Spreads no crédito à habitação subiram 0,23 pontos percentuais entre Agosto e Novembro
Comparando as taxas de juro dos empréstimos para a habitação em Portugal (em valores médios mensais) com as taxas Euribor a seis meses, vê-se que os `spreads` de crédito aumentaram 0,23 pontos percentuais.
Lusa
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O custo dos empréstimos à habitação (`spreads`) em Portugal aumentou 0,23 pontos percentuais entre Agosto e Novembro, segundo os cálculos da Lusa com base em dados do Banco de Portugal.Comparando as taxas de juro dos empréstimos para a habitação em Portugal (em valores médios mensais) com as taxas Euribor a seis meses, vê-se que os `spreads` de crédito aumentaram 0,23 pontos percentuais.
Se a comparação for feita com a Euribor a três meses, então a subida foi de 0,17 pontos percentuais.
Os contratos que já tinham sido negociados antes desse período, não viram o seu `spread` alterado, pelo que apenas os novos contratos sentiram esse encarecimento.
Entre Agosto e Novembro, o `spread` médio (entre as taxas dos empréstimos e a Euribor a três e a seis meses) foi de 0,67 pontos percentuais.
Este alargamento do `spread` pode espelhar as dificuldades dos bancos portugueses em se financiarem junto de outras instituições financeiras, bem como o aperto nas condições de concessão de crédito junto dos próprios clientes.
Com o risco de incumprimento a subir e a volatilidade elevada, os `spreads` de crédito no segmento da habitação aumentaram.
A maior parte dos créditos à habitação em Portugal são indexados à Euribor a 6 meses, mas há outros indexados à Euribor a três meses.
Os resultados do inquérito aos bancos sobre o mercado de crédito, divulgado este mês pelo Banco de Portugal, mostravam que os cinco maiores grupos bancários portugueses se tornaram mais restritivos entre Outubro e Dezembro.
Essas instituições de crédito "aplicaram critérios bastante mais restritivos na aprovação de empréstimos, sobretudo nos empréstimos a particulares para a aquisição de habitação e nos empréstimos a empresas", escreve o Banco de Portugal.
Os `spreads` (que correspondem ao custo do empréstimo) alargaram-se em todas as classes de risco, refere a instituição, e os bancos foram "mais exigentes" em termos de prazos dos empréstimos negociados e das garantias que exigiram aos seus clientes.
Nalguns segmentos de crédito assistiu-se à redução dos montantes emprestados e os próximos meses não prometerem ser melhores.