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    A obra do século já arrancou em Lisboa

    A construção dos Túneis de Drenagem de Lisboa já arrancou. A obra irá durar 1140 dias e, provavelmente, custar mais que os 132,9M€ inicialmente previstos, dadas as condicionantes que já se colocam nestes primeiros meses de arranque. Em jeito de comemoração de três décadas de Engenharia Civil na Instituição, a Universidade Lusófona convidou os seus autores a rever o plano e as obras em curso

    Manuela Sousa Guerreiro
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    A obra do século já arrancou em Lisboa

    A construção dos Túneis de Drenagem de Lisboa já arrancou. A obra irá durar 1140 dias e, provavelmente, custar mais que os 132,9M€ inicialmente previstos, dadas as condicionantes que já se colocam nestes primeiros meses de arranque. Em jeito de comemoração de três décadas de Engenharia Civil na Instituição, a Universidade Lusófona convidou os seus autores a rever o plano e as obras em curso

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    O subsolo de Lisboa começará em breve a ser rasgado para a construção dos novos túneis de drenagem de Lisboa. Já muito se falou do plano elaborado pela equipa liderada por José Saldanha Matos, mas a Universidade Lusófona aproveitou a comemoração dos 30 anos da Engenharia Civil na instituição para revisitar o projecto que é a “solução” para as inundações que afectam a cidade, dando voz a quem melhor conhece e estuda o problema.

    E muito antes de se chegar ao plano propriamente dito já a investigadora coordenadora do LNEC, Rafaela Matos, estudava e media a pluviosidade na cidade. “As inundações não devem ser nem uma fatalidade nem uma inevitabilidade em Lisboa porque há conhecimento” para as solucionar, sublinhou na sua apresentação a investigadora que durante as décadas de 80 e 90 realizou vários estudos nas zonas mais sensíveis a cheias, nomeadamente Alcântara e Baixa pombalina. Entre atribuir as culpas pelos episódios cada vez mais frequentes de cheias graves, como o que vivemos no final do ano passado e no início de 2023, às alterações climáticas ou aos sistemas existentes já desadequados face às actuais necessidades, Rafaela Matos sublinhou que “ambas” as situações são responsáveis, “mas há claramente um potencial de melhoria do sistema existente”, até porque já há décadas se sentem e se monitorizam fenómenos extremos.

    O primeiro plano de drenagem de lisboa surgiu em 2008 e previa a construção de vários reservatórios espalhados por Lisboa. Mas a sua capacidade limitada, as dificuldades em edificá-los em locais com construções subterrâneas e na identificação de novos locais onde se pudessem construir novos, e maiores, reservatórios, levaram a mudanças no projecto.

    Chegou-se então à solução apresentada por José Saldanha Matos que assenta na construção de “grandes colectores – os túneis – que pudessem proceder ao transvase de bacias de drenagem com excesso de caudais”. Uma solução “mais ambiciosa traduzindo-se numa maior capacidade de mitigação dos eventos pluviométricos, cuja tendência é aumentarem face às alterações climáticas” e que se prevê seja válida para os próximos 100 anos.
    O PGDL assenta na construção de dois túneis subterrâneos. O maior com cinco quilómetros que ligará Monsanto a Santa Apolónia e, um segundo, com um quilómetro, que ligará Chelas ao Beato. O consórcio liderado pela Mota-Engil e o qual integra ainda a SPIE Batignolles Internacional já começou a obra do século em Lisboa que terá um custo, estimado, de 132,9M€. Estimado porque são muitas as condicionantes que se colocam ao pro

    5+ 1+ 2 frentes de obras
    O túnel Monsanto – Santa Apolónia, será o primeiro dos dois túneis a ser construído. A secção interna do Túnel terá 5,5 metros, semelhante ao túnel do metro, e será materializado através de uma tuneladora (ver caixa). Os cinco quilómetros traduzem-se em cinco frentes de obra: a entrada em Campolide, três poços em vértice – Avenida da Liberdade, Santa Marta e Almirante Reis – que fazem a ligação ao sistema existente e que depois transportam a água para dentro do túnel nestes que são os pontos mais críticos da cidade, e a saída em Santa Apolónia, em frente Museu Militar. Ali irá ser construída uma sexta frente de obra que compreende a construção de uma estação elevatória que irá conduzir as águas residuais da zona baixa da cidade até à estação de Alcântara, procedendo-se depois à requalificação urbana em Santa Apolónia.

    Com a chegada a Santa Apolónia a tuneladora será desmontada 200 m antes da saída para o rio e levada para o Beato, o ponto de entrada do segundo Túnel, que irá depois sair em Chelas. Os 965 dias de construção impostos pelo contrato, aos quais acresce outros 365 dias para “manutenção”, já começaram a contar e neste momento, como avançou Alberto Pereira, director técnico da empreitada, já estão a decorrer os trabalhos de contenção periférica da bacia antipoluição que ficará localizada em Campolide a uma profundida de 20 metros e que tem as dimensões de um campo de futebol, e montagem dos estaleiros na Avenida da Liberdade, Santa Marta e Almirante Reis. Ainda para este mês de Março está previsto o transporte da tuneladora para o local. Mas só em Julho esta começará a escavar 24H/24H, o subsolo de Lisboa, avançando dez metros/dia.

    Impactos à superfície e condicionantes da obra
    O consórcio já elaborou o projecto de execução e a sua modelação em 3D está concluída. “É muito importante termos o auxílio desta tecnologia porque estamos a falar de uma obra em meio urbano com muitas condicionantes”, sublinhou Alberto Pereira. E são várias as dificuldades que se colocam a um projecto que atravessa todo o centro da cidade, fortemente urbanizado, e que cruza por três vezes com os túneis do Metro de Lisboa, sendo que numa delas ficará a escassos 50 centímetros de distância. “Esta é uma zona densamente edificada, passamos pelo por cima e por baixo do metro pelo menos em três zonas, na Avenida da Liberdade, na Almirante Reis e na saída em Santa Apolónia, onde vamos passar por cima do metro a uma distância de 50 centímetros”, explicou o director técnico da empreitada. A proximidade aos edifícios obrigou o consórcio a realizar “um levantamento do estado de conservação de todo o edificado ao longo dos dois túneis numa numa faixa de 30 metros para cada lado do eixo do túnel”, com implementação de um sistema de monitorização das zonas e estruturas mais sensíveis, que servirá também para calibrar a velocidade da própria tuneladora.

    A geologia foi outra das condicionantes. O projecto obrigou a um estudo geológico e geotécnico realizado ao longo do percurso de ambos os túneis e que foi crucial também para a definição da tuneladora a adoptar.
    Quem escava o solo em Lisboa já sabe que está sujeito a encontrar achados de outras eras. Nesta obra a arqueologia é uma condicionante que se tornou real já nesta fase inicial de escavação na entrada da obra em Campolide, onde foram encontrados vestígios que a DGPC considerou serem relevantes e estão actualmente a ser alvo de estudo. Outro ponto já identificado como crítico é a zona da Muralha Fernandina, já na zona baixa de Lisboa, e onde estão a ser realizados estudos para determinar a cota de fundação e que irá condicionar a passagem do túnel.
    Já depois da assinatura do contrato a publicação do novo Regime Geral de Gestão de Resíduos, levou a adaptações ao plano inicial, com impacto no aumento dos custos do investimento.

    À superfície a obra coloca também algumas condicionantes à mobilidade de pessoas e veículos só para a Avenida da Liberdade estão previstas 10 fases de condicionamentos de transito, duas fases para Santa Marta, outras duas fases para a Almirante Reis, onde as obras vão obrigar a reescrever o percurso do eléctrico na superfície. E depois junto da zona de “saída” do túnel onde haverá todo o redesenho da frente urbana, principalmente junto ao Museu Militar. A opção do consórcio foi a de construir os últimos metros do túnel em troço NATM, uma vez que não “há recobrimento suficiente para a tuneladora” e também para “evitar o excesso de deformação dos edifícios”.

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    Prospectiva fiscaliza empreitadas no hospital de Vila Nova e Gaia e Espinho  

    As novas empreitadas contam com um prazo de execução previsto de 150 dias, sendo que caberá à Prospectiva a coordenação de empreitadas, o controlo do planeamento e do desenvolvimento dos trabalhos, o controlo e a fiscalização da qualidade de execução de cada obra e do planeamento e execução do plano de gestão de RCD

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    A construção do Heliporto, da Unidade de Cuidados Intensivos Neurocríticos do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho e da recuperação da cobertura do Pavilhão Feminino da mesma unidade de saúde contam com fiscalização da Prospectiva.

    As três novas empreitadas contam com um prazo de execução previsto de 150 dias, sendo que caberá à Prospectiva a prestação de serviços inclui a coordenação de empreitadas, o controlo do planeamento e do desenvolvimento dos trabalhos, o controlo e a fiscalização da qualidade de execução de cada obra e do planeamento e execução do plano de gestão de resíduos de construção e demolição.

    Planta cobertura Pavilhão Feminino

    No caso concreto da substituição da cobertura do Pavilhão Feminino a obra incidirá, primeiramente, na demolição do telhado existente, passando-se, em seguida, para a construção da estrutura metálica do telhado, assim como a execução do novo telhado e colocação de caleiras e tubos de queda de águas pluviais.

    Planta implantação Heliporto

    Para a construção do Heliporto e das Escadas de Emergência, a empreitada passará pela construção de estruturas metálicas, a ampliação de núcleos de escadas e elevadores em betão armado, assim como as instalações hidráulicas, eléctricas e mecânicas, passando, depois para as infraestruturas aeronáuticas.

    Planta UCI Neurocriticos

    Já a construção da nova UCI para Neurocríticos, o processo envolve a fase de arquitectura, com as estruturas, instalações eléctricas, telecomunicações, instalações mecânicas e infraestruturas hidráulicas, assim como todas as valências necessárias para a segurança contra incêndios.

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    Prospectiva e H3P supervisionam construção da Barragem do Calucuve, em Angola

    Actualmente a 31% da sua execução, a construção daquela infraestrutura visa “mitigar os impactos da seca no Sul de Angola”

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    A Prospectiva e a H3P – Engenharia e Gestão encontram-se a supervisonar a Barragem do Encontra-se do Calucave, em Angola. Actualmente a 31% da sua execução, a construção daquela infraestrutura visa “mitigar os impactos da seca no Sul de Angola”.

    A Barragem de Calucuve é uma barragem em terra com construção prevista a uma altura máxima de cerca de 24 metros. O nível máximo de armazenamento é determinado pelo nível da crista do vertedouro, tendo este sido fixado a uma altitude de 1.249 metros. Este nível corresponde a uma capacidade total de armazenamento de 140 hm3.

    Administrativamente, a província é composta por seis municípios – Cuanhama (capital), Ombadja, Cahama, Namacunde, Cuvelai e Curoca, e 20 comunas –, sendo que o local da barragem se situa no rio Cuvelai, na comuna de Mukolongondja, a aproximadamente 33 km a montante da cidade de Cuvelai.

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    OERS acolhe primeira edição dos ‘Prémios de Excelência na Academia’

    O prémio distinguiu 18 vencedores em 12 especialidades da Academia, promovendo assim a “valorização do mérito” dos seus membros em formação

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    A sede da Ordem dos Engenheiros – Região Sul (OERS), em Lisboa, recebeu esta quarta-feira, dia 17 de Abril, a primeira edição da cerimónia de entrega dos Prémios de Excelência na Academia, uma iniciativa promovida pelo Conselho Directivo da Região Sul (CDRS) em colaboração com entidades patrocinadoras.

    Com o objectivo de “reconhecer e celebrar” o desempenho académico dos membros estudantes da Ordem dos Engenheiros, inscritos na Região Sul, são reconhecidos vencedores em 12 especialidades da Academia, promovendo assim a “valorização do mérito” dos seus membros em formação.

    António Carias de Sousa, presidente da OERS, destacou a importância de “valorizar os jovens talentos” para o futuro da engenharia, “cujo reconhecimento proporciona, também, uma plataforma para os estudantes se destacarem e estabelecerem conexões cruciais com o mundo profissional, impulsionando assim o seu crescimento e desenvolvimento”.

    Este ano, os prémios foram atribuídos com base num rigoroso processo de selecção, entre os membros estudantes, reconhecendo os melhores desempenhos nos ciclos de licenciatura e mestrado.

    Os vencedores deste ano foram premiados no valor de 750 euros para o ciclo de licenciatura e mil euros para o ciclo de mestrado, em reconhecimento do seu excepcional percurso académico e contribuição para o desenvolvimento do sector da engenharia.

    Além disso, os vencedores têm ainda a possibilidade de serem recrutados pelas empresas patrocinadoras do evento, nomeadamente: Consulai; EACE – Engenheiros Associados, Consultores em Engenharia; Hovione; Imperialum; JET SJ – Geotécnia; LS Engenharia Geográfica; Navigator; Noesis; OTIS; Quadrante; Somincor; Vera Navis.

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    A caminho da “Construção & Logística 5.0”

    Um tema “provocativo” num encontro que irá abordar a crescente digitalização do sector e o processo de transformação que o acompanha, para o qual é inevitável a maior digitalização de processos. Com organização da Cegid, o encontro, que terá lugar dia 18 de Abril, irá reunir especialistas e empresas do sector

    A crescente transformação digital na Construção e na Logística serve de pretexto ao encontro organizado pela Cegid, dona, entre outras, da bracarense Primavera, e que terá lugar no dia 18 de Abril, na Fundação Cupertino de Miranda, no Porto.

    “Construção & Logística 5.0” é o tema, assumidamente “provocativo”, onde se irá discutir os desafios que enfrentam as empresas do sector. “À semelhança de edições anteriores em que focamos as áreas da Produção e Logística, quisemos dar continuidade a este tipo de eventos sectoriais, onde o que se pretende é criar um momento de networking para partilhar experiências, exemplos e soluções tecnológicas para o sector da Construção e a área da Logística, através de oradores convidados, clientes e parceiros da Cegid. O evento “Construção & Logística 5.0” foi criado para reunir as empresas de construção – ou que comercializam materiais de construção – e lançar debates construtivos e estratégicos à volta da digitalização deste sector”, justifica Felicidade Ferreira, directora da unidade de negócio small & midmarket (pequenas e médias empresas) na Cegid para os mercados de Portugal e Cabo Verde.

    Apesar das (reconhecidas) vantagens da digitalização dos processos, para as players do sector este é um momento desafiante já que “muitas empresas ainda dependem de processos manuais, o que prejudica a eficiência e a capacidade de resposta. É importante mostrar às empresas que a implementação de soluções digitais permite gerir os projectos de forma integrada e em tempo real, melhorando assim a coordenação e a produtividade”, explica Felicidade Ferreira.

    Já na Logística, “as empresas enfrentam uma crescente exigência por entregas mais rápidas e serviços mais personalizados, graças ao crescimento do comércio online. A tecnologia é um grande aliado para enfrentar este desafio, uma vez que os sistemas de gestão permitem optimizar as entregas, gerir os stocks de forma eficaz e melhorar o serviço ao cliente”, adianta a responsável. “Por outras palavras, a digitalização dos processos é um desafio transversal a estas duas áreas que, até há pouco tempo, eram bastante resistentes à mudança. É por isso que convidamos especialistas para falar sobre isto e explicar às empresas como devem iniciar a sua jornada de transformação digital, dando exemplos concretos de empresas que passaram por este processo de digitalização”, consubstancia Felicidade Ferreira.

    Soluções no mercado
    A processo transformador que a Construção e a Logística enfrentam hoje, encontra paralelo no caminho já percorrido por outros sectores do ponto de vista da digitalização. “A Cegid conta com uma oferta de soluções de software de gestão empresarial muito abrangente, que dá resposta às necessidades de empresas de qualquer dimensão e a área de negócio. Desde a gestão da área financeira, contabilidade, tesouraria, conformidade legal e fiscal, gestão de recursos humanos, até aos departamentos sectoriais”, inúmera Felicidade Ferreira. Acresce que a “integração da antiga Primavera na Cegid criou um universo de possibilidades para os nossos clientes em Portugal. Integramos novos produtos no nosso portfolio e temos hoje uma maior capacidade de desenvolvimento e inovação, que nos permite incorporar a melhor tecnologia nos nossos produtos. Actualmente, somos um líder europeu de soluções de gestão na cloud e contamos com uma vasta oferta de soluções de gestão para empresas de todas as dimensões e sectores de actividade. O nosso objectivo é apoiar o tecido empresarial português a digitalizar os seus processos e a aproveitar o potencial da Inteligência Artificial para tornarem os seus negócios mais eficientes e competitivos no mercado”.

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    Efacec acelera inovação na mobilidade eléctrica

    A Efacec apresenta o novo carregador eléctrico de alta potência QC180, o primeiro de um leque de novos produtos que serão apresentados em 2024 e 2025, marcando o ritmo de uma fase de impulso à inovação na mobilidade eléctrica

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    Já disponível para a encomenda, o QC180 é a uma solução all-in-one de carregamento de alta potência (high power charging) assente nos princípios modulares da Efacec (Modular Systems), desenvolvida com foco total na garantia de disponibilidade ao cliente através da incorporação de um sistema de monitorização activa e upgrade remoto, viabilizando uma operação mais eficiente e fiável.

    Mais potente, mais compacto, mais sustentável e com um novo design, o novo carregador da Efacec integra a tecnologia Plug and Charge, possibilita uma carga simultânea de 180kW que disponibiliza até 350A (dry cable) e inclui ligação remota independente para manutenção e gestão de ativos, bem como um terminal de pagamento com cartão de crédito. Pode ainda ser integrado com o Load Management System (LMS) da Efacec, ferramenta que permite aos operadores gerir as potências das estações no local das instalações.

    Adicionalmente, o novo carregador de alta potência oferece mais suporte ao cliente e à operação da rede, optimizando a manutenção da base instalada, indo também ao encontro das necessidades do utilizador final em termos de potência, disponibilidade de carga e simplicidade na gestão (manuseamento) de cabos.

    Mais de 140 colaboradores estiveram envolvidos no desenvolvimento de um novo produto que vem ampliar a actual gama de soluções de mobilidade eléctrica neste segmento, que já inclui o QC60, QC90 e QC120, alavancando a expansão da actividade em mercados europeus fulcrais e contribuindo tanto para a descarbonização da electrificação como para uma maior circularidade.

    “O nosso roadmap tecnológico é uma demonstração inequívoca do compromisso da Efacec em responder aos maiores desafios de um desafio vital para as sociedades do futuro. Não só reforça o nosso portefólio actual, como evidencia que a empresa tem as competências técnicas adequadas para desenvolver produtos e soluções inovadoras na mobilidade eléctrica, e que continuamos totalmente comprometidos com projectos de I&D, nos quais investimos 18% das receitas nos últimos anos”, afirma Nuno Delgado, director da Mobilidade Eléctrica da Efacec.

    Com novos lançamentos previstos para 2024 e 2025, a Efacec reafirma a sua aposta no desenvolvimento de soluções que contribuam activamente para a criação de um futuro mais sustentável, reforçando o seu perfil de marca pioneira no sector da mobilidade eléctrica e de player fundamental na descarbonização da economia.

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    Evandro Garcia recebe diploma de participação

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    Universidade de Coimbra marca presença na “maior” conferência mundial de Segurança Eléctrica

    Evandro Garcia, aluno de doutoramento da FCTUC e investigador do Instituto de Sistemas e Robótica (ISR), foi apresentar o seu projecto no Industrial Applications Society (IAS) Electrical Safety Workshop (ESW) 2024. Esta foi a primeira vez que um projecto de uma universidade de Portugal foi seleccionado para marcar presença neste evento

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    Evandro Garcia, aluno de doutoramento da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) e investigador do Instituto de Sistemas e Robótica (ISR), foi um dos seis estudantes internacionais seleccionados para apresentar o seu projecto no Industrial Applications Society (IAS) Electrical Safety Workshop (ESW) 2024, do Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE), considerada a maior conferência mundial de Segurança Eléctrica, realizada nos Estados Unidos.

    Esta foi a primeira vez que um projecto de uma universidade de Portugal foi seleccionado para marcar presença neste “selecto” grupo de instituições representadas no evento.

    O estudante de doutoramento em Sistemas Sustentáveis de Energia, da Iniciativa Energia para a Sustentabilidade, foi seleccionado pela IEEE Electrical Safety Prevention Through Design Engineering Education Initiative e teve a oportunidade de apresentar o projecto “Energy-Efficient  Solar Off-Grid Refrigerators for Africa Rural Electrification”, que tem como objectivo desenvolver frigoríficos e arcas congeladoras eficientes e de baixo custo alimentados através de painéis fotovoltaicos, para zonas sem acesso a electricidade.

    Na apresentação, Evandro Garcia focou-se mais na questão da conectividade eléctrica. “A preocupação é não só fazer os frigoríficos e arcas mais eficientes energeticamente, mas também com conexões eléctricas mais seguras. Justamente, porque são para sistemas fotovoltaicos isolados em zonas rurais de países em desenvolvimento, onde as pessoas não possuem tantos conhecimentos técnicos e é fundamental garantir a segurança dos utilizadores e funcionamento adequado dos equipamentos”, explica o estudante.

    Este programa estudantil premia estudantes, a nível mundial, que têm interesse e avanços na área da segurança eléctrica. O IEEE é uma organização profissional sem fins lucrativos fundada em 1963, nos Estados Unidos, e apresenta-se como a maior organização profissional do mundo dedicada ao avanço da tecnologia em benefício da humanidade.

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    Meta da neutralidade carbónica apontada para 2045

    A nova ministra do Ambiente e Energia quer dar um novo impulso às políticas de acção climática, estabelecendo como meta antecipar a neutralidade carbónica para 2045

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    Num quadro em que Portugal surge como um dos países da União Europeia com melhor desempenho climático, o Programa de Governo vai incluir novas medidas de adaptação às alterações climáticas. O anúncio foi feito no dia em que o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEHD) decidiu não admitir a queixa apresentada por seis jovens portugueses. “Esta pronúncia não diminui a nossa ambição e a nossa responsabilidade para com a Acção Climática. Tem sido feito um esforço legislativo importante a nível europeu e a nível nacional, nesta área. Portugal tem objectivos ambiciosos para a redução das emissões de gases com efeito de estufa, ambicionando atingir a neutralidade carbónica até 2045, cinco antes das metas definidas pela UE”, sublinhou Maria da Graça Carvalho, que assumiu a pasta do Ambiente e da Energia.

    Neste contexto, o Governo quer rever o Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC 2030) e delinear novas medidas para adaptação às alterações climáticas, por exemplo, no Litoral, incluindo uma nova geração de planos. Nos planos está a realização de Conselhos de Ministros temáticos sobre a Acção Climática, para além do comprometimento com o disposto na Lei de Bases do Clima, a operacionalização do Conselho de Acção Climática e a aplicação das directivas previstas no Pacto Ecológico Europeu. Medidas que virão reforçar o cumprimento das metas europeias, com as quais Portugal está alinhado.

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    Ordem dos Engenheiros lança ‘Prémios Nacionais’

    Uma iniciativa que tem por objectivo “reconhecer publicamente engenheiros de excelência e o ensino desta área do conhecimento”, assim como “promover o papel da engenharia na sociedade”

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    O Conselho Directivo Nacional da Ordem dos Engenheiros anunciou a criação dos Prémios Nacionais Ordem dos Engenheiros (PNOE). Uma iniciativa que tem por objectivo “reconhecer publicamente engenheiros de excelência e o ensino desta área do conhecimento”, que se tenham destacado no panorama nacional e/ou internacional e que, pela sua actividade tenham contribuído para a valorização da profissão, assim como “promover o papel da engenharia na sociedade, no seu progresso e bem-estar” e “incrementar a notoriedade externa” da profissão.

    Os PNOE encontram-se divididos em várias categorias, nomeadamente, Prémio Carreira, Prémio Engenheiro do Ano 2023, Prémio Mulher na Engenharia, Prémio Engenheiro Empresário ou Empreendedor, Prémio Especialidades, Prémio Internacionalização – Engenheiro Português no Estrangeiro e Engenheiro Estrangeiro em Portugal, Prémio Jovem Engenheiro, Prémio Ensino de Engenharia e Prémio Melhor Projecto Universitário de Estudante de Engenharia.

    As candidaturas apresentadas a concurso deverão ser submetidas até às 23h59 do dia 31 de Maio de 2024, sendo que a atribuição dos prémios nas categorias Carreira, Engenheiro do Ano e Internacionalização é feita mediante apresentação de candidaturas espontâneas, nos termos dos Regulamentos aplicáveis, sendo as restantes atribuídas mediante proposta de várias entidades parceiras.

    O Conselho Directivo Nacional da Ordem dos Engenheiros designará, após aprovação e validação, os vencedores em cada uma das categorias dos Prémios, sob proposta do Júri constituído para o efeito, órgão que liderará o processo de avaliação e verificação da conformidade das candidaturas concorrentes.

    O júri é composta por Carlos Matias Ramos, Sebastião Feyo de Azevedo, Rogério Colaço, Rui Calçada, Joana Mendonça, Manuel dos Matos Fernandes.

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    IP conclui intervenção no Viaduto Duarte Pacheco

    Trabalhos de reforço sísmico e da mobilidade contaram com um investimento de cerca de 6,9 milhões de euros

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    A Infraestruturas de Portugal (IP) concluiu os trabalhos de reabilitação e de reforço sísmico da infraestrutura. Considerada um ponto estratégico de acesso a Lisboa, a empreitada, que durou cerca de um ano e meio e cumpriu o seu prazo previsto, implicou um investimento na ordem dos 6,9 milhões de euros.

    Além do reforço sísmico do Viaduto, os trabalhos incidiram na reparação local da estrutura, na reabilitação geral das pilastras P2 e P3, na repavimentação da camada de desgaste e na aplicação de protecção geral por pintura das superfícies de betão e dos elementos metálicos.

    Na intervenção foram utilizadas 160 toneladas de aço e mil metros cúbicos de betão, mas a única mudança visível é a pintura recente, já que a grande intervenção foi feita dentro do viaduto, onde foi construída uma estrutura de reforço.

    Dentro dos dois pilares que sustentam o arco sob a Avenida de Ceuta foram construídas nervuras de alto a baixo, que ligam a maciços e que, por sua vez, fazem ligação às fundações do viaduto através destas dezenas de microestacas.

    As paredes foram reforçadas com estruturas de betão – diafragmas – e na zona mais frágil foram colocadas oito barras de aço cruzadas. Além disso, o tabuleiro do viaduto, até agora dividido em blocos, foi unido num único bloco de alcatrão.

    Esta intervenção teve como objectivos aumentar a durabilidade da obra e garantir melhores condições de conforto, segurança e de mobilidade dos milhares de automobilistas que diariamente circulam sobre o Viaduto Duarte Pacheco e também de todos os utilizadores do caminho de ferro, que cruzam sob esta emblemática infraestrutura da cidade de Lisboa.

    O Viaduto Duarte Pacheco, com 355,10 metros de desenvolvimento entre eixos dos encontros, entrou ao serviço na década de 40 do século XX e foi projectado em 1937 pelo engenheiro João Alberto Barbosa Carmona.

    A estrutura, integralmente realizada em betão armado, divide-se em cinco partes: duas passagens superiores em arco (arcos laterais), uma sobre a linha de caminho de ferro e outra sobre a Avenida do Parque Florestal de Monsanto; dois viadutos com uma extensão de 85,80m entre eixos; uma passagem superior central (arco central) sobre a Avenida de Ceuta.

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    Sobram perguntas sobre o incêndio de Valência

    O que sobra em perguntas falta em respostas sobre as causas do incêndio que destruiu complexo de apartamentos em Valência em finais de Fevereiro. O que potenciou a propagação das chamas? O que estava, de facto, no revestimento do prédio? Ao CONSTRUIR, a Ordem dos Engenheiros clarifica os regulamentos existentes em Portugal

    Ricardo Batista

    Quinta-feira. 22 de Fevereiro. O promissor final de uma tarde de Inverno igual a tantas outras foi, no entanto, abalado por um dos mais graves incidentes registados na cidade de Valência. Em aproximadamente duas horas, o que começou como um foco de incêndio no 7º piso de um bloco de 138 apartamentos, no bairro de Campanar resultaria na destruição por completo do complexo habitacional.

    Dúvidas ainda subsistem
    Não passaram ainda três semanas desde a tragédia que vitimou 10 pessoas e provocou centenas de desalojados e as perguntas sobram mais que as respostas: o que aconteceu naquele bairro valenciano? Com a origem do sinistro ainda por determinar, não tardaram as especulações sobre os motivos pelos quais o fogo se propagou com tamanha intensidade, mesmo considerando que o edifício cumpria com a norma que está vigente desde 2008, o ano da sua construção. Uma das reacções partiu do Colégio Oficial de Arquitectura Técnica de Valência (COAT Valência), que negou o uso de poliuretano como isolante na fachada do edifício incendiado. Este material foi apontado por vários especialistas como a causa da rápida propagação das chamas, que em apenas uma hora consumiram todo o complexo residencial e um edifício adjacente. Inicialmente, apontou-se para a possibilidade de o poliuretano ter sido utilizado como revestimento para isolar a fachada, uma possibilidade rejeitada pelos profissionais de arquitectura técnica. “A nossa documentação sobre o edifício, sobre o certificado final da obra, indica que o isolante desta fachada não é poliuretano, como foi dito, mas sim um isolante mineral de lã de rocha”, destacam para salientar que, portanto, não podem concluir que este seja o motivo da voracidade do fogo. Outra questão são as placas usadas na cobertura da fachada. Nesse caso, o edifício tinha uma cobertura metálica de painéis de alumínio unidos com um compósito para dar espessura ao laminado do revestimento e, ao mesmo tempo, servir de ‘cola’ entre eles. Neste caso, os especialistas não têm dados exactos sobre o material utilizado. Poderia ser poliuretano ou outro tipo de compósito. Actualmente, os mais comuns são as lãs minerais. Mas, sim, os arquitectos técnicos deixam claro que o isolante da fachada em nenhum caso é este material, altamente combustível, de acordo com o processo da obra. Pela mesma lógica alinha a Associação da Indústria de Poliuretano Rígido que assegura que este material não está presente “nem como preenchimento do revestimento exterior nem como isolante da câmara de ar”.

    Segurança acautelada
    Ao CONSTRUIR, o presidente do Conselho Directivo da Região Sul da Ordem dos Engenheiros explica que chegará o tempo em que serão apuradas responsabilidades em resultado das investigações que ainda decorrem. António Carias e Sousa sublinha, também, que, em Portugal, “a natureza dos materiais empregues na construção encontra-se desde há muito condicionada pela legislação de Segurança Contra Incêndio, no que diz respeito ao seu contributo para a origem e desenvolvimento do incêndio, como estabelecia, por exemplo, o Regulamento de segurança contra incêndios em edifícios para habitação”. Para aquele responsável, “os requisitos são aplicados obrigatoriamente nos elementos processuais para a construção dos edifícios, sendo o Projecto de Segurança Contra Incêndio, que é subscrito por Engenheiro/ Engenheiro Técnico ou Arquitecto, o instrumento que define as condicionantes para cada edifício”. Há, no entender de Carias e Sousa, questões que importa acautelar. Para aquele responsável da Ordem dos Engenheiros, “são objecto de preocupação os materiais empregues nos revestimentos das fachadas, na cobertura, nos pavimentos, paredes e tectos, incluindo mobiliário e passando pelo sombreamento dos edifícios”. “Todas estas condicionantes são fundamentais para a diminuição da contribuição dos materiais empregues na construção do edifício para o desenvolvimento de um potencial incêndio”, acrescenta.

    Convidado a traçar um cenário em torno da realidade portuguesa, Carias e Sousa explica que “tal como para os demais riscos, como o risco sísmico, por exemplo, o risco de incêndio para os edifícios tem vindo a ser debelado, entre outros, pela publicação de instrumentos legais”. “Tal como referido, para os edifícios novos temos um quadro legal instituído pelo que se trata do cumprimento da lei em vigor. Para os edifícios mais antigos, as Medidas de Autoproteção (MAP), mais conhecidas como Planos de Emergência, e que são legalmente exigidas através do RJSCIE, já podem instrumentalizar a avaliação dos edifícios, uma vez que é aplicável quer aos edifícios novos, quer aos edifícios existentes”, salienta o presidente da secção regional Sul da Ordem dos Engenheiros, acrescentando que “detectadas desconformidades legais face aos atuais padrões de segurança, o Técnico que elabora as MAP pode procurar compensar determinada fragilidade do edifício existente com medidas de segurança compensatórias, de modo a diminuir o risco global de incêndio”.

    Sobre o autorRicardo Batista

    Ricardo Batista

    Director Editorial
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