Despedimento colectivo na Soares da Costa permite “preservar 80% dos empregos”
“Em 2015, quando cheguei à gestão desta empresa havia pessoas que estavam em casa há mais de um ano já. A empresa estava a pagar a centenas de pessoas em casa, porque não tinha trabalho para lhes dar. Isto é absolutamente insustentável “
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O presidente executivo da Soares da Costa, Joaquim Fitas, defende que o despedimento colectivo anunciado esta quarta-feira, e que afectará 500 trabalhadores, permitirá “salvaguardar o grupo e o equilíbrio das contas”.
“Não estou a despedir aproximadamente 20% (um pouco menos), estou a fazer tudo para preservar mais de 80% dos postos de trabalho da Soares da Costa, esta é que é a perspectiva”, disse Joaquim Fitas, citado pela Lusa.
O responsável da companhia garante que o despedimento colectivo “não é uma decisão fácil”, mas também que não existe alternativa, já que a construtora acumulava prejuízos anuais superiores a 60 milhões de euros, o volume de negócios caía cerca de 30%, além dos cerca de 300 trabalhadores que estão em casa em inactividade.
O processo de despedimento colectivo deverá ficar concluído no final do primeiro trimestre de 2016 e já teve início com o pedido de parecer e depois a apresentação do desenho final.
“Estamos a fazer o despedimento colectivo respeitando integralmente alínea a alínea do articulado legal. [O processo] tem de ter os fundamentos associados à decisão, o quadro de pessoal inicial e final, as saídas previstas, os critérios porque se decidiu reduzir determinadas categorias profissionais e os critérios de selecção das pessoas propostas para despimento colectivo”, explicou.
Joaquim Fitas esclarece que 60 a 65% dos trabalhadores em causa pertencem ao efectivo de Portugal, sendo os restantes de Angola, Moçambique, Brasil e São Tomé e Príncipe e acrescenta que os 500 postos de trabalho adiantados estão a ter um tratamento enviesado. Para o presidente da Comissão Executiva da construtora, o regresso por inactividade faz com que as pessoas passem a cair no centro de custos localizado em Portugal e que as cerca de 300 pessoas que a actual gestão já encontrou em casa, já estavam no centro de custos nacional.
“Em 2015, quando cheguei à gestão desta empresa havia pessoas que estavam em casa há mais de um ano já. A empresa estava a pagar a centenas de pessoas em casa, porque não tinha trabalho para lhes dar. Isto é absolutamente insustentável e toda a gente sabia disto e toda a gente fazia de conta que não sabia”, afirmou. Joaquim Fitas considera que “isto não é uma situação que tenha acontecido agora com a crise do petróleo em Angola” e reforça que “não é um tema de mercado, é um tema de gestão”.