com investimento de 3,7M€ em residências para estudantes
InovaDigital apresenta tecnologia para transformação digital das empresas de mediação
Intermarché investe 5 milhões de euros em nova loja em Leiria
Mercado de escritórios encerra 1.º trimestre sob pressão em Lisboa e Porto
A Trienal de Arquitectura de Lisboa acolhe o lançamento de Fertile Futures, a representação oficial portuguesa na Bienal de Arquitectura de Veneza 2023, no Palácio Sinel de Cordes, no fim-de-semana de 28 e 29 de Janeiro. Com curadoria de Andreia Garcia, Fertile Futures problematiza a escassez da água doce, a partir de sete distintas hidro-geografias do território português.
As cinco assembleias de pensamento que compõem Fertile Futures são momentos de debate, sensibilização e mediação abertos ao público e de acesso gratuito que se realizam em Lisboa, Veneza, Braga, Faro e Porto Santo. Estas visam alimentar a reflexão em torno da água doce como elemento vital às espécies humana e não-humana, funcionam como espaços de (re)aprendizagem recíproca assente na coexistência entre saberes.
Fertile Futures convida equipas de arquitectura, em colaboração com especialistas de outras áreas, para problematizar e desenhar soluções especulativas que procuram inverter a memória recente de sobreposição e imposição de modelos, interesses e formas de actuação.
Os casos em estudo exemplificativos da acção antropocêntrica sobre recursos hídricos, naturais e finitos são: o impacto da Gigabateria na bacia do Tâmega; a quebra da convenção no Douro Internacional; a extração mineira no Médio Tejo; a imposição de interesses na Albufeira do Alqueva; a anarquia no perímetro de rega do Rio Mira; a sobrecarga das lagoas na Lagoa das Sete Cidades e o risco de aluviões nas Ribeiras Madeirenses.
Nesta primeira sessão, que decorre sábado (entre as 10h20 e as 13h30 e as 15h00 e 17h30) e domingo (das 10h20 às 13h30), participam, como consultores, Álvaro Domingues, Ana Salgueiro Rodrigues, Ana Tostões, Andres Lepik, Aurora Carapinha, Eglantina Monteiro, Érica Castanheira, Francisco Ferreira, João Mora Porteiro, João Pedro Matos Fernandes, Luca Astorri, Margarida Waco, Marina Otero, Patti Anahory, Pedro Gadanho e Pedro Ignacio Alonso.
Organizada e comissariada pela Direcção-Geral das Artes, a representação oficial portuguesa na Bienal de Arquitectura de Veneza 2023 propõe-se discutir e apresentar estratégias para a gestão, reserva e transformação da água doce e contribuir para uma discussão que é comum e global, em resposta directa à convocatória de Lesley Lokko, curadora da 18ª Exposição Internacional de Arquitectura – La Biennale di Venezia, que tem como título e tema “O Laboratório do Futuro”.
Expandindo a existência efémera de uma representação nacional na Bienal, Fertile Futures envolve as novas gerações no desenvolvimento de soluções para reservatórios de futuro e pretende defender, entre Portugal e Veneza, a pertinência do contributo da arquitectura no redesenho do futuro descarbonizado, descolonizado e colaborativo.