Preços das casas registam maior aumento dos últimos 30 anos
Os preços de venda das casas em Portugal (Continental) subiram 18,7% em 2022, dando assim sequência à trajectória de forte intensificação no crescimento dos preços observada desde 2017
![CONSTRUIR](https://backoffice.construir.pt/app/uploads/2021/06/Logo_Construir_C_site_transp-120x120.png)
CONSTRUIR
Grupo Casais lança formação para Técnico Superior Profissional
Politécnico da Guarda vai construir residência de estudantes por 3,7M€
ADENE coordena 1ª fase da transposição da nova directiva dos edifícios
Abertas as candidaturas à 2ª edição do Prémio João Álvaro Rocha
Portuguesa Digidelta investe 3,4M€ na fábrica Decal 4.0 em Torres Novas
Cushman & Wakefield mandatada para a gestão e comercialização do Évora Retail Park
Edifício “icónico” no Porto recupera valor histórico e recebe novos usos
José António Pérez é o novo director-geral da GREE
Century 21 com mais de 48M€ de facturação de Janeiro a Junho
Escritórios: Cinco maiores ocupações em Lisboa representaram 55% do volume da absorção total
Os preços de venda das casas em Portugal (Continental) subiram 18,7% em 2022, a valorização anual mais elevada dos últimos 30 anos, de acordo com o Índice de Preços Residenciais da Confidencial Imobiliário. É necessário recuar a 1991 para encontrar uma taxa de variação homóloga no final do ano superior à registada neste último mês de Dezembro. Em 1991 apurou-se um aumento dos preços de 18,8%, marca que até agora tinha sido aproximada apenas pelas valorizações observadas nos dois anos anteriores à pandemia, ambas situadas no patamar dos 15,0%.
O ano 2022 deu, assim, sequência à trajectória de forte intensificação no crescimento dos preços observada desde 2017, ano em que a valorização de 12,8% mais que duplicou a de 5,6% registada em 2016. Os anos 2018 e 2019 consolidaram a tendência, com valorizações homólogas em Dezembro de 15,4% e 15,8%, respetivamente. Este ciclo foi apenas interrompido em 2020, quando os preços de venda da habitação terminaram o ano com um crescimento mais moderado, de 4,8%, em reflexo da pandemia. O ano 2021 foi já de reativação da tendência de intensificação das subidas, registando-se uma valorização homóloga de 12,2%, num percurso ao qual 2022 veio dar continuidade.
Ano a dois ritmos
Sem prejuízo da forte valorização registada no final do ano, 2022 registou um comportamento dos preços a dois ritmos. Na primeira metade do ano, mais concretamente até Julho, os preços mantiveram uma trajectória de aceleração, com sucessivas subidas mensais médias de quase 2,0%. A segunda metade de 2022 foi de perda de intensidade, com um arrefecimento das variações mensais, que por duas vezes foram inferiores a 1,0%, entrando inclusive em terreno negativo (variação mensal de -0,5% em setembro). Daqui resulta que, apesar de ter atingido um valor robusto de 18,7%, a variação homóloga registada em dezembro apresenta uma contração face aos registos da segunda metade do ano, quando este indicador atingiu o pico inédito de 21,1% (em agosto), e é mesmo a mais baixa desde julho.
As variações trimestrais dos preços também confirmam esta tendência. Ainda assim, as subidas trimestrais de preços têm sido menores a cada trimestre, passando de 5,5% no 1º trimestre de 2022, para 5,0% no 2º trimestre, 3,7% no 3º trimestre e, finalmente, 3,2% no último trimestre do ano.