Arrendamento: Lisboa é a cidade portuguesa com menos retorno de investimento
Barreiro, Setúbal e Seixal lideram a Yield, enquanto valores das rendas em Cascais e Oeiras já registam aumentos superiores a 30%

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A cidade de Lisboa é a que apresenta o menor retorno de investimento em Portugal, com a Yield mais baixa do país de apenas 4.6%, seguindo-se Guimarães (4.6%) e Faro (4.9%), revela a consultora imobiliária digital imovendo, numa análise à rentabilidade do mercado de arrendamento.
Por oposição à capital, o retorno de investimento mais alto do país está, neste momento, em cidades da margem sul, como Barreiro, Setúbal e Seixal, com taxas de retorno de investimento de 7,1%, 6,7% e 6,2%, respectivamente.
A percentagem mais baixa de yield em cidades como Lisboa explica-se pelo elevado preço dos imóveis disponíveis para compra, face ao retorno efectivo esperado do arrendamento.
“Mesmo com o preço das rendas a subir mais de 30% entre 2021 e 2022, o mercado de arrendamento na capital já não é tão atractivo, com retornos baixos e cada vez menos oferta de imóveis”, esclarece Miguel Mascarenhas, CEO da imovendo.
Apesar da instabilidade do mercado e da economia, o valor das rendas em Portugal cresceu 21,1% em Janeiro passado face a igual período de 2022 e, segundo a consultora, a tendência vai manter-se no primeiro trimestre deste ano.
A seguir a Lisboa, o crescimento do preço das rendas foi mais expressivo nos concelhos vizinhos de Oeiras (+ 24,5%) e de Cascais (+ 32,9%) face ao ano passado, cidades onde o retorno também é baixo.
“É expectável que 2023 seja um ano de moderação, e, apesar da tendência para maximizar os investimentos, será necessário estudar cuidadosamente o mercado e evitar cidades sobrecarregadas como Lisboa”, sublinha o mesmo responsável.
A imovendo aponta assim para um ano de 2023 com preços de arrendamento elevados, sem uma previsão ainda para abrandamento e o alívio de pressão dos preços carece de medidas mais estruturadas que não apenas apoios temporários.
“Será necessário ir mais além da taxa liberatória a que estão sujeitos os rendimentos provenientes de rendas. Uma descida generalizada do IRS não irá levar a uma descida de preço nem aliviará a pressão no mercado imobiliário”, conclui Miguel Mascarenhas.